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domingo, 15 de dezembro de 2013

Tatuagem 3D ajuda a reconstruir mamas de mulheres que tiveram câncer

Danilo Verpa/Folhapress
A psicóloga Catarina Braga Silva, 59, que retirou as duas mamas
 em tratamento contra câncer, reconstruiu os seios e os mamilos
 e agora tatua o bico do seio
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Mulheres cujas mamas foram reconstruídas após o câncer têm agora uma nova aliada no resgate da autoestima: a tatuagem tridimensional da aréola e do mamilo que, de tão real, chega a enganar os mais desavisados.
 
A técnica consiste em fazer um retrato da aréola, com uma mistura de cores para que o desenho fique de acordo com o tom da pele.
 
Um jogo de luz e sombra cria a ilusão da existência dos mamilos e dos tubérculos de Montgomery (pequenos carocinhos ao redor da aréola).
 
"É emocionante poder ajudar essas mulheres a recuperar a feminilidade e a vaidade. No final, quando se olham no espelho, algumas choram. Eu já chorei junto", conta o tatuador e pintor Sérgio Maciel, o Led's, que faz, em média, duas tatuagens de aréolas e mamilos por semana.
 
A Folha acompanhou na última quarta a tatuagem da psicóloga Catarina Braga Silva, 59, que retirou as mamas em 1994. Depois de sofrer problemas com os implantes, ela passou por uma reconstrução dos seios em 2001.
 
Em 2009, o câncer voltou e Catarina precisou retirar uma parte da mama. Agora, decidiu finalizar o processo com a tatuagem da aréola.
 
Primeiro, Led's mediu a proporção dos seios e desenhou o contorno da aréola. Depois, preencheu o desenho com uma mistura de pigmentos que resultou num tom rosado. A aréola da outra mama também foi retocada.
 
"Cada pessoa tem um tom de aréola, que pode puxar para o rosado, para o café com leite ou o marrom mais claro. A arte está em acertar o tom adequado, misturando cores", explica Led's, 30 anos de experiência no ramo.
 
Após duas horas, a aréola está pronta. Catarina se vê no espelho e sorri com os olhos marejados. "Ficou lindo."
 
A mesma cena se repete em outros estúdios de São Paulo, que têm visto aumentar a clientela de mulheres que buscam nesse tipo de tatuagem uma solução para corrigir a mutilação do câncer.
 
"No início, você só se preocupa em ficar curada, nem liga se está sem o bico do seio ou sem aréola. Mas tê-los de volta significa encerrar um ciclo de sofrimento", diz a professora Márcia, 48, que fez a tatuagem 3D há um mês.
 
A fisioterapeuta Tarsila Sakamoto, que se especializou em tatuar aréolas, conta que muitas mulheres com as mamas reconstruídas só voltam a mostrar os seios para os maridos ou namorados após a tatuagem. "Algumas passam anos só tendo relação sexual de sutiã ou camiseta."
 
Segundo o tatuador Paulo Sérgio Affonso, o Paulão Tattoo, a tatuagem reparadora evoluiu muito nos últimos anos, com uma grande variedade de pigmentos e agulhas. Mas, para ele, o que conta é a experiência do tatuador.
 
"Quando você aplica a tinta é uma cor, quando cicatriza é outra. A gente consegue visualizar como vai ficar daqui a um ano." O efeito 3D funciona como uma ilustração. "É como ver uma pintura que parece uma foto."
 
Última etapa 
Muitas mulheres chegam aos estúdios encaminhadas pelos próprios cirurgiões. O preço da tatuagem depende da complexidade do trabalho.
 
Pode variar entre R$ 200 e R$ 1.000. A durabilidade chega a dez anos ou mais.
 
Refazer a aréola e o mamilo é a última etapa na longa trajetória das mulheres que enfrentam o câncer de mama. "É a cereja do bolo", define o cirurgião plástico Gustavo Duarte, da equipe do Hospital Sírio-Libanês.
 
Após a reconstrução das mamas, normalmente feita a partir de músculos e gordura do abdome, os novos peitos ficam sem aréola e mamilo.
 
"Espera-se em média um ano até o fim do tratamento contra o câncer, que pode envolver químio, radioterapia e eventual cirurgia plástica para corrigir a simetria das mamas enxertadas", diz Duarte.
 
Ao fim desse processo, a mulher pode optar por reconstruir o mamilo (com a própria pele do peito) e colori-lo juntamente com a aréola ou só tatuá-lo em 3D. "Há mulheres que preferem não reconstruir o mamilo. As mais jovens acham que ele marca as roupas, as mais idosas querem evitar mais cirurgia."
 
Folhaonline

Doença deixa adolescente com barriga de grávida depois de comer

Foto: Reprodução/DailyMail
Rachel Harley conta que sofre com o problema desde abril e busca dinheiro para operação
 
Todas as vezes que Rachael Harley come, ela sofre com dores de estômago. Além disso, sua barriga cresce tanto que parece que está grávida. Depois de passar por uma operação em julho, os médicos descobriram que a adolescente do Reino Unido sofre com tecidos fibrosos que se criam em seu apêndice e estômago. As informações são do site Daily Mail.
 
De acordo com a publicação, ela foi internada em outubro para exames, mas os médicos não sabem como tratar o problema. Segundo ela, seu peso varia constantemente.

 — Meu peso vai para cima e para baixo em um espaço muito pequeno de tempo.
 
Rachel conta que seus problemas começaram em abril deste ano. Seu estômago inchou tanto durante uma noite e ela foi levada às pressas ao hospital. Desde então, tem passado por vários exames.
 
A adolescente conta que, certa vez, após ela comer, perguntaram quanto tempo de grávida ela estava.

 — Nem sabia o que dizer. Me senti tão horrível que menti. É horrível. É como se meu estômago está prestes a esticar aberta.
 
Hoje, ela só pode comer “pequenas coisas”, como lanches e mal pode tomar água. Rachael agora quer levantar o máximo de dinheiro na esperança de viajar para Londres para fazer uma cirurgia no próximo ano. O custo da operação e dos exames é de R$ 12 mil.

R7

Enfermeira revela os 5 maiores arrependimentos das pessoas antes de morrer

A
australiana Bronnie Ware é uma enfermeira que passou muitos anos trabalhando com
cuidados paliativos, ou seja, acompanhava o tratamento de pacientes nos últimos
três meses de vida. Por meio desta vivência, Bronnie escreveu um livro com os
cinco arrependimentos mais comuns das pessoas antes de morrer intitulado Top
Cinco: Arrependimentos Daqueles que Estão Para Morrer (The Top Five Regrets of
the Dying, em inglês)Australiana que cuidou de pacientes nos últimos meses de vida escreve livro sobre o tema
 
A australiana Bronnie Ware é uma enfermeira que passou muitos anos trabalhando com cuidados paliativos, ou seja, acompanhava o tratamento de pacientes nos últimos três meses de vida. Por meio desta vivência, Bronnie escreveu um livro com os cinco arrependimentos mais comuns das pessoas antes de morrer intitulado Top Cinco: Arrependimentos Daqueles que Estão Para Morrer (The Top Five Regrets of the Dying, em inglês)
 
No livro, a enfermeira conta que os pacientes ganharam uma clareza de pensamento incrível no fim de suas vidas e que podemos aprender muito com esta sabedoria. 

— Quando questionados sobre desejos e arrependimentos, alguns temas comuns surgiam repetidamente
 
Gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim 
— Este foi o arrependimento mais comum. Quando as pessoas percebem que sua vida está quase no fim e olham para trás, percebem claramente que muitos sonhos não foram realizados. A maioria das pessoas não realizou nem metade de seus sonhos e morreram sabendo que isso aconteceu por causa de escolhas que fizeram, ou não fizeram. A saúde traz uma liberdade que poucos percebem 
 
Gostaria de não ter trabalhado tanto 
— Ouvi isso de todos os pacientes do sexo masculino que cuidei. Eles perderam a juventude de seus filhos e a companhia das parceiras. As mulheres também citaram este arrependimento, mas como a maioria era de uma geração mais antiga, muitas não se mantiveram no mercado de trabalho. Todos os homens lamentaram profundamente gastar tanto tempo de suas vidas no trabalho
 
Queria de ter tido a coragem de expressar meus sentimentos 
— Muitas pessoas suprimiram seus sentimentos para ficar em paz com os outros. Como resultado, eles se acomodaram em uma existência medíocre e nunca se tornaram quem eles realmente eram capazes de ser. Muitos desenvolveram doenças relacionadas à amargura e ressentimento que carregavam
 
Gostaria de ter mantido contato com meus amigos 
— Muitas vezes eles não percebiam as vantagens de ter velhos amigos até que nas últimas semanas de vida percebem que não foi possível encontrar essas pessoas. Muitos ficaram tão envolvidos em suas próprias vidas que deixaram amizades “de ouro” se perderem ao longo dos anos. Demonstraram arrependimentos profundos sobre não terem dedicado tempo e esforço às amizades. Todo mundo sente falta dos amigos quando está morrendo
 
Gostaria de ter sido mais feliz 
— Esse é um arrependimento surpreendentemente comum. Muitos só percebem que a felicidade é uma escolha no fim da vida. As pessoas ficam presas em antigos hábitos e padrões, o famoso “conforto” com as coisas que são familiares. O medo da mudança fez com que elas finjam para os outros e para si que estavam contentes quando, no fundo, queriam poder rir de verdade e aproveitar as coisas boas da vida
 
R7

Polícia desarticula maior rede de abortos do Rio

Quadrilha sendo apresentada / Luiza BarataA maior rede de abortos do Estado do Rio foi desarticulada na manhã desta sexta-feira, 13, por policiais da 19ª Delegacia de Polícia (Tijuca)
 
Em um ano de investigação, os agentes descobriram que o grupo movimentava cerca de R$ 500 mil por mês.
 
Cerca de 50 PMs participaram da ação para cumprir seis mandados de prisão e sete de busca e apreensão na capital e em outros municípios.
 
Maria José Barcellos Cândido, Nilda de Souza Pontes, Guilherme Estrella Aranha, José Luiz Gonçalves, Ivo Tannuri Filho e Myrian Hahamovici foram presos.
 
Também foi apreendido material cirúrgico, e um valor ainda não calculado em dólares e euro.

A quadrilha era formada por médicos, agenciadores e seguranças. Semanalmente eram realizados aproximadamente 50 abortos para os quais era cobrado até R$ 8 mil por procedimento. Mulheres de outros Estados como São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Maranhão vinham para o Rio fazer abortos.
 
Estadão

Quais medicamentos causam odor corporal?


O suor das glândulas apócrinas localizadas nas axilas e virilha serve como alimento para as bactérias na superfície da pele
Odor corporal pode ser bastante constrangedor, especialmente se você já tentou de tudo para se livrar dele. Você toma banho regularmente, usa um desodorante ou antitranspirante, veste roupas limpas e até mesmo segue uma dieta balanceada. Mas há um lugar onde você ainda não pensou em procurar: o armário de remédios.

Assim como alguns remédios causam efeitos colaterais como náuseas e sonolência, outros podem aumentar a chance de uma pessoa desenvolver odor corporal. Tenha também em mente que o aumento do suor pode levar a um odor corporal. O suor das glândulas apócrinas localizadas nas axilas e virilha serve como alimento para as bactérias na superfície da pele – e o odor é um subproduto comum desse processo [fonte: Mayo Clinic Staff].

Mas se você perceber um aumento na quantidade de suor e odor corporal que coincide com o fato de estar tomando um novo medicamento, é melhor levar o problema ao médico antes de parar de tomar tal remédio. Em geral, prever se determinado remédio causará odor corporal em um dado indivíduo pode ser complicado porque as pessoas metabolizam os medicamentos de maneiras bem diferentes em função da própria saúde e genética. Embora muitos medicamentos causem transpiração – que por sua vez pode levar ao odor corporal – apenas alguns grupos de drogas são conhecidos por produzir esses efeitos colaterais. Então, quais são os tipos de remédios que mais causam a transpiração e o odor corporal?

Para começar, vários medicamentos antidepressivos podem causar transpiração [fonte: WebMD]. O cloridrato de bupropiona (WellButrin) pode causar odor corporal, além de sudorese excessiva em alguns pacientes.

Os medicamentos antidepressivos que podem causar um aumento na transpiração são:

- Zyban® - cloridrato de bupropiona

- Anafranil® - cloridrato de clomipramina

- Cymbalta® - cloridrato de duloxetina

- Lexapro® - oxalato de escitalopram

- Prozac®, Sarafem® - cloridrato de Fluoxetina

- Paxil® - cloridrato de paroxetina

- Pexeva® - mesilato de paroxetina

- Zoloft® - cloridrato de Sertralina

- Effexor® - cloridrato de Venlafaxina
[fonte: DailyMed]
 
É importante notar que a sudorese excessiva que não figura na lista de efeitos colaterais do remédio pode significar uma condição de saúde mais grave que acompanha o uso de drogas antidepressivas. Você deve falar para o seu médico sobre qualquer efeito colateral que venha a experimentar.

Embora não tão comum, alguns indivíduos experimentam um aumento na transpiração ao usar remédios anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) – medicamentos usados para tratar inflamação e dor. Esses efeitos colaterais foram notificados no Profenid® (cetoprofeno) e Naprosyn® (naproxeno). O sulfato de codeína, usado para aliviar a dor, também tem a transpiração como um de seus efeitos colaterais.

Outros remédios têm uma ligação forte entre odor corporal e transpiração. Por exemplo, o odor corporal foi observado em ensaios clínicos para os ésteres de ácido etílico de ômega-3 (Lovaza®), medicamento usado para reduzir um tipo específico de gordura no sangue; acetato de leuprolide (Lupron®), usado para interromper a produção de certos hormônios durante tratamentos para câncer; e o topiramato (Topamax®) para tratar convulsões e epilepsia. Algumas pessoas tomam suplementos que contêm alho e que também podem causar odor corporal e mau hálito.

Monitorar as mudanças no seu corpo que acontecem ao tomar um medicamento permite que você possa abordar essas questões com seu médico, garantindo um tratamento seguro e confortável.

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Como funciona a Ressonância Nuclear Magnética Funcional

Visão geral de um aparelho de ressonância magnética
© istockphoto.com / Scott Hirko
Visão geral de um aparelho de ressonância magnética
A tecnologia médica evoluiu tanto nos últimos anos que, hoje, os exames por imagem conseguem cortar o corpo em fatias extremamente finas obtendo imagens e criando modelos tridimensionais de órgãos e tecidos para descobrir anormalidades e diagnosticar doenças. Entretanto, um tipo relativamente novo de exame chamado  ressonância nuclear magnética funcional (RNMf) leva a tecnologia um passo além. Ele não apenas consegue ajudar a diagnosticar doenças cerebrais, como também permite que os médicos entrem em nossos processos mentais para determinar o que estamos pensando e sentindo. A RNMf ainda pode ser capaz de detectar se estamos falando a verdade.


O exame se baseia na mesma tecnologia da ressonância nuclear magnética (RNM) - um teste não-invasivo que utiliza um forte campo magnético e ondas de rádio para criar imagens detalhadas do corpo. Mas em vez disso, a RNMf analisa o fluxo sanguíneo no cérebro para detectar as áreas de atividade. Essas mudanças no fluxo, que são capturadas em um computador, ajudam os médicos a compreender melhor a forma como o cérebro funciona.

O conceito por trás de RNM existe desde o início do século 20. E no início da década de 30, Isidor Isaac Rabi, físico da Universidade de Columbia, fez experimentos com as propriedades magnéticas dos átomos. Ele descobriu que um campo magnético associado a ondas de rádio fazia com que os núcleos dos átomos "se movessem", uma propriedade conhecida hoje como ressonância magnética. Em 1944, Rabi ganhou o Prêmio Nobel de Física por seu trabalho pioneiro.

Na década de 70, Paul Lauterbur, professor de química da Universidade Estadual de Nova Iorque, e Peter Mansfield, professor de física da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, usaram individualmente a ressonância magnética como base para o desenvolvimento de uma nova técnica diagnóstica chamada de ressonância nuclear magnética. O primeiro scanner de RNM comercial foi produzido em 1980.

Então, no início da década de 90, o físico Seiji Ogawa - que estava trabalhando na Bell Laboratories, em Nova Jersey - descobriu, enquanto realizava estudos com animais, que a hemoglobina pobre em oxigênio (a molécula no sangue que conduz o oxigênio) era afetada por um campo magnético de forma diferente da hemoglobina rica em oxigênio. O físico percebeu que podia usar esses contrastes na quantidade de oxigênio do sangue para mapear as imagens da atividade cerebral em um exame normal de RNM.

A ideia básica por trás da descoberta de Ogawa foi proposta mais de meio século antes pelo químico Linus Pauling. Na década de 30, Pauling descobriu que a reação do sangue rico em oxigênio e do sangue pobre em oxigênio à força de um campo magnético era diferente em até 20%. Na RNMf, a localização dessas diferenças permite que os cientistas determinem as partes do cérebro que estão sendo irrigadas por sangue e por isso são mais ativas.

Técnico monitora um exame de ressonância magnética
© istockphoto.com / james steidl
Técnico monitora um exame de ressonância magnética
Como a RNMf escaneia o cérebro?
A RNMf baseia-se na ideia de que o sangue que carrega o oxigênio dos pulmões se comporta de forma diferente, isso em um campo magnético, do que o sangue que já liberou seu oxigênio às células. Em outras palavras, o sangue rico em oxigênio e o sangue pobre em oxigênio possuem uma ressonância magnética diferente. Os cientistas sabem que áreas mais ativas do cérebro recebem mais sangue oxigenado. A RNMf captura esse fluxo sanguíneo elevado para localizar onde há maior atividade. A medida do fluxo e volume de sangue e do uso de oxigênio é chamada de sinal BOLD (nível dependente de oxigênio no sangue).
 
O aparelho de ressonância magnética é uma parte cara do equipamento (custa entre US$ 500.000 e US$ 2 milhões), que visualiza o cérebro usando uma combinação de ondas de rádio e um campo magnético incrivelmente poderoso [fonte: Pesquisa de Frost & Sullivan (em inglês)]. O típico scanner de RNM da pesquisa possui uma força de três teslas - cerca de 50 mil vezes mais forte que o campo magnético da Terra [fonte: Universidade de Oxford (em inglês)].
 
Ao deitar dentro da cavidade cilíndrica de um aparelho de ressonância magnética, ele aponta ondas de rádio para os prótons - partículas eletricamente carregadas nos núcleos dos átomos de hidrogênio - na área do corpo a ser estudada. À medida que o campo magnético atinge os prótons, eles se alinham. Então, a máquina libera uma curta rajada de ondas de rádio, que atinge os prótons fora do alinhamento. Quando isso acaba, os prótons voltam a se alinhar, e à medida que o fazem, liberam sinais que a RNMf captura. Os prótons nas áreas do sangue oxigenado produzem os sinais mais fortes.

Um computador processa esses sinais em uma imagem tridimensional do cérebro que os médicos podem examinar de muitos ângulos diferentes. A atividade cerebral é mapeada em quadrados chamados voxels. E cada um representa milhares de células nervosas (neurônios). A cor é adicionada à imagem para criar um mapa das áreas mais ativas no cérebro.
 
Imagem por RNMf: como é feita?
Geralmente, um exame de RNMf é realizado em um paciente externo (em inglês). Isso significa que você vai até o hospital para fazer o exame e sai mais tarde. Durante o teste, você pode usar o avental do hospital ou suas próprias roupas, mas não pode levar para a sala nenhum metal (zíper, grampo, pino, óculos), pois pode interferir no aparelho.

Durante o exame, você fica deitado em uma mesa. Sua cabeça pode ser presa por um cinto para que fique imóvel. Então, você desliza - com a cabeça erguida - para dentro do aparelho de ressonância cilíndrico. Talvez você tenha que usar tampões de ouvido, pois ele costuma ser muito barulhento.

Enquanto a máquina está escaneando seu cérebro, você será solicitado a realizar alguma tarefa que aumente o fluxo sanguíneo oxigenado a uma parte específica do cérebro. Por exemplo, bater de leve com o polegar nos outros dedos, olhar imagens ou responder a perguntas em uma tela de computador. O exame pode durar de alguns minutos a mais de uma hora. E depois de concluído, um radiologista interpretará os resultados.

Embora um teste de RNMf não utilize radiação, o forte campo magnético e exposição a ondas de rádio podem não ser recomendados para certos grupos de pessoas, como:
  • gestantes;
  • portadores de desfibrilador interno ou marcapasso;
  • portadores de válvulas de coração artificial ou próteses (em inglês);
  • portadores de implantes cocleares;
  • pacientes com cateter de infusão;
  • portadores de grampos para aneurismas cerebrais;
  • mulheres com DIU (dispositivo intra-uterino);
  • portadores de pinos de metal, parafusos, placas ou grampos cirúrgicos.
 
Série de imagens do cérebro obtidas em um exame de ressonância magnética
© istockphoto.com / Hayden Bird
Série de imagens do cérebro obtidas em um exame de ressonância magnética
Análise da RNMf: como é utilizada?
O uso mais básico da RNMf é semelhante ao da RNM - descobrir tecidos lesados ou doentes (nesse caso, no cérebro). Por exemplo, a RNMf pode ser usada para monitorar o crescimento de tumores cerebrais, determinar o seu funcionamento após um derrame, diagnosticar a doença de Alzheimer e descobrir o local de origem dos acidentes vasculares cerebrais.
 
Os cientistas também estão investigando várias outras possíveis aplicações da RNMf, como:

Mapeamento do cérebro. Essa aplicação determina as partes cerebrais que desempenham funções específicas. Por exemplo, os pesquisadores estão tentando identificar as regiões do cérebro que lidam com a dor para criar terapias mais eficazes contra ela. Outros especialistas estão analisando o local, no cérebro, onde o tempo é percebido para criar novos tratamentos para pessoas que têm dificuldade com a percepção do tempo.
 
Planejamento de cirurgia. Quando um paciente precisa se submeter a uma cirurgia para a retirada de um tumor cerebral, por exemplo, os médicos podem primeiro fazer um exame do cérebro para determinar exatamente o local a ser operado, de modo que não afete funções cerebrais importantes.

Análise de emoções. A Ressonância Nuclear Magnética funcional pode ajudar os cientistas a compreenderem melhor a natureza da tristeza e de outras emoções. Em um experimento, pesquisadores da UCLA realizaram exames de RNMf em mulheres que tinham perdido há pouco tempo um parente próximo por câncer de mama. Eles descobriram diferenças significativas na atividade cerebral quando elas olharam fotos desses familiares, com base no tipo de tristeza que elas estavam sentindo. Enquanto as mulheres com uma "tristeza comum" apresentaram atividade nas áreas do cérebro que processam a dor emocional, as com uma tristeza mais prolongada ou "complicada" tiveram também atividade maior nas áreas do cérebro associadas ao prazer, vícios e recompensas, sugerindo que a lembrança de seus parentes estava estimulando sentimentos de dor ou prazer [fonte: UCLA (em inglês)].
 
Pesquisa de mercado. Os anunciantes já questionaram os clientes sobre como se sentem com os produtos e como as propagandas influenciam suas decisões de compra. Agora, eles conseguem ver essas reações analisando diretamente o cérebro dos consumidores. Em um estudo de pesquisa de mercado, a agência de propaganda Arnold Worldwide, com sede em Boston, mostrou várias imagens a seis homens - todos usuários de uísque - durante o exame de seus cérebros para verificar a reação de cada um a um novo anúncio de Jack Daniels. A RNMf não é a forma mais barata de avaliar essas campanhas de publicidade - pode custar de US$ 50 mil a US$ 100 mil para realizar um estudo (se comparado a cerca de US$ 4 mil para um grupo focal) - mas os anunciantes dizem que esse exame lhes dá um tipo totalmente novo de percepção sobre o comportamento do consumidor [fonte: Business Week].
 
neurônio
©2009 HowStuffWorksA RNMf não consegue analisar as células cerebrais
Quais são as vantagens e desvantagens da RNMf?
A grande vantagem da RNMf é que não faz uso de radiação, como os raios X, a tomografia computadorizada e a tomografia por emissão de pósitrons (PET, sigla em inglês). Se feita corretamente, ela não apresenta praticamente nenhum risco. O exame pode avaliar o funcionamento cerebral de forma segura, eficaz e não-invasiva. É fácil de usar e as imagens produzidas são de alta resolução (com detalhes milimétricos). Além disso, se comparada aos métodos tradicionais de questionário para avaliação psicológica, a RNMf é muito mais objetiva.

No entanto, também apresenta desvantagens. Primeiro, é cara. Segundo, ela só consegue capturar uma imagem clara se a pessoa que está sendo examinada permanecer totalmente imóvel. E terceiro, os pesquisadores ainda são sabem completamente como ela funciona.
 
A maior reclamação dos pesquisadores é que a RNMf consegue analisar apenas o fluxo sanguíneo no cérebro. Ela não consegue avaliar as atividades das células nervosas individuais (neurônios), que são críticas ao funcionamento mental. Cada parte do cérebro estudada é formada por milhares de neurônios individuais, cada um com uma história diferente para contar. Como certas áreas cerebrais que "acendem" na RNMf podem representar várias funções diferentes, é difícil dizer exatamente que tipo de atividade cerebral está sendo representada no exame.

Além disso, pode haver dificuldade na interpretação dos resultados de um exame de RNMf. Por exemplo, em um estudo realizado pelo pesquisador Marco Iacoboni, na UCLA, quando foram mostradas a eleitores indecisos as palavras "democrata", "republicano" e "independente" foi ativada uma área do cérebro chamada amídala, indicando sentimentos de ansiedade e aversão. Mas os três termos também induziram atividade em áreas do cérebro associadas à recompensa, desejo e ligação. Então, como as pessoas se sentiram com essas expressões políticas - aborrecidas ou ligadas a elas? Os pesquisadores tiveram dificuldade em dizer com segurança [fonte: Scientific American (em inglês)].

Devido a essas desvantagens, alguns críticos defendem que a RNMf nada mais é do que uma versão de alta tecnologia da frenologia, pseudociência do século 19 que dizia revelar a personalidade da pessoa com base exclusivamente no formato de seu crânio. No futuro, os pesquisadores esperam tornar a RNMf mais "científica", além de melhorar sua precisão concentrando-se nos neurônios individuais. E acreditam que registrando a atividade elétrica nos neurônios terão uma imagem mais completa e exata da atividade cerebral.
 
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Tomate previne doenças vasculares

origem tomatesEles são o fruto mais produzido no mundo e agora cientistas japoneses descobriram que os tomates contêm um nutriente que pode combater o aparecimento de doenças vasculares
 
A pesquisa, publicada na revista Molecular Nutrition & Food Research, revela que um composto extraído do fruto, o 9-oxo-octadecadienoico, tem propriedades antidislipidêmicas.

A equipe liderada por Teruo Kawada, da Universidade de Kioto, e apoiada pelo Programa de Pesquisa e Desenvolvimento de Novas Iniciativas Bioindustriais do Japão, focou sua pesquisa nos extratos que combatem a dislipidemia, condição causada por uma quantidade anormal de lipídios, como colesterol ou gordura, na corrente sanguínea.
 
“A dislipidemia em si normalmente não causa sintomas”, disse Kawada. “No entanto ela pode levar a doenças vasculares sintomáticas, como arteriosclerose e cirrose. Para evitar essas doenças é preciso evitar o acúmulo de lipídos”.

Já se sabe que o tomate contém muitos compostos benéficos para a saúde. No estudo em questão a equipe analisou o ácido 9-oxo-octadecadienoico para testar as suas pontenciais propriedades contra a dislipidemia.

Descobriu-se que o composto melhora a oxidação de ácidos graxos e contribui para a regulação do metabolismo lipídico hepático.

“Encontrar um composto que ajuda na prevenção de doenças crônicas relacionadas à obesidade é uma grande vantagem na luta contra essas doenças”, concluiu Kawada. E isso também significa que o tomate permite que as pessoas gerenciem com facilidade o aparecimento ou não da dislipidemia através de sua dieta diária”.
 
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O que é terçol?

O terçol é uuma inflamação dos folículos dos cílios provocada por bactéria da pele
Andre Riemann / Domínio público
O terçol é uuma inflamação dos folículos dos cílios
 provocada por bactéria da pele
Terçol é uma inflamação nas glândulas de Zeis e Mol, na borda da pálpebra, onde ela se encontra com os cílios.  Ele aparece como uma saliência vermelha, dolorida e quente que se parece com uma espinha e é sensível principalmente ao toque. Essas características são típicas de infecção provocada por bactérias. É possível ter mais de um terçol ao mesmo tempo.

Em geral, o terçol drena e desaparece espontaneamente.  Um terçol pode se tornar um calázio - quando uma glândula de óleo inflamada fica totalmente bloqueada. Essa inflamação, porém, não é provocada por bactérias. Se o calázio ficar muito grande, pode atrapalhar a visão. Se for persistente, pode ser indicativo de defeito de refração do olho.
 
Além da saliência vermelha, inchada e dolorida, outros sintomas do terçol incluem: olho lacrimejante, sensação de areia e coceira nos olhos como se ele tivesse um corpo estranho e sensibilidade à luz.
 
O médico pode diagnosticar um terçol apenas pelo exame físico.
 
O tratamento básico é a aplicação de compressas quentes por 10 minutos, quatro vezes ao dia. De maneira nenhuma deve-se espremer o terçol, que deve secar sozinho. Pomadas antibióticas podem ajudar com terçóis persistentes ou recorrentes, mas quem deve determinar isso é o médico. O oftalmologista também vai decidir se o terçol, quando muito grande, precisa ser lancetado para drenar a infecção.
 
O terçol cura sozinho, mas procure o médico novamente se:
 
- Houver recorrência do terçol;
 
- A infeção se espalhar para outros folículos dos cílios;
 
- A infecção se espalhar pelo tecido das pálpebras (celulite das pálpebras);
 
- Houver problemas de visão;
 
- A saliência da pálpebra piorar ou não melhorar dentro de uma ou duas semanas de tratamento;
 
- A saliência ficar muito grande e dolorida;
 
- Formar uma bolha na pálpebra;
 
- Se formarem crostas na pálpebra;
 
- Toda a pálpebra ou olho ficar vermelho;
 
- Ficar muito sensível à luz e lacrimejando demais;
 
- O terçol voltar logo depois de um tratamento bem-sucedido;
 
Antes de tocar no terçol, ainda que para passar a pomada antibiótica ou fazer a compressa, lave bem as mãos.
 
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Imunidade na gravidez

Saiba como evitar que as infecções oportunistas ataquem o seu corpo
 
O equilíbrio no corpo feminino é, por vezes, muito delicado. Não à toa, a gestação, embora seja maravilhosa, acaba por bagunçar um pouco o modo como o organismo funciona. E, nesse momento de fragilidade, as infecções oportunistas costumam atacar.
 
“A imunidade da mulher tende a cair durante a gravidez, por isso, ela se torna vítima dessas infecções”, afirma a ginecologista e obstetra Denise Gomes, da Plena Clínica, em São Paulo. Duas das doenças mais comuns entre as mulheres grávidas são a candidíase e a infecção urinária.
 
Presente na flora vaginal, o fungo candida albicans é o principal causador da candidíase. Quando o corpo apresenta uma queda de resistência, ele se prolifera de forma exagerada e acaba causando irritação, coceira aguda e corrimento esbranquiçado. O tratamento é simples, feito com cremes tópicos receitados pelo médico que não causam mal ao bebê.
 
Já a infecção urinária, também conhecida como cistite, acomete cerca de 20% das mulheres grávidas. Sua principal causa é a compressão das vias urinárias pelo útero, o que pode fazer com que a urina se acumule ali e facilite a proliferação de bactérias.
 
Nesse caso, a principal defesa do organismo é a urina, já que ela limpa o canal. “Por isso, nada de segurar o xixi”, afirma Denise Gomes, que ainda indica a ingestão de muita água todos os dias. Caso você sinta dificuldade em urinar e ardência, procure o seu médico imediatamente. “A infecção não tratada pode causar o rompimento da bolsa antes da hora”, alerta a médica.
 
Nos dois casos, a especialista é categórica ao afirmar que diminuir o ritmo durante a gestação ajuda a evitar problemas. “Fugir do estresse e dormir bem, por exemplo, ajudam a manter a imunidade alta”, diz.
 
Meu Bebê

Licença-maternidade reduz o risco de depressão pós-parto, afirma pesquisa

Licença-maternidade reduz o risco de depressão pós-parto, afirma pesquisa Emily Cahal/Stock.xchng
Foto: Emily Cahal / Stock.xchng
Estudo indica que, quando mais cedo a mãe volta a trabalhar após
 o parto, maior o risco de ela sofrer com a depressão pós-parto
Períodos de 120 dias estipulado pela lei brasileira e 84, pela estadunidense, podem não ser suficientes para garantir o bem-estar materno
 
Quanto mais longa a licença-maternidade, menor as chances de a mãe desenvolver depressão pós-parto. É o que aponta um estudo da Universidade de Maryland.
 
— Aqui nos Estados Unidos, a maioria das mulheres volta ao trabalho no máximo três meses após dar a luz. Mas nossa pesquisa demonstra que mulheres que ficam em casa durante menos de seis meses após o nascimento do filho têm um risco maior de sofrer com a depressão pós-parto — afirma a professora de Saúde Pública Rada Dagher, que liderou a pesquisa.
 
De acordo com os cientistas, o primeiro ano após o parto apresenta um risco maior de depressão entre as mulheres. Neste período, uma de cada dez mães experiência a depressão pós-parto, que apresenta sintomas similares àqueles da depressão clínica.
 
O estudo é o primeiro a investigar a relação entre a licença maternidade e a depressão pós-parto durante o primeiro ano de vida do bebê, e foi realizado através da Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo, uma ferramenta vastamente utilizada e validada pela comunidade científica para se analisar quadros depressivos deste tipo.
 
Para chegar ao resultado apresentado, os pesquisadores acompanharam um grupo de cerca de 800 mulheres no estado norte-americano do Minnesota ao longo do primeiro ano da maternidade, reunindo dados sobre sintomas de depressão e saúde física e mental ao longo deste período. Dentro dos primeiros seis meses após o parto, mulheres que estavam em licença-maternidade apresentaram significativamente menos sinais de depressão pós-parto que aquelas que voltaram a trabalhar antes do primeiro semestre depois da gestação.
 
— Isso demonstra que o atual tempo estipulado para a licença-maternidade nos Estados Unidos, de 12 semanas, pode não ser o suficiente para mães que experienciam situações de risco e depressão pós-parto — conclui Dagher.
 
A legislação brasileira, por sua vez, prevê licença-maternidade remunerada de 120 dias — quase um mês a mais que a estabelecida no país norte-americano.

Zero Hora

Mitos e verdades sobre a dengue

Mitos e verdades sobre a dengue Diego Vara/Agencia RBS
Foto: Diego Vara / Agencia RBS
Saiba o que é verdade e o que é crendice popular a respeito do Aedes aegypti
 
Está chegando o verão, o intervalo de janeiro a maio é crítico para o combate ao mosquito. Cerca de 70% dos casos ocorrem neste período.
 
O Ministério da Saúde listou uma série de mitos e verdades para elucidar a população sobre o assunto. São eles:
 
1 - Ar condicionado e ventiladores matam o mosquito - Mentira
Quando se usa o ar condicionado a temperatura e a umidade baixam, isso inibe o mosquito. Ele tem mais dificuldade para detectar onde estará a possível vítima de sua picada. Porém não morrerá. Estes aparelhos apenas espantam o mosquito que poderá voltar em outro momento quando eles estiverem desligados.
 
2 - Para matar os ovos do mosquito basta secar os reservatórios de água parada - Mentira
Não é apenas o simples ato de secar os reservatórios de água parada que irá impedir o mosquito da dengue de se reproduzir. É preciso limpar o local também, pois o ovo ainda pode ser manter "vivo" por mais de um ano sem água.
 
 3 - repelentes são fundamental no combate à dengue - Mentira
Repelentes, velas de citronela ou andiroba, ao contrário do que muita gente pensa, não têm muito efeito no combate à dengue, pois têm efeito indeterminado e temporário.
 
4 - Tomar Vitamina B afasta o mosquito - Mentira
Apesar de ser verdade que o mosquito é atraído de acordo com a respiração e o gás carbônico exalado pela pessoa, a ingestão de vitamina B - alho ou cebola também - (que têm cheiro eliminado pela pele) não é uma medida eficaz de combate à dengue. Tomar vitamina B pode afastar mosquito, mais isso não dura muito e também irá variar de acordo com o metabolismo de cada pessoa, podendo até não ter efeito algum.
 
5 - Qualquer picada do mosquito transmite a doença - Mentira
Primeiramente é necessário que o mosquito esteja contaminado. Além disso, cerca de metade das pessoas picadas não desenvolvem a doença. Entre 20% e 50% vão desenvolver formas subclínicas da doença. Ou seja, sem apresentar sintomas. Mesmo assim, é importante em caso de dúvida ou qualquer suspeita procurar o posto de saúde mais próximo.
 
6 - Borra de café na água das plantas mata os ovos do mosquito - Mentira
Não há comprovação de eficácia da borra de café na água das plantas e sobre a terra no combate ao mosquito. Pelo contrário, já foi verificado na prática que a larva do Aedes aegypti se desenvolve na água suja de borra de café. Ao invés de usar a borra, tente eliminar os pratos dos vasos, ou coloque areia até as bordas deles de forma a eliminar a água. Lave também os pratos com bucha e sabão semanalmente. Isso é eficaz contra a dengue.
 
7 - As larvas do mosquito só se desenvolvem em água limpa - Mentira
Os ovos do mosquito também podem se desenvolver em água suja e parada. Hoje se discute até se as fêmeas do Aedes têm realmente a preferência pela água limpa. Então para combater a dengue, o importante é acabar com qualquer reservatório de água parada, seja limpa ou suja.
 
Ministério da Saúde

Consumo de tabaco no RS tem queda de 33% em seis anos, indica pesquisa

Consumo de tabaco no Estado tem queda de 33% em seis anos, indica pesquisa Adriana Franciosi/Agencia RBS
Foto: Adriana Franciosi / Agencia RBS
Em 2012, 17,4% dos gaúchos eram fumantes
Apesar da diminuição, índice de gaúchos fumantes ainda é maior que a média nacional
 
O consumo de tabaco caiu 33% no Rio Grande do Sul nos últimos seis anos, de acordo com o segundo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) divulgado nesta quarta-feira pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A queda é maior que a média nacional, de 20%, mas os gaúchos ainda fumam mais que os outros brasileiros: somos 17,4% de fumantes, contra 15,6% em todo o país.
 
O índice do primeiro levantamento, realizado em 2006, foi de 25,9% de fumantes no Estado. No Brasil, 15,6% declararam-se fumantes em 2012, contra 19,3% em 2006.
 
A pesquisa estima que 20 milhões de brasileiros consumiam tabaco em 2012, o que somava 16,9% da população. Em 2006, eram 20,8%. Embora o número de fumantes tenha diminuído, o hábito de fumar ficou mais intenso no período. A média de consumo passou de 12,9 cigarros por dia para 14,1 nos últimos seis anos.
 
O consumo de tabaco é maior entre os homens. Eles somaram 19,2% de fumantes em 2012, enquanto 15,7% das mulheres declararam fumar. Entretanto, o número de homens que deixou de fumar foi maior em 2012 (22%) do que a diminuição do tabagismo entre as mulheres (13%). Segundo a coordenadora do Lenad Clarice Sandi Madruga, a tendência é de pareamento entre os gêneros, com homens e mulheres fumando na mesma proporção. Isso já pode ser visto nas faixas etárias mais jovens, onde a diferença de gênero é menor ou sequer existe mais.
 
A queda no números de fumantes não é considerada satisfatória pelos pesquisadores. De acordo com Clarice, os índices poderiam ser menores.
 
— Quem está ainda fumando são pessoas que têm uma dependência mais severa e precisam de tratamento. A população não tem acesso ou não conhece os tratamentos especializados — argumenta.
 
Facilidade no acesso é fundamental
Um dos pontos de maior destaque na pesquisa diz respeito ao consumo de tabaco entre as classes sociais. O Lenad detectou uma diminuição em todas elas, exceto na classe A. Entre a parcela mais rica da sociedade o que se viu foi o contrário: um aumento de 110% no consumo nos últimos seis anos. Para Clarice, o dado confirma que ter dinheiro para comprar cigarro é fundamental para manter o hábito de fumar.
 
— Embora a classe mais alta tenha mais acesso a informação e educação, o fato de ter mais facilidade na compra tem maior impacto no consumo — declara.
 
O Lenad apontou que 90% dos fumantes afirmaram que estão dispostos a parar de fumar. No entanto, apenas 7% deles realmente têm planos para deixar o cigarro. Segundo Clarice, a hipótese para é que aqueles que tinham mais facilidade ou motivação para parar já conseguiram.
 
— Os fumantes restantes têm dependência mais severa e já tiveram muitas tentativas de parada mal sucedidas. Cabe salientar que o tabagismo é a dependência com menos sucesso de tratamento e com maiores taxas de recaídas — afirma.
 
A pesquisa também mostrou que 62% dos menores de idade no Brasil declararam não encontrar nenhuma dificuldade para comprar cigarros. A idade média de experimentação de cigarros foi de 16,2 anos em 2012, variando pouco da média de 15.9 anos de 2006. A idade média do começo de consumo regular é de 17,4 anos.
 
Dicas para parar de fumar
 
O Instituto Nacional de Câncer indica que você pode escolher duas formas para deixar de fumar:
 
Parada imediata
Deve ser sempre a primeira opção. Você deixa de fumar de uma só vez, cessando totalmente de uma hora para outra.
 
Parada gradual
 
Você pode usar esse método de duas maneiras:
— Reduzindo o número de cigarros. Para isso, é só contar o número de cigarros fumados por dia e passar a fumar um número menor a cada dia
 
— Adiando a hora em que fuma o primeiro cigarro do dia. Você vai adiando o primeiro cigarro por um número de horas predeterminado a cada dia até chegar o dia em que você não fumará nenhum cigarro.
 
Se você escolher a parada gradual não deve gastar mais de duas semanas no processo.
 
Repense sua rotina: pense no que seria possível fazer para mudar sua rotina. Buscar atividades diferentes pode ajudar quando se está parando de fumar.
 
Invista em seu preparo físico: procure iniciar caminhadas, de preferência em lugares agradáveis. Se não gosta de caminhar, procure outro exercício ou esporte que o agrade.
 
Se sentir muita vontade de fumar: para ajudar, você poderá chupar gelo, escovar os dentes a toda hora, beber água gelada ou comer uma fruta. Mantenha as mãos ocupadas com um elástico, pedaço de papel, rabisque alguma coisa ou manuseie objetos pequenos. Não fique parado: converse com um amigo, faça algo diferente, distraia sua atenção. Saiba que a vontade de fumar não dura mais que alguns minutos.
 
Fonte: Inca

Veja mais dados da pesquisa:
 
 
Zero Hora

Conheça mitos e verdades sobre a infecção urinária

Conheça mitos e verdades sobre a infecção urinária Reprodução/Reprodução
Foto: Reprodução
Beber muita água é fundamental para prevenir a infecção urinária
Problema é bastante comum entre as mulheres
 
A infecção urinária é uma das doenças mais recorrentes entre as mulheres. De acordo com o urologista membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia João Afif Abdo, cerca de dois terços delas experimentam, no mínimo, um episódio do problema ao longo da vida, sendo que 23% dessas mulheres têm dois episódios e 5% têm recorrências.
 
O especialista listou os principais mitos e verdades sobre o problema. Veja:
 
A infecção urinária é causada apenas por fungos: mito
A infecção do trato urinário pode ser causada por fungos, porém a maioria delas é provocada por bactérias que podem se alojar no aparelho urinário. A infecção pode se alojar apenas na bexiga (cistites) ou atingir os rins (pielonefrites). As cistites são mais frequentes e geralmente provocam dor ao urinar, frequência urinária muito aumentada e às vezes até sangramento às micções. Já as pielonefrites provocam os mesmos sintomas da cistite, mas comprometem o estado geral das pessoas com febre alta, mal estar geral e fraqueza. As bactérias mais comuns nas infecções do aparelho urinário coexistem normalmente nos intestinos, mas quando entram em contato com o sistema urinário, tornam-se nocivos e causam grande desconforto ao paciente.
 
A doença só acomete as mulheres: mito
A infecção pode acontecer com os homens também, mas é muito mais frequente nas mulheres. A própria anatomia feminina é uma das causas que facilitam o aparecimento das infecções urinárias nas mulheres. A uretra feminina é bastante curta e desemboca no genital ao lado da vagina. Por outro lado, ela está muito próxima da região anal, área contaminada até mesmo em pessoas com boa higiene, fato este que facilita o aparecimento de infecções ginecológicas e que a partir daí podem contaminar o aparelho urinário.
 
A infecção acontece mais frequentemente em certas épocas do ano: verdade
No inverno as chances de contrair a infecção aumentam. Em épocas mais frias, as pessoas costumam ingerir menos líquidos e sentem menos necessidade de ir ao banheiro. O ato de urinar auxilia na limpeza do canal da uretra e, quando isso não acontece, há um aumento da possibilidade de reter bactérias no local. Já no verão, período normalmente de férias, é natural que as mulheres mudem seus hábitos diários, como alimentação e atividades do cotidiano, causando uma oscilação no funcionamento do organismo. Este fato aumenta o risco de contrair a infecção urinária.
 
Um dos sintomas da infecção urinária é a urina ficar rosada: verdade
Entre os sintomas da infecção do trato urinário estão: necessidade frequente de urinar acompanhada de dor, modificação na cor da urina, que passa a ser turva ou rosada (pela presença de sangue), alteração no cheiro, que se intensifica, além de febres e dores na região lombar, dependendo da gravidade do caso.
 
Ardor e dor para urinar são sempre sintomas de infecção urinária: mito
A queixa pode também estar relacionada a infecções ginecológicas, traumatismo local e alergias.
 
A única maneira de prevenir a infecção é adquirir o costume de ingerir muita água: mito
Cuidados simples podem ser tomados para evitar o problema. Beber muita água é fundamental, assim como urinar logo após a relação sexual e tomar cuidado durante uma atividade sexual para evitar a contaminação da área genital. Não segurar a vontade de ir ao banheiro também é importante. No longo prazo, essa prática pode enfraquecer a bexiga, que passa a não conseguir eliminar totalmente a urina e essa sobra é prejudicial.
 
Zero Hora

Quando o leite de fórmula é necessário?

A mãe só deve incluir o leite de fórmula na alimentação
do bebê após a orientação do pediatra
Apenas o pediatra deve dizer se o aleitamento materno pode ser complementado ou substituído. Saiba por que não é recomendável dar leite de fórmula livremente para o bebê
 
Nas prateleiras dos supermercados, o acesso a variados tipos e marcas de leites de fórmula para bebês é livre. Um cartaz lembra as mães que a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam a amamentação exclusiva pelo menos até o sexto mês de vida do filho, mas as latas podem ser levadas para casa e substituir o aleitamento antes disso, se a mãe assim o quiser.
 
Embora não haja necessidade de prescrição médica para a compra de leite de fórmula, a atitude mais responsável por parte de uma mãe é inclui-lo na alimentação do bebê apenas sob a orientação e supervisão do pediatra. É ele o profissional que, a partir de análises na criança e na própria mãe (se for o caso), sabe identificar a necessidade do complemento ou da substituição do leite materno por produtos de laboratório.
 
Em princípio, muito poucas mães precisarão fazer mamadeiras de leite de fórmula para seus filhos. “Se a criança está bem, mamando normalmente, não há nenhuma necessidade de usar fórmulas. Mesmo que a mãe volte ao trabalho quatro meses depois de dar à luz, pode continuar dando o próprio leite para o bebê até ele completar um ano. Basta amamentar de manhã e à noite e, ao longo do dia, tirar o leite do peito com bombas apropriadas para esse fim. Esse leite pode ser armazenado na geladeira e aquecido em banho-maria para ser dado ao bebê posteriormente”, aconselha o pediatra Roberto Issler, professor adjunto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), consultor internacional em lactação e representante no Brasil do International Board of Lactation Consultant Examiners (IBLCE).
 
Exceções
A hipogalactia, ou baixa produção de leite pela mãe, é um dos poucos casos em que o leite de fórmula se faz necessário. “A condição é rara, mas existe e precisa ser diagnosticada depois da checagem de todas as eventuais dificuldades de amamentação, como a demora na pega ou lesões no bico do seio”, diz Maurício Magalhães, pediatra e neo-natologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
 
Uma confusão que muitas mães fazem, ele conta, é acharem que não estão produzindo leite suficiente logo nos três primeiros dias de vida do bebê, e então já quererem partir para a fórmula. “Essa é a fase do colostro, em que o leite realmente pode sair com mais dificuldade. Mas logo em seguida o leite será produzido em abundância para nutrir o filho”, esclarece.
 
Outra circunstância que pode requerer o uso de leite de fórmula é quando o bebê apresenta alguma reação adversa ao longo da amamentação. “Se ele manifesta alergias, refluxos ou problemas de digestão, por exemplo, pode precisar de uma fórmula desenvolvida especialmente para o quadro manifestado”, explica Sérgio Furuta, pediatra pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
 
Furuta ressalta que os sintomas clínicos do bebê são os indicadores mais fortes e seguros para detectar a necessidade do leite de fórmula. “O que chama a atenção no consultório é quando o bebê, mesmo mamando no peito, não ganha peso, não consegue ficar dentro das tabelas de peso e altura seguidas pela pediatria. Também são sinais de alerta os casos em que ele está constantemente irritadiço, não evacua ou não dorme bem. Não existe leite materno fraco, isso é um mito, mas a mãe pode não estar produzindo leite suficiente para nutrir o filho”, afirma.
 
Perigos
Há mães que decidem não ouvir os médicos e preferem seguir conselhos de uma amiga ou parente para que deem leite de fórmula para seus bebês. Os riscos dessa atitude são sérios e podem criar consequências que acompanharão esses filhos ao longo da vida.
 
O principal é o desenvolvimento de uma alergia à proteína do leite de vaca. “Todas as fórmulas contêm proteína de leite de vaca, e o intestino do bebê ainda não está preparado para recebê-la. Com isso, o organismo em formação pode reagir de modo a criar uma alergia que não terá cura”, diz Furuta.
 
Outro problema que pode se manifestar no futuro em decorrência do uso inapropriado do leite de fórmula é a obesidade, de acordo com Issler: “O soro do leite da vaca presente nas fórmulas poderá causar o sobrepeso desse bebê já na infância, e essa tendência se agrava na vida adulta”.
 
Mas nada de pânico se o pediatra recomendar o uso do leite de fórmula para seu filho. “Tais riscos existem, mas a prioridade é que o bebê cresça, se desenvolva. O bom pediatra só vai receitar se for extremamente necessário”, assegura Furuta.

Delas

Plano de saúde: Justiça é "última esperança" de cliente, diz desembargador

Divulgação/TJ-SP
Herbert: operadoras fazem cálculo para ver se vale a pena negar
 atendimento a consumidor
Para Ronnie Herbert, agências reguladoras como a ANS criam regras que servem de escudo para as operadoras, em vez de beneficiar usuários
 
A Justiça se tornou a última esperança que os clientes de planos de saúde têm de usarem aquilo pelo que pagam, avalia juiz Ronnie Herbert, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Isso porque os órgãos reguladores – no caso, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – acabam por criar regras que protegem não os consumidores, mas as empresas.
 
"Como raramente esses órgãos administrativos conseguem resolver o problema, a regulação do atendimento acabou sendo transferida para o Poder Judiciário", afirma o magistrado, em entrevista ao iG.
 
Mesmo assim, nem sempre a tarefa é fácil. Como o iG mostrou nesta sexta-feira (13), em muitos casos as operadoras brigam na Justiça para não prestar um atendimento que, para os desembargadores, é devido. A conduta tem levado a multas que, em um processo, chegou a R$ 1 milhão.
 
"Os planos de saúde muitas vezes fazem essa análise de custo de negar ou não negar atendimento e ver quem é que vai reclamar em juízo. Eu imagino que o percentual dos que reclamam não seja tão grande", diz Herbert.
 
Em nota, a ANS afirmou que a cada cinco reclamações recebidas, quatro são solucionadas pela mediação de conflitos, com rápida resolução e sem abertura de processos. 
 
"Tal índice demonstra que o interesse do beneficiário é prioridade para a ANS", informa a agência.
 
Leia abaixo os trechos da entrevista.
 
iG São Paulo: Há um acompanhamento do número das demandas envolvendo planos de saúde que chegam ao Tribunal de Justiça de São Paulo?
Ronnie Herbert: Neste ano nós não temos dados disponíveis. No ano passado e no anterior, o Conselho Nacional de Justiça fez alguns levantamentos. A percepção é que tem aumentado o número de ações. Até porque nós tínhamos um universo restrito de planos de saúde. De uns anos para cá, houve aumento. Antes a pessoa não tinha condição de ter um plano, e hoje há alguns de valores mais baixos que permitem as pessoas aderirem. O problema é que as pessoas, quando vão precisar do atendimento desses planos de valores mais baixos, acabam não tendo a cobertura que precisavam ter, as coberturas são mais restritas, há uma série de exclusões e muitas vezes o consumidor não é nem informado a respeito disso.
 
Quais são os principais temas dos questionamentos?
A maior parte é negativa de cobertura, principalmente procedimentos de alto custo. Quando você tem quimioterapia e radioterapia para tratamento de câncer, doenças cardíacas, cirurgia para obesidade mórbida ou procedimentos de investigação por imagem, como tomografia, ressonância magnética, pet-scan, esses são normalmente negados. E, numa outra vertente, as próteses de fêmur, de quadril – implantação de stent [dispositivo para evitar entupimento das artérias], que são caras [também são negadas].
 
Outras questões como reajustes...
Há também uma outra parte que é a questão da cobrança por faixa etária. O que nós tínhamos até um tempo atrás é que o sujeito completava 60 anos, havia reajuste que chegava a 300%, 400%. Como Estatuto do Idoso [de 2003] trouxe uma limitação, e as regras da ANS também, os planos têm dado esses aumentos aos 58 anos, 59 anos. Fogem do termo cronológico, mas acabam dando reajustes também muito altos para pessoas que não têm renda para fazer muitas vezes frente a esse pagamento.
 
Os reajustes por sinistralidade são muito comuns ou são mais raros?
São bastante comuns. Em primeiro lugar [está] a negativa de cobertura. Em segundo lugar está [a demanda] relativa aos valores cobrados nos reajustes que eles aplicam. Em terceiro lugar está o descredenciamento de profissionais. As pessoas contratam o plano e têm previsão de cobertura de uma determinada rede de profissionais, hospitais e laboratórios. Com o passar do tempo, para reduzir custos, o plano substitui os profissionais, hospitais e laboratórios. E, com isso, muitas vezes o serviço que é prestado, embora para o plano de saúde seja menos custoso, não atende a expectativa que ele [consumidor] tinha quando contratou o plano.
 
Há muitos casos de ações coletivas, elas têm se tornado mais comum ou não?
Acho que são poucas. Eu fiquei na 14ª Vara do Fórum João Mendes de 2007 a 2013 e nunca julguei nenhuma ação coletiva envolvendo planos de saúde. Nem do Ministério Público nem de associações de defesa do consumidor.
 
As súmulas do Tribunal de Justiça (veja lista) têm ajudado a reduzir a demanda ou a agilizar o julgamento dos processos?
Elas, de uma certa forma, agilizam o julgamento porque, como as teses são sedimentadas no Tribunal, as sentença dos juízes de 1º grau e também os acórdãos [decisões coletivas de 2º grau] têm uma balisa. Mas os planos de saúde, muitas vezes, fazem essa análise de custo de negar ou não negar atendimento e ver quem é que vai reclamar em juízo. Eu imagino que o percentual dos que reclamam não seja tão grande. [Então,] mesmo com entendimento já sedimentado no Tribunal, os planos continuam com o mesmo procedimento de não dar atendimento. Tanto que tem um acórdão do desembargador Carlos Teixeira Leite, em que ele aplicou uma multa de R$ 1 milhão por dano social contra uma das operadoras que reiteradamente vinha negando procedimento que o TJ-SP já sumulou que deve ser coberto pelo plano.
 
Existem súmulas que são mais ou menos descumpridas?
Uma coisa que não pode fazer é regulação de procedimento. Quem faz o diagnóstico, quem indica o tratamento que deve ser feito é o médico. Nem a operadora nem o plano podem interferir na terapêutica para dizer se o médico deve aplicar esse ou aquele procedimento. E as operadoras, com base nesta análise econômica que fazem do procedimento, elas reiteradamente negam [o atendimento].
 
Com o argumento de que que não está previsto nas normas da ANS…
As normas da ANS são meramente exemplificativas. Elas não servem como um limitador do direito do consumidor de plano de saúde. Elas trazem apenas um rol de procedimentos mínimos que devem ser atendidos, mas nenhuma norma da ANS determina a exclusão de procedimentos. Nem poderia fazer. Seria inconstitucional se o fizesse.
 
Quem deve escolher tratamento é o médico, e não o plano
 ou a ANS, afirma Herbert
Existe previsão de alguma nova súmula sobre plano de saúde?
Que eu tenha conhecimento não há previsão de novas súmulas.
 
Há algum assunto que na opinião do senhor deveria ser sumulado?
Quando foram feitas essas súmulas, foram levantados os principais assuntos. Talvez o que pudesse ser é a questão do reajuste [pouco antes dos 60 anos].
 
O senhor já comentou numa reportagem que a Justiça se tornou um serviço de atendimento ao consumidor dos planos de saúde. O consumidor, quando vai para a Justiça...
É a última esperança dele. O que nós deveríamos ter é uma agência reguladora dos planos de saúde que tivesse uma atuação mais eficaz. Nós deveríamos ter a possibilidade de os Procons imporem multas a essas operadoras, deveríamos ter uma fiscalização administrativa que fosse eficiente. Como raramente esses órgãos administrativos conseguem resolver o problema, a regulação do atendimento acabou sendo transferida para o Poder Judiciário. Isso não deveria ser assim.
 
As agências reguladoras, ao invés de atenderem ao interesse da coletividade, acabam sendo utilizada como escudo pelas próprias operadoras, porque essas agências, e isso eu falo de uma forma geral, baixam regulamentações que, ao invés de servirem a coletividade são utilizadas para excluir direitos. Se tivessem uma ação efetiva dessas agência com força, certamente o número de demandas envolvendo essas questões não seria expressivo como é.
 
Como o senhor classificaria a atuação da ANS quando ela entra, mesmo não sendo parte, em processos que opõem operadora e beneficiários?
A ANS deveria ter decidido antes de chegar ao Judiciário. Se chegou até o juiz para decidir, a ANS não tem que ser ouvida em mais absolutamente nada. Cabe ao juiz decidir quem é que tem razão.
 
iG

15 maneiras práticas para escapar do estresse de fim de ano

Correr é uma atividade simples e eficaz
Oito em cada dez brasileiros ficam estressados nesta época. Delegar atividades, escolher os eventos e até descobrir um roteiro de compras no bairro são dicas para evitar ser um deles
 
Finalizar projetos e relatórios no trabalho, comprar presentes em shoppings e ruas lotados, enfrentar filas nos supermercados para adquirir os itens da ceia, participar de inúmeras confraternizações: são tantas atividades a cumprir que oito em cada dez brasileiros ficam estressados e com altos níveis de tensão entre a segunda quinzena de novembro até o início de janeiro, segundo um levantamento da Associação Internacional do Gerenciamento do Estresse (International Stress Management Association - ISMA-BR).
 
De acordo com o estudo, o motivo que mais causa incômodo neste período ainda é o trabalho. A sobrecarga de tarefas pode levar a uma síndrome conhecida como burnout, reação ao estresse crônico provocado pela vida profissional que causa esgotamento emocional e físico. “Em meio a tantos compromissos, é essencial ter momentos de escape, para dar uma desafogada de toda essa pressão e cuidar de si próprio”, destaca o consultor Rodrigo Fonseca, fundador da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional.
 
Mas nem sempre é fácil parar para relaxar com tantas tarefas a serem concluídas. É preciso se policiar para não deixar o estresse tomar conta. Entre as orientações estão, por exemplo, planejar de forma minuciosa o tempo livre, aceitar somente os convites essenciais para eventos e até fazer você mesmo as lembrancinhas para os familiares. Veja na galeria cima (e no texto a seguir) 15 dicas práticas de especialistas para evitar o esgotamento típico desta época do ano.
 
1. Escreva tudo que tem para fazer
Encomendar a ceia de Natal, comprar o presente do afilhado, ir ao amigo secreto da academia, finalizar o balancete de fim de ano no trabalho. Seja qual for a tarefa a ser cumprida, é importante listá-la para ter uma visão de tudo o que ainda é preciso fazer para fechar bem o ano. “A pessoa escreve todas as atividades e depois analisa quais pode delegar para o marido ou para o colega de trabalho e quais realmente precisam ser executadas por ela”, indica Christian Barbosa, especialista em gestão do tempo e autor do livro “60 Estratégias Práticas Para Ganhar Mais Tempo” (editora Sextante, 2013). Com tudo definido, é só distribuir as ações durante a semana.
 
2. Aproveite as brechas de tempo
Se você trabalha perto do shopping ou de uma área comercial, aproveite o tempo livre no almoço ou no final do expediente para fazer aquela comprinha que falta. Sem ter que se preocupar com estacionamento, por exemplo, você já ganha alguns preciosos minutos. Outra dica é enfrentar lugares movimentados, como os supermercados, logo no horário de abertura, quando costumam ficar mais vazios.
 
3. Não comprometa toda a agenda do dia
Organizar o tempo ajuda a não deixar o dia mais tenso. Planeje tarefas e horários, mas deixe espaço na agenda para urgências e pausas durante o expediente. Aquela reunião de fechamento pode demorar mais do que o previsto, e você terá que abortar o compromisso assumido no fim do dia, por exemplo.
 
4. Tente “zerar” seus e-mails
Se você tem um grande volume de e-mails que sempre deixa para resolver depois, reserve um tempo do dia para esvaziar a caixa de entrada, para não ficar com a sensação de ter deixado coisas importantes pendentes. “Tente não começar o ano com prioridades antigas”, sugere Christian Barbosa. Com paciência, comece respondendo um a um, nem que seja para dizer que vai retomar o assunto em 2014.
 
Economizar tempo não requer mudanças drásticas na rotina,
mas pequenos ajustes em tarefas diárias
5. Faça pausas de um minuto por hora
Apesar de parecer difícil parar em meio a tanta correria, fazer pausas durante o dia é extremamente necessário para evitar o estresse. Segundo Juliana Vilarinho, professora de meditação da organização Brahma Kumaris, o ideal seria interromper as atividades por pelo menos um minuto a cada hora trabalhada. “Tome um suco, dê uma alongada e procure intercalar tarefas manuais e intelectuais, para dar mais equilíbrio”, aconselha a profissional. Uma dica que pode ajudar a lembrar das pausas é colocar o alarme do celular para tocar a cada uma hora.
 
6. Ouça sua intuição
Nos momentos de extrema tensão, quando parece impossível organizar os pensamentos, tente ficar sozinho por alguns minutos. “Fique quieto e escute os seus pensamentos. Eles sempre querem nos dizer algo”, recomenda Rodrigo Fonseca. Muitas vezes, é nesse período de pausa que surge a resolução de um problema ou a ideia para finalizar um trabalho importante. “Nosso inconsciente sempre fica conectado com tudo, mas é preciso parar para ouvi-lo”, diz.
 
7. Não abra mão de comer corretamente
Quando se está na correria, o lanche ou o almoço acaba sendo devorado entre um relatório e outro. É primordial se alimentar de forma saudável e com regularidade para que o corpo funcione bem, conforme indica a professora de meditação Juliana Vilarinho. “Temos de estar presentes em tudo que realizamos. Quando comemos fazendo outra coisa, parece que estamos ganhando tempo, mas na verdade estamos acelerando nossa mente. Por isso, é importante dispensar pelo menos 15 minutos de quietude para a digestão”, recomenda.
 
8. Priorize os eventos a que realmente precisa comparecer ou quer ir
Não participe do amigo secreto da escola de inglês se não está com vontade, nem vá a 15ª happy hour do departamento se está fazendo isso apenas por obrigação ou para cumprir tabela. “Agenda de fim de ano é curta. Se você não cuidar, fica ainda mais apertada. É importante ter coragem de dizer não. Saber selecionar é essencial”, afirma o consultor Christian Barbosa.
 
9. Liste as pessoas a serem presenteadas e separe-as em ‘blocos’
Para otimizar o tempo na compra das lembranças de Natal sem se esquecer de ninguém, a consultora de imagem e personal shopper Sabina Donadelli indica fazer uma lista de todas as pessoas a serem presenteadas e separá-las em “blocos”, para facilitar a logística. “Geralmente, mãe, sogra e tias, por exemplo, vão ganhar coisas parecidas. Então, em um único local consegue-se adquirir todos os mimos para este grupo”, ensina.
 
10. Compre o presente de Natal pela internet
Pesquise em sites de e-commerce confiáveis e efetue as compras de presentes e itens de ceia com alguns cliques. Mas a personal shopper Sabina Donadelli recomenda calcular com folga o prazo de entrega para não correr o risco de seu amigo secreto ficar sem presente.
 
11. Faça as compras no bairro
Muitas vezes, não é preciso ir ao shopping lotado para comprar as lembrancinhas de Natal. Uma voltinha rápida pelas redondezas pode revelar uma lojinha de artesanato, um comércio de bijuterias ou um brechó com roupas bacanas para presentear sem ter de enfrentar uma multidão. “É preciso desmitificar a loja de bairro. Investigue o que tem de bom perto de casa e aproveite a vantagem de deixar o carro na garagem e fazer as compras com mais rapidez”, indica Sabina Donadelli.
 
12. Faça você mesmo o presente
Não deu tempo de comprar nada para aquele familiar ou amigo querido? Faça você mesmo o presente: pode ser um cartão caprichado com fotos de momentos legais ou até mesmo o prato preferido do avô, por exemplo. “Não existe nada mais charmoso. Pode ser um bolo, uma compota, um artesanato. É superelegante e mostra que a pessoa é realmente especial”, aconselha a personal shopper Sabina Donadelli.
 
13. Separe um tempo para fazer exercícios
Em meio a tantos compromissos, é preciso ter momentos de “escape”. Praticar uma atividade física, como a corrida, pode ajudar muito. “Muitas vezes, quando o organismo não descarrega toda essa adrenalina, as pessoas desenvolvem úlceras, gastrites, dores de cabeça”, acredita Rodrigo Fonseca. Além da corrida, natação e artes marciais também costumam ser relaxantes depois de um dia intenso de atividades.
 
14. Estabeleça um horário limite para dormir
Quando estamos com agenda cheia, a tendência é estender as atividades do dia até mais tarde. Mas deitar-se muito além do horário a que se está acostumado não é aconselhável. “Às vezes, é melhor fazer uma pausa, ir dormir e, no outro dia, com a cuca fresca, continuar os trabalhos”, recomenda a professora de meditação Juliana Vilarinho.
 
15. Comece e termine o dia com um pensamento positivo
De acordo com Juliana, a meditação envolve a criatividade na hora de conduzir a mente. Por isso, a dica é “espalhar” pensamentos positivos pela casa e pelo trabalho. Coloque mensagens de bom-humor na porta da geladeira e escreva na agenda frases que elevem o ânimo. “Também é bacana começar e terminar o dia com entusiasmo, mesmo que ainda haja pendências a resolver. É melhor pensar: por hoje, foi isso que eu consegui fazer, amanhã tudo continua e vou me preparar”, recomenda.
 
Delas