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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Pesquisa molecular promete mais eficácia no tratamento do Sarcoma de Ewing

Instituto do Câncer Infantil e Hospital de Clínicas lideram estudo multicêntrico sobre o tumor que atinge ossos e cartilagens, principalmente, em crianças e adolescentes

Em busca de um tratamento mais "inteligente" para o Sarcoma de Ewing, tumor que atinge ossos e cartilagens, principalmente, em crianças e adolescentes, o Instituto do Câncer Infantil do Rio Grande do Sul e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre lideram um estudo multicêntrico, que envolve 36 unidades oncológicas no Brasil, Argentina, Uruguai e Chile.

Chamado de Protocolo Sul-americano para o Tratamento de Tumores Ewing, o projeto foi implementado em 2011, e envolve 90 pacientes. O Sarcoma de Ewing é um tumor de partes moles e a característica que dá sua denominação é uma translocação, ou seja, uma alteração molecular detectada em exames.

— São tumores agressivos, que respondem ao tratamento de maneiras diferentes. Devido a esta complexidade, surgiu a ideia do protocolo de tratamento — explica Ana Lucia Abujamra, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento Clínico do ICI-RS.

O principal objetivo da pesquisa é mapear as reações ao manejo da doença, adaptando os protocolos à realidade latino-americana, considerando o perfil genético e os fatores ambientais da região. Um dos avanços obtidos até aqui é o prontuário médico digital, que permite acesso rápido às informações atualizadas a partir de cada um dos centros, beneficiando os pacientes atendidos em cada parte.

A pesquisa trabalha em duas subáreas: banco de tumores e células tumorais in vitro. O banco de tumores é formado pelo material biológico fornecido pelos pacientes em tratamento na unidade. São os mesmos materiais coletados para exames, como sangue, lícor, medula óssea ou biópsia da lesão. Com as células tumorais in vitro, os pesquisadores conseguem testar a utilização de fármacos ou combinações medicamentosas no tratamento, o que pode servir para propor estudos pré-clínicos em animais e em humanos, posteriormente.

— O tratamento molecular ajudaria a evitar amputações, gerando mais qualidade de vida e economia de despesas com órteses tanto para as famílias quanto para os cofres públicos — observa Ana Lucia.

O Sarcoma de Ewing é de difícil diagnóstico, pois se manifesta por meio de febre ou lesão no osso, sintomas comuns em crianças, que brincam e se machucam o tempo todo. O diagnóstico, quase sempre, se dá quando a doença já se encontra em estágio avançado, e o tratamento mais indicado acaba sendo a cirurgia de amputação. Quando diagnosticado em tempo hábil, o tumor responde bem ao tratamento, mas o risco de reincidência após cinco anos é alto. A doença pode atingir desde crianças de dois anos de idade até jovens entre 18 e 20 anos.

Fonte Zero Hora

Um comentário:

  1. Espero que esta pesquisa tenha sucesso...Descobri que tenho o Sarcoma de Ewing aos 44 anos, ele está na região pélvica...Sei que o tratamento é complicado, mas tudo dará muito certo!!!

    Abraços
    Adriana



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