Rio de Janeiro – A campanha de mobilização para o Dia Mundial da Sepse, conhecida como infecção generalizada, foi realizada ontem (13), no Rio de Janeiro, com a promoção de ações voltadas à conscientização da população e dos profissionais de saúde sobre a importância do diagnóstico precoce da doença.
A ação teve como objetivo reduzir a incidência e as altas taxas de mortalidade provocadas pela infecção generalizada no país.
Pela primeira vez na campanha, o Brasil recebeu ações em mais quatro capitais brasileiras: São Paulo, Salvador, Porto Alegre e Brasília. No Rio, a ação foi realizada na Rodoviária Novo Rio, na zona portuária da capital fluminense. A iniciativa foi promovida pelo Instituto Latino-Americano de Sepse (Ilas) e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), com apoio do Ministério da Saúde.
Foram distribuídos no local folhetos explicativos e houve a presença de profissionais de medicina para esclarecer as dúvidas dos cidadãos. De acordo com o secretário-geral da Amib, Ricardo Lima, a prevenção é o melhor remédio. “A gente sabe que um grande problema é que essa doença ocupa, em média, um quinto dos leitos da terapia intensiva dos hospitais. Se a gente prevenisse e tivesse menos doentes com quadros avançados, teríamos mais leitos para atender a outros casos”, disse.
Segundo Lima, qualquer infecção pode causar uma sepse, como pneumonia, abcesso, meningite e infecção hospitalar. A doença se caracteriza por ser um quadro de resposta a uma infecção que faz com que um ou mais órgãos entrem em falência, generalizando a doença. O secretário disse ainda que qualquer forma de prevenção pode ser benéfica, como o acesso a boas condições de saúde, habitação, esgoto, alimentação e vacinas.
“O que nos preocupa muito é o diagnóstico e tratamento precoce. Independentemente de todos os cuidados, nós vamos ter infecções que vão evoluir para sepses, enquanto outros não. Tem que haver uma conscientização do público para que não subestime quadros infecciosos”, disse o médico.
O Ilas informou que a taxa de incidência da doença aumentou de 8% a 13%, na última década. No período, a sepse foi responsável por mais mortes do que certos tipos de câncer, como o de intestino. Ainda segundo o instituto, 17% dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) no Brasil são ocupados por pacientes de sepse grave. A taxa de mortalidade pode chegar a 55% dos portadores da doença nas UTIs.
Fonte Agência Brasil
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