Esse hormônio influencia a agressividade, o crescimento de pelos e o desempenho sexual
O efeito dos hormônios na personalidade das mulheres é bem conhecido, principalmente na fase da TPM. Mas, e os homens? Eles também são afetados pela produção hormonal? Sim, a testosterona, principal hormônio presente no organismo masculino, influencia o comportamento, o desempenho sexual e também algumas características físicas. "É um hormônio muito importante para o funcionamento do corpo. Mesmo que esteja mais presente nos homens, ele também pode afetar o organismo feminino", explica a endocrinologista e metabologista Vânia dos Santos, de UNESP.
Segundo a especialista, conhecer as funções desse hormônio e as consequências de uma alteração em seus níveis é um importante modo de prevenir possíveis problemas de saúde, que podem afetar tanto o físico como o psicológico do paciente. "De maneira geral, a testosterona é responsável pelos caracteres sexuais secundários no homem, como voz, pelos e massa muscular. Qualquer alteração nessas áreas pode ser um sinal de problema", conta o endocrinologista Pedro Saddi, da Unifesp.
Confira abaixo as principais mudanças no corpo masculino - e algumas até no feminino! - relacionadas a esse hormônio.
Agressividade
De acordo com Pedro Saddi, a testosterona pode provocar uma maior agressividade masculina quando está em um nível suprafisiológico, ou seja, acima do normal. "Ela age diretamente no sistema nervoso. Quando há um excesso desse hormônio, o humor e o estado de espírito do homem mudam, mas é importante lembrar que essa agressividade não tem relação com violência. Portanto, não podemos culpar o hormônio por um ato violento", afirma Pedro Saddi.
Nas mulheres, essa relação é menos intensa devido à menor quantidade de testosterona no organismo. Para o sexo feminino, os hormônios que aumentam o comportamento agressivo são o estrógeno e a progesterona, que normalmente atingem picos durante o período de ovulação.
De acordo com Pedro Saddi, a testosterona pode provocar uma maior agressividade masculina quando está em um nível suprafisiológico, ou seja, acima do normal. "Ela age diretamente no sistema nervoso. Quando há um excesso desse hormônio, o humor e o estado de espírito do homem mudam, mas é importante lembrar que essa agressividade não tem relação com violência. Portanto, não podemos culpar o hormônio por um ato violento", afirma Pedro Saddi.
Nas mulheres, essa relação é menos intensa devido à menor quantidade de testosterona no organismo. Para o sexo feminino, os hormônios que aumentam o comportamento agressivo são o estrógeno e a progesterona, que normalmente atingem picos durante o período de ovulação.
Calvície
Existe o mito de que homens com mais testosterona têm maior queda de cabelos e se tornam calvos precocemente. Isso daria sentido à expressão popular "é dos carecas que elas gostam mais", já que o alto nível de testosterona também está ligado ao desempenho sexual masculino.
No entanto, o endocrinologista Pedro Saddi derruba essa informação. "O que se relaciona com queda de cabelos é a diidrotestosterona, que é uma transformação da testosterona. É esse hormônio que aumenta a queda de cabelos nos homens e sua produção depende de fatores locais do couro cabeludo, e não da quantidade de testosterona circulante no sangue", explica. As pessoas calvas têm enzimas no couro cabeludo com uma capacidade maior de transformar a testosterona do sangue em diidrotestosterona para agir no folículo capilar.
Já nas mulheres, o nível de testosterona pode causar uma mudança no couro cabeludo. "Ela não chega a causar calvície, mas provoca aquelas entradas típicas de homens perto dos 40 anos. Essa transformação é característica da maior produção de testosterona pelas mulheres", afirma Vânia dos Santos.
Existe o mito de que homens com mais testosterona têm maior queda de cabelos e se tornam calvos precocemente. Isso daria sentido à expressão popular "é dos carecas que elas gostam mais", já que o alto nível de testosterona também está ligado ao desempenho sexual masculino.
No entanto, o endocrinologista Pedro Saddi derruba essa informação. "O que se relaciona com queda de cabelos é a diidrotestosterona, que é uma transformação da testosterona. É esse hormônio que aumenta a queda de cabelos nos homens e sua produção depende de fatores locais do couro cabeludo, e não da quantidade de testosterona circulante no sangue", explica. As pessoas calvas têm enzimas no couro cabeludo com uma capacidade maior de transformar a testosterona do sangue em diidrotestosterona para agir no folículo capilar.
Já nas mulheres, o nível de testosterona pode causar uma mudança no couro cabeludo. "Ela não chega a causar calvície, mas provoca aquelas entradas típicas de homens perto dos 40 anos. Essa transformação é característica da maior produção de testosterona pelas mulheres", afirma Vânia dos Santos.
Pelos
O crescimento de pelos em algumas áreas está diretamente ligado à produção de testosterona, tanto nos homens quanto nas mulheres. É a partir do momento que esse hormônio começa a ser produzido, por volta dos 12 anos de idade, que os pelos no rosto, tronco, nádegas, virilha e monte púbico começam a crescer nos homens. No entanto, alguns locais do corpo, como braços e pernas, não são afetados pela maior produção de testosterona. Por isso, os pelos que ali crescem são chamados de independentes.
O excesso de testosterona nas mulheres pode causar um aumento no crescimento de pelos nas áreas andrógenas, como rosto e no tórax, o que não é normal para o sexo feminino. "A maior produção de testosterona pelos óvulos e pelas glândulas adrenais causa nas mulheres o hirsutismo, que é o crescimento de pelos em locais anormais", explica a especialista.
Essa alteração hormonal tem tratamento a partir de remédios, que controlam a produção de testosterona pelo ovário e pelas glândulas adrenais.
O crescimento de pelos em algumas áreas está diretamente ligado à produção de testosterona, tanto nos homens quanto nas mulheres. É a partir do momento que esse hormônio começa a ser produzido, por volta dos 12 anos de idade, que os pelos no rosto, tronco, nádegas, virilha e monte púbico começam a crescer nos homens. No entanto, alguns locais do corpo, como braços e pernas, não são afetados pela maior produção de testosterona. Por isso, os pelos que ali crescem são chamados de independentes.
O excesso de testosterona nas mulheres pode causar um aumento no crescimento de pelos nas áreas andrógenas, como rosto e no tórax, o que não é normal para o sexo feminino. "A maior produção de testosterona pelos óvulos e pelas glândulas adrenais causa nas mulheres o hirsutismo, que é o crescimento de pelos em locais anormais", explica a especialista.
Essa alteração hormonal tem tratamento a partir de remédios, que controlam a produção de testosterona pelo ovário e pelas glândulas adrenais.
Músculos
É fácil perceber a influência da testosterona nos músculos dos homens. "Por volta dos 12 anos, quando os testículos começam a produzir a testosterona, os meninos ficam mais fortes que as meninas e passam a ter maior massa muscular", explica Pedro Saddi. De acordo com o especialista, essa diferença aumenta no período entre 20 e 30 anos, quando os homens têm um pico nos níveis de testosterona no sangue.
Na terceira idade, com a menor produção do hormônio, há uma perda de massa muscular nos homens e fica mais difícil se recuperar de lesões musculares. Por isso, muitos idosos são aconselhados por médicos a tomar suplementos de testosterona.
É fácil perceber a influência da testosterona nos músculos dos homens. "Por volta dos 12 anos, quando os testículos começam a produzir a testosterona, os meninos ficam mais fortes que as meninas e passam a ter maior massa muscular", explica Pedro Saddi. De acordo com o especialista, essa diferença aumenta no período entre 20 e 30 anos, quando os homens têm um pico nos níveis de testosterona no sangue.
Na terceira idade, com a menor produção do hormônio, há uma perda de massa muscular nos homens e fica mais difícil se recuperar de lesões musculares. Por isso, muitos idosos são aconselhados por médicos a tomar suplementos de testosterona.
Sexo
A libido e o desempenho na hora do ato sexual também estão ligados à testosterona. "Indivíduos com baixa taxa desse hormônio têm menor libido e, consequentemente, pior desempenho sexual. Homens com essa característica também têm maiores chances de sofrer com infertilidade", afirma Pedro Saddi. De acordo com o especialista, as alterações nos níveis de testosterona afetam a vida sexual de ambos os sexos. Além disso, se houver excesso desse hormônio nos homens, pode ocorrer um atrofiamento dos testículos e, nas mulheres, o aumento do clitóris, dois problemas que diminuem as chances de ter uma vida sexual ativa.
A libido e o desempenho na hora do ato sexual também estão ligados à testosterona. "Indivíduos com baixa taxa desse hormônio têm menor libido e, consequentemente, pior desempenho sexual. Homens com essa característica também têm maiores chances de sofrer com infertilidade", afirma Pedro Saddi. De acordo com o especialista, as alterações nos níveis de testosterona afetam a vida sexual de ambos os sexos. Além disso, se houver excesso desse hormônio nos homens, pode ocorrer um atrofiamento dos testículos e, nas mulheres, o aumento do clitóris, dois problemas que diminuem as chances de ter uma vida sexual ativa.
Depressão
Em média, após 50 anos de idade, a produção de testosterona diminui nos homens, provocando uma série de alterações tanto no corpo quanto na personalidade. De acordo com a endocrinologista, os baixos níveis desses hormônios estão entre as causas do aumento dos casos de depressão masculina na terceira idade. "Como a testosterona também age no sistema nervoso, uma mudança em sua produção afeta o bem-estar e o humor dos homens", explica Vânia dos Santos.
Nas mulheres, a produção de testosterona segue o caminho oposto conforme a idade. Após chegar à menopausa, as mulheres começam a produzir mais esse hôrmonio, enquando a quantidade de estrógeno, que dá características femininas ao corpo, começa a diminuir. "Depois do climatério, as mulheres começam a ter níveis de testosterona mais altos no organismo. Isso aumenta a quantidade de pelos no corpo e também provoca um leve aumento de peso e irritabilidade", diz Vânia dos Santos.
Em média, após 50 anos de idade, a produção de testosterona diminui nos homens, provocando uma série de alterações tanto no corpo quanto na personalidade. De acordo com a endocrinologista, os baixos níveis desses hormônios estão entre as causas do aumento dos casos de depressão masculina na terceira idade. "Como a testosterona também age no sistema nervoso, uma mudança em sua produção afeta o bem-estar e o humor dos homens", explica Vânia dos Santos.
Nas mulheres, a produção de testosterona segue o caminho oposto conforme a idade. Após chegar à menopausa, as mulheres começam a produzir mais esse hôrmonio, enquando a quantidade de estrógeno, que dá características femininas ao corpo, começa a diminuir. "Depois do climatério, as mulheres começam a ter níveis de testosterona mais altos no organismo. Isso aumenta a quantidade de pelos no corpo e também provoca um leve aumento de peso e irritabilidade", diz Vânia dos Santos.
Excesso do hormônio
Um estudo feito pela Universidade de Yale, no Reino Unido, mostrou que o excesso de testosterona pode provocar morte de células nervosas, o que leva a doenças como Alzheimer. De acordo com Pedro Saddi, essa pesquisa é importante para se ter mais informações sobre o efeito contínuo da testosterona no organismo, mas ainda não pode ser usado para tirar maiores conclusões. "Esse estudo foi feito em cultura de células, ou seja, não foi realizado em condições normais. Além disso, a quantidade de testosterona usada foi muito maior do que a quantia máxima já vista em um homem", explica o endocrinologista.
Vânia dos Santos explica que, como qualquer outro hormônio, uma quantidade excessiva de testosterona no corpo pode trazer malefícios às células. "É comum vermos homens tomarem esteróides ricos em testosterona para ter um crescimento nos músculos. Mas ingerir suplementos desse hormônio em excesso pode causar aumento de pressão e colesterol, aumento das mamas e atrofia dos testículos", completa.
Um estudo feito pela Universidade de Yale, no Reino Unido, mostrou que o excesso de testosterona pode provocar morte de células nervosas, o que leva a doenças como Alzheimer. De acordo com Pedro Saddi, essa pesquisa é importante para se ter mais informações sobre o efeito contínuo da testosterona no organismo, mas ainda não pode ser usado para tirar maiores conclusões. "Esse estudo foi feito em cultura de células, ou seja, não foi realizado em condições normais. Além disso, a quantidade de testosterona usada foi muito maior do que a quantia máxima já vista em um homem", explica o endocrinologista.
Vânia dos Santos explica que, como qualquer outro hormônio, uma quantidade excessiva de testosterona no corpo pode trazer malefícios às células. "É comum vermos homens tomarem esteróides ricos em testosterona para ter um crescimento nos músculos. Mas ingerir suplementos desse hormônio em excesso pode causar aumento de pressão e colesterol, aumento das mamas e atrofia dos testículos", completa.
Fonte Minha Vida