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quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Consumidor pode pedir bula de remédios que não são vendidos em caixa

Basta pedir ao atendente da farmácia. O consumidor pode até levar um exemplar para casa junto com o medicamento

Muita gente não sabe, mas é possível pedir na farmácia, a bula de remédios que não têm caixinhas, aqueles que são vendidos de maneira fracionada. Basta pedir ao atendente. O consumidor pode até levar um exemplar para casa junto com o medicamento.

Ler a bula dos medicamentos não é um hábito para muita gente, mas é necessário. “A bula é importante porque nela se pode tirar todas as dúvidas, como usar, como esse medicamento deve ser armazenado, se o medicamento deve ser ingerido com alimento ou sem. As vezes em uma consulta médica passa desapercebida alguma coisa. Então é forma de conhecer o medicamento. Também é possível tirar as dúvidas com o farmacêutico na hora da compra”, orienta a presidente do Conselho Regional de Farmácia, Martha Franco.

A dentista Renata Pessoa só passou a se importar com essa necessidade quando a Ana Sofia chegou. “Quando é para mim, não costumo ler, mas depois que tive a Ana, passei a ler para tomar os devidos cuidados, até porque é diferente”, afirma.

Entendendo a bula
O que assusta as pessoas, geralmente, são as palavras complicadas. E olha que a redação das bulas melhorou depois que uma lei de 2009 determinou que os textos fossem simplificados.

Com a ajuda do Conselho Regional de Farmácia do Tocantins, traduzimos alguns termos: a posologia, nada mais é do que o modo de usar; a interação medicamentosa, é quando o efeito de um medicamento pode interferir no efeito de outro remédio; a reação adversa, é o famoso efeito colateral; contra-indicação, é a explicação sobre quem não pode tomar o remédio; já a superdosagem, é quando a pessoa toma uma quantidade de remédio maior do que a recomendada.

G1

Vacina evitaria mais de 100.000 abortos espontâneos e mortes de recém-nascidos

Mais de 100.000 abortos espontâneos e mortes de recém-nascidos poderiam ser evitados em todo o mundo com uma vacina contra uma infecção comum em mulheres grávidas, sugerem estudos publicados nesta segunda-feira

O risco de doenças apresentado pela bactéria estreptococo B foi subestimado durante muito tempo, segundo os autores, cujo trabalho foi publicado na revista médica Clinical Infectious Diseases, e também foram apresentados na conferência anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene realizada em Baltimore, Maryland.

Mais de 21 milhões de mulheres grávidas no mundo todo são portadoras desta bactéria considerada inofensiva, calculam pesquisadores da escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (LSHTM). Hoje se sabe que este estreptococo é responsável por casos de septicemia e meningite potencialmente mortais em recém-nascidos, e que este agente patogênico é também uma causa importante de aborto espontâneo.

No entanto, ainda não há vacinas disponíveis, lamentam os pesquisadores, cujos estudos foram financiados pela Fundação Bill & Melinda Gates. A análise mostra pela primeira vez que uma vacina com 80% de eficácia administrada em 90% das mulheres no mundo todo poderia evitar 231.000 casos de infecção em mulheres grávidas e recém-nascidos.

Naturalmente presente e inofensivo no trato digestivo, o estreptococo B se torna patogênico quando migra para outros órgãos e causa apenas infecções leves, exceto em grávidas e seus fetos. Antes destes estudos, os dados reunidos sobre infecções em recém-nascidos com este estreptococo se limitavam aos países ricos. Estes últimos estudos determinaram que a infecção está presente em grávidas no mundo todo.

Em média, 18% das mulheres que esperam um filho estão colonizadas por esta bactéria, com taxas que vão de 11% no leste da Ásia a 35% no Caribe. Os cinco países com os maiores números de mulheres grávidas infectadas são Índia (2,4 milhões), China (1,9 milhões), Nigéria (1,06 milhão), Estados Unidos (942.800) e Indonésia (799.100). A África, que conta com apenas 13% da população mundial, representa 65% de todos os abortos espontâneos e mortes de recém-nascidos como resultado desta infecção por estreptococos, revela o estudo.

Atualmente, a única prevenção é administrar antibióticos às mulheres no momento do parto para reduzir o risco para o bebê, o que evita 29.000 casos por ano, principalmente nos países ricos. Esta abordagem pode ser difícil em países em desenvolvimento, onde muitos partos são feitos em casa.

G1