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segunda-feira, 8 de julho de 2013

Brasil desiste de vinda de 6.000 médicos cubanos

Editoria de arte/Folhapress
O Brasil paralisou as negociações com Cuba para a vinda de 6.000 médicos cubanos ao país e deve lançar nesta semana programa para atrair profissionais estrangeiros tratando Espanha e Portugal como países "prioritários".
 
Nem o Ministério da Saúde nem o Itamaraty, que havia anunciado a tratativa em maio e agora diz que ela está congelada, explicam as razões da mudança de planos.
 
Também não dizem o porquê do tratamento "não prioritário" a Cuba, já que a ilha preenche os principais requisitos do programa: médicos por habitante bem acima do recomendado pela OMS e língua próxima do português.
 
"Trata-se de uma cooperação que tem grande potencial e à qual atribuímos valor estratégico", disse o chanceler Antonio Patriota, em maio, ao mencionar a negociação.
 
Já o Ministério da Saúde informa que escolheu atrair médicos como "pessoa física", e não considerar a oferta do contingente feita pelo governo cubano, nos moldes que a ilha faz na Venezuela.
 
Desta maneira, o ministério evita abrir mais um flanco de críticas na implementação de um programa que já provoca outras resistências.
 
Nos bastidores, repete-se que a negociação com Cuba foi aventada por Patriota, e não pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
 
Há motivos para o recuo. Além da sensibilidade que envolve o regime comunista de Cuba -aliado do governo e do PT e alvo dos conservadores-, o motivo principal é que as missões cubanas são aclamadas pelo trabalho humanitário, como no Haiti, mas não escapam de críticas de ativistas de direitos humanos e trabalhistas na versão remunerada.
 
Venezuela
No modelo usado na Venezuela, Cuba funciona como uma empresa terceirizada que fornece profissionais. O governo contratante paga a Havana pelos serviços e os médicos recebem só uma parte.
 
Apesar disso, o programa é considerado atrativo para os profissionais, que ganham cerca de US$ 40 na ilha e, com ele, têm acesso a benefícios.
 
O formato também é criticado por ex-participantes, que acusam o governo comunista de submetê-los a um duro regulamento disciplinar e impor regras de pagamento como poupança compulsória para evitar "deserção".
 
A regra disciplinar na Venezuela, vigente em 2010, incluía pedir autorização para pernoitar fora do alojamento, proibição de dirigir e a obrigação de informar sobre namoros. Falar com a imprensa também estava vetado.
 
"Não vislumbro essa solução feita na Venezuela no Brasil. Ele não é compatível com as leis trabalhistas brasileiras e a Constituição brasileira", diz o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira.
 
Revés para Havana 
A desistência do Brasil é um revés para Havana, que tem dito que o envio dos médicos ao exterior é sua maior fonte de divisas e deseja ampliá-lo.
 
O que vai aos caixas estatais por serviços médicos -cerca de US$ 6 bilhões anuais segundo estimativas- é maior do que o arrecadado com turismo ou exportação de níquel.
 
O Ministério da Saúde diz que não há restrições se médicos cubanos quiserem se inscrever individualmente no programa. Brasileiros com formação no exterior entrarão na categoria "estrangeiros". Ou seja, brasileiros formados em Cuba, em tese, podem participar.
 
A pasta, no entanto, não prevê fazer campanha para divulgar o programa na ilha, ao contrário do que estuda fazer em Espanha e Portugal.

Fonte Folhaonline

Novo método promete baratear fertilização in vitro

Os pais de Connor Levy tentavam há 4 anos engravidar naturalmente (Foto: BBC)
Foto: BBC
Os pais de Connor Levy tentavam há 4 anos engravidar naturalmente
Primeiro bebê concebido por meio de triagem de embriões feita durante a fertilização in vitro nasceu em maio nos EUA.
 
Um novo método de fertilização in vitro, no qual é feita uma triagem de embriões durante o processo, pode reduzir drasticamente os custos desse tipo de tratamento, segundo pesquisadores. Connor Levy, o primeiro bebê fruto do novo método, nasceu em maio nos Estados Unidos.
 
A triagem, elaborada na Universidade de Oxford, ajudou os médicos a escolherem um embrião com a melhor chance de sucesso. Apenas uma em cada três tentativas de fertilização in vitro resulta em um bebê, já que anormalidades no DNA de um embrião são comuns.
 
Especialistas dizem que testes mais elaborados são necessários para comprovar a eficácia do método. Se houver anormalidades com os cromossomos, as sequências de DNA, no embrião, ele não vai conseguir se implantar no útero, e se ele conseguir, o feto não vai se desenvolver.
 
É um problema que aumenta rapidamente com a idade. Um quarto dos embriões são anormais nos 30 e poucos anos de uma mulher, mas este número sobe para três quartos quando uma mulher atinge os 40 anos.
 
Algumas clínicas já oferecem alguma forma de triagem de cromossomo, mas isso pode adicionar entre 2 mil e 3 mil libras (cerca de R$ 7 mil) ao custo da fertilização in vitro no Reino Unido. A mãe de Connor, Marybeth Scheidts, disse que o teste teria custado US$ 6 mil (cerca de R$ 13 mil) na Pensilvânia.
 
O novo teste tira proveito dos avanços feitos no sequenciamento do genoma humano. Em 24 horas o teste pode garantir que o número correto de cromossomos está presente. Dagan Wells da Universidade de Oxford, disse à BBC: "Os testes atuais encarecem significativamente um procedimento que já é caro e limitado. A maioria das pacientes tem que pagar pelo tratamento com dinheiro do próprio bolso."
 
"O que a nossa técnica faz é dar o número de cromossomos e outras informações biológicas sobre o embrião, a um custo baixo - provavelmente cerca de dois terços do preço dos atuais métodos de triagem". Ele diz que os testes são necessários para ver se o método pode melhorar as taxas de sucesso da fertilização in vitro.
 
Novos testes devem ser realizados antes de o novo método poder ser amplamente utilizado (Foto: BBC)
Foto: BBC
Novos testes devem ser realizados antes de o novo método poder ser
 amplamente utilizado
Lágrimas de alegria
O nascimento de Connor, e outra gravidez resultante desse método de triagem, serão anunciados na conferência da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia.
 
Marybeth Scheidts, de 36 anos, tentou engravidar de seu marido, David Levy, de 41 anos, naturalmente por quatro anos, antes de fazer uma tentativa por inseminação artificial.
 
Na triagem, três dos treze embriões produzidos eram saudáveis. Sem a triagem dos cromossomos, escolher o embrião certo teria sido uma questão de sorte. Marybeth disse à BBC que os anos de tentativas foram difíceis: "Houve dias em que eu só chorava e só queria me esconder no quarto e acabar com tudo."
 
"Mas depois de todo esse trabalho duro, nós finalmente temos o nosso pequeno Connor," conta Marybeth.
 
Michael Glassner, médico de fertilidade do Main Line Health System, uma rede de hospitais e centros de saúde na Filadélfia, onde a fertilização in vitro ocorreu, disse que essas técnicas se tornarão mais comuns.
 
"Se você já se sentou em frente a um paciente que falhou, e você olha nos seus olhos, e ele mal consegue conter suas esperanças e sonhos - sabe que tudo o que puder mudar significativamente as taxas de gravidez vai se tornar padrão", diz Glassner. "Por isso eu acho que daqui a cinco anos esse método será o padrão", conclui Glassner.
 
Fonte G1

Lentes de contato dão visão telescópica a usuário

De acordo com especialistas, parte mais difícil do projeto é fazer com que lentes permitam oxigenação do olho (Foto: Petr Novák, Wikipedia)
Foto: Petr Novák, Wikipédia
De acordo com especialistas, parte mais difícil do projeto é
fazer com que lentes permitam oxigenação do olho
Pesquisa financiada por órgão militar americano pode ajudar pessoas com deficiência visual
 
Pesquisadores dos Estados Unidos e da Suíça estão criando lentes de contato que - uma vez combinadas com óculos especiais - podem fornecer uma visão telescópica para seus usuários.
 
A combinação das lentes com os óculos consegue ampliar 2,8 vezes o tamanho de uma imagem visualizada pelo usuário.
 
Filtros polarizadores permitem à pessoa mudar de uma visão normal para telescópica ajustando os óculos.
 
Esse sistema de visão telescópica foi desenvolvido para ajudar pessoas que sofrem com a cegueira provocada pela idade, mas também pode ter aplicações militares.
 
A degeneração macular relacionada à idade é uma das formas mais comuns de cegueira. Ela danifica a mácula, a parte do olho que lida com o detalhamento da imagem. Quando a mácula se degenera, a pessoa sofre uma perda na capacidade de reconhecer rostos e de realizar algumas tarefas, tais como dirigir e ler.
 
Controle preciso
As lentes de contato criadas pelos pesquisadores têm uma região central que permite a entrada de luz para uma visão normal. O elemento telescópico fica em um anel em volta da região central. Pequenos espelhos de alumínio, montados segundo um padrão específico, atuam como um aplificador que lança a luz para o anel ao menos quatro vezes antes de direcioná-la para a retina.
 
Durante o uso normal, a imagem ampliada é bloqueada por filtros polarizadores, e por isso não é vista. O usuário pode ligar o aparelho alterando esses filtros, posicionados no óculos, de forma que apenas a imagem ampliada é lançada sobre a retina.
 
Os pesquisadores Joseph Ford, da Universidade da Califórnia, e Eric Tremblay, da EPFL (Escola Politécnica Federal de Lausanne), na Suíça, construiram o sistema que filtra a luz adaptando óculos fabricados usados em televisores 3D.
 
Sua característica original era criar um efeito 3D ao bloquear de forma alternada as lentes esquerda e direita.
 
O protótipo produzido pela equipe tem oito milímetros de diâmetro, um milímetro de espessura na região central e 1,17 mm no anel ampliador.
 
'A parte mais difícil do projeto foi tornar as lentes 'respiráveis'', disse Tremblay à BBC. 'Se você quiser usar as lentes por mais de 30 minutos é necessário que elas permitam que o olho respire.'
 
Segundo ele, a lente deve permitir a entrada de gases para que a córnea não fique sem oxigênio.
 
'Encorajador'
A equipe de pesquisadores resolveu esse problema produzindo lentes com pequenos canais que permitem ao oxigênio fluir para o olho.
 
Porém, isso tornou o processo de fabricação das lentes muito mais difícil.
 
As versões das lentes permeáveis aos gases devem passar pelos primeiros testes clínicos em novembro, segundo ele. O objetivo é que portadores de deficiência visual consigam usar o equipamento o dia inteiro.
 
O projeto é uma evolução de tentativas anteriores de resolver o problema. Algumas delas envolviam implantes de lentes telescópicas e uso de óculos volumosos com estruturas de lentes de aumento.
 
Clara Eaglen, gerente de ações de saúde da organização RNIB, que auxilia pessoas com problemas de visão, afirmou que a pesquisa é interessante e elogiou o foco em degeneração macular.
 
'É encorajador que produtos inovadores como as lentes de contato telescópicas estejam sendo desenvolvidos, especialmente quando melhoram a visão que sobrou nos pacientes. Qualquer coisa que ajude a maximizar a visão funcional é muito importante, porque as pessoas com deficiência readquirem alguma independência e ficam menos isoladas.'
 
As lentes podem porém ser empregadas em outras áreas. Isso porque a pesquisa está sendo financiada pelo Darpa, o braço de pesquisas das Forças Armadas dos Estados Unidos.
 
Analistas dizem que os militares buscam na iniciativa uma forma de criar uma 'super visão' e não resolver o problema da degeneração macular.
 
Fonte G1

Pesquisa descobre meio de evitar que antibiótico danifique células

Cientistas desvendam como antibiótico pode ser tóxico em uso contínuo. A administração de antioxidante é capaz de reverter efeitos deletérios.
 
O uso contínuo de antibióticos, além de estimular o surgimento de bactérias mais resistentes, pode também ser tóxico para ouvidos, rins e tendões. Pesquisadores do Instituto Wyss de Engenharia Inspirada pela Biologia, da Universidade Harvard, desvendaram os mecanismos por trás desses efeitos nocivos. Além disso, testaram com sucesso estratégias capazes de evitar esses problemas.
 
Antibióticos provocam estresse oxidativo nas célulsa, o que leva a dano celular. Por exemplo, nas células saudáveis (esquerda), as mitocôndrias (marcadas em amarelo) são lonas e ramificadas. Mas nas células tratadas com antibiótico (direita), as mitocôndr (Foto: Sameer Kalghatgi e Catherine S. Spina)
Foto: Sameer Kalghatgi e Catherine S. Spina
Imagens mostram danos causados por ação de antibióticos. Nas células saudáveis (esq.), as mitocôndrias (em amarelo) são longas
e ramificadas. Já nas células tratadas com antibiótico (dir.), elas são pequenas e sem ramificações, além de não funcionarem bem 
O estudo, publicado nesta quarta-feira (3) no periódico "Science Translational Medicine", avaliou que a exposição prolongada aos antibióticos leva ao chamado estresse oxidativo das células dos mamíferos.
 
Esse mecanismo consiste na produção de uma espécie reativa de oxigênio que danifica o DNA e as enzimas das bactérias, além da membrana que envolve a célula. É dessa forma que o medicamento consegue matar as bactérias.
 
Mas esses efeitos não se limitam aos micro-organismos. Também são observados nas células humanas e de camundongos expostas aos antibióticos.
 
Mais especificamente, as afetadas são as mitocôndrias, organelas celulares que têm estrutura parecida com a das bactérias e que são responsáveis pela produção de energia.
 
O fenômeno foi observado tanto em camundongos expostos ao medicamento quanto em cultura de células humanas. Para tentar reverter esses efeitos colaterais, os cientistas testaram a administração de antioxidantes tanto nos animais quanto nas células humanas. A estratégia foi eficiente nos dois casos.
 
“Doses clínicas de antibióticos podem causar estresse oxidativo que leva a danos ao DNA, proteínas e lipídios das células humanas, mas esse efeito pode ser aliviado por antioxidantes”, disse o líder do estudo, Jim Collins.
 
Outra estratégia possível para reduzir esse problema, de acordo com a pesquisa, seria utilizar um tipo específico de antibiótico capaz de limitar o crescimento das bactérias, mas não matá-las: a tetraciclina. Esse medicamento não é capaz de levar ao estresse oxidativo das células, segundo resultados do estudo.
 
“Médicos sabem há anos que os antibióticos ocasionalmente causam efeitos colaterais graves e as novas descobertas de Jim oferecem não uma, mas duas novas e interessantes estratégias que poderiam resolver esse problema de saúde pública há muito tempo negligenciado”, disse Don Ingber, diretor do Instituto Wyss.

Fonte G1

Sete países da África Subsaariana reduzem em 50% a infecção infantil por HIV

Médica realiza atendimento ambulatório de país africano. Sete nações da África subsaarina comemoram redução nas infecções de crianças
Foto: Sarah Elliott/MS
Médica realiza atendimento ambulatório de país africano.
Sete nações da África subsaarina comemoram redução
 nas infecções de crianças
A redução foi confirmada na África do Sul, Botsuana, Etiópia, Gana, Malauí, Namíbia e Zâmbia. Tanzânia e Zimbábue
 
O número de crianças infetadas pelo HIV foi reduzido em 50% ou mais em sete países da África subsaariana desde 2009, na última semana, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).
 
A redução foi confirmada na África do Sul, Botsuana, Etiópia, Gana, Malauí, Namíbia e Zâmbia. Tanzânia e o Zimbábue também estão apresentando progresso substancial.
 
Essa conquista foi relatada no último documento sobre o progresso do Plano Global para a eliminação de novas infecções pelo HIV entre crianças e a manutenção da vida de suas mães, lançado em julho de 2011 na Assembleia Geral da ONU sobre a aids. As metas contidas nesse plano têm de ser atingidas até 2015.
 
O plano tem duas metas principais: a redução de 90% no número de novas infecções infantis pelo HIV e a redução de 50% no número de mortes maternas relacionadas à aids.
 
O documento se concentra em 22 países que apresentam 90% das novas infecções pelo HIV entre as crianças. O presente relatório mostra os progressos realizados pelos 21 países da África Subsaariana e alguns dos desafios enfrentados para cumprir as metas. Os dados da Índia não estavam disponíveis no momento em que o relatório foi escrito.
 
Houve menos 130 mil novas infecções pelo HIV entre crianças nos 21 países analisados queda de 38% desde 2009.
 
" O progresso na maioria dos países é um forte sinal de que, com esforços direcionados, toda criança pode nascer livre do HIV" , disse o diretor executivo do UNAIDS, Michel Sidibé, que liderou a iniciativa para a criação do Plano Global juntamente com o Plano de Emergência do presidente dos Estados Unidos para o alívio da aids.
 
" Mas o progresso estagnou em alguns países com elevado número de novas infecções pelo HIV. Precisamos descobrir o porquê e remover os empecilhos que impedem os avanços" , acrescentou.
 
A agência da ONU divulgou comunicado afirmando que Gana apresentou a maior queda na taxa de novas infecções entre crianças desde 2009 (76%), seguida pela África do Sul (63%). No entanto, o ritmo de queda em alguns dos países prioritários do Plano Global tem sido lento e, em Angola, as novas infecções pelo HIV até aumentaram.
 
O relatório também aponta que mais mulheres grávidas infectadas pelo HIV estavam recebendo medicamentos antirretrovirais em 2012 que em 2009, com níveis de cobertura chegando a 75% em muitos países. Os remédios evitam que o vírus seja transmitido aos filhos e mantêm a saúde da mãe.
 
Ao mesmo tempo, o documento também mostra que apenas metade de todas as mulheres infectadas pelo HIV que amamentam recebem medicamentos antirretrovirais para prevenir a transmissão do vírus. O relatório enfatiza que a amamentação é fundamental para garantir a sobrevivência da criança e que há necessidade urgente de fornecer terapia antirretroviral durante o período de amamentação.
 
Embora destaque a redução no número de novas contaminação pelo vírus, o documento afirma que medidas urgentes devem ser tomadas para melhorar o diagnóstico precoce do HIV em crianças e garantir o acesso imediato ao tratamento antirretroviral.
 
Fonte isaude.net

Estudo relaciona FIV em homens com maior risco de autismo em crianças

Embriologista processa amostra de esperma
Foto: Foto Stock/Monkey Business
Embriologista processa amostra de esperma
O maior estudo do tipo já realizado, primeiro a comparar todos os tipos de FIV reuniu pesquisadores de três países
 
No primeiro estudo a comparar todos os tratamentos de fertilização in vitro (FIV) disponíveis e o risco de desordens no desenvolvimento neurológico em crianças, os pesquisadores concluíram que os FIV para as formas mais graves de infertilidade masculina estão associados com um risco aumentado de deficiência intelectual e autismo.

Considerado o maior estudo do tipo já realizado, o trabalho teve a participação de pesquisadores do Kings College London (Reino Unido), Karolinska Institutet (Suécia) e da Escola de Medicina Mount Sinai, em Nova York (EUA).

Ao usar dados anônimos dos registros nacionais suecos, os pesquisadores analisaram mais de 2,5 milhões de registros de nascimento entre 1982 e 2007. Todos os registros foram acompanhados até 2009 em busca de diagnóstico clínico de autismo ou deficiência intelectual (definida como QI abaixo de 70). Das 2,5 milhões de crianças que participaram da pesquisa, 1,2% (30 mil) nasceram com uso da fertilização in vitro. Entre os 6.9 mil casos diagnosticados com autismo, 103 nasceram após FIV; dos quase 16 mil casos com deficiência intelectual, 180 nasceram após FIV.

Sven Sandin, do Instituto de Psiquiatria do King College de Londres, afirmou que "os tratamentos de FIV são muito diferentes em termos de sua complexidade Quando olhamos para os tratamentos de fertilização in vitro combinados, descobrimos que não havia risco global de aumento dos casos de autismo, mas um pequeno aumento do risco de deficiência intelectual. Quando separados os diferentes tratamentos de FIV, verificou-se que a fertilização in vitro "tradicional" é segura, mas que a fertilização in vitro envolvendo a injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI), especificamente recomendada para infertilidade paterna, está associada com um risco aumentado dos dois problemas deficiência intelectual e autismo. "

Comparando com a concepção espontânea, as crianças nascidas a partir de qualquer tratamento de FIV não estavam em um risco maior de autismo, mas apresentavam um aumento do risco de deficiência intelectual médio de 18% (de 39,8 para 46,3 por 100 mil nascidos ano).

Em segundo lugar, os pesquisadores compararam os seis diferentes tipos de procedimentos de FIV vitro disponíveis na Suécia (se foram utilizados embriões frescos ou congelados, se foi utilizada a ICSI, e em caso afirmativo, se o esperma foi ejaculado ou extraído cirurgicamente). Desenvolvido em 1992, a ICSI é recomendada para a infertilidade masculina. Atualmente, o procedimento é usado em cerca de metade de todos os tratamentos de FIV. O procedimento envolve a injeção de um único espermatozóide diretamente em um ovo, ao invés de fertilização acontecendo em um prato, como no padrão de fertilização in vitro.

Crianças nascidas após tratamentos de FIV com ICSI (com embriões frescos ou congelados) tiveram uma taxa de 51% de aumento do risco de deficiência intelectual (de 62 para 93 por 100 mil). Esta associação foi ainda maior quando relacionada a um parto prematuro, chegando a 73% (de 96 para 167 por 100 mil). Mesmo quando levado em conta os nascimentos de gestações múltiplas e os nascidos pré-termo, o tratamento de FIV com ICSI em embriões frescos foi associado com um risco aumentado de deficiência intelectual.

Um dos casos de maior destaque foram as crianças nascidas após FIV com ICSI com esperma extraído cirurgicamente e embriões frescos. Nestas condições, o aumento do risco de autismo foi de 360% (de 29 para 136 por 100 mil), uma associação que desapareceu quando os nascimentos múltiplos foram levados em conta.
 
Fonte isaude.net

Gordura retirada na lipoaspiração pode voltar após um ano

Foto: Reprodução
A gordura retirada durante uma lipoaspiração pode voltar
 um ano após a cirurgia
Adotar hábitos saudáveis é essencial para manter o resultado da cirurgia
 
A gordura retirada durante uma lipoaspiração pode voltar um ano após a cirurgia, diz um estudo feito por cientistas da Universidade do Colorado e publicado no jornal especializado em problema de peso Obesity. Isso acontece principalmente quando as pessoas que passaram pelo procedimento têm um estilo de vida sedentário e continuam sem ter uma vida saudável após a cirurgia. Segundo os autores da pesquisa, mesmo que as áreas onde foi feita a lipoaspiração não voltem a ganhar gordura, outras partes do corpo começam a acumular tecido adiposo.

No Brasil, são realizadas mais de 140 mil lipoaspirações todos os anos, segundo dados do IBGE. Esse número faz do Brasil o segundo país que mais realiza lipoaspirações, perdendo apenas para os Estados Unidos.  
 
O estudo foi feito com um grupo de 32 mulheres com idade entre 18 e 25 anos e com IMC (Índice de Massa Corpórea) menor do que 25, considerado um nível saudável. No decorrer do estudo, 14 voluntárias fizeram uma lipoaspiração sem mudar nenhum hábito em seu dia-a-dia após a cirurgia. Foram retirados cinco litros de gordura de cada uma das voluntárias, principalmente nas regiões dos quadris, coxas e abdômen.

Seis meses após o inicio no estudo, o grupo de mulheres que passou pela lipoaspiração apresentou uma redução na gordura corporal de 2,1%, enquanto o grupo de controle mostrou queda de 0,28%. Após um ano, os dois grupos apresentaram praticamente os mesmos níveis de gordura no corpo.

De acordo com os autores do estudo, a lipoaspiração é um procedimento seguro e que apresenta bons resultados, mas para que a gordura retirada não volte a acumular em outras partes do corpo é preciso ter hábitos saudáveis, como pratica de exercícios físicos e alimentação balanceada.   
 
Riscos da lipoaspiração
A lipoaspiração está sujeita às mesmas complicações que qualquer outro procedimento cirúrgico. Problemas com essa cirurgia acontecem quando a indicação do procedimento não é precisa. Frequentemente, a lipoaspiração também é a saída procurada por pessoas que estão acima do peso, o que não é o mais indicado.

"A lipoaspiração não é um método de emagrecimento. É um procedimento destinado a remover gordura localizada, como as que se encontram debaixo dos braços, nos quadris e na região abdominal", explica o cirurgião plástico Ruben Penteado, especialista do Minha Vida.

O primeiro passo para não ter surpresas na hora da lipoaspiração é verificar se o profissional é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Depois, é conveniente conversar com pacientes que já foram operados por esse médico e verificar também se ele atua em bons hospitais e se a equipe dele é habilitada e treinada.

Ruben Penteado alerta que doenças cardíacas, alterações pulmonares, anemia, diabetes e hipertensão arterial precisam estar sob controle para que o paciente seja operado. Outra grande contraindicação diz respeito às alterações psicológicas, como depressão e doenças ligadas à autoimagem, como a anorexia e a bulimia. Nesses casos é preciso acompanhamento profissional psicológico antes da cirurgia.  
 
Fonte Minha Vida

Barriga de aluguel?

Foto: Reprodução
Entenda essa alternativa para mulheres que não podem engravidar
 
Quem nunca ouviu a expressão "barriga de aluguel"? O título já foi até tema de novela e é cercado de questões éticas e culturais. Trata-se de um tratamento utilizado quando a mulher não pode engravidar, seja por não ter útero ou pela presença de doenças graves que contraindicam a gravidez, mesmo tendo óvulos capazes de gerar um bebê. Nesta situação, este casal gera o embrião através de técnicas de fertilização in vitro (FIV) e, este embrião, é transferido para o útero de outra mulher, que "carrega" o bebê por nove meses e dá a luz. Após o nascimento, o bebê é devolvido aos pais.
 
Apesar de parecer recente, histórias semelhantes remetem a um passado distante. Segundo a Bíblia, no livro de Gênesis, Sara e Abraão formavam um casal até então sem herdeiros. Sara tinha 75 anos, incapaz de engravidar. Assim, ofereceu sua escrava egípcia Hagar para que gerasse o primeiro filho de Abraão, Ismael. Hoje, com o advento da FIV, há possibilidade de formar os embriões fora do útero, sem necessidade da relação sexual propriamente dita, o que viabilizou o uso da "barriga de aluguel" moderna.
 
Agora vamos a uma questão importante: o termo "barriga de aluguel", apesar de ser muito utilizado, é um termo inadequado, pois implica relação comercial que não é permitida em nosso país. No Brasil, denominamos "doação temporária do útero" ou "gestação de substituição". Veja como funciona:
 
Quais são as principais indicações?
- ausência de útero: mulheres submetidas à retirada do órgão (histerectomia)

- defeitos congênitos como malformações uterinas ou alterações que impeçam a gravidez

- doenças maternas com alto risco de morte durante a gestação, como doenças cardíacas, pulmonares ou renais graves

- inúmeras falhas de implantação prévias: quando há transferência de embriões, mas não ocorre gestação.
 
Quais são os passos do tratamento?
O tratamento é semelhante à FIV tradicional: utilizamos medicações para estimulação dos ovários da mãe, realizamos a captação dos óvulos no momento ideal e a fertilização destes pelos espermatozoides do parceiro. 
 
No entanto, os embriões formados são transferidos no útero de substituição (da mulher doadora), que é previamente preparado com hormônios. Vale ressaltar que tanto o casal quanto a mulher que irá doar o útero devem passar por uma consulta especializada, sendo solicitados exames como sorologias e tipagem sanguínea. 
 
O que diz a Legislação
A nova resolução do Conselho Federal de Medicina (2.013/13) determina que as doadoras temporárias do útero devem ser parentes de até quarto grau, ou seja, mãe, filha, irmã, avó, tia ou prima da doadora genética (mãe biológica). Os demais casos, como ausência de mulheres com esse grau de parentesco, devem ser autorizados pelo Conselho Regional de Medicina. Como já apontado, a doação temporária do útero não deve ter caráter lucrativo ou comercial.
 
É importante ressaltar que a relação entre as pessoas que participam deste tratamento é exatamente oposta ao que temos na doação de óvulos (ovodoação). No tratamento com útero de substituição, as pessoas tem que ter um vínculo prévio (parentes ou amigos), para se evitar problemas futuros. Já a ovodoação deve ser anônima, pelo mesmo motivo. 
 
A nova resolução determina que "é permitido o uso de técnicas de Reprodução Assistida (FIV) para relacionamentos homoafetivos", o que não era explícito na resolução de 2010. Assim, fica mais transparente o acesso desses tratamentos aos casais homossexuais.
 
Por fim, ressalto que esse é um tratamento um pouco diferente e que necessita de grande generosidade entre as mulheres envolvidas. 
 
Fonte Minha Vida

Proteja seu corpo das mudanças bruscas de temperatura

Homem bebendo água - Foto Getty Images
Uma boa hidratação, que inclui ingestão de frutas, legumes e verduras
 com bastante água, é fundamental para melhorar a imunidade
A variação no clima afeta a imunidade, além de despertar crises de asma e rinite
 
Você sai de casa em trajes mais leves e, passadas poucas horas, acaba tomando um susto com a queda brusca de temperatura? O seu corpo sente mais do que o desconforto causado pela falta de agasalho quando esfria de repente: processos alérgicos, resfriados e até baixa imunidade são alguns dos prejuízos comuns à saúde quando há instabilidade no clima.

Segundo o pneumologista Hassan Ahmed Yassine Neto, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, quem mais sofre com as mudanças bruscas na temperatura são crianças e idosos, extremos de idade que tem em comum a imunidade baixa e/ ou um sistema respiratório frágil.
 
"Além deles, pacientes de asma e rinite também sentem os efeitos dessa alteração, apresentando crises mesmo com o uso de remédios", explica.
 
Previna-se contra esses problemas com as dicas dos especialistas:
 
Homem bebendo água - Foto Getty ImagesBeba muito líquido
"Uma boa hidratação, que inclui ingestão de frutas, legumes e verduras com bastante água, é fundamental para melhorar a imunidade, principalmente se o clima estiver seco", afirma a pneumologista Andrea Aparecida Sette, do Hospital e Maternidade São Luiz. Mesmo não sentindo sede, carregue uma garrafinha de água com você e dê pequenos goles de tempos em tempos.
 
Menina comendo morangos - Foto Getty ImagesAjuste a alimentação
A alimentação balanceada deixa a imunidade nas alturas, criando uma barreira contra complicações decorrentes da queda brusca de temperatura. "Priorize alimentos que aceleram o metabolismo e opções mais calóricas, já que o corpo tende a gastar mais energia para manter o calor", afirma o pneumologista Hassan.
 
Festa - Foto Getty ImagesEvite ambientes com muitas pessoas
"Aglomerações favorecem a transmissão de doenças pelo ar e pelo contato", afirma Andrea. Como a queda de temperatura já deixa o corpo mais frágil, evite ficar em lugares fechados com muitas pessoas. Além disso, essa concentração pode deixar o local abafado demais, causando queda de pressão e mal-estar.
 
Idosa abrindo a janela - Foto Getty ImagesDeixe a casa ventilada
Seja para manter o calor ou evitar a entrada do sol, muitas pessoas acabam deixando suas casas completamente fechadas. Entretanto, ao impedir a circulação de ar, você favorece a proliferação ou a estagnação de vírus, fungos e bactérias no ambiente. "Eles não são levados pela corrente de ar, ficando concentrados nos cômodos da casa", explica. Por isso, por mais fresquinha que seja sua casa ou por mais frio que esteja o tempo lá fora, abra as janelas alguns períodos do dia ? pela manhã e à tarde, principalmente.
 
Menino com frio - Foto Getty ImagesEvite o choque térmico
Segundo Hassan, o choque de temperaturas é uma mudança bastante agressiva para quem tem as vias respiratórias mais sensíveis. "É comum haver piora de rinite, tosse ou falta de ar", afirma. Para minimizar tais problemas, evite sair de um lugar abafado para um gelado sem proteger nariz e boca com a blusa ou um cachecol e não espere estar em contato com o ar frio para se agasalhar.
 
Mulher mexendo no notebook na sala - Foto Getty Images Aqueça o ambiente
"O ar gelado resfria as vias aéreas, o que pode desencadear chiado no peito ou um quadro de falta de ar, principalmente em alérgicos", afirma Andrea. Manter um aquecedor no quarto ajuda a evitar uma péssima noite de sono quando ocorre uma mudança brusca de temperatura. Lembre-se, porém, de que o ar quente diminui a umidade do ar. Por isso, não se esqueça de providenciar também um umidificador ou, pelo menos, bacias com água perto da cama.
 
Cesto com roupas - Foto Getty ImagesLave as roupas de inverno
É natural guardar casacos, blusas e cobertas até precisar deles novamente. Mas, enquanto são deixados de lado, eles podem absorver a umidade do ar e criar bolor. "Os fungos que causam o bolor são altamente irritantes para as mucosas nasais, principalmente no caso de quem já sofre com asma, rinite alérgica ou bronquite", esclarece Andrea. Por isso, de tempos em tempos, deixe roupas e cobertores no sol e lave todos eles periodicamente, mesmo que eles não tenham sido usados.
 
Fonte Minha Vida

Dieta rica em cromo reduz fome e vontade de comer doces

pão integral - foto Getty Images
Mineral potencializa ação da insulina, beneficiando quem quer emagrecer
 e pacientes de diabetes
Mineral potencializa ação da insulina, beneficiando quem quer emagrecer e pacientes de diabetes
 
Sabe aquela vontade de comer um brigadeiro a qualquer custo? Ou quando seu corpo parece sentir uma fome incontrolável por guloseimas no meio do dia? E se houvesse uma forma de controlar esse desejo, sem sair da dieta? Um nutriente pode ser um grande aliado nessas horas: o cromo. Quando este mineral está na quantidade certa em nosso organismo, regula a quantidade de açúcar no sangue, evitando os picos de insulina, beneficiando não só quem quer exterminar as gordurinhas, mas também quem têm diabetes ou a síndrome metabólica, que é caracterizada por um grupo de e problemas de saúde como o acúmulo de gordura na cintura e no interior da barriga (visceral), pressão alta, aumento nos níveis de triglicérides, do açúcar no sangue (glicemia), e do mau colesterol (LDL) e ainda a diminuição do bom colesterol (HDL).

"Quando a insulina este em alta é por que não está realizando adequadamente sua função de metabolizar o açúcar na célula e, quando a célula sente a falta desse açúcar, que é sua fonte de energia, manda um recado de fome, o que te faz comer novamente", explica o nutrólogo Roberto Navarro, da Associação Médica Brasileira de Nutrologia (ABRAN). O cromo potencializa o efeito da insulina, equilibrando os níveis desse hormônio no sangue, evitando os ataques de fome.

Apesar de o cromo ser um nutriente essencial, as nossas células não conseguem produzir esse mineral. Por isso, segundo o fisiologista José de Felippe Júnior, fundador da Associação Brasileira de Medicina Biomolecular e Nutrigenômica, precisamos conseguir seus benefícios através do consumo dos alimentos fontes do mineral ou, se for o caso, através da suplementação receitada por um médico especialista.

Conheça a seguir as principais formas de acrescentar o cromo à sua alimentação, todos os benefícios de uma dieta rica no nutriente, como potencializar a sua absorção e como a suplementação pode ajudar a saúde e a dieta:  
 
docinhos - foto Getty ImagesReduz a fome (e a vontade de doces!)
Quando alguém tem hiperglicemia, que é o elevado nível de glicose no sangue, fica igual formiguinha louca por comidas açucaradas, massas, pães - carboidratos refinados em geral. "O cromo na quantidade adequada induz o funcionamento dos genes e isso faz com que o indivíduo precise de menos quantidade de carboidrato para se sentir satisfeito", explica o médico especialista em medicina intensiva e biomolecular, José de Felippe Júnior. Funciona da seguinte forma: a pessoa ingere o nutriente através dos alimentos, o mineral faz a indução dos genes, regularizando o metabolismo dos carboidratos e diminui a vontade de consumir esse grupo alimentar.

Quando comemos, em especial, o carboidrato refinado (pão branco, doces, massas), que são pobres em fibras, eles acabam sendo absorvidos rapidamente no intestino e a fome aparece em pouco tempo. Já as fibras dos carboidratos complexos trazem nutrientes, inclusive o cromo, que atrasam a absorção desses carboidratos.

E qual a relação entre o brigadeiro que comemos e os picos de insulina no sangue? Ao comermos o docinho, ele se transforma em açúcar (glicose). Segundo o nutrólogo Roberto Navarro, o hormônio insulina age como um "caminhão", que transporta o "passageiro" açúcar para as nossas células, não deixando que o açúcar fique em alta na corrente sanguínea. A glicose é jogada na célula com a ajuda do hormônio insulina mas, para a insulina conseguir se acoplar aos receptores dentro das células, vai depender do cromo.

"O mineral, associado com outros nutrientes, forma uma molécula chamada Fator de Tolerância à Glicose (FTG), que potencializa o efeito do hormônio insulina na sua função de transporte do açúcar. Se o fator de tolerância não é formado, você passa a ter intolerância à glicose, o que dificulta a entrada do açúcar na célula", explica o nutrólogo. Se a função da insulina está prejudicada, através da falta de cromo, por exemplo, que é um facilitador da ação da insulina, o açúcar não é acoplado na célula e fica um excesso de insulina no sangue (liberada ao ingerirmos carboidratos refinados) que, em quantidade excessiva, tem poder inflamatório e de formar tecido adiposo, ou seja, gordura.

E o que tudo isso tem a ver com aquela fome irracional e cíclica que sentimos quando comemos uma massa, por exemplo? Quando a célula não consegue receber o açúcar, o organismo recebe uma mensagem de que está faltando energia dentro dela, e a resposta vem direto do centro da fome, região do cérebro no hipotálamo, avisando que você precisa comer mais. O cérebro é um dos órgãos que mais precisa de glicose. Se o açúcar não for para dentro da célula, principalmente, para as células cerebrais, existe um "disparo de fome" imediato.
 
carne vermelha - foto Getty ImagesPrincipais fontes e quantidades
Como não produzimos o cromo, a alimentação continua sendo uma das melhores maneiras de conseguir o mineral. De acordo com o nutrólogo Roberto Navarro, a absorção do nutriente pode ser muito boa em conjunto com uma dieta equilibrada. No entanto, o especialista alerta que com o processo de refinação, os alimentos vão perdendo o cromo. O açúcar mascavo ou a farinha integral têm cromo, no entanto, quando eles passam pelo refino, perdem a maior parte do mineral. A quantidade recomendada de cromo pode chegar a 200 mcg por dia.

Segundo o livro Modern Nutrition in health and disease, as melhores fontes de cromo nos alimentos são:

Levedura de cerveja: 112 mcg cromo (1 colher de chá )
Carne vermelha: 57mcg cromo (1 bife médio)
Pão de trigo integral: 42mcg cromo (1 fatia)
Trigo integral: 38 mcg cromo (2 colheres de sopa)
Pimenta malagueta: 30 mcg (1 colher de sopa)
Pão de centeio: 30 mcg de cromo (1 fatia)
Ostra: 26 mcg de cromo (1 porção)
Batata: 24 mcg de cromo (1 unidade )
Gérmen de trigo: 23 mcg de cromo (3 colheres de sopa )
Pimenta verde: 19 mcg de cromo (1 unidade)
Maçã: 14 mcg de cromo (1 unidade )
Banana: 10 mcg de cromo (1 unidade)
Cenoura: 9 mcg de cromo (1 unidade) 
 
vitamina C - foto Getty ImagesPotencialize a absorção!
Mas então você pensa que faz tudo certo: consome grãos (feijão, grão de bico, soja, arroz integral) e cereais integrais, carne vermelha, batata e - mesmo assim - sente muita fome, especialmente, pelos doces? Isso acontece porque nem sempre o cromo é bem absorvido pelo organismo. De acordo com o nutrólogo Roberto Navarro, o estresse aumenta o nível de cortisol e faz com que você excrete cromo pela urina. E não é só o estresse emocional, devido ao trabalho e aos relacionamentos, como também o estresse físico ? que pode ser causado pela atividade física em excesso. "Você também pode acabar eliminando cromo quando ingere muito açúcar refinado", diz o especialista. Quem ingere de modo frequente e contínuo antiácidos à base de carbonato de cálcio ou hidróxido de magnésio também deve ficar alerta! Esses componentes diminuem a chance de absorção do mineral. Outro item que ajuda na hora de absorver melhor o elemento é a vitamina C. Algumas das melhores fontes dessa vitamina são: laranja, limão, acerola, brócolis, couve e couve-flor. 
 
dieta - foto Getty ImagesDieta balanceada: uma aliada
Não adianta só se preocupar em ingerir a quantidade certa do mineral se você não investe em uma alimentação equilibrada. Tem que seguir uma dieta equilibrada, que inclua carboidratos integrais, legumes, frutas, proteínas magras e gordura boa, como a das oleaginosas e do azeite de oliva extra-virgem. "Se você já aposta nos alimentos de baixo índice glicêmico, como os carboidratos integrais que têm mais fibras e demoram mais para ser absorvidos e passarem para o intestino, faz com que, naturalmente, seu nível de açúcar no sangue fique mais equilibrado", expõe o nutrólogo Roberto Navarro. Além disso, é importante comer de três em três horas, evitando o jejum prolongado e evitar, principalmente, farinha e açúcar branco. "Se as pessoas comessem mais devagar, conseguiriam dar tempo para que o estômago mandasse o recado de que estão satisfeitas ao hipotálamo - centro da saciedade", complementa José de Felippe Júnior, fundador da Associação de Medicina Intensiva Brasileira. 
 
Suplementação - foto Getty ImagesSuplementação
Atualmente a suplementação de cromo é uma alternativa para quem não consegue bons resultados na absorção do cromo com a dieta, nos tratamentos para emagrecer ou para quem sofre de carência do mineral. Quando o paciente tem aumento dos níveis de glicose, ele pode ter carência em cromo - mas é algo mais raro.

A formulação que mais se aproxima ao cromo encontrado no alimento (não misturado a outros elementos) é o picolinato de cromo. "Estudos mostram que a suplementação de picolinato na dose de 200 microgramas em pacientes com resistência à insulina ou intolerância à glicose se beneficiam com a ingestão do suplemento já que ele potencializa a ação da insulina", diz o nutrólogo Roberto Navarro.

Em pacientes com colesterol alto ou com sobrepeso pode haver a suplementação para ajudar na perda de peso. Vale ressaltar que a prescrição do suplemento de picolinato de cromo só pode ser feita por um médico especialista. "A suplementação não é contraindicada desde que seja feita por um período curto, de até dois meses, e não seja em altas doses", alerta o especialista. Altas doses são consideradas mais de 200 mcg por dia e podem, até mesmo, causar náusea, enjoo, dor de cabeça e gosto metálico na boca. 
 
pão integral - foto Getty ImagesUm potencial antioxidante
O cromo funciona como um ótimo antioxidante. Segundo o fisiologista José de Felippe Júnior, o mineral é benéfico para quem tem colesterol alto porque melhora a função do endotélio - um tipo de membrana epitelial que reveste, internamente, as câmaras do coração (aurículas e ventrículos), os vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) e os vasos linfáticos. É nessa estrutura que se depositam as placas de gordura.

Em doses baixas - até 200 mcg diárias, o cromo é um ótimo antioxidante, mas em doses altas (sem auxílio de um médico na suplementação, por exemplo), ele tem a função adversa, oxidando determinadas células, fazendo o efeito de um radical livre, avisa o nutrólogo Roberto Navarro. Por isso, é importante sempre tomar cuidado em não exceder a quantidade prescrita.  
 
fadiga - foto Getty ImagesDeficiência do mineral
Segundo o livro Modern Nutrition in health and disease, a deficiência de cromo pode causar aumento de peso, ansiedade, confusão mental, fadiga, cansaço e diminuição da sensibilidade nos pés ou tornozelos. No entanto, não existe um exame de sangue que detecte a falta do nutriente. "Nós necessitamos de 45 nutrientes essenciais, entre eles, o cromo. São os 45 elos que fazem os genes funcionarem como devem e provocam o equilíbrio no nosso corpo", explica o fisiologista José de Felippe Júnior.

De acordo com o especialista, para detectar a falta do mineral, deve-se consultar com um médico que fará uma anamnese completa e, através das respostas obtidas, poderá receitar uma dieta adequada e a suplementação - caso necessário.  
 
Fonte Minha Vida

Conheça os chás que auxiliam na digestão

Chás ajudam na digestão, aceleram o metabolismo e
combatem o inchaço
Bebida dissolve gorduras e diminui a formação de gases
 
Chá de boldo, de menta, hortelã, camomila, erva-doce, etc. Quem nunca tomou um deles depois de exagerar no almoço ou comer aquela feijoada que não caiu bem? Por ser feito basicamente de água e ervas, o chá hidrata e causa uma sensação de bem-estar. "As infusões (quando se coloca folhas, flores ou frutas em água quente) ajudam na digestão, aceleram o metabolismo, combatem o inchaço e até cortam o apetite quando ele perde o limite", afirma o consultor farmacêutico Kali Rafael Nardino, da Divine Shen.

Erva-doce, carqueja, espinheira-santa, chapéu-de-couro, jurubeba, abacateiro, cavalinha e bugre cortam a fome fora de hora, segundo Nardino. "Mas precisamos levar em conta a qualidade da matéria-prima, que é determinada principalmente pela forma de cultivo, procedência, processamento e armazenagem", diz o farmacêutico, que também recomenda o consumo de chá branco.
 
"Ele ajuda a desinchar, desintoxicar e acelerar o metabolismo, facilitando a queima de gordura. A vantagem é que faz tudo isso de maneira mais intensa e com sabor bem suave", afirma. Já a nutricionista funcional Daniela Jobst, recomenda o chá verde como um ótimo digestivo, já que ativa a produção de ácidos estomacais.

Na lista das plantas conhecidas como digestivas estão hortelã, menta, hibisco, psilium, cáscara-sagrada, zedoária e fucus. Essas infusões são ótimas de serem consumidas depois das refeições. Um velho conhecido do sistema digestivo é o boldo, também chamado popularmente como boldo-do-chile.
 
Suas folhas são usadas na medicina popular para tratamento de problemas digestivos e hepáticos. "Mesmo sendo muito comum entre a população, alguns estudos toxicológicos sugerem que o chá de boldo deve ser consumido com moderação e cuidado, além de ser proibido na gravidez porque ameaça a saúde do bebê", diz o farmacêutico.

Segundo a nutricionista da equipe médica do Dieta e Saúde, Erica Lopes, uma xícara de chá quente depois das refeições ajuda a fazer digestão. "Escolha o chá de sua preferência, independente do sabor, já que é a quentura do mesmo que favorece a boa digestão. Além disso, dissolve gorduras e diminui a formação de gases", garante. 
 
Riscos para saúde
De acordo com levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população utilizam chás ou remédios naturais, fazendo uso da medicina popular para tratar doenças. O grande problema, no entanto, é o uso em excesso que, segundo especialistas, é difícil mensurar.

Sendo assim, para evitar riscos, uma dica é não substituir a ingestão de água ou outros líquidos pelos chás exclusivamente. Indica-se, ainda, variar as ervas utilizadas e evitar infusões muito concentradas. Gestantes devem consultar o médico antes de consumir chás, já que algumas plantas podem ser abortivas.
 
Fonte Minha Vida

Cinco dicas para controlar a ansiedade

Foto: Reprodução
Se livre deste incômodo tomando algumas atitudes no dia a dia
 
Por Adriana de Araújo
 
A ansiedade é um estado caracterizado por medo, apreensão, mal-estar, desconforto, insegurança, estranheza do ambiente ou de si mesmo e, muito frequentemente, pela sensação de que algo desagradável está para acontecer. Além dos medicamentos convencionais, existem algumas alternativas naturais que podem nos ajudar a controlar a ansiedade. É sobre elas que vamos falar.

1) A forma mais comum de tratar a ansiedade é a prática de exercícios físicos.
Praticar exercícios físicos ajuda a lidar com estados de ansiedade porque eleva a produção de serotonina, substância que aumenta a sensação de prazer. Essa alternativa costuma funcionar dependendo da disposição da pessoa, uma vez que nem todo mundo gosta de praticar exercícios.

Caminhar três vezes por semana, por pelo menos meia hora, já pode ajudar a lidar com a ansiedade. O momento da caminhada, além de ser um exercício para o corpo, também pode ser aproveitado para trabalhar a mente, sob a forma da meditação ativa. Quando você anda, pensa. A caminhada de meia hora é um movimento repetitivo e você acaba pensando nos pontos geradores de ansiedade que precisa trabalhar;

2) Pessoas com tendência a ansiedade precisam reduzir o seu estresse diário.
Para as que ficam estressadas com mais facilidade recomendo sessões de massagem e acupuntura regulares, além de ioga e meditação. Muitos pacientes com ansiedade se beneficiam também de tratamentos alternativos como a homeopatia e o uso de florais de Bach. A ioga oferece ao praticante a possibilidade de aprender a controlar sua mente e seu corpo. Este controle, que é obtido através de uma combinação de técnicas respiratórias, corporais e de meditação. Tem como resultados o aumento da flexibilidade, fortalecimento dos músculos, aumento de vitalidade e maior controle sobre o estresse. Além da ioga, outra alternativa de controle da ansiedade são as massagens. Se tiverem uma abordagem mais oriental, buscando o equilíbrio emocional, melhor;

3) Para reduzir as reações do sistema nervoso autônomo, devemos fazer o controle da respiração.
Isto pode ser feito compassando a respiração e inspirando lentamente pelo nariz, com a boca fechada. Ao inspirar deixar o abdome expandir-se, ou seja, estufar a barriga e não o peito. Depois, expirar lentamente, expelindo o ar pela boca. Isto pode ser feito em qualquer lugar, a qualquer hora. Além disso, quando você estiver em um ambiente silencioso e com possibilidade de ficar deitado, use uma técnica de relaxamento. O relaxamento combinado com a respiração diafragmática, certamente, reduzirá a respiração ofegante, a taquicardia e o tremor;
 
4) Em situações de ansiedade que se estendem por longos períodos, recomenda-se que a pessoa evite os pensamentos negativos ou catastróficos.
Deve-se tentar dimensionar a gravidade da situação, questionando a si mesmo se existe uma forma alternativa de análise, se estamos superestimando o grau de responsabilidade que temos nos fatos ou se estamos subestimando o grau de controle que podemos ter. Uma vez avaliada a situação, devemos substituir os pensamentos sobre o evento temido, principalmente, os negativos por outros pensamentos. Sempre que um pensamento negativo se iniciar, devesse substituí-lo por outro pensamento qualquer, preferencialmente, agradável. Isto certamente não é fácil de ser feito, mas é possível e trata-se de um aspecto importante, pois os pensamentos e as falas negativas agravam a situação, intensificando as respostas autonômicas, como o mal-estar e o descontrole respiratório;
 
5) Para controlar a ansiedade, podemos ingerir alimentos que sejam fonte de triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, como a banana e o chocolate, de forma moderada, para não ganhar peso.
Outra possibilidade é ingerir o triptofano em cápsulas, junto com vitamina B6 e magnésio. Outros aminoácidos que podem ajudar são a taurina e a glutamina. Eles aumentam a disponibilidade de um neurotransmissor chamado GABA, que o organismo usa para controlar fisiologicamente a ansiedade. Eles também podem ser ingeridos em cápsulas, mas apenas com a orientação de um médico especialista. Existem ainda os chás. A maioria possui substâncias que funcionam como sedativos suaves e podem ajudar no controle da ansiedade diária. As plantas mais conhecidas e estudadas com essa ação são a passiflora, a melissa a camomila e a valeriana.

Adriana de Araújo é psicóloga clínica e hipnoterapeuta ericksoniana.
 
Fonte Minha Vida

Humor: Dengue

Dois infectados pelo coronavírus morrem na Arábia Saudita

Ministério da Saúde saudita informou que três outras pessoas foram infectadas
 
Duas pessoas infectadas pelo coronavírus morreram na Arábia Saudita, de acordo com o site o Ministério de Saúde saudita. As vítimas são um homem de 53 anos, que morreu na zona do leste do país, e uma criança de dois anos em Jidá (oeste), que sofria de uma doença crônica nos pulmões.
 
De acordo com o governo, três outras pessoas foram infectadas. Dois são cidadãos sauditas de 66 e 69 anos, que estão internados em Riad (centro) e a terceira é uma residente estrangeira que trabalha no setor de saúde.
 
Com os novos casos, já é de 38 o número de mortos pela denominada MERS-CoV (Síndrome Respiratória Coronavírus do Oriente Médio), enquanto os infectados são 65.
 
Os primeiros sintomas deste vírus são febre e tosse, que se agravam até causar uma pneumonia. O governo saudita apontou que a maioria dos infectados sofre doenças crônicas que debilitam seu sistema imunológico e a torna mais vulnerável.
 
Os coronavírus constituem uma família viral que pode causar doenças nos seres humanos que vão desde o resfriado comum até a Síndrome Respiratória Aguda Severa conhecida como Sars.
 
Fonte Efe/R7

Médicos 'do interior' contam como é trabalhar onde falta tudo, até esparadrapo

Arquivo pessoal
O médico Thiago Cavalcante Ribeiro (à direita) durante seu
 período em posto de saúde no interior da Bahia: um braço
 quebrado tinha que ser levado ao hospital da
capital mais próxima
Profissionais de Macapá (AM) e do interior da Bahia relatam dificuldades de conviver com pouca estrutura dos hospitais e casos terríveis de falta de assistência
 
“Eu já peguei coisas aqui que eu nunca imaginei ver na minha vida”, diz Maria do Horto Teixeira, médica ginecologista obstetra de 64 anos e atualmente trabalhando num hospital de Macapá (AP). Maria é uma das poucas médicas experientes que após anos atendendo num consultório, no caso dela em Porto Alegre (RS), decidiu ir para o Norte do País.

Thiago Cavalcante, 29 anos, formado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 2011, também foi trabalhar no interior, no caso dele logo após se formar. Ele se inscreveu no Programa Saúde da Família do governo federal e foi enviado para o município baiano de Paripiranga, de 26 mil habitantes e a 100 quilômetros de Aracaju, no Sergipe. Trabalhava no posto médico três dias por semana, o que permitia tempo para estudar para a prova de residência. O salário líquido era de R$ 8.300,00, mais ou menos o mesmo de Maria, em Macapá.
 
A decisão de Maria de se mudar foi tomada após um concurso que convocou médicos do país inteiro para concorrerem a uma vaga no hospital da capital do Amapá, em 1997. Ela se inscreveu, passou e resolveu mudar de ares. Porém, em poucos dias notou que a realidade era muito diferente do que estava acostumada. Lá, ela sentiu na pele que um plantão pode ter complicações que vão além da gravidade do caso de cada paciente ou da falta de médicos. E que o tradicional corre-corre da sala de emergência pode ganhar como adicional a falta de equipamentos por causa do desvio de recursos ou ter que atender mais pacientes que o esperado por ser o único hospital num raio de muitos quilômetros.

“No ano passado teve concurso aqui no Estado e passou uma médica de Belém (PA) para ganhar R$ 20 mil por 40 horas. Quando ela chegou aqui e viu o hospital onde falta quase tudo ela desistiu e voltou rapidinho”, disse.

Thiago também conta que o posto em que trabalhava tinha estrutura para fazer apenas o básico. Uma intervenção mais complicada ou até mesmo um caso de braço quebrado tinha de ser encaminhado para um hospital em Aracaju. “Tive sorte de ficar num local relativamente perto de uma capital com bons hospitais. Alguns amigos da faculdade foram para lugares mais distantes que eu. Os hospitais não tinham estrutura nenhuma e eles ficavam expostos a situações terríveis”, disse.

Maria lembra que uma vez estava sozinha no hospital quando chegou uma grávida jovem amparada por bombeiros. “Ela veio sozinha de barco para Macapá, depois de uma longa viagem. Foram os passageiros que chamaram os bombeiros quando o barco chegou ao porto. A mulher tinha um filho morto na barriga, que devia estar lá há não sei quanto tempo e não resistiu depois de tantas horas sacolejando no barco. É muito triste”, conta.

Outra vez, Maria atendeu uma paciente com “uma hemorragia brutal”. “Nem sei como ela sobreviveu, perguntei quantos filhos ela tinha e ela só respondeu mostrando os cinco dedos da mão e logo depois desmaiou. Esta estava acompanhada e soube que havia enfrentado uma viagem de 18 horas num barquinho até aqui. Chegou ao hospital em estado de choque”, diz.

A falta de hospitais no interior do Amapá e do Pará - como a ilha de Marajó, por exemplo - obriga pacientes em estado grave a enfrentar horas de barco para serem atendidos em Macapá. “O problema é que, chegando na capital do Estado, eles encontram hospitais sem estrutura, equipamento ou médicos preparados”, disse.

Maria acredita que a falta de dinheiro não seria exatamente o problema se não houvesse tanto desvio de recursos. “Eu acho que daria para fazer um atendimento por avião nestes locais remotos e ter melhores hospitais. Brasília manda dinheiro, mas há muito corrupção”, disse. Na Região Norte, muitos locais são alagados durante alguns meses do ano, o que impossibilita a construção de estradas e torna o barco a única maneira de acesso. O avião nestes casos seria uma solução para o pronto-atendimento.

Outro problema grave, segundo Maria, é a má formação que as universidades da região dão aos médicos. Ela considera que os médicos não saem da universidade preparados para encarar um plantão, ainda mais em situações onde falta tudo, de equipamento a materiais mais simples como agulhas, esparadrapo ou lençóis. “Tem médico que sai da universidade e não sabe nem usar um fórceps. Eu estou falando de coisa básica”.
 
Maria trabalha com médicos “da velha guarda” e outros mais jovens e afirma que é visível a diferença entre as duas gerações. Os mais jovens trabalham “feito condenados” para ganharem dinheiro e irem embora. “Tem um médico que trabalha comigo que além das 40 horas, faz plantão em três hospitais. São cerca de 30 plantões por mês. Um absurdo. Agora eu pergunto como que eu médico deste vai ter o mínimo de atenção e cuidado com o paciente?”.

“Eu vejo também que os jovens de Porto Alegre dificilmente viriam para cá. Eles não querem trocar aquela vida aparentemente pequeno-burguesa para virem para tão longe”, critica.

Ida para o interior, mas com foco na especialização
Ao contrário da maioria dos médicos que, quando vai para o interior, permanece poucos meses, Thiago ficou em Paripiranga por quase dois anos. Após ficar um ano e meio no Programa Saúde da Família, ele permaneceu por mais três meses no mesmo posto de saúde, mas como integrante do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), até que passou para a residência de otorrinolaringologia em Salvador (BA) e foi morar na capital baiana.

“O salário do Provab era menos 300 reais que o do PSF e eu trabalhava um dia a mais, mas a participação no programa me rendia 10% a mais da minha nota na prova de residência e qualquer meio ponto nesta prova vale ouro, não é?”, disse. Pelo Provab, a carga de trabalho é de 40 horas, sendo oito horas de estudo usadas em um curso de ensino à distância.

A adesão ao programa na turma de Thiago foi relativamente grande, mas não muito duradoura. Dos 77 alunos que se formaram, cerca de 30 passaram na primeira tentativa para a residência. Do restante, cerca de 90% ingressou no Provab. “Muitas cidades do interior não disponibilizam nem internet. Então como é que o médico que participa do Provab vai fazer o curso à distância obrigatório? Na minha cidade eu tinha internet, mas esta não é a realidade para todos”, disse.

Para ele, se o interesse do governo federal no Provab é incentivar a ida de médicos para o interior, então é preciso que os salários de quem trabalha no interior seja maior que o nas capitais. “O salário dos médicos do Provab é o mesmo para quem fica no interior ou na capital. Então não tem um estímulo para o médico ir para o interior. Eu continuei em Paripiranga que fica a 100 quilômetros de uma capital, mas tenho amigos que foram mais para o interior e desistiram antes mesmo de mim por causa dos problemas que enfrentaram”, disse.

Ele disse que com dois plantões de 24 horas por semana em hospitais de Aracaju, por exemplo, onde se paga R$ 1.500 por um plantão de 24 horas, ganha-se mais que o salário líquido do Provab.

Segundo dados do Provab, 968 médicos desistiram do projeto desde que foi criado em 2011. Do total, 46,5% foram convocados para programas de residência e 29,8% foram desligados por descumprirem regras do edital, como carga horária de trabalho e faltas cumulativas.

Médicos estrangeiros
Tanto Thiago quanto Maria não acham que a “importação” de médicos vai solucionar a falta de médicos no interior do País. “Aqui vai ser o primeiro lugar que vão querer colocar médicos estrangeiros. Você acha que um europeu vai querer ficar na selva por muito tempo? Quando começar a sofrer com malária, falta de equipamento e grosseria vai querer ir embora. Talvez os cubanos permaneçam por mais tempo”, disse Maria.

Fonte iG

Estudo muda a compreensão do processamento de informações no cérebro

Pelo novo conceito, os sinais são processados em duas partes do córtex simultaneamente, quase como se existissem dois cérebros
 
Falar, ver, ouvir, pensar e lembrar. Todo este trabalho é feito no córtex cerebral. Porção mais externa do cérebro, centro de todas as funções superiores. Os seres humanos têm o córtex mais espesso de qualquer espécie, mas, mesmo assim, ele não chega a medir mais que 4 milímetros de espessura.

Durante décadas, os cientistas acreditaram ter uma clara compreensão de como os sinais se movem através do córtex cerebral. Até então, os cientistas acreditavam que a informação é transmitida através de uma coluna de seis camadas de células nervosas especializadas em uma série disparos que começam na camada média do córtex, em seguida, move para outras camadas antes de disparar uma resposta comportamental.

Agora, um estudo realizado pelo neurocientista Randy de Bruno, da Universidade de Columbia (EUA), indica que essa visão está incorreta. Olhando para a forma como a informação sensorial é processada em ratos, Bruno descobriu que os sinais são processados em duas partes do córtex, simultaneamente, em vez de em série, quase como se existissem dois cérebros.

" As camadas superior e inferior formam circuitos separados que fazem coisas distintas. A descoberta, segundo ele, abre uma nova forma de pensar o córtex cerebral, o que inclui não apenas o processamento da visão, audição e tato, mas funções superiores, como a fala, tomada de decisão e pensamento abstrato.

A pesquisa foi conduzida no sistema sensorial de bigodes de ratos, que funcionam como os dedos humanos, fornecendo informações sobre a forma tátil e textura. Esta informação viaja a partir de fibras nervosas na base dos bigodes para o tálamo no mesencéfalo e, em seguida, é transformado no córtex cerebral.

O novo estudo se baseia em uma técnica sensível que permite aos pesquisadores registrar como sinais se movem através das sinapses de um neurônio para o outro em um animal vivo usando micropipetas cujas pontas são apenas um mícron de largura de um milésimo de milímetro. As gravações mostraram que os sinais são transmitidos a partir do tálamo para as várias camadas do córtex simultaneamente com a sinalização surpreendentemente robusta para a camada mais profunda.

Para confirmar que a camada mais profunda recebe informação sensorial diretamente a partir do tálamo, os pesquisadores bloquearam todos os sinais a partir da camada média utilizando um anestésico local, comprovando que a atividade na camada mais profunda permaneceu inalterada.

O estudo sugere que as camadas inferiores e superiores do córtex cerebral formam circuitos separados, que desempenham papéis distintos no processamento de informação sensorial. Os investigadores acreditam que as camadas mais profundas são evolutivamente mais velhas, encontrados nos répteis, por exemplo; enquanto que as camadas superior e média aparecem em espécies mais evoluídas, sendo mais espessas em humanos.

Uma possibilidade, sugere Bruno, é que o processamento sensorial básico ocorre nas camadas inferiores: por exemplo, acompanhar visualmente uma bola de tênis. Já o processamento que envolve experiência integrada pode ser feito nas camadas superiores, por exemplo, observar que o adversário está batendo a bola e planejar como responder ao golpe.

O estudo agora busca identificar como as várias camadas do córtex relacionam com comportamentos específicos, tais como a memória e a aprendizagem.
 
Fonte isaude.net

Concurso Prefeitura de São Carlos do Ivaí - PR

Para compor o quadro de servidores da Prefeitura de São Carlos do Ivaí, no estado do Paraná, a administração municipal lançou edital Nº 18/2013 de concurso público, com o objetivo de contratar 07 profissionais de níveis alfabetizado, médio e superior.
 
As vagas são para Assistente Social, Auxiliar de Enfermagem, Contabilista, Engenheiro Civil, Nutricionista, Psicólogo e Zeladora. A remuneração pode chegar a R$ 4.500,00, em jornada de trabalho de 20 a 44 horas semanais. 
 
As inscrições serão recebidas até 18 de julho de 2013, no Departamento de Recursos Humanos, localizado no Paço Municipal. A taxa de inscrição oscila entre R$ 30 e R$ 100, dependendo do cargo pretendido.
 
O certame será composto de prova objetiva, com previsão para ser aplicada no dia 11 de agosto de 2013, além de prova de títulos, para todos os cargos, e prova prática, apenas para os candidatos que concorrem ao cargo de Zelador. De acordo com o edital, o gabarito preliminar oficial será divulgado no dia 12 de agosto de 2013, a partir das 13 horas, no mural de avisos do Paço Municipal.
 
Conforme o cronograma do concurso, os títulos serão recebidos entre os dias 23 a 27 de agosto de 2013, no Departamento de Recursos Humanos, no Paço Municipal. Já a prova prática será realizada provavelmente no dia 25 de agosto deste ano.
 
O certame terá validade por dois anos, a contar da publicação da homologação, prorrogáveis por mais dois anos, a critério da Prefeitura Municipal.