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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Hospital Vera Cruz realiza primeira videocirurgia cardíaca de BH

No país a técnica é realizada no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e na Bahia. Agora, Minas Gerais entra no circuito através do pioneirismo do Hospital Vera Cruz, referência em medicina de alta complexidade

Tempo menor de permanência em internação, recuperação mais rápida, menor taxa de sangramento e de chances de infecção no período pós-operatório, dor mínima e cicatriz imperceptível são algumas das vantagens da cirurgia cardíaca minimamente invasiva vídeo assistida – ou videocirurgia cardíaca. O método, introduzido no Brasil há apenas sete anos, foi realizado pela primeira vez em Belo Horizonte pelo cirurgião cardiovascular do Hospital Vera Cruz, Herbert Coelho Hortmann.

A paciente I.C.R.A, de apenas 13 anos, foi operada no dia 31 de julho e já retornou à rotina habitual, o que inclui os treinos de natação, atividade que pratica diariamente e de forma competitiva. Ela ficou apenas um dia no CTI do hospital e três no quarto.

“Se a jovem tivesse passado por uma cirurgia cardíaca tradicional, ela ficaria pelo menos uma semana no hospital e três meses em período de reabilitação”, conta Hortmann. “Além disso, por ser uma atleta, ela teria o incômodo estético da cicatriz no peito de mais de 15 cm, o que não ocorreu, graças à realização da técnica inédita”, acrescenta.

A cirurgia é chamada de minimamente invasiva, pois é feita uma mini incisão no local a ser operado e, com o auxílio de uma vídeo câmera de 5 mm, o cirurgião realiza todo o procedimento necessário. No caso da jovem, foi realizada uma mini esternotomia (corte minúsculo no esterno, o osso do tórax) em “L”, de apenas 5 cm, para tratar uma estenose subvalvar aórtica – ou estreitamento na via de saída do ventrículo esquerdo.

A disfunção, se não resolvida, poderia deteriorar a válvula aórtica e o próprio ventrículo. Se esperasse mais tempo, seria preciso trocar a válvula. Assim, através do pequeno corte o Hortmann e sua equipe conseguiram realizar a ressecção de membrana subvalvar aórtica, e dessa forma curar a paciente da doença congênita.

Segundo o diretor do Instituto do Coração do Nordeste (INCONE), Josué de Castro Neto, em Fortaleza, esse é um grande avanço na atenção a saúde cardiovascular e para a cirurgia como ciência médica. “Além do impacto físico, a cirurgia tradicional, através da divisão total do osso do peito, traz para os pacientes operados um trauma emocional. Até hoje as pessoas temem muito uma cirurgia no coração, pelos riscos envolvidos. Hoje isso pode ter mudado. A videocirurgia cardíaca traz mais segurança para o procedimento e a operação não será mais vista de forma negativa pelos pacientes”, completa.

O especialista, que já realizou mais de 150 procedimentos do tipo no Brasil, acompanhou com sua equipe do INCONE todo o procedimento realizado no Hospital Vera Cruz. “As instituições de sáude e de ensino de saúde em Belo Horizonte já são referência no país em cardiologia e o Dr. Herbert incrementou esse método com uma inovação”, afirma.

Sobre a técnica
A cirurgia cardíaca minimamente invasiva vídeo assistida surgiu em 2002, na Alemanha. Em 2005 foi difundida e introduzida em Joinville (Santa Catarina) e em Fortaleza (Ceará). No país já é realizada no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e na Bahia. Agora, Minas Gerais entra no circuito através do pioneirismo do Hospital Vera Cruz, referência em cardiologia no Brasil e em medicina de alta complexidade.

Fonte SaudeWeb

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