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sexta-feira, 19 de junho de 2015

Sapatos de salto podem até provocar mudanças na curvatura da coluna

Após acompanhar 40 mulheres durante quatro anos, cientistas da Coreia do Sul constataram uma série de danos provocados pelo salto alto
 
Não é a toa que, entre os acessórios femininos, os sapatos de salto alto figurem na lista dos mais populares. Travam uma batalha apertada com a maquiagem, tendo sobre ela uma vantagem: a sensação de poder. Em Marilyn Monroe ou em uma senhora mais discreta, conseguem acentuar relevantes marcadores biológicos da atração. Deixam os contornos mais visíveis, especialmente das pernas, aumentam o gingado dos quadris e reforçam posturas mais altivas. Mas especialistas advertem que, às vezes, é melhor manter os pés no chão. Estudos recentes alertam que esse tipo de sapato não oferece apenas benefícios. Há o risco de lesões graves e potencialmente permanentes
 
Um dos alertas está na edição deste mês do The International Journal of Clinical Practice e vem de pesquisadores sul-coreanos. Eles sugerem que o uso do salto alto pode contribuir para o desenvolvimento e a progressão da dor e da osteoartite (degeneração das cartilagens) no joelho, da dor lombar provocada pela curvatura da coluna e ainda provocar alterações na caminhada. O estudo, encabeçado pelo pesquisador Yong-Seok Jee, indicou os quatro músculos do tornozelo mais comprometidos: os responsáveis pela flexão plantar e pela dorsiflexão — são, por exemplo, os movimentos realizados por um motorista que pisa no acelerador e desacelera, respectivamente — e os encarregados da inversão e da eversão dos pés, que é o movimento pendular.
 
Os danos foram observados em 40 estudantes saudáveis. Jee pediu a elas que optassem pelos sapatos com salto de 10 centímetros pelo menos três vezes por semana. Antes de as lesões aparecerem, os pesquisadores notaram algo interessante: em particular, a força do tornozelo para realizar a inversão e a eversão aumentou no primeiro ano de uso do calçado. Mas, depois de quatro anos, as voluntárias começaram a apresentar desequilíbrio muscular e lesões, especialmente torções e fraturas.
 
Julian Machado, coordenador da Ortopedia e Traumatologia do Grupo Santa (DF), explica que, além do tornozelo, os sapatos de salto alto afetam a biodinâmica do quadril e da colunar lombar. Há ainda o encurtamento da musculatura posterior. “Algumas mulheres, inclusive, não conseguem calçar sandálias rasteiras porque as estruturas foram todas encurtadas e o corpo já está em função do salto”, explica o também delegado titular da regional do Distrito Federal da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot).
 
Segundo Machado, o salto baixo pode, inclusive, trazer benefícios, como o que acontece em tênis de corrida, cuja parte traseira costuma ser elevada em relação à dianteira. Os sapatos masculinos também são fabricados com um pequeno salto, que não ultrapassa 3,5 centímetros, compensados pela parte da frente. Em geral, esses calçados ficam cerca de 1 centímetro mais altos do que são. “Muito diferente das mulheres, que podem aumentar até 15 centímetros, dependendo do sapato.”
 
 
Pior para obesas
André Pedrinelli, secretário da Sbot nacional, acrescenta que mulheres acima do peso são especialmente vulneráveis. “O salto joga o corpo para a frente e mexe com o centro de gravidade. Pessoas obesas têm mais peso para equilibrar e, por geralmente serem inativas, fica ainda mais difícil”, diz. Mulheres mais altas, por outro lado, enfrentam problemas menores. “A perna mais comprida permite que executem melhor os movimentos, como a flexão do joelho e o giro dos quadris”, complementa.
 
Os tipos de salto também influenciam. “O agulha durante oito horas diárias certamente gera um encurtamento do tendão de Aquiles, porém uma hora e meia de ginástica com alongamento diminuem esses efeitos”, garante Pedrinelli. Saltos que tenham pouca diferença entre o retropé e o antepé, como o anabela, e os mais quadrados são indicados.
 
O ortopedista Julian Machado ressalta que as evidências não devem ser motivo para as mulheres abrirem mão do salto alto. “Realmente, ficam mais bonitas, mas o problema está em usar demais. Uma boa ideia é seguir o exemplo das executivas de Nova York. Elas levam o salto na bolsa e calçam ao chegar ao trabalho”, sugere. Crianças, na opinião do especialista, devem se manter longe desses calçados. “O ideal é que a menina passe a usar aos 15 ou 16 anos, quando está com a musculatura já formada”, diz. Pedrinelli acrescenta que não há nenhuma proibição formal. “Porém, como as crianças têm musculatura mais encurtada, o salto potencializa isso. Além disso, há uma sexualização precoce. Criança não é adulto em miniatura.”
 
Para saber mais
 
Passado masculino
Inicialmente, os sapatos de salto alto eram usados apenas por homens, especificamente os militares. Os calçados elevados eram uma necessidade quase primária dos soldados persas: os ajudavam a apoiar-se nos estribos, melhorando os disparos com arco e flecha. No fim do século 16, o rei Shah Abbas I da Pérsia, dono da maior cavalaria do mundo, almejava estreitar as relações com chefes de Estado na Europa Ocidental para derrotar o Império Otomano. Então, em 1599, Abbas enviou sua primeira missão diplomática à Europa. Os sapatos dos representantes logo se tornaram o centro das atenções e, rapidamente, foram adotados pelos aristocratas, que, naquele tempo, consideravam o calçado um símbolo de masculinidade. A altura dos saltos aumentou à medida que os sapatos se tornaram populares. Para se distinguir, a aristocracia os usava com roupas luxuosas, o que reforçava a posição social privilegiada.

Exercícios para compensar

Bianca Callegari, professora da Universidade Federal do Pará e especialista em biomecânica, publicou recentemente na revista Health um estudo com 20 mulheres de idade e peso semelhantes. Nenhuma delas estava habituada a usar salto alto e passou a calçá-los por conta do experimento. “Observamos que as atividades elétricas aumentam nos músculos da perna, o que significa que eles passam a ser mais recrutados. Cada passo faz parte de um ciclo que tem uma ordem certa para trabalhar. Essa ordem temporal é alterada com o uso do salto alto”, diz.

Embora o trabalho não tenha inferido o impacto do uso de salto ao longo da vida, Callegari acredita que existam efeitos na musculatura e na biomecânica da mulher. “Isso, no entanto, vai depender do estilo de vida da pessoa”. O maior recrutamento de alguns costuma acontecer inclusive entre atletas. “Porém, os que fazem movimentos repetitivos participam de treinamentos que trabalham outros músculos, fazendo uma compensação.”

Por isso, Callegari aconselha: o melhor a fazer é valorizar as compensações. “Uma forma de fazer isso é alongar o músculo da panturrilha e participar de atividades que envolvam a cadeia postural, como o RPG”, exemplifica. “Talvez, o segredo seja o equilíbrio. A moderação aliada a exercícios de compensação ajuda muito e previne lesões.”
 
Correio Braziliense

Cruz Vermelha oferece consultas, exames e cirurgias gratuitas em SP

Ação acontece em 26 e 27 de junho e objetivo é promover cerca de 2.000 atendimentos
 
A Cruz Vermelha de São Paulo promove mutirão de dermatologia nos dias 26 e 27 de junho. A instituição oferecerá consultas, exames e cirurgias para a retirada de pintas, cistos e pequenos tumores, além de cauterização de verrugas, biópsia de pele, entre outros procedimentos. O objetivo da ação é promover cerca de 2.000 atendimentos, afirma Aline Rosa, Gerente de Projetos Sociais e Voluntariado do instituto.
 
— Queremos atender principalmente pessoas com difícil acesso a serviços de saúde na área dermatológica ou que precisam aguardar meses para o agendamento de uma consulta.
 
Serão disponibilizados ainda serviços de enfermagem, como aferição de pressão arterial e teste de glicemia capilar, com o objetivo de monitorar casos de diabetes e hipertensão para a realização dos procedimentos dermatológicos.
 
Para participar do mutirão, é necessário se inscrever pelos telefone: 5056-8786 e 5056-8692.
 
Serviço
Mutirão de Consultas Gratuitas de Dermatologia e Pequenas Cirurgias
Datas: 26 e 27 de junho (sexta e sábado)
Horário: das 9h às 17h
Local: Cruz Vermelha de São Paulo
Endereço: avenida Moreira Guimarães, 699 - Indianópolis
Agendamento pelos telefones: 5056-8786/8692
Horário de agendamento: segunda a sexta-feira, das 9h às 18h
 
R7

Cirurgia minimamente invasiva tem 90% de sucesso no tratamento da enxaqueca

13 milhões de brasileiros sofrem com dores de cabeça diariamente; cerca de 12% da população mundial têm crise de enxaqueca
13 milhões de brasileiros sofrem com dores de cabeça diariamente;
 cerca de 12% da população mundial têm crise de enxaqueca
Duas horas de cirurgia e uma noite de repouso mandaram embora sintomas desagradáveis da enxaqueca em 90% dos pacientes que não respondiam mais aos tratamentos
 
Já é realidade uma nova terapia minimamente invasiva para tratamento de enxaqueca para aqueles pacientes que não respondem aos vários tratamentos com medicamentos, ou nos quais os efeitos colaterais são tão significativos que esses remédios se tornam impraticáveis.
 
A técnica consiste em seccionar pequenos músculos situados na região frontal ou occipital com uma só incisão de poucos centímetros no couro cabeludo (portanto escondida pelos cabelos, quando presentes) e a utilização de um endoscópio particular até a liberação dos nervos, a estimulação dos quais são gatilhos para as crises de enxaqueca.
 
Os resultados foram descritos em um artigo no último número do periódico científico The Journal of Craniofacial Surgery por Edoardo Raposio, da seção de Cirurgia Plástica do Departamento de Ciências Cirúrgicas da Universidade de Parma, na Itália.
 
A técnica cirúrgica foi aperfeiçoada por dois anos no departamento de "Cirurgia da Pele e anexos, minimamente invasiva, regeneradora e plástica" de um hospital universitário de Parma.
 
A intervenção, feita com anestesia local e com internação de um dia apenas (one-day surgery), dura cerca de duas horas e o percentual de sucesso, isto é, o total desaparecimento dos sintomas ou diminuição importante da frequência, duração e gravidade das crises foi de aproximadamente de 90% nos pacientes tratados.
 
A enxaqueca atinge cerca de 12% da população mundial, com uma incidência maior na quarta década de vida e atinge mais frequentemente as mulheres.
 
Frequentemente de caráter hereditário, nos sujeitos predispostos às crises - que duram de algumas horas a vários dias - vários fatores podem ser considerados gatilhos (cigarro, cansaço, estresse, álcool e alguns alimentos), e podem ser precedidos de alguns sintomas visuais ou sensitivos. Os sintomas consistem em uma dor pulsante (normalmente localizada de um lado só da cabeça) acompanhada de náuseas, fadiga e hipersensibilidade à luz. Uma patologia prostrante, invalidante e causa de, entre outras coisas, muitas faltas no trabalho.
 
iG

Projeto de Lei permitirá venda de MIPs até em mercearias e mercados

O Projeto de Lei 284/2015 , de autoria do senador Romero Jucá, se aprovado, permitirá a comercialização de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) em lojas de conveniência, “drugstores”, e minimercados, além de estabelecimentos hoteleiros e similares. Consideramos isso um grande perigo à população.
 
No Brasil, pelo menos 35% dos medicamentos são adquiridos através de automedicação e cerca de um terço das internações tem como origem o uso incorreto de medicamentos. O Brasil ocupa o terceiro lugar de casos de intoxicações de medicamentos no Mundo! Entende-se que esta medida, de liberar a comercialização de MIPs em diversos estabelecimentos puramente comerciais, não contribui para a promoção da saúde e o uso racional do medicamento, mas sim para interesses de grupos privados, que visam apenas lucrar com a venda destes. Desta forma, não há nenhuma orientação sobre o uso correto do medicamento, pois não é nos mercados que estão os farmacêuticos.
 
Enquanto não se enxergar a saúde como um direito, e o medicamento como um instrumento – e não uma mercadoria -, veremos projetos como estes, que diminuem em muito a importância da farmácia como um estabelecimento de saúde e da profissão farmacêutica.
 
Farmacêuticos, acadêmicos de Farmácia e demais profissionais da saúde, vote contra no site do senado: www12.senado.gov.br/ecidadania/visualizacaotexto?id=165560
Não esqueça de confirmar o voto no seu e-mail.
 

Rastreabilidade de medicamentos divide a indústria farmacêutica

Governo previa implantar sistema até final de 2016; fabricantes resistem
 
Uma lei federal de 2009 que prevê um sistema nacional de rastreamento de medicamentos divide a indústria farmacêutica e pode só ser implementada em 2025.
 
Segundo a Anvisa (agência reguladora), os objetivos são evitar falsificações e contrabando, controlar remédios com receita e administrar eventuais recalls ou escassez.
 
O projeto prevê que cada embalagem traga um código bidimensional e um número único de identificação, ao lado da data de fabricação, da validade e do número do lote.
 
A Anvisa esperava um piloto, com ao menos três lotes de remédios rastreáveis, até dezembro deste ano e que o sistema começasse a operar até o final de 2016. A Sindusfarma, porém, que agrega 195 empresas com cerca de 95% do mercado do país, diz que o prazo foi insuficiente.
 
“Nos EUA, levou dez anos. Aqui, com muito mais dificuldades logísticas, querem fazer em menos tempo, não é realista”, diz Nelson Mussolini, presidente da entidade.
 
Outro argumento é que, mesmo que o prazo fosse realizável, não há ainda um sistema em farmácias, hospitais, clínicas e postos de saúde que permita o compartilhamento dos dados, o que tornaria o sistema inútil.
 
No Brasil, há mais de 400 fabricantes e importadores de remédios, 300 distribuidores, 50 mil farmácias, 50 hospitais federais, 500 hospitais estaduais, 1.000 hospitais municipais, 40 mil postos de saúde, 20 mil clínicas e 50 mil consultórios, segundo levantamento da PwC (PricewaterhouseCoopers).
 
O objetivo é que o caminho de cada caixa, da porta da indústria à casa do consumidor, seja reportado ao governo. As indústrias forneceriam um software a cada farmácia, para dar baixa em cada caixa comprada e recolher informações do paciente e do médico. As indústrias consolidariam os dados e os repassariam ao governo.
 
Farmácias, distribuidores e atacadistas, porém, são contra. “Se um laboratório sabe o estoque que a rede tem, pode oferecer o produto para outra em condição melhor”, afirma o presidente da associação de farmácias (Abrafarma), Sergio Mena Barreto.
 
 
Por outro lado, as farmacêuticas que já investiram na compra de máquinas para imprimir o código bidimensional reclamam da prorrogação. Segundo a Interfarma, 95% de seus 55 associados já estão prontos para entregar os três lotes até o fim do ano, o que custou em média R$ 8,5 milhões. “Um investimento basicamente perdido caso a lei seja adiada em uma década”, diz Antonio Britto, presidente da entidade. A Interfarma propõe adiar a implementação em três anos.
 
A Anvisa afirmou que está ciente das reclamações, mas que elas devem ser dirigidas ao Legislativo, pois seria necessário mudar a lei.
 
No Brasil, há mais de 400 fabricantes e importadores de remédios, 300 distribuidores, 50 mil farmácias, 50 hospitais federais, 500 hospitais estaduais, 1.000 hospitais municipais, 40 mil postos de saúde, 20 mil clínicas e 50 mil consultórios.
 
Folha de São Paulo