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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Aumento nos casos de febre amarela na Região Sudeste reforça medidas preventivas

Vacina contra a doença deve ser tomada para garantir imunização

Imagem: Reprodução - Frascos da vacina contra a febre amarela

Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 2018 – Em apenas duas semanas desde o início do ano, o aumento no número de casos da febre amarela nas áreas rurais da Região Sudeste alerta para um possível surto. Onze mortes já foram confirmadas no estado de São Paulo, enquanto o Rio de Janeiro registrou a primeira morte do ano pela doença. Para os especialistas, a adoção de vacinação adequada da população ainda é o melhor caminho para evitar o contágio.

O vírus é transmitido pelos mosquitos do gênero Haemagogus e Sabethes nas áreas rurais e, potencialmente, pode ser transmitido pelo mosquito Aedes aegypti nas áreas urbanas, o mesmo que prolifera outras arboviroses como a dengue, a chikungunya e a zika. Mesmo considerada pelos especialistas como uma doença perigosa, que pode evoluir para uma forma mais grave em alguns casos, a maioria das pessoas infectadas apresenta pouco ou nenhum sintoma e o quadro evolui para a cura em pouco tempo.

“A medida mais importante para proteger a população da patologia é tomar a vacina da febre amarela. Embora não exista ciclo urbano da doença registrado nas últimas décadas, é sempre necessário combater o mosquito com potencial de transmissão nas cidades, eliminando seus meios de reprodução, que se localizam geralmente em objetos que contenham água parada, como pneus, vasos e caixas-d’água. Além disso, para que as pessoas consigam se proteger também do mosquito nas áreas silvestres, é necessário o uso de repelente e roupa que cubra a pele o máximo possível”, afirma o infectologista Jessé Alves, integrante do corpo clínico do laboratório Lâmina.

Quem pode se vacinar? Conheça as faixas etárias indicadas e condições restritivas
Segundo o Ministério da Saúde, nas áreas de recomendação de vacina a imunização por via subcutânea, ou vacinação, é indicada para todos os bebês a partir dos 9 meses, que pode ser antecipada para os 6 meses caso haja surto da doença na região. A vacina é feita em dose única.

A vacinação é contraindicada para pessoas que apresentem quadro de alergia severa aos componentes do ovo, crianças que ainda não completaram 6 meses e para mães que estejam amamentando crianças menores de 6 meses. Gestantes também não devem ser imunizadas, mas, em caso de alerta de epidemia ou necessidade de viajar para áreas endêmicas, é importante consultar a opinião de um especialista ou médico de confiança antes de tomar a dose. Idosos com mais de 60 anos e que nunca foram vacinados também devem consultar o médico antes de procurar pela imunização.

Como saber se uma pessoa está infectada? Sintomas mais comuns da doença
Segundo o dr. Jessé, essa doença pode ser confundida com várias doenças comuns devido aos sintomas parecidos, como cansaço, febre alta, dor de cabeça, vômitos, náuseas e dores musculares, que podem durar até quatro dias. A maioria das pessoas apresenta apenas esse quadro e, quando ele termina, o paciente adquire imunidade contra o vírus caso venha a ser picado novamente.

Mas, em alguns casos, a pessoa infectada pode sofrer quadros hemorrágicos, insuficiência hepática e renal, cansaço intenso e a chamada icterícia, quando a pele e os olhos ficam amarelos – dando origem ao nome da doença. Não existe uma forma de tratamento específica para os sintomas comuns da febre amarela, já que a grande maioria das pessoas infectadas apresenta remissão total da doença depois dos primeiros sintomas. Caso haja suspeita de que a doença evoluiu para seu estado mais grave, é imprescindível que o paciente procure um serviço de saúde para que o diagnóstico seja feito de forma eficaz e o tratamento possa ser iniciado o mais rápido possível.

Informações para a imprensa
Saúde em Pauta
Paula Borges – (21) 99789-7643
E-mail: pausa@saudeempauta.com.br