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terça-feira, 26 de maio de 2015

Brasil importa 85% dos princípios ativos para a fabricação de medicamentos

A pesquisa clínica, fundamental para a criação de novos medicamentos, precisa encontrar um contexto mais favorável no Brasil para que o país possa deixar de ser tão dependente de matéria-prima importada. Hoje, a maioria dos medicamentos é produzida com princípios ativos trazidos do exterior e, como resultado, temos um déficit de US$ 5,5 bilhões na balança comercial do setor
 
Mesmo com as exportações crescendo em ritmo superior às importações, a diferença ainda está longe de ser compensada.
 
“O Brasil não conseguiu reproduzir o ambiente de cooperação entre governos, universidades e iniciativa privada. Os principais centros geradores de novas drogas são centros em que o governo apoia pesadamente a pesquisa básica; a indústria e a universidade trabalham de forma muito integrada para transformar a pesquisa básica em pesquisa aplicada, o que significa novos medicamentos no mercado”, afirma Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).
 
Contudo, existe muita resistência das universidades em trabalhar com a iniciativa privada e a iniciativa privada resiste em assumir riscos, característica da pesquisa clínica. Para que um medicamento seja criado, cerca de 10 mil moléculas são pesquisadas sem sucesso e aproximadamente US$ 900 milhões são investidos durante 10 anos de pesquisas. É um investimento de risco.
 
Mundo afora, a indústria farmacêutica fatura cerca de US$ 1 trilhão por ano e investe entre 12% e 16% em pesquisa e desenvolvimento de medicamentos. Isso significa algo entre US$ 120 bilhões e US$ 160 bilhões; enquanto o Brasil investe apenas US$ 300 milhões por ano. “O Brasil tem uma posição medíocre na descoberta, no desenvolvimento e no patenteamento de novos medicamentos. A posição é medíocre e desproporcional à qualidade da nossa ciência; considerando a qualidade dos cientistas que já temos, poderíamos ser muito mais importantes nessa área”, analisa Britto.
 
Além da integração entre governo, universidade e iniciativa privada, o tempo de aprovação da pesquisa clínica continua sendo um obstáculo importante para o avanço da inovação. “Para que um estudo seja aprovado na Coreia, leva 30 dias; nos Estados Unidos, de 45 a 60 dias; na Europa, de 60 a 75 dias, enquanto no Brasil chega a levar 365 dias”, compara o presidente-executivo da Interfarma.
 
Mais de 186 mil estudos clínicos estão sendo realizados no mundo, enquanto o Brasil tem cerca de 4,3 mil pesquisas em andamento. Isso coloca o país em 15º no ranking da pesquisa clínica, com 2,3% do total.
 
Estudos abandonados
Um levantamento da Interfarma revela que sete farmacêuticas deixaram de realizar no país 16 estudos nos últimos seis meses nas áreas de câncer, cardiopatias, doenças raras, depressão e esclerose múltipla; área de extrema importância para a saúde. As doenças cardiovasculares, por exemplo, representam a principal causa de morte no país; o câncer tem mais de 500 mil novos casos diagnosticados por ano; a depressão está entre as doenças mais incapacitantes do mundo. “Estamos perdendo estudos importantes, que já poderiam estar salvando vidas”, alerta Britto.
 
Além disso, há o prejuízo para a inovação e o aperfeiçoamento científico no país. Quando os estudos se concentram em outras nações, o pesquisador brasileiro enfrenta um obstáculo a mais para a sua qualificação profissional e para a propagação do conhecimento científico no Brasil. “O conhecimento está sendo produzido, temos a chance de participar, mas acabamos deixados de lado”, lamenta o presidente-executivo da Interfarma. 
 
Saúde Web

Receita líquida de hospitais Anahp cai em 4%

A Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) acaba de lançar seu observatório anual com informações coletadas sobre seus 68 hospitais membros
 
Como uma entidade que representa os principais hospitais privados de excelência do país, os dados obtidos mostram a realidade de ponta dos hospitais brasileiros, não podendo ser generalizada para o cenário nacional, mas servindo como válida referência de análise de dados.
 
Dentre os dados apresentados, pode-se notar uma receita, no ano de 2014, de 20,7 bilhões entre todos os membros, sendo uma queda de 4% na receita líquida e aumento de cerca de 1,3% em despesas operacionais. O aumento das despesas operacionais tem como principal base uma forte pressão das operadoras de planos de saúde para a redução de despesas assistenciais. Isso tem se materializado, segundo a Anahp, na defasagem ou negativa de concessão dos reajustes contratuais e no crescimento da participação das despesas em relação às receitas. 

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O prazo médio para recebimento das operadoras é um fator que apresenta sazonalidade, com alta de espera no mês de dezembro, por exemplo, mas apresenta média de 78,7 dias, com uma tendência de queda nos últimos anos, mas, mesmo assim, bastante elevado. Neste mesmo contexto, um dos fatores para diminuição de receita líquida é o alto número de glosas e o aumento de valores não recebidos, que são valores glosados e não pagos.
 
A média histórica do número de glosas está em 2,8% e, em 2014, o número foi de 2,5% e o aumento das contas integralmente não pagas pode se dar graças a problemas financeiros em algumas operadoras, cobrança de glosas indevidas ou, ainda, a implantação do Padrão TISS 3.02, de maio de 2014, que acabou gerando divergências de cadastros entre hospitais e operadoras.

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Saúde Web

Alimentos como melão e catchup podem piorar a candidíase. Veja a lista completa

alimentos-candidiase-capaVocê sabia que sua higiene e os hábitos do dia a dia podem exercer influência direta na saúde íntima? Pois essa é uma grande verdade para a qual pouca gente se atenta. Prova disso é que os hábitos alimentares podem tanto ajudar quanto atrapalhar a proteção natural do corpo
 
No caso das mulheres, por exemplo, especialistas alertam que a candidíase, que é um processo infeccioso e inflamatório causado pela proliferação desmedida do fungo Candida Albicans, pode ser agravada dentre outros fatores pelo consumo de determinados alimentos.
 
Veja os alimentos que podem intensificar o processo de proliferação do fungo da candidíase
 
Açúcar
De acordo com estudos o açúcar é um dos maiores vilões da cândida. A razão é que as toxinas liberadas após a digestão servem de alimento para doença.
 
Alimentos fermentados
Especialistas afirmam que alimentos que são obtidos a partir do processo de fermentação, também intensificam a proliferação dos fungos na vagina. O ketchup, o cogumelo e a mostarda nesse caso também entram na lista.
 
Bebidas fermentadas
As bebidas fermentadas também são prejudiciais para as mulheres que apresentam o quadro de candidíase, assim como o vinagre também deve ser evitado por mulheres que sofrem com a doença.
 
Frutas
Frutas como melancia e melão entram na lista das que devem ser evitadas pelas mulheres que sofrem com a candidíase. Isso porque essas frutas possuem uma camada de fungos ao redor de suas sementes, e esses fungos quando presentes no organismo podem intensificar o processo inflamatório.
 
Frutas secas
O processo de desidratação das frutas serve como um ambiente propício à proliferação de fungos. Quando a mulher está com candidíase, portanto, ela deve evitar alimentos dessa natureza.
 
Frutas acidas
As frutas ácidas como framboesa, tangerina e abacaxi também devem ser evitadas. Isso porque essas frutas possuem nutrientes ácidos que pode interferir no pH vaginal contribuindo para a proliferação do fungo.
 
Massas
As massas são ricas em carboidratos e quando digeridas se transformam em açúcar, que conforme mencionado no primeiro tópico, pode ser prejudicial ao quadro da candidíase.
 
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Cientistas descobrem gene que pode ajudar a desenvolver fármacos contra a dor

Madri, 25 mai (EFE).- Uma equipe internacional de pesquisadores liderados pela Universidade de Cambrigde identificou um gene essencial para a produção de neurônios sensíveis à dor em humanos, o que pode ter implicações no desenvolvimento de novos métodos para aliviar a dor, publica nesta segunda-feira a revista "Natura Genetics"
 
A percepção da dor é um mecanismo de alerta evolutivo que nos adverte sobre os perigos no meio ambiente e sobre um potencial dano aos tecidos, no entanto, algumas poucas pessoas nascem sem a capacidade de sentir dor, o que as leva a acumular lesões autoprovocadas. Usando um "mapeamento" detalhado do genoma, os pesquisadores analisaram a composição genética de 11 famílias na Europa e Ásia afetadas por uma doença hereditária conhecida como insensibilidade congênita à dor (CIP).
 
Os cientistas conseguiram identificar a causa da doença nas variantes do gene PRDM12, pois as pessoas afetadas com CIP apresentavam duas cópias variantes desse gene, mas dentro da mesma família, os que herdaram de seus pais apenas uma cópia, não manifestavam essa falta de dor.
 
A equipe analisou biópsias de nervos dos pacientes para tentar localizar onde estava o problema e descobriram que faltava um tipo de neurônio sensível à dor. Por causa dessas características clínicas da doença, a equipe formulou e comprovou a hipótese de que durante o desenvolvimento embrionário existe um bloco de produção de neurônios sensíveis à dor.
 
O gene PRDM12 está envolvido na modificação da cromatina, uma molécula que adere ao DNA e atua como uma intersecção que ativa e desativa os genes. Os pesquisadores comprovaram que nos pacientes com CIP todos as variantes genéticas do PRDM12 bloqueavam a função do gene. Já que a cromatina tem uma importância singular durante a formação dos neurônios, isto proporciona uma explicação do porquê os neurônios sensíveis à dor não são formados de maneira correta em pacientes que sofrem com a insensibilidade congênita à dor.
 
"A capacidade de sentir dor é fundamental para a preservação da pessoa e, no entanto, sabemos muito mais da dor excessiva do que dos que não possuem essa sensibilidade", disse o professor da Universidade de Cambridge Geoff Woods. Ambos estados têm "igual importância no desenvolvimento de novos tratamentos para lutar contra a dor. Se conhecemos os mecanismos que subjazem a sensação de dor é possível que algum dia controlaremos e reduziremos a dor desnecessária".
 
O PRDM é o quinto gene que identificado com relação à percepção da dor, dois dos quais já levaram ao desenvolvimento de fármacos que estão em fase de teste clínico. "Temos muitas esperanças de que este novo gene possa ser um excelente candidato para o desenvolvimento de fármacos, levando em conta os recentes sucessos com os remédios que têm como alvo os reguladores da cromatina nas doenças humanas", segundo outro dos autores do estudo Ja-Chun Chen.
 
Esta descoberta pode ser também potencialmente beneficente para aqueles que correm em perigo porque não têm sensação de dor.

EFE / R7

Médicos revelam que mundo está perdendo a guerra contra o suicídio

Thinkstock
Traumas de infância são fatores que podem levar ao suicídio
"Não estamos diagnosticando direito nossos pacientes", diz psiquiatra
 
“Estamos perdendo a guerra para o suicídio”. A afirmação alarmante é do psiquiatra e professor da USP Mario Francisco Juruena, que explica que, embora não haja uma forma de determinar com plena certeza que um indivíduo vá se matar no futuro, os médicos têm, sim, instrumentos para prever as chances que pacientes graves carregam de tirar a própria vida.
 
A principal chave da prevenção estaria no tratamento dos traumas de infância. Cicatrizes emocionais que os adultos carregam, de feridas abertas quando eram crianças, podem antecipar muitos dos riscos de suicídio — separação materna, estresse, maus tratos, negligência, perdas precoces e abusos seriam, de acordo com o psiquiatra, alguns dos principais fatores.
 
Desta maneira, o papel do médico é monitorar o histórico do paciente, dando atenção a traumas severos em qualquer idade, mas mais especificamente na primeira infância e na vida intrauterina.
 
Isso porque, como conta o psiquiatra, quanto mais precoce o trauma, maior ele será, já que o sistema nervoso de uma criança não está preparado para a agressão, apenas para a afetividade.
 
— São situações que vão desencadear transtornos afetivos, dependência de substâncias e também o suicídio. Temos que investigar tudo isso a fundo. Nossos índices de suicídio no mundo hoje em dia são iguais aos dos anos 60. Evoluímos no tratamento da aids, do câncer, mas do suicídio, não. Não estamos diagnosticando e prevendo direito nossos pacientes.
 
Outros fatores de risco, que aumentam as chances de um suicídio no futuro, são o histórico familiar — indivíduos com parentes que tiraram a própria vida correm mais risco de se matar do que outros que não têm registros similares na família — e o sexo do paciente.
 
De acordo com Juruena, mulheres são muito mais sensíveis ao estresse desde pequenas.
 
— O trauma e o estresse crônico vão se sobrepor onde houver a vulnerabilidade.
 
Profissões criativas também constituem um sinal de alerta para os psiquiatras. Um estudo feito em 2013, na Suécia, concluiu que escritores, por exemplo, estão entre os profissionais com maior índice de diagnósticos de esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão, ansiedade, abuso de álcool e suicídio, como relata Helio Elkis, psiquiatra e coordenador do Programa de Esquizofrenia da Faculdade de Medicina da USP.
 
Psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (IPq-HC), Daniel Martins de Barros acrescenta que um estudo de sua entidade comprovou que pacientes esquizofrênicos e seus parentes tinham mais tendência a escolher empregos relacionados a artes visuais, e que indivíduos bipolares têm propensão a carreiras criativas sobretudo na área cientifica.
 
Barros chama a atenção, ainda, para a relação entre comediantes e o suicídio.
 
O ator Robin Williams, que tirou a própria vida em 11 de agosto de 2014, e o brasileiro Fausto Fanti, que se matou um mês antes, engrossam as estatísticas e provam que a figura do palhaço triste, retratada em personagens clássicos há décadas, reproduz com perfeição a mente angustiada dos humoristas, escondida atrás de uma persona feita para alegrar os outros.
 
— Os comediantes têm uma maior abertura a ideias novas. Eles têm menos autocontrole, são mais impulsivos, sentem menos emoções positivas, têm menos capacidade de se alegrar, menos amabilidade, e não possuem uma busca social.
 
Para Barros, os humoristas vivem no limite, buscando o equilíbrio entre agressividade e criatividade, e isto os encaminha ao perigo do suicídio. Carregam traços de doenças psicóticas — encontram associações e padrões onde eles não estão explícitos — e da bipolaridade, como a impulsividade e o pensamento acelerado. Além disso, apresentam maior distorção cognitiva e dificuldade de se focar.
 
— O humor é uma violação. Já tivemos muitas polêmicas com humoristas no Brasil porque eles saíram da faixa cinzenta do que é próximo de nós e foram para a faixa do que nos viola. Fizeram piadas com mulheres estupradas, por exemplo, algo que é uma violação, sim, como pede o humor, mas que é muito próximo de nós, então não tem graça.
 
Ainda assim, o psiquiatra evita falar em determinismo, recomendando apenas mais prevenção e diagnósticos mais certeiros.
 
— O suicídio é prevenível, sim, e várias mortes já poderiam ter sido evitadas.
 
R7

Petição alerta para relação entre anticoncepcionais e trombose

 Reprodução/Change.org: Abaixo-assinado reúne mais de 28 mil apoiadores
Abaixo-assinado quer que médicos peçam exames antes de receitar a pílula
 
Rio — Em 2003, a esteticista Danielle Fortuna foi internada com uma trombose na perna, aos 18 anos. A carioca tomava pílula anticoncepcional há oito meses e, segundo os médicos, a enfermidade estaria ligada ao uso do medicamento. Dez anos depois, Danielle passou por alguns exames que apontaram que ela nunca deveria ter tomado a pílula. Hoje com 29 anos, a esteticista criou um abaixo-assinado endereçado ao Conselho Federal de Medicina (CFM) pedindo atenção para o problema. O documento, iniciado há duas semanas e que já reúne mais de 28 mil apoiadores, pressiona o órgão para que recomende aos médicos pedir exames antes de receitar anticoncepcional oral para pacientes.
 
— Nenhum médico me avisou sobre os riscos de tomar o medicamento — lembra. — Ainda hoje tenho sequelas. Não consigo andar rápido e tenho três veias da perna que seguem entupidas.
 
De acordo com a médica especialista em ginecologia e obstetrícia Aparecida Monteiro, a relação do anticoncepcional com a trombose é rara, mas é uma realidade e acontece porque as pílulas têm hormônios em sua formulação. Quando sofremos um corte, explica, as plaquetas convergem para o local do machucado e formam um trombo (coágulos) que bloqueia o sangramento. A trombose ocorre quando os coágulos caminham para um local onde não houve sangramento — nas regiões inferiores do corpo, como panturrilha e coxas, e, ocasionalmente, nos membros superiores. Portanto, as mulheres devem estar atentas à sensação de pernas pesadas, doloridas, inchadas e com manchas, além de falta de ar ou cansaço. O estrógeno, ou a combinação dele com a progesterona, pode afetar a circulação sanguínea de diversas formas, aumentando a dilatação dos vasos, a viscosidade do sangue e o sistema de coagulação.
 
— O risco é maior em pessoas com predisposição. Não é em todas que a doença aparece. É um evento raro. Assim, a gente não tem evidência científica que justifique a triagem dessas pacientes com exames laboratoriais. A sociedade médica precisa se reunir para verificar a real validação deles — afirma Aparecida.
 
Conversa pré-diagnóstico
A médica explica, no entanto, que é preciso que o médico dialogue com a paciente para obter o histórico familiar de doenças específicas. É preciso levar ainda em conta fatores como tabagismo, alteração de pressão, obesidade e sedentarismo.
 
— A mulher hoje decide tomar pílula, vai à farmácia e compra, sem passar por um profissional. É necessário muito mais que um abaixo-assinado para rever as diretrizes. É um problema cultural e social — alerta a médica.
 
Procurado pelo GLOBO, o CFM afirmou que encaminhará a solicitação do documento “à sua Câmara de Ginecologia e Obstetrícia para avaliar as questões técnicas e éticas relacionadas ao pedido, se manifestando posteriormente”. Já a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que a subnotificação dos eventos adversos detectados com os medicamentos ainda é uma das dificuldades encontradas no processo de trabalho, uma vez que a comunicação é voluntária.
 
Fundadora da página do Facebook “Vítimas de anticoncepcionais”, a professora universitária Carla Simone Castro, de 41 anos, que teve trombose cerebral seis meses após iniciar o uso da pílula, esclarece que desde agosto do ano passado, quando o coletivo foi criado, há mais de 1.400 depoimentos de mulheres relatando problemas com o medicamento. Ela lembra que, no dia 9 de junho, vai acontecer uma audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir o assunto com autoridades de saúde.
 
O Globo

Drogas sintéticas são até 100 vezes mais fortes que as originais e podem matar no primeiro uso

Produzidas em laboratório, principalmente da Índia e China, estão sendo vendidas ilegalmente pela internet. Tratamento e desconhecimento de efeitos no organismo são desafios
 
Elas têm efeito até 100 vezes mais potente que as drogas originais, são perigosas, pouco conhecidas e estão cruzando as fronteiras do Brasil. As drogas sintéticas, produzidas em laboratório, principalmente da Índia e China, estão sendo vendidas ilegalmente pela internet. No Brasil, têm sido cada vez mais frequentes nas baladas. Alguns desses alucinógenos foram reconhecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além do efeito extremamente nocivo sobre o organismo, que pode levar a sérios problemas de saúde e até mesmo à morte já no primeiro uso, chama a atenção o desconhecimento dos efeitos por quem usa.
 
Segundo a psiquiatra Fernanda de Paula Ramos, os produtos sintéticos potencializam o efeito de drogas já conhecidas e estão divididos em três grandes grupos. São os canabinoides sintéticos (semelhante à molécula do tetrahidrocanabinol –THC, da maconha); as catinonas sintéticas, que derivam do grupo dos anfetamínicos ecstzy e cocaína e as fenetilaminas, conhecidas como NBOMe, que compartilham características com o ácido lisérgico (LSD). Ela explica que as reações podem variar de transtornos cerebrais à depressão. Os efeitos podem desencadear reações físicas graves. Passam por arritmia cardíaca, infarto, insuficiência renal e morte (veja ao lado). “Há relatos de pessoas fugindo de furacões, lutando contra monstros imaginários”, afirma a diretora do Centro de Tratamento de Dependência Química de Álcool e Drogas Villa Janus, no Rio Grande do Sul.
 
Na Europa e nos Estados Unidos, onde o consumo já se tornou alarmante, as drogas produzidas em laboratório são vistas como problema de saúde pública. Nas primeiras semanas de abril, foi decretado estado de alerta de saúde em Nova York por causa dos canabinoides sintéticos. Na ocasião, foram registradas mais de 160 internações pelo uso dessas substâncias. Segundo o psiquiatria e membro do Departamento de Dependência da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, Leonardo Ludwing Paim, estudos mostram que é crescente a entrada dos sintéticos no Brasil e em outros países da América Latina. “Mas ainda são poucos os estudos sobre tais substâncias e a grande preocupação é que não há na rede pública de saúde nenhum programa específico para tratamento dos transtornos gerados pelo consumo”, destaca o especialista, que enxerga o problema como novo desafio para os profissionais da área.
 
Vítimas
Em janeiro deste ano, o catarinense Dealberto Jorge da Silva Júnior, de 35 anos, morreu após surto de perseguição depois de consumir droga sintéticas. Ele, o irmão e amigos passavam férias no balneário de Cancún, no litoral mexicano. Hospedados em um hotel na Playa del Carmen, Dealberto despencou do alto do prédio, durante a madrugada, depois de ter feito uso de álcool e ecstazy.
 
Após controvérsias sobre a morte de Victor Hugo Santos, de 20, laudo do Instituto Médico-Legal (IML) de São Paulo apontou que o estudante morreu também vítima de droga sintética. A 25B-NBOMe, semelhante ao LSD, foi a substância encontrada no sangue do estudante. Victor foi encontrado morto em setembro na raia olímpica da USP, depois de uma festa.
 
Leonardo Paim alerta sobre as medidas necessárias para lidar com o avanço das drogas sintéticas no Brasil. “A conscientização dos profissionais de saúde e das autoridades brasileiras é o primeiro passo para que o país possa se preparar, caso ocorra uma piora desse problema aqui”, diz. Ele chama atenção ainda para os desafios que o Sistema Único de Saúde (SUS) já enfrenta. “Existe uma dificuldade enorme de controlar o uso de álcool e drogas. As substâncias sintéticas ampliam esse problema, principalmente por exigirem tratamento a longo prazo”, afirma Paim.
 
Mais consumidas
Somente em 2014, foram apreendidas na Europa 101 novas drogas sintéticas. Levantamento do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) indica que entre 2008 e 2013, foram identificadas pelo menos 348 novas drogas. No último ano da pesquisa, foram 97, enquanto em 2012 foram apenas 8. Entre as novas substâncias psicoativas em consumo no mundo, 28% são canabinoides sintéticos, 25% catinonas sintéticas e 17%, fenetilaminas. Os três grupos somam a maioria entre as drogas sintéticas usadas. Na América Latina, foi apontado que 26% usam fenetilaminas, 17% canabinoides sintéticos e 7%, catinonas sintéticas.
 
Despistes para vender
A facilidade de burlar o caráter ilícito da droga também chama atenção. Além da venda desmedida e sem fiscalização pela internet, os produtos sintéticos vêm sendo comercializados em lojas de conveniência de postos de gasolina ou no mercado ilegal. No caso dos canabinoides sintéticos, por exemplo, a molécula da maconha é colocada numa erva e vendida como odorizador de ambientes ou fertilizantes. “Em muitos, há a informação de que não é para consumo humano, mas as pessoas usam como droga de abuso”, alerta a psiquiatra Fernanda de Paula Ramos. Somente dessta droga já foram identificados 134 tipos.
 
As catinonas sintéticas, na forma de sais de banho, usam o rótulo de agrotóxico e repelente para burlar a lei. Já as fenetilaminas, conhecidas por NBOMe, geram alucinações sérias que podem levar à morte. Tais substâncias compartilham características com o LSD (ácido lisérgico). O consumo pode levar a alterações de percepção e intoxicações graves, comportamentos agressivos e visões paranoicas.
 
O termo “novas drogas” para referir-se às substâncias sintéticas não está necessariamente relacionado a novas invenções, mas a substâncias que têm sido produzidas em laboratório – semelhantes às já existentes – e que recentemente se tornaram disponíveis. “É algo relativamente novo, que vem sendo identificado nos últimos cinco anos”, explica Fernanda.
 
Alarmante
A preocupação com o consumo de drogas sintéticas vai além do aumento considerado alarmante por especialistas. “Além de mais danosas que as drogas não sintéticas, há dificuldades legais para conter o avanço e pouca informação sobre os efeitos a longo prazo do consumo”, afirma o psiquiatra Leonardo Ludwing Paim. O assunto foi debatido durante o Congresso de Cérebro, Comportamento e Emoções, realizado no início deste mês, em Porto Alegre.
 
Saúde Plena

Pesquisadores suecos criam dispositivo implantável que combate dor crônica

Após implantado no corpo, o equipamento libera substância analgésica diretamente nos nervos onde o problema surge
 
A dor neuropática é um forte desconforto sentido em uma ou mais partes do corpo e que afeta pessoas com problemas (doenças ou lesões) no sistema nervoso central, na medula espinhal ou no cérebro. Em breve, o combate a esse incômodo que causa grande prejuízo à qualidade de vida dos pacientes pode ganhar um aliado tecnológico.
 
Pesquisadores suecos apresentam na edição desta semana da revista Science Advances um dispositivo bioeletrônico que, após ser implantado no corpo, libera substância analgésica diretamente nos nervos onde o problema surge. Por enquanto, o equipamento foi testado com sucesso em ratos, mas os responsáveis pelo trabalho acreditam que podem adaptá-lo para seres humanos.
 
O estudo surgiu quando o principal autor, Daniel Simon, tomou conhecimento dos esforços de colegas que buscavam uma maneira de tratar dores crônicas como a neuropática. “Eles trabalhavam com terapias de dor na coluna vertebral e pensei que nosso dispositivo poderia entregar GABA de maneira ‘local’, ajudando os pacientes sem efeitos colaterais”, diz ao Correio Simon, pesquisador do Laboratório de Eletrônica Orgânica da Universidade Linköping.
 
GABA é o nome de um neurotransmissor produzido naturalmente no organismo e regulador da dor. O dispositivo testado libera doses terapêuticas da substância no corpo para aliviar o desconforto. Feito de plástico, ele tem duas estruturas. A primeira é um reservatório para o medicamento, e a outra, uma porta de saída. Um fio fica para fora do corpo para receber uma corrente elétrica, que leva energia para polímeros dentro do dispositivo acionando a liberação do neurotransmissor.
 
Nos testes, o implante foi feito em ratos que tinham lesões no nervo ciático, o que provocava dores nas patas. “O GABA foi eletricamente bombeado diretamente nos locais em que o nervo estava lesionado. Desse modo, nós entregamos a substância de forma terapêutica, em doses muito pequenas, apenas quando ocorria o sinal de dor do sistema nervoso central”, explica o autor. Os animais que usaram o aparelho apresentaram comportamento que indicavam redução de dor nas patas e mais disposição física.
 
Vantagens
O criador do aparelho destaca diversas vantagens do dispositivo em comparação a outras técnicas usadas hoje para tratar a dor crônica. “Existem muitas ferramentas que interferem nos sinais de dor e da coluna vertebral. Drogas ou injeções podem trabalhar, mas ambas fazem efeito em todo o corpo ou na totalidade da medula espinal. Isso gera efeitos colaterais, como cansaço e perda geral de controle muscular”, afirma Simon. “A estimulação elétrica também pode ser usada, tanto para a dor quanto para restaurar a função da coluna vertebral, mas, dessa forma, todos os neurônios próximos aos eletrodos são ativados, independentemente de seus papéis e funções neurais específicas”, completa Simon.
 
Para Tiago Freitas, neurologista do Hospital Santa Lúcia, o dispositivo sueco realmente se destaca de outras técnicas por atingir diretamente o ponto da dor. “É uma linha diferente da que usamos atualmente. Esse aparelho consegue liberar o GABA exatamente no ponto da dor, o que o torna bastante eficaz”, avalia o médico, que não participou do estudo.
 
O próximo passo dos pesquisadores é mudar o protótipo, projetado especialmente para a anatomia dos ratos, e adaptá-lo a animais maiores e, posteriormente, em pessoas. “O dispositivo pode muito facilmente ser modificado para a anatomia humana e, provavelmente, funcionar tão bem quanto nos roedores. No entanto, precisamos de anos de testes em animais antes de tal experimento ser eticamente aprovado. Mas, felizmente, isso está em nosso futuro”, destaca Simon.
 
Como o dispositivo ainda é um protótipo, o custo ainda não foi estimado. No entanto, o autor acredita que ele não deve ser caro. “Agora, temos uma ferramenta de pesquisa. Mas os componentes individuais do dispositivo são muito baratos e podemos até mudar a fabricação para materiais de menor valor”, diz.
 
Na opinião de Valtencir Zucolotto, coordenador do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), o trabalho dos suecos tem potencial para estimular projetos interessantes, voltados para o tratamento de humanos. “Esse é o caminho normal das inovações científicas. Depois do laboratório e das cobaias, o passo seguinte são testes em animais maiores e humanos”, observa.
 
Ao tomar conhecimento do estudo publicado na Science Advances, Zucolotto também estimou que o dispositivo não deve ser muito caro. “Acredito que os produtos utilizados em sua composição são baratos e podem ser ainda mais econômicos futuramente. A fonte de energia, por exemplo, pode ser adaptada da mesma forma usada no marca-passo”, acredita. “O grande potencial desse aparelho é liberar o medicamento diretamente no nervo em que a dor surge, e isso poderá ser mantido (em novos modelos), conclui.
 
Correio Braziliense

Hábitos simples podem evitar a gripe

O inverno está chegando e é justamente nesse período que aumenta a circulação dos vírus da gripe. Para evitar a doença, o diretor de vigilância de doenças transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch orienta que é fundamental manter medidas simples de prevenção, como lavar as mãos várias vezes ao dia e evitar contato com pessoas contaminadas
 
Cláudio Maierovitch ensina o que a pessoa com gripe ou resfriado deve fazer ao espirrar para não transmitir a doença. “A gente recomenda que se cubra a boca e o nariz com o braço na dobra do cotovelo justamente pra que se evite um jato de gotículas e que não se contamine as mãos. Se a pessoa estiver preparada com uma caixa de lenço de papel, ela pode usar o lenço de papel de forma que após o uso ele é jogado fora, mas é muito importante que em seguida leve bem as mãos.
 
Outra medida para evitar o contágio do vírus da gripe é não compartilhar objetos de uso pessoal, conforme explica o diretor de vigilância de doenças transmissíveis, Cláudio Maierovitch: “Esses objetos podem ser facilmente descontaminados, sendo lavados com água e sabão, mas de qualquer forma deve-se evitar o compartilhamento de copos, de talhares, de toalhas de rosto, de qualquer tipo de objeto que possa se contaminar com a secreção das pessoas.”
 
Além de orientar sobre as medidas de prevenção para evitar a gripe , o Ministério da Saúde, todos os anos, realiza a Campanha Nacional de Vacinação . As pessoas que têm mais risco de desenvolver a doença têm prioridade para receber a dose, como gestantes, indígenas, crianças até cinco anos incompletos, idosos e trabalhadores da saúde e do sistema carcerário. Este ano, a campanha segue até o dia 05 de junho.
 

Gripe: Saiba por que a vacina contra a doença é contraindicada para quem tem alergia a ovo

A vacina contra a gripe oferecida pelo Sistema Único de Saúde evita que a pessoa tenha complicações graves da doença , além de reduzir as internações e as mortes. As reações após tomar a dose são leves, como dores e sensibilidade no local da aplicação
 
De acordo com o diretor de vigilância de doenças transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, a vacina é segura, mas é contraindicada para pessoas com alergia severa a ovo. “Porque no processamento dos vírus pra se elaborar a vacina existe uma etapa em que os vírus crescem em ovos e isso pode levar a proteína dos ovos pra vacina. Então, as únicas pessoas que devem tomar o cuidado adicional em relação à vacina são aquelas que já sabem que têm alergia a ovo.”
 
O diretor de vigilância de doenças transmissíveis, Cláudio Maierovitch, faz um alerta para as pessoas que têm alergia a ovo mas vivem com alguma doença crônica. “Se houver alguma situação de uma pessoa que tem alergia a ovo e que tem uma doença crônica, por exemplo, que a torna muito vulnerável ao vírus da gripe, ela vai precisar falar com o médico pra ver se tem alguma alternativa, se ela pode tomar a vacina mesmo tendo alergia, isso vai ter que ser avaliado pra cada caso individual.”

Este ano, a meta do Ministério da Saúde é imunizar contra a gripe 39 milhões e setecentas mil pessoas em todo o Brasil, até o dia 05 de junho.
 
Fonte: Ana Cláudia Amorim/ WebRadio Saúde

Em ascensão na Flórida, nova droga sintética ‘flakka’ faz usuários enlouquecerem em poucos dias

Divulgação/ U.S. Drug Enforcement Administration
Cristais de flakka são apreendidos pelo departamento para
 repressão de narcóticos dos Estados Unidos
Casos de pessoas que correm peladas na rua após consumir a substância têm sido registrados nos EUA
 
Fort Lauderdale, EUA - Uma droga sintética cada vez mais popular na Flórida está por trás de uma série de crimes bizarros no estado americano, segundo a polícia local. Um homem correu pelado por um bairro, tentou fazer sexo com uma árvore e disse a um policial que ele era o deus Thor, da mitologia nórdica. Já outro correu pelado pelas ruas movimentadas de uma cidade em plena luz do dia, certo de que uma matilha de pastores alemães o estava perseguindo. Outros dois tentaram invadir o Departamento de Polícia de Fort Lauderdale. Eles achavam que havia pessoas os perseguindo, e um deles acabou empalado em uma cerca.
 
O elemento comum em todos esses incidentes bizarros que ocorreram nos últimos meses é a flakka, uma droga sintética que está ficando popular na Flórida. Também conhecida como “cascalho” e vendida por cerca de US$ 5 (R$ 15) o frasco, a substância está se tornando um problema crescente para a polícia, depois que chegou ao mercado em 2013.
 
Ela é a mais recente em uma série de drogas sintéticas — que inclui ecstasy e “sais de banho” — mas, de acordo com as autoridades, a flakka é ainda mais fácil de se obter, em pequenas quantidades, através do correio. O ingrediente ativo da flakka é um composto químico chamado alfa-PVP, que está na lista do U.S. Drug Enforcement Administration (DEA, o departamento para repressão de narcóticos dos Estados Unidos) de substâncias controladas com maior probabilidade de provocar o vício. O produto é geralmente fabricado em países como a China e o Paquistão.
 
A flakka — termo derivado da palavra em espanhol usada para designar uma mulher magra — é normalmente vendida em forma de cristais e fumada com auxílio de cigarros eletrônicos, populares entre os jovens e que não emitem cheiro. A droga também pode ser cheirada, injetada ou ingerida.
 
— Um viciado uma vez descreveu a droga como “insanidade por US$ 5” — disse Don Maines, conselheiro no tratamento de dependência química que trabalha no Departamento de Polícia do Condado de Broward, em Fort Lauderdale. — Eles querem experimentar porque é muito barato. A droga amplia a sensação de consciência. Eles se sentem mais fortes e ficam mais sensíveis ao toque. Mas depois vem a paranoia.
 
Divulgação/ Broward Sheriff's Office: Cápsulas de flakka
confiscadas pela polícia da Flórida em fevereiro deste ano
A julgar pelos flagrantes da polícia da Flórida, o uso da flakka está se escalando rapidamente. O número de amostras que chegam para teste nos laboratórios criminais passou de 38 em 2013 para 228 em 2014. No laboratório do Departamento de Polícia de Broward, os registros de flakka cresceram de menos de 200 em 2014 para 275 apenas nos três primeiros meses deste ano, segundo a porta-voz Keyla Concepción.
 
— É definitivamente algo em que estamos de olho. É uma droga em ascensão — comentou Chad Brown, agente especial do Departamento de Polícia da Flórida.
 
Segundo Brown, sua divisão está treinando policiais para que eles possam reconhecer a flakka e seus efeitos em usuários. Mas há um desafio: os fabricantes da droga fazem pequenas alterações na composição química da substância, para dificultar seu reconhecimento nos laboratórios. Além disso, ela é frequentemente misturada a outros entorpecentes, como crack, cocaína e heroína, com efeitos ainda pouco conhecidos. Com o uso contínuo por pouco mais de três dias, já pode ser possível notar mudanças de comportamento graves nos usuários.
 
— A droga começa a reprogramar a química do cérebro. Os usuário não têm controle sobre seus pensamentos. Eles não podem controlar suas ações — alertou Maines. — Parece ser universal a sensação de que alguém os está perseguindo. É uma droga extremamente perigosa.
 
O Globo

Estado de São Paulo ratifica obrigatoriedade de Responsável Técnico (RT) em transportadoras de medicamentos e insumos farmacêuticos

A Lei nº 15.626/14 de 19/12/2014, publicada em 20/12/2014, reitera a necessidade da contratação de profissional farmacêutico devidamente inscrito no Conselho Regional de Farmácia para assumir responsabilidade técnica em transportadoras de medicamentos e insumos farmacêuticos
 
 
Embora já existam legislações federais normatizando o assunto, a Lei Estadual 15626/14 ressalta que a obrigatoriedade da contratação do responsável técnico farmacêutico se estende à matriz e às filiais das empresas situadas no Estado de São Paulo.
 
Acesse aqui a íntegra do texto legal.

CVS

Nos EUA, cães são usados para vigiar crianças que sofrem de epilepsia

Foto: Reprodução da Internet
Animais dormem em quarto de crianças e alertam famílias sobre ataques. Devido à alta demanda, há falta de animais para tratamento terapêutico
 
Organizações dos Estados Unidos têm doado cães a crianças com epilepsia, autismo e outras incapacidades para que sirvam de guarda dos pequenos e alertem aos familiares quando há ataques. A iniciativa é feita por várias entidades, que tentam evitar que as crianças fiquem reclusas devido aos problemas que sofrem.
 
Os animais permitem às crianças frequentar parques, escolas e restaurantes, ou seja, a ter uma vida normal. Eles são treinados principalmente para permanecer no quarto delas durante o sono e latir para familiares em caso de distúrbios que precisem ser medicados.
 
Alyssa Howes tinha quatro anos quando perdeu a vista e começou a ter ataques epiléticos, cerca de 20 por dia. Durante anos, a avó permanecia no quarto da menina à noite para vigiá-la. Mas quando a família recebeu o cão Flint, a vida deles mudou para melhor.
 
O cão ajudou Alyssa a ter um cotidiano mais digno na região de Los Angeles. “A vida não deveria ser tão complicada aos cinco anos”, disse o especialista em comportamento animal, Brandon McMillan, porta-voz da organização Magnolia Patas de Compaixão, que promove o encontro de crianças com cães.
 
“Peguem uma criança com uma incapacidade. Deem um cão a ela. O cachorro abre todo um mundo para esse garoto ou garota. É importante para sua vida”, disse ele.
 
No entanto, tudo tem seu preço. Uma das organizações, chamada de Quatro Patas, gasta cerca de US$ 22 mil para criar e treinar um cão. Por isso, eles pedem que a família receptora colete cerca de US$ 15 mil para ajudar no serviço. Além disso, as organizações afirmam que não há animais suficientes para atender os pedidos pelo país.
 
G1