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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Custos médico-hospitalares crescem 9,4% em junho

por Instituto de Estudos de Saúde Suplementar 09/12/2010 Número médio de consultas por beneficiário manteve-se constante nos últimos 12 meses, refletindo na frequência de outros procedimentos Em junho de 2010 a variação dos custos médicos hospitalares, VCMH/IESS, calculado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, IESS, foi de 9,4%, após variação de 13,1% em junho de 2009, período anterior. o dobro do IPCA do período (julho09-junho10 em relação à julho08-junho09). A variação de custo acumulada nos últimos 24 meses terminados em junho de 2010 foi de 23,7%. Conheça outras análises macroeconômicas da saúde suplementar no IESS. Após crescimento na frequência de consulta nos anos anteriores, fato que aumentou o número de consultas médias realizadas pelos beneficiários no ano, em junho de 2010 o número médio de consultas por beneficiário manteve-se constante nos últimos 12 meses. Essa constância reflete na frequência de outros procedimentos, já que, na maior parte das vezes, é na consulta que se originam as demandas pelos demais serviços de saúde. É possível que o VCMH volte a crescer ainda neste ano pela incorporação de novas atualizações no Rol de Procedimentos, que entrou em vigor em junho de 2010. Entende-se por Custos Médico-Hospitalares o total das despesas assistenciais pagas pelas operadoras de planos e seguros de saúde para os planos individuais. Criado pelo IESS, o VCMH é um índice que mede a variação anual dessas despesas, pela média móvel de 12 meses em relação aos dozes meses imediatamente anteriores. O custo de uma operadora de planos de saúde é formado por dois componentes, preço e frequência de uso e sua variação é o efeito combinado da variação destes dois fatores. Por exemplo, se o preço médio do procedimento cresceu 7% e a frequência de uso 3%, a variação do custo será de 10,21%. Portanto, enquanto o preço variou 7%, o custo variou 10,21%. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=74101&utm_source=newsletter_20101209&utm_medium=email&utm_content=Custos%20médico-hospitalares%20crescem%209,4%25%20em%20junho&utm_campaign=SaudeBusinessWebNewsletter

Novas regras para prescrição de antibióticos

Segue o link de esclarecimento e o texto abaixo que cita as farmácias hospitalares. SNGPC: Novas regras para retenção e escrituração de medicamentos antimicrobianos 29 de outubro de 2010 A Coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados – (CSGPC) informa que foi publicada no dia 28 de outubro de 2010 no Diário Oficial da União a Resolução-RDC nº 44, de 26 de outubro de 2010 que dispõe sobre o controle de medicamentos a base de substâncias classificadas como antimicrobianos. Esclarecemos abaixo alguns pontos importantes desta resolução que estão relacionados ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados – SNGPC. A RDC nº 44/2010 estabelece o controle para todos os antimicrobianos de uso sob prescrição. Desta forma todas as formas farmacêuticas comercializadas que possuem tarja vermelha e são de venda sob prescrição, deverão obrigatoriamente ser escrituradas no SNGPC, incluindo antimicrobianos de uso dermatológico, ginecológico, oftálmico e otorrinolaringológico. Com relação à escrituração dessas substâncias no SNGPC, esclarecemos que todas as empresas que já utilizam esse sistema bem como aquelas que não o possuem deverão realizar a escrituração somente a partir do dia 25 de abril de 2011 (180 dias contados da data de publicação da resolução). Informamos que antes deste prazo não é necessária a escrituração no SNGPC, apenas a retenção da receita (receita de controle especial – duas vias), a qual passará a ser obrigatória a partir do dia 28 de novembro de 2010. Informamos que antes do prazo para iniciar a escrituração (25/04/2011), esta coordenação irá publicar um informe técnico contendo todos os procedimentos que deverão ser adotados pelos estabelecimentos para inclusão dos medicamentos antimicrobianos no SNGPC. Esclarecemos ainda que as retenções e escriturações de receitas deverão ser realizadas em todas as farmácias e drogarias, públicas ou privadas, entretanto, somente realizarão a escrituração no SNGPC as farmácias e drogarias privadas. As farmácias e drogarias de natureza pública e aquelas de unidades hospitalares deverão realizar a escrituração em Livro de Registro Específico para medicamentos antimicrobianos ou por meio de sistema informatizado previamente avaliado e aprovado pela Autoridade Sanitária competente. Esta escrituração também deverá ocorrer somente a partir do dia 25 de abril de 2011. Em relação à guarda dos medicamentos antimicrobianos, continua da forma com esta, ou seja, estes deverão continuar nas prateleiras. Diante disso, não será necessária a guarda destes em armários ou salas exclusivas, assim como, as farmácias e drogarias não terão que fazer nenhuma petição de alteração de AFE ou AE para comercializar os antimicrobianos. FONTE: http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/informetecnico/!ut/p/c5/04_SB8K8xLLM9MSSzPy8xBz9CP0os3hnd0cPE3MfAwMDMydnA093Uz8z00B_A3dTU6B8JE55A38jArrDQfbh1w-SN8ABHA30_Tzyc1P1C3IjDLJMHBUBj2nhFA!!/dl3/d3/L0lDU0lKSWdra0EhIS9JTlJBQUlpQ2dBek15cUEhL1lCSlAxTkMxTktfMjd3ISEvN19DR0FINDdMMDBHMTg3MEk4RzVGQlVDMzBWMQ!!/?WCM_PORTLET=PC_7_CGAH47L00G1870I8G5FBUC30V1_WCM&WCM_GLOBAL_CONTEXT=/wps/wcm/connect/anvisa/anvisa/informes+tecnicos/publicacao+informes+tecnicos/29101001

Diferenças em Estoques: um Problema Crescente!

Quando uma significativa diferença entre estoques aparece após a realização do inventário anual, fica difícil encontrar a causa dos problemas com algum grau de certeza. Por outro lado, não podemos ignorar o problema, e ao contrário, devemos identificar as causas e eliminá-las se possível. As diferenças em estoques podem ocorrer devido a diversas razões: registro incorreto de dados, furtos, fraudes em vendas, etc. Esses problemas custam cerca de US$ 30 bilhões por ano aos varejistas norte-americanos, segundo pesquisa realizada anualmente com as 118 maiores redes varejistas dos EUA. Perde-se o equivalente a 2% das vendas em diferenças em estoques. Lá essa cifra já supera os roubos a carros, residências e bancos. O impacto disso para o consumidor é muito grande; as compras realizadas no varejo acabam custando US$ 440,00 por ano a mais para cada cliente em função dos repasses com as diferenças em estoques. A causa mais comum, em geral, está relacionada ao registro incorreto das informações, já que lidamos com centenas ou milhares de entradas diárias, de diferentes materiais ou produtos acabados e de diferentes origens. Os maiores problemas ocorrem nas docas de recebimento, tanto para itens fracionados ou páletes completos. Um simples erro, como o registro de 100 unidades ao invés de 10, poderá inflacionar um determinado item recebido, gerando problemas no montante em estoques, disponibilizando 90 unidades a mais para venda do que realmente existe fisicamente. E além disso tudo, poderá gerar problemas para o gestor de materiais ao programar novas quantidades a serem recebidas das fontes fornecedoras. Felizmente, erros como esses são fáceis de serem detectados e corrigidos. Embora cansativa e tediosa, a conferência “cega” e a verificação dupla no recebimento devem se tornar procedimento padrão nas empresas, pois revelam a causa de uma importante parcela dos problemas com inventários. Erros constantes em estoques geram conflito com a área de Vendas e com Clientes, já que estes deixam de confiar nas informações disponibilizadas. Outro importante fator gerador de diferenças em estoques corresponde aos furtos realizados por funcionários de armazéns, embora muita gente afirme, com certeza, que isso não acontece em sua empresa. Maior do que parece ser (e do que realmente sabemos), os furtos, muitas vezes envolvem funcionários dedicados, pontuais e participativos. O furto é facilmente camuflado como procedimento operacional padrão. Em um armazém circulam milhares de embalagens de produtos de forma regular e constante, essas atividades, muitas vezes caótica, funcionam como uma “cortina de fumaça” perfeita para o furto. Um estudo realizado pela Universidade da Flórida, em parceria com uma empresa americana de segurança, constatou que 48,5% das diferenças em estoques estavam atreladas ao furto por empregados, representando um custo de cerca de US$ 15 bilhões anuais. Muitas empresas têm investindo em tecnologia para reprimir ou dificultar esse tipo de problema. Tecnologia, sozinha, não eliminará o problema de furto de mercadorias em armazéns. Lembre-se que apesar da automação de algumas atividades, os armazéns continuam sendo áreas de uso intensivo de mão-de-obra e a falta de pessoal qualificado tem sido uma grande dor de cabeça para as empresas. E muitos deles estocam materiais atrativos como CDs, DVDs, cosméticos, alimentos, remédios, telefones celulares, produtos de higiene e limpeza, eletroeletrônicos, etc. As empresas que quiserem eliminar esse tipo de problema deverão, além do investimento em tecnologia e em outros processos internos, promover um alto nível de satisfação nos diferentes níveis de colaboradores, rever suas práticas internas de gestão dos inventários e alterar algumas de suas políticas internas. O problema é grave e continua crescendo. O impacto no retorno sobre os investimentos, valor econômico agregado e lucratividade das empresas é gigantesco! Arregace as mangas e procure resolver o problema! Marco Antonio Oliveira Neves - Diretor da Tigerlog Consultoria, Treinamento e Hunting em Logística http://www.logvale.com.br/html/mercado.php?id=15

Cálculo de Dosagem de Medicamento

No cálculo da dosagem medicamentos, vários aspectos devem ser levados em consideração. Primeiramente, o conhecimento técnico sobre o medicamento e seu mecanismo de ação é essencial para determinar qual a dose indicada a um paciente determinado, levando-se em consideração suas características físicas (peso e idade), e metabólicas. Contudo, na prática, ao efetuar um cálculo de dosagem de medicamentos, é comum levar em consideração somente a massa corporal do paciente. Isso ocorre porque, via de regra, a dosagem específica e eficaz do medicamento já vem pré-determinada pelos laboratórios. Cabe ao prescritor, contudo, efetuar o cálculo de dosagem dos medicamentos, para adequar essa dosagem à necessidade ao paciente. Assim, é importante conhecer os cálculos básicos utilizados nessa adequação. Nesse sentido, podemos citar o mais importante cálculo de adequação de dosagem: Regra de três A regra de três simples é um processo prático para resolver problemas de razão e proporção, que envolvam quatro valores dos quais conhecemos três. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos outros já conhecidos. Passos utilizados em uma regra de três simples: 1. Agrupar as grandezas da mesma espécie em colunas, mantendo na mesma linha as grandezas de espécies diferentes. 2. Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais. 3. Montar a proporção e resolver a equação. Por exemplo: Uma solução oral foi preparada contendo 20 MG de cloridrato de femproporex por 5 mL de solução. Quantos MG de fármaco estão contidos em 40 mL desta solução? Montando a regra de três: 5 mL da solução → contêm → 20mg de fármaco 40 mL da solução → contêm? → X MG Resolvendo a regra de três: 20/5= X/40 ð 20. 40 = 5. X ð X = 160 MG

Interações Medicamentosas

Atualmente, no mercado nacional, existem cerca 1.500 fármacos com aproximadamente 5.000 nomes comerciais, apresentados sob cerca de 20.000 formas farmacêuticas e embalagens diferentes. Nesse universo, ao contrário do que se pensa, a utilização de vários e novos medicamentos não garante maior benefício ao paciente, pois, junto com as vantagens das possibilidades terapêuticas, surge o risco dos efeitos indesejados das interações medicamentosas. A prescrição simultânea de vários medicamentos e sua administração é uma prática comum utilizada em esquemas terapêuticos clássicos, com a finalidade de melhorar a eficácia dos medicamentos, reduzir a toxicidade ou, ainda, tratar doenças coexistentes. Quando ocorre uma interação farmacológica entre duas ou mais drogas, pode ocorrer a interferência de uma das drogas sobre as outras, alterando o efeito esperado, qualitativa ou quantitativamente. Assim, pode-se obter um sinergismo de ação ou um antagonismo parcial ou total desses efeitos. O conhecimento das propriedades básicas dos fármacos e de sua ação farmacológica é de fundamental importância para um tratamento seguro, eficaz e adequado. INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS
O QUE É UMA INTERAÇÃO FARMACOLÓGICA E QUAIS OS TIPOS DE INTERAÇÕES EXISTENTES? Pode ser definida como a influência recíproca de um medicamento sobre outra substância. Ou seja, quando um medicamento é administrado isoladamente, produz um determinado efeito. Porém, quando este é associado a outro medicamento, a alimentos ou a outras substâncias (como o tabaco, drogas de abuso ou mesmo outros tipos de substâncias com as quais o paciente possa entrar em contato, como inseticidas, produtos de limpeza, cosméticos etc.), ocorre um efeito diferente do esperado, caracterizando uma interação. Essa alteração pode ser qualitativa; ou seja, a resposta farmacológica é completamente diferente dos efeitos habituais do medicamento; ou quantitativa; quando o efeito do próprio fármaco aumenta (sinergia), diminui (antagonismo parcial) ou cessa (antagonismo total). As respostas decorrentes da interação podem acarretar potencialização do efeito terapêutico, redução da eficácia, aparecimento de reações adversas ou ainda não causar nenhuma modificação no efeito desejado do medicamento. Portanto, a interação entre medicamentos pode ser benéfica, causar respostas desfavoráveis não esperadas (adversa), ou apresentar pequeno significado clínico. As interações benéficas, muitas vezes, são fundamentais em diversos tratamentos. No tratamento da hipertensão arterial severa, a combinação de medicamentos com mecanismos de ação diferentes potencializa o efeito do anti-hipertensivo e reduz, de forma mais eficiente, a pressão arterial. O ácido acetilsalicílico com dipirona sódica, quando administrados juntos, tem suas ações analgésicas potencializadas. Por outro lado, as interações podem acentuar os efeitos indesejados dos medicamentos ou interferir na eficácia terapêutica, colocando em risco a vida do paciente. Por exemplo, a administração de barbitúricos com álcool pode levar o paciente ao estado de coma. QUAIS PACIENTES ESTÃO MAIS SUSCEPTÍVEIS A INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS E QUAL A INCIDÊNCIA DAS MESMAS? A incidência de uma interação indesejada aumenta proporcionalmente em relação ao número de fármacos prescritos, principalmente quando os mesmos são associados em dose fixa (fármacos na mesma preparação farmacêutica, como um comprimido ou cápsula). Estima-se que ocorram interações medicamentosas em 3% a 5% dos pacientes que recebam poucos fármacos (dois a três medicamentos). Esse índice aumenta para 20% quando os pacientes utilizam de 10 a 20 medicamentos. Pacientes submetidos à terapia com dois ou mais medicamentos estão expostos aos efeitos das interações adversas, mas determinados grupos são certamente mais susceptíveis, por exemplo, os idosos, os portadores de doenças crônicas, os usuários de dispositivos para infusão de medicamentos intravenosos ou de sonda enteral. Nos idosos, a degeneração dos sistemas orgânicos, o excesso de medicamentos prescritos, o tempo de tratamento, a prática da automedicação e os inúmeros distúrbios de órgãos ou sistemas responsáveis pela farmacocinética dos medicamentos são alguns dos fatores que aumentam a possibilidade de interações adversas. Os portadores de doenças crônicas como cardiopatias, hepatopatias, nefropatias, os com afecções que acometem o sistema imunológico, tais como câncer, síndrome da imunodeficiência adquirida, lúpus, artrite reumatóide, ou que são submetidos à terapia com agentes imunossupressores (corticosteroides, quimioterápicos antineoplásicos, modificadores de respostas biológicas, entre outros) são expostos a protocolos de tratamento com múltiplos medicamentos e por tempo prolongado. Esses são fatores importantes que, quando combinados, podem aumentar as chances de reações indesejáveis e agravar o quadro do paciente. Os usuários de cateteres venosos e os de sonda para dieta enteral são frequentemente portadores de distúrbios do sistema digestório, capazes de afetar o movimento e aproveitamento das moléculas dos medicamentos no organismo. Nos pacientes de unidades de terapia intensiva, a infusão contínua de medicamentos vasoativos e a administração contínua de outros (antibióticos, analgésicos, ansiolíticos, antieméticos) são comuns e necessárias; em contrapartida, essas são situações potenciais para ocorrência de interações adversas, especialmente quando não são considerados cuidados em relação à compatibilidade entre os medicamentos e os intervalos de administração entre eles. Triturar comprimidos ou drágeas para a administração dos medicamentos pela sonda enteral pode facilitar a associação de agentes não compatíveis entre si, causando reações indesejadas. Além disso, os nutrientes da dieta podem interferir na ação dos medicamentos. COMO AS INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS PODEM SER CLASSIFICADAS? Os medicamentos podem interagir durante o preparo, no momento da absorção, distribuição, metabolização, eliminação ou na ligação ao receptor farmacológico. Dessa forma, as interações são classificadas de acordo com o momento em que acontecem: 1 - Interações farmacêuticas (ou incompatibilidade) são interações do tipo físico-químicas que ocorrem quando dois ou mais medicamentos são administrados na mesma solução, ou misturados no mesmo recipiente, e as características do produto obtido são alteradas, inviabilizando a terapêutica. Por exemplo, dois medicamentos são misturados em uma mesma seringa, provocando uma reação físico-química e causando precipitação ou turvação da solução, alteração da cor do medicamento ou resultando na inativação de um ou de ambos os medicamentos. 2 - Interações farmacocinéticas são aquelas em que um fármaco altera a velocidade ou a extensão de absorção, distribuição, biotransformação ou excreção de outro fármaco. Fase de absorção: a absorção de uma droga pode ser reduzida por drogas que diminuem a motilidade do trato digestivo (como a atropina ou opiáceos) ou acelerada por drogas pro cinéticas (como a metoclopramida). Drogas que são ácidos fracos são absorvidas em meio ácido, logo, sua absorção será diminuída por antiácidos (por exemplo, bloqueador H2 e barbitúricos). O contrário vale para as drogas que são bases. A absorção pode ser reduzida pela formação de compostos insolúveis (como o Cálcio ou o Ferro). Parafina pode reduzir absorção de drogas lipossolúveis. Inibidores da monoaminoxidase (IMAO’s) impedem a degradação da tiramina (substância presente no queijo, vinho, chocolate, abacaxi, presunto, etc.) no trato gastrointestinal (TGI), e, se forem absorvidos em uma refeição rica em tiramina, podem causar efeito vasopressor agudo. Fase de distribuição: ocorre pela competição das drogas por proteínas plasmáticas, e depende da interação da droga A com albumina e da concentração da droga B. A droga livre é a que tem efeito, logo, ao ocorrer deslocamento de uma droga, haverá aumento dos efeitos e da toxicidade da droga deslocada. Exemplos de agentes deslocadores: fenilbutazona, aspirina, paracetamol, dicumarol, clofibrato, sulfonamidas. Exemplos de drogas deslocadas: warfarina, tolbutamina, metotrexato. Fase de biotransformação: a metabolização das drogas ocorre principalmente em nível hepático, pelas enzimas microssomais, para tornarem-se mais hidrossolúveis e serem eliminadas por via renal ou biliar. Existe o citocromo C redutase e o citocromo P 450, que são um conjunto de enzimas. Essas enzimas podem sofrer indução ou inibição por drogas. Essas reações geram tolerância ou sensibilidade e têm reação cruzada, ou seja, o efeito de uma droga repercutirá no metabolismo das outras drogas que usam a mesma via metabólica. A indução enzimática causa diminuição nos efeitos e tolerância (exemplos: barbitúricos, fenitoína, rifampicina, etanol, carbamazepina, fenilbutazona, fumo, anti-histamínicos, haloperidol, griseofulvina). A inibição enzimática causa redução da eliminação, aumenta os efeitos e a toxicidade (exemplos: dissulfiram, corticosteroides, cimetidina, inibidores da MAO, cloranfenicol, halopurinol e ISRS). Fase de excreção: podem ocorrer por alterar a taxa de filtração, inibir a secreção tubular, diminuir a reabsorção, alterar o fluxo urinário, alterar o pH urinário. Quanto ao pH urinário, a urina ácida favorece a excreção de drogas básicas. Exemplo: a excreção de anfetaminas e narcóticos é diminuída quando é administrado bicarbonato, e aumentada com a ingestão de vitamina C.
3 - Interações farmacodinâmicas ocorrem no local de ação dos fármacos (receptores farmacológicos), sendo capaz de causar efeitos semelhantes (sinergismo) ou opostos (antagonismo). O efeito resulta da ação dos fármacos envolvidos no mesmo receptor ou enzima. Um fármaco pode aumentar o efeito do agonista por estimular a receptividade de seu receptor ou inibir enzimas que o inativam no local de ação. A diminuição de efeito deve-se à competição pelo mesmo receptor, tendo o antagonista puro maior afinidade e nenhuma atividade intrínseca. O sinergismo pode ocorrer com medicamentos que possuem os mesmos mecanismos de ação (aditivo), com os que agem por diferentes modos (somação) ou com aqueles que atuam em diferentes receptores farmacológicos (potencialização). Das associações sinérgicas podem surgir efeitos terapêuticos ou tóxicos. No antagonismo, o efeito de um medicamento é suprimido ou reduzido na presença de outro, muitas vezes pela competição destes pelo mesmo receptor. São tipos de interações que podem gerar respostas benéficas ou acarretar ineficácia do tratamento. QUE FATORES LIGADOS À ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS PODEM LEVAR A UMA INTERAÇÃO? Os medicamentos precipitadores são capazes de arremessar outros agentes para fora do local de ação original e assim afetar o efeito desejado. Fazem parte desse grupo os indutores e inibidores enzimáticos (exemplos na tabela abaixo), os que são altamente ligados às proteínas plasmáticas (por exemplo, a aspirina, a fenilbutazona e as sulfonamidas) e os que alteram a função renal (por exemplo, a furosemida e a probenecida). Os medicamentos denominados alvo ou objetos são aqueles que, quando passam por alguma alteração em sua dose (mesmo que pequena), proporcionam grande modificação no efeito. Nesses casos, a interação frequentemente resulta na diminuição da eficácia terapêutica do medicamento. Entretanto, para aqueles medicamentos que possuem estreito índice terapêutico, as interações produzem ampliação da toxicidade. São exemplos desses medicamentos os antibióticos aminoglicosídeos, os antiarrítmicos, os anticoagulantes, os anticonvulsivantes, os anti-hipertensivos, os glicosídeos cardíacos, os hipoglicemiantes, os quimioterápicos antineoplásicos e alguns imunossupressores. CONCLUSÃO Deve-se sempre lembrar que qualquer substância que venha a ser ingerida pelo indivíduo sem a intenção de promover um efeito terapêutico (como no caso dos alimentos, do tabaco etc.) poderá levar à ocorrência de interações medicamentosas com qualquer medicamento que aquela pessoa estiver utilizando, causando alterações na eficácia terapêutica e na toxicidade dessas substâncias. Assim, além de avaliar as características dos medicamentos prescritos, quando o farmacêutico vai dispensá-los, ele deve sempre considerar os hábitos individuais de cada paciente, aconselhando-o a alterar seus hábitos para evitar possíveis complicações durante o tratamento devido a interações adversas. Esse acompanhamento deve ser atento e permanente, contribuindo assim para o aprimoramento dos serviços prestados. REFERÊNCIAS http://www.medley.com.br/aofarmaceutico/src/elearning_login.asp?id_modulo=33&

Hospital onde menina recebeu vaselina mostra embalagens à polícia

Publicado em 08/12/2010
O hospital onde a menina Stephanie dos Santos Teixeira, 12, teria recebido vaselina na veia, apresentou à polícia as embalagens usadas para armazenar soro e vaselina. As embalagens são duas garrafas de vidro iguais, de um litro e com tampa azul. As duas substâncias são transparentes. A única diferença entre elas é a identificação do rótulo, o que pode ter levado uma auxiliar de enfermagem a confundir o soro que deveria ser aplicado na menina com vaselina líquida. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a menina teria recebido incorretamente 50 ml de uma solução de vaselina líquida na veia. Ela foi transferida para a Santa Casa (centro de SP), que administra o hospital do Jaçanã, por volta das 21h30 da sexta-feira, onde acabou morrendo na madrugada. A polícia suspeita que, na hora de trocar a embalagem do soro que era aplicado na menina, a auxiliar tenha se enganado e colocado a embalagem com vaselina.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/841688-hospital-onde-menina-pode-ter-recebido-vaselina-mostra-embalagens-a-policia.shtml