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quinta-feira, 21 de maio de 2015

Ministério da Saúde lança campanha para incentivar doação de leite aos prematuros

Como parte das ações em comemoração ao Dia Mundial de Doação de Leite Humano, o Ministério da Saúde lançou, nesta quarta-feira (20), em Brasília, campanha nacional para incentivar o ato da doação
 
A campanha deste ano, que tem como tema "Seja doadora de leite materno e faça a diferença na vida de muitas crianças", é direcionada aos bebês prematuros. Além da ministra interina da Saúde, Ana Paula Soter, o evento contou com a presença da atriz e apresentadora Maria Paula, que recebeu em 2012 o título de Embaixadora da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, devido ao seu envolvimento e dedicação à causa.
 
 
 
Durante o evento, a ministra interina destacou a importância dos bancos de leite para salvar a vida dos bebês prematuros e de baixo peso, que estão internados nas UTIs neonatais. “A nossa rede de banco é a maior e mais completa do mundo. Temos hoje 215 bancos de leite espalhados por todo o Brasil e cada estado tem, pelo menos, uma unidade, além dos postos de coleta”, explicou. A secretária ressaltou que a meta do Ministério da Saúde é aumentar em 15% o volume do leite coletado. “Amamentar o próprio filho é um ato de amor, mas doar leite e ajudar a alimentar outros bebês é um ato de amor ainda maior. Esse gesto de solidariedade salva vidas e forma o futuro de muitas crianças”, observou. A ministra interina também destacou a importância de se fazer a coleta adequada. “Se você quer doar e tem dúvida, procure o banco de leite mais próximo ou ligue para o Disque-Saúde”, ressaltou Ana Paula.
 
A campanha, organizada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Rede BLH, tem como objetivo aumentar o número de novas doadoras voluntárias e o volume de leite materno coletado e distribuído para os recém-nascidos, especialmente os prematuros de baixo peso internados no nas unidades de saúde. Atualmente, o volume de leite materno coletado representa de 55% a 60% da real demanda no País. De janeiro a dezembro de 2014, foram coletados, em todo o país, 184 mil litros de leite materno, beneficiando a 178 mil recém-nascidos. Ao todo, 164 mil mulheres doaram neste período. De 2008 até 2014 foi registrado aumento de 11% no volume de coletas de leite no Brasil.
 
“Amamentar é uma função social, um vínculo afetivo muito grande. Doar leite é que nem amor: quanto mais se dá, mais ele jorra dentro de você”, frisou a Embaixadora da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, Maria Paula, durante a cerimônia de lançamento da campanha.
 
Este ano, as ações marcam a comemoração dos 30 anos de Políticas Públicas dos Bancos de Leite Humano em defesa do bebê prematuro, que será o protagonista da campanha publicitária. Com duração de um ano, a campanha terá mensagens enfatizando que o leite doado serve para salvar a vida destes bebês, que não podem ser amamentados pelas próprias mães. Serão 1,2 milhão de folders e 20 mil cartazes distribuídos aos bancos de leite humano de todos os estados. Das 2,9 milhões de crianças nascidas em 2013, 11,9% foram prematuras.
 
O coordenador da Saúde da Criança e do Aleitamento Materno, do Ministério da Saúde, Paulo Bonilha, lembrou que a doação de leite e o aleitamento materno contribuíram para a redução da mortalidade infantil no Brasil, sendo fundamental na diminuição de doenças infecciosas e alérgicas que afligem os bebês recém-nascidos prematuros de baixo peso. “Esta redução se deve, em muito, ao aumento da taxa de doação de leite humano”, reafirmou o coordenador.
 
“Estamos aqui para celebrar 30 anos de êxito em políticas públicas e sociais voltadas para o aleitamento materno e doação de leite. Nós trabalhamos, com honra, em prol do verdadeiro milagre da vida, que são os recém-nascidos prematuros e de baixo peso que não podem ser amamentados pelas mães. Esse é o Sistema Único de Saúde (SUS) que dá certo e que permite ao Brasil contar com 11 milhões de mulheres doadoras”, declarou o coordenador da rede brasileira de banco de leite humano, João Aprígio.
 
Benefícios
Com o leite humano, o bebê fica protegido de infecções, diarreias e alergias, cresce com mais saúde, ganha peso mais rápido, além de ficar menos tempo internado. O aleitamento materno também diminuiu o risco de doenças como hipertensão, colesterol alto, diabetes, obesidade e colesterol. A amamentação também reduz o peso da mãe mais rapidamente após o parto e ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia após o parto. As chances de se adquirir diabetes ou desenvolver câncer de mama e de ovário também diminuem significativamente.
 
Uma série de evidências científicas mostra que o leite materno é capaz de reduzir em 13% as mortes por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a OMS e a UNICEF, cerca de seis milhões de crianças são salvas por ano devido ao aumento das taxas de amamentação exclusiva. Além disso, o leite materno tem tudo o que a criança precisa até os seis meses, inclusive água.
 
Pesquisa
Em março, foi divulgado um estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Pelotas, que acompanhou 3,5 mil recém-nascidos durante mais de três décadas. A pesquisa, feita a partir de 1982, comprova que, quanto mais duradouro o período de amamentação na infância, maiores os níveis de inteligência e renda média na vida adulta até os 30 anos. Foi o primeiro estudo no Brasil a mostrar o impacto no QI e o primeiro internacionalmente a verificar a influência na renda. O estudo foi divulgado pela The Lancet, uma das publicações científicas mais importantes do mundo.
 
Banco de leite
O Brasil possui a maior e mais complexa rede de bancos de leite do mundo. Atualmente, conta com 215 bancos de leite e 98 postos de coleta distribuídos em todos os estados. Nos últimos quatro anos, o Ministério da Saúde já repassou R$ 3,2 milhões para custeio do serviço no país. O modelo do Banco de Leite Humano Brasileiro é referência internacional e, desde 2005, o país exporta técnicas de baixo custo para implementar bancos de leite materno em 25 países da América Latina, Caribe Hispânico, África Portuguesa e Península Ibérica. Uruguai, Venezuela e Equador receberam as primeiras tecnologias transferidas e Portugal e Espanha receberam os primeiros bancos no modelo brasileiro.
 
Serviço
Toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano, basta estar saudável e não estar tomando nenhum medicamento que interfira na amamentação. Por isso, se você está amamentado e quer doar, procure o banco de leite humano mais próximo ou ligue para o Disque Saúde, no número 136. Seu gesto significa a vida para uma criança.
 
Antes da coleta, é aconselhável que a doadora faça uma higiene pessoal, cobrindo os cabelos com lenço ou touca, usando pano ou máscara sobre o nariz e a boca, lavando bem as mãos e os braços, até o cotovelo, com bastante água e sabão. As mamas devem ser lavadas apenas com água e, em seguida, secadas com toalha limpa. O leite deve ser coletado em local limpo e tranquilo. O leite humano extraído para doação pode ficar no freezer ou no congelador da geladeira por até 10 dias. Nesse período, deverá ser transportado ao banco de leite humano mais próximo da sua casa.

Rastreabilidade deve movimentar R$ 4 bi em tecnologia e logística

Com prazo até 2016 para se adequarem ao projeto de rastreabilidade de medicamentos (Lei 11.903, de 2009), o setor de saúde deve movimentar mais de R$ 4 bilhões, principalmente nos setores de Tecnologia da Informação (TI), de Automação e Logística
 
A previsão é dos organizadores do Seminário de Tecnologia de Rastreabilidade de Medicamentos (SETRM), que será realizado no dia 27 de maio, em São Paulo, no Auditório do Instituto de Radiologia (INRAD) da Universidade de São Paulo (USP).
 
Com o intuito de proteger a segurança do paciente, assim como inibir falsificação de remédios entre outras irregularidades, a nova legislação criou o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM), que determina que cada produto farmacêutico passe a ter um RG, viabilizando que, em qualquer etapa da cadeia, possa ser verificada a autenticidade do remédio.
 
O Sindusfarma (Sindicato da Indústria Farmacêutica) estima que só na produção de medicamentos serão necessários investimentos superiores a R$ 1 bilhão, distribuídos entre 2014 e 2016. A estratégia do Brasil foi executar o projeto em duas fases, a primeira de implantação, com início em 2013 até este ano, e a segunda em dezembro de 2016.
 
Números
  • 100 mil pessoas foi a média anual de mortes por uso de medicamentos ilegais de 2000 a 2007
  • US$ 75 bilhões foi a movimentação de remédios falsificados em 2010 em todo o mundo
  • R$ 2,5 bilhões é a perda anual de arrecadação com medicamentos contrabandeados no Brasil
  • 20% dos medicamentos consumidos no Brasil são ilegais, contra 10% da média mundial
  • 50% dos medicamentos comercializados na internet são pirateado
  • 800 % foi o crescimento que a venda de medicamentos ilegais apresentou no período de 2000 a 2007
  • 1º entre os 10 produtos mais pirateados, como fonte de lucro para os contrabandistas
Experiência fora
Os Estados Unidos é exemplo de uma implementação desse tipo em um curto espaço de tempo, sendo 10 vezes maior do que o brasileiro, de acordo com o IMS Health, e é altamente complexo, com quase 200 mil fabricantes, distribuidores, farmacêuticos, hospitais, clínicas e escritórios médicos na cadeia de suprimentos.
 
“Quando a lei americana foi sancionada, a indústria tinha apenas 13 meses para atender à primeira fase da regulamentação, e a lei não definia como a indústria deveria fazer o intercâmbio exigido de informações de rastreabilidade através da cadeia de suprimentos”, disse Brian Daleiden, vice-presidente de Marketing da TraceLink, empresa provedora de soluções de rastreabilidade, em nota ao mercado. “Os líderes da indústria, os associados à indústria e os provedores de tecnologia rapidamente se juntaram para negociar suas diferenças e definir um tipo de padrão que se aproximasse às exigências de troca de informações a tempo do prazo de 1° de janeiro de 2015”, completou Daleiden.
 
Uma das empresas pioneiras no comprometimento com o projeto foi a Libbs, que afirma já colher ganhos indiretos em termos de eficiência operacional, o que deve reduzir o custo dos medicamentos para todo o sistema. “O grande vencedor da implementação, em um futuro próximo, será o consumidor, que terá, através da rastreabilidade, possibilidades de verificar a procedência do medicamento”, disse o Amilcar Lopes, CEO da R&B Rastreabilidade Brasil, responsável pela implantação da Libbs.
 
 
Adiamento
No início deste mês foi apresentado o projeto de Lei Nº 276, de 2015 (de autoria do senador Humberto Costa – PT), que se adianta propondo uma mudança da Lei 11.903, antes que os resultados da fase piloto sejam apurados. Para o Prof. Dr. Giovanni Guido Cerri, presidente do Conselho Diretor do Instituto de Radiologia do HCFMUSP, se a PL for aprovada, “seria um atraso injustificado. A implantação da rastreabilidade precisa ocorrer em conformidade com a complexidade da cadeia brasileira e com o nível de gravidade local da ilegalidade”.

Saúde Web

Planos não cobrem exame para diagnóstico rápido da dengue

O exame laboratorial para detecção rápida da dengue não é contemplado na lista de procedimentos de cobertura obrigatória da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
 
A SBPC/ML acredita que, atualmente, este exame pode ser de grande utilidade na situação observada em diferentes estados brasileiros, onde o aumento de casos de dengue já alcançou 460, 5 infectados, sendo 240% em 2015.
 
Para a entidade, a adoção do teste rápido para a dengue na lista de exames de cobertura obrigatória teria um impacto positivo no sistema de saúde porque reduziria o tempo de resposta aos médicos, economizaria recursos e permitiria a tomada mais rápida de decisões terapêuticas, beneficiando, assim, os pacientes.
 
“Um exame importante para a população brasileira, o Antígeno NS1, capaz de diagnosticar uma ocorrência de dengue em fase inicial, não é obrigatório. Porém, a entidade considera que o exame deveria ser de cobertura mínima”, enfatiza Dr. Vitor Pariz, diretor de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML).
 
Outro exemplo, além da dengue, é a infecção por chikungunya, já esperada pelo Ministério da Saúde. A transmissão do chikungunya também acontece pelo mosquito Aedes aegypti, o que torna o diagnóstico muito parecido com o da dengue por suas características clínicas semelhantes. Portanto, o manejo clínico é fundamental para a confirmação da contaminação pelo vírus.
 
Recentemente, laboratórios tentaram negociar o exame rápido da dengue (NS1) diretamente com as operadoras, entrando em contato com mais de 30 planos de saúde para solicitar a inclusão, mas sem retorno. Hoje, somente o Bradesco tem essa cobertura.
 
Para o diagnóstico da dengue, o que as operadoras cobrem são os testes de sorologia para pesquisa de anticorpos (IgM e IgG), ou seja, a detecção não é diretamente do antígeno (vírus), mas do anticorpo formado contra a partícula viral, processo que leva aproximadamente cinco dias para ser desenvolvido em pessoas com boa imunidade.
 
Além disso, a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial avalia como “pouco eficaz” a forma proposta pela ANS para a solicitação de inclusão de novos exames, que estabelece um nível maior de complexidade e de exigências. “A ANS passou a considerar como obrigatório alguns requisitos, por exemplo, se determinado procedimento já foi aprovado para utilização na Inglaterra. O problema é que existem doenças emergentes, que ocorrem caracteristicamente no Brasil e isso é um entrave para a solicitação”, aponta Pariz.
 
O diretor ainda entende que “isso prejudica o acesso dos usuários do sistema de saúde suplementar aos serviços contratados. Por outro lado, entendemos que o custo destes novos exames precisa ser considerado quando a ANS estuda os índices de reajustes das mensalidades dos planos de saúde”.
 
A inclusão do teste rápido para a dengue se faz necessária, considerando que a doença é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), lugares com mais de 300 casos da doença por 100 mil habitantes já podem ser consideradas regiões em situação de epidemia. São Paulo lidera, com 257.809 casos, Goiás com 45.819, Minas Gerais com 30.153, Paraná com 22.687 e Rio de Janeiro já apresenta 13.181 ocorrências.
 
A SBPC/ML tem feito constantemente solicitações de inclusão de novos procedimentos laboratoriais e de patologia clínica no rol, que poderiam beneficiar o paciente por se tratar de exames de utilização em grande escala, mas sem sucesso. Um deles é a dosagem de fixação do ferro, importante para investigação de anemias e que também se configura como um problema de saúde pública no país.
 
Outro exemplo de exame não contemplado é o de dosagem de Heparina, utilizado para controle e eficácia da medicação em pacientes com trombose. A Heparina é um anticoagulante para o tratamento da doença. “Solicitamos 131 exames no último ciclo de inclusões na lista da ANS, mas apenas sete foram considerados no rol”, finaliza Dr. Vitor Pariz.
 
A SBPC/ML está dialogando com a ANS, com o apoio da Associação Médica Brasileira (AMB) e, ainda, tem expectativas de conseguir encaminhar as solicitações de inclusão de novos exames para entrar em vigor apenas em 2016.
 

Em sua 16ª edição, o Congresso da Academia Brasileira de Neurocirurgia reúne especialistas em São Paulo

Mais de 60 especialistas internacionais estão entre os palestrantes convidados
 
De 2 a 6 de junho, São Paulo recebe um dos maiores eventos de neurocirurgia do país: o XVI Congresso da Academia Brasileira de Neurocirurgia, que conta com o apoio da Technicare Instrumental Cirúrgico. Na ocasião, estarão reunidos mais de 60 especialistas internacionais, que trocarão experiências sobre diversos tópicos da neurocirurgia. O evento acontece no hotel Bourbon Atibaia, das 8h às 19h. Os interessados deverão realizar as inscrições pelo site do evento, http://www.neuroabnc2015.com.br
 
A programação, que conta também com palestrantes nacionais, abordará temas como Neurocirurgia Vascular; Aneurismas e Malformações Arteriovenosas; Vasoespasmo e Hemorragia Cerebral; Doenças Degenerativas da Coluna Vertebral; Tumores Encefálicos e Metástases; Neurointensivismo; Anatomia Microcirúrgica da Base do Crânio; Tumores da Base do Crânio; Cirurgia dos Movimentos Anormais e Distúrbios do Comportamento, apresentados em palestras e debatidos em mesas de discussões.
 
Além disso, o evento também mostrará as principais novidades em instrumentos e equipamentos cirúrgicos disponíveis para os especialistas. Para isso, a Technicare terá um estande com seus principais produtos para neurocirurgia e coluna, área que possui o maior conhecimento de mercado de diagnóstico e terapia.
 
Durante o evento, voltado para médicos e estudantes de medicina, haverá simultaneamente alguns congressos satélites, como o III Panamerican Symposia on Vascular Neurosurgery; o IV Simpósio de Técnicas Avançadas em Neurocirurgia; o Simpósio de Neuroncologia da Academia Brasileira de Neurocirurgia e o MD Anderson, Simpósio da Walter Dandy Neurosurgical Society e Academia Brasileira de Neurocirurgia.
 
“O evento reafirma a seriedade do investimento da Technicare na troca de experiências com profissionais renomados da neurocirurgia. Nosso objetivo é estar próximo desses médicos para apresentar soluções modernas e seguras, além de conhecer ainda mais o que está sendo feito no mercado mundial”, alega Cezar Augusto Bittencourt, responsável pela Área de Compliance da Technicare.
 
Serviço
Evento: XVI Congresso da Academia Brasileira de Neurocirurgia.
 
Data/horário: de 2 a 6 de junho, das 8h às 19h.
 
Local: Bourbon Atibaia Convention & Spa Resort, Rodovia Fernão Dias, km 37,5, Atibaia, São Paulo.
 
Público: profissionais e estudantes da área de saúde. Inscrições e programação: http://www.neuroabnc2015.com.br/
Priscila Pais
Assessoria de Imprensa

9 sinais de que você está com anemia

Anemia parece uma doença banal, mas não é. Ela pode debilitar uma pessoa e, se não tratada a tempo, levar a problemas sérios no coração; veja sintomas da doença abaixo
 
Muitas pessoas acreditam que a anemia é uma doença de menor importância. Mas não deveriam. Ela pode debilitar uma pessoa e causar problemas sérios no coração, se não tratada corretamente. Tudo isso por falta de ferro, vitaminas ou ácido fólico. Além disso, ela nunca vem sozinha: há sempre uma causa para a doença acontecer. O câncer é uma das doenças que provoca anemia, por exemplo.
 
A anemia consiste em ter uma baixa de hemoglobina, uma célula do sangue que carrega oxigênio. Sem elas, não há oxigenação adequada dos tecidos do corpo e aí surgem os problemas.
 
“A anemia nunca é causa de alguma coisa, mas consequência”, explica o hepatologista e gastroenterologista do Hospital Beneficência Portuguesa, Rogério Alves.
 
Ele conta que assim que se descobre que um paciente está com anemia é necessário investigar as causas por trás da doença. “Pode ter um tumor no trato gastrointestinal, esôfago ou intestino, a pessoa pode estar perdendo ferro por aí, ou até mesmo uma verminose”, conta.
 
Além disso, há a causada por carência de ferro, de ácido fólico, vitamina B12 e menstruação excessiva, explica Rogério. Conhecendo melhor o problema, é possível direcionar o tratamento.
 
Alves explica ainda que a gama de doenças que causam anemia é grande. “Leucemias, doenças autoimunes, linfomas, doenças hereditárias, entre outras”, diz.
 
No caso de mulheres jovens, a menstruação excessiva é, mais comumente, uma das causas de anemia ferropriva, aquela causada por carência de ferro.
 
“Quando o fluxo é muito intenso, a mulher perde muito sangue e pode ter anemia imediatamente ou esperar alguns meses para ter”, explica a hematologista do Hospital 9 de Julho, Barbara Mirayama.
 
“Nesse caso é preciso entrar com suplementação de ferro ou suspender a menstruação”, conta.
 
Barbara conta que a anemia não tratada causas problemas importantes, como uma condição grave no coração causada pela piora do nível de hemoglobina, a que transporta oxigênio para todas as partes do corpo. “O coração tem que fazer tanto esforço que pode ir à falência, levar água para o pulmão. Nesse caso, é preciso fazer uma transfusão de sangue de emergência”, conta ela.
 
Mais comum
Felizmente, a anemia mais comum é a justamente a ferropriva, que pode ser revertida com acompanhamento médico e evitada por meio de uma boa alimentação. “Se a pessoa comer carne, verduras de cor verde escura e feijão, ela consegue a quantidade de ferro necessária para o dia”, conta a hematologista Barbara Mirayama.
 
O ferro é absorvido no estômago e no início do intestino, conta Rogério Alves. A hematologista explica que a vitamina C ajuda o ferro ser absorvido. “Sempre que for comer algum alimento com ferro, ingira antes vitamina C, como limão ou laranja”, diz ela. Se a refeição for acompanhada por refrigerante à base de cola, todo o esforço foi em vão, pois essa bebida diminui a absorção de ferro.
 
Além disso, o café e chá preto estão na lista negra daqueles que querem evitar a doença.
 
Os vegetarianos, por não consumirem carne – o ferro mais bem absorvido é o da carne – precisam estar atentos para os vegetais ricos no nutriente e manter uma dieta constante para que não haja carência. Descuidos podem fazer com que a hemoglobina caia e cause todos os sintomas de anemia.
 
Veja 9 sinais da anemia:
- Parte interna dos olhos (conjuntiva) muito branca
 
- Palidez
 
- Palma das mãos muito brancas
 
- Cansaço
 
- Fadiga
 
- Vontade de comer arroz cru
 
- Vontade de comer terra
 
- Perda de cabelo
 
- Desânimo
 
iG

Aplicativo lembra rostos para quem tem Alzheimer

Programa usa câmera de celular para identificar pessoas, informando ao paciente seus nomes e graus de parentesco
 
Rio - Um aplicativo lançado recentemente ajuda portadores de Alzheimer a reconhecer parentes ou amigos. Chamado de Memory Recaller, o programa funciona através da câmera do celular, que identifica a pessoa à frente do usuário através de mecanismo de reconhecimento facial, e avisa ao paciente o nome dela e seu grau de proximidade.
 
É possível deixar o celular em um bolso frontal da camisa, para que capte a imagem de quem estiver perto, e usar um fone para ouvir a identificação. O aplicativo, da Samsung, também tem uma seção que permite ao paciente marcar atividades feitas, para evitar repeti-las sem motivo. O Alzheimer causa a perda progressiva de várias habilidades, inclusive da memória.
 
“Parece interessante e útil”, avalia o geriatra Tarso Lameri Mosci, presidente da seção Rio da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. O médico destaca que o próprio uso do celular é um estímulo. “É um desafio cognitivo”, diz.
 
Ressaltando que a eficácia vai depender de cada paciente, Tarso aposta que o aplicativo pode evoluir para mecanismos de reconhecimento mais avançados, como de objetos ou trajetos. “É possível imaginar mil usos”, comemora.
 
O geriatra explica que, como o Alzheimer é uma doença multifatorial (ou seja, não tem causa específica), a prevenção é realizada de diversas maneiras. Entre elas, fazer atividade física, manter a mente ocupada e controlar índices como colesterol, glicose e pressão. O principal fator de risco, no entanto, é a idade. “A partir de 65 anos, a incidência vai dobrando a cada cinco anos. Perto de 90 anos chega a 30% da população”, destaca Tarso. A incidência também é maior entre mulheres, e em alguns casos tem fator genético. Apesar de reconhecer avanços na compreensão do Alzheimer, o geriatra explica que não há cura. “Ainda não temos tratamentos eficazes”, lamenta.

O Dia

Morfina sem papoula, um avanço pra medicina e pro tráfico

Cientistas afirmaram nesta na segunda-feira ter aberto um caminho para a produção de opiáceos de levedura geneticamente modificada – mas temem que a descoberta possa um dia ser a mina de ouro dos traficantes de drogas
 
Outros especialistas concordaram, dizendo que qualquer pessoa com conhecimentos básicos pode usar tal levedura para produzir morfina, codeína e drogas usando um simples kit de cerveja caseira.
 
A descoberta, publicada na revista científica Nature Chemical Biology, vem na esteira de um estudo publicado no mês passado na revista PLOS ONE.
 
Juntos, os documentos descrevem os passos-chave para chegar à levedura feita por bio-engenharia, que se alimenta de açúcar e exala opiáceos e outras drogas terapêuticas. O objetivo é fornecer analgésicos mais baratos e, possivelmente, menos viciantes a partir de uma fonte segura, em comparação à papoula.
 
No estudo publicado nesta segunda-feira, os biólogos da Universidade da Califórnia em Berkeley inseriram um gene da enzima a partir de beterraba para persuadir fermento em conversão de tirosina – um aminoácido facilmente derivado do açúcar – em um composto chamado reticulina.
 
A Reticulina é um “eixo” molecular, o que significa que é o trampolim para fazer morfina, codeína e oxicodona, bem como medicamentos anti-espasmódicos como papaverina.
 
A pesquisa não tinha a intenção de fazer essas drogas, mas o processo de passar da reticulina à codeína e morfina em levedura já é conhecido. O que estava faltando na cadeia de conhecimentos era como partir da tirosina para a reticulina.
 
A descoberta pode ser de grande ajuda para a indústria farmacêutica, mas também “acelera dramaticamente o relógio para quando as drogas fabricadas em casa se tornarão uma realidade”, alertaram os pesquisadores.
 
“Estamos propensos a olhar para uma linha do tempo de um par de anos, não mais do que uma década, quando a levedura alimentada por açúcar poderia confiavelmente produzir uma substância controlada”, afirmou John Dueber, que co-liderou o estudo publicado nesta segunda-feira.
 
“A hora é agora para pensar políticas para lidar com esta área de investigação. O campo está se movendo surpreendentemente rápido, e precisamos estar à frente para que possamos minimizar o potencial de abuso”.
 
Faça sua própria morfina?
Um grupo de importantes acadêmicos também insistiu numa mensagem semelhante. Em um comentário sincero formulado na revista Nature, o trio disse que o caminho estava agora aberto para engenharia de uma cepa de levedura que daria conta de todo o processo de confecção da droga.
 
Isso, por sua vez, ofereceria oportunidades de ouro para os criminosos, caso esta estirpe caia nas mãos erradas.
 
“Em princípio, qualquer pessoa com acesso à cepa de levedura e habilidades básicas em fermentação seria capaz de crescer levedura produtora de morfina utilizando um kit de fermentação caseira pra fabricação de cerveja”, ressaltou o comentário, escrito por Kenneth Oye, cientista político do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
 
“Se a estirpe de levedura modificada produziu 10 gramas de morfina, os utilizadores teriam de beber apenas 1-2 mililitros de líquido para se obter uma dose prescrita padrão”.
 
As estirpes também podem ser projetadas para que a levedura requeira condições de alimentação ou de laboratório incomuns para prosperar, aumentando, assim, o nível tecnológico para as gangues – tornando a operação mais complexa.
 
Exame

Brasil defende agenda global contra obesidade infantil

País propõe que seja discutida uma série de ações para reverter um problema que é uma tendência mundial. O excesso de peso é fator de risco para doenças como diabetes e hipertensão
 
O governo brasileiro está preocupado com a obesidade infantil. O assunto foi um dos temas abordados pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante seu discurso na 68ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, que ocorre nesta semana em Genebra (Suíça). O ministro defendeu mais esforços no enfrentamento da obesidade infantil e propôs à Organização Mundial da Saúde (OMS), responsável pelo encontro, que a discussão seja tema da próxima assembleia. Para o ministro, o desafio é que países em desenvolvimento não migrem da desnutrição para o excesso de peso, como aconteceu em muitos países, como o Brasil.
 
Dados do governo federal apontam que o percentual de crianças entre 5 e 9 anos de idade com excesso de peso chega a 33,5% no país. Já na adolescência, o quantitativo é de 20,5%. Nos países ricos, a meta será de reduzir a nova geração que está acima do peso. A ideia é que seja discutida uma série de iniciativas para reverter essa tendência mundial. O excesso de peso e a obesidade são fatores de risco para doenças como diabetes, hipertensão e câncer.
 
Em sua participação no encontro, o ministro Chioro também destacou que os países devem se unir para reverter o aumento do número de partos cesarianos, especificamente quando não há indicação técnica para esse procedimento cirúrgico. A diretora da OMS (Organização Mundial de Saúde), Margareth Chan, afirmou que apoiará as inciativas do Brasil sobre o assunto. As cesarianas salvam vidas, mas, quando utilizada sem a correta indicação, pode trazer riscos para a mãe e o bebê.
 
Outro assunto que recebeu destaque foi o Programa Mais Médicos, desenvolvido para o provimento de profissionais no interior e em periferias do Brasil. “O Programa Mais Médicos, estruturado através do diálogo, parceria com a OPAS e OMS e da troca de experiências com muitos dos aqui presentes, garantiu o acesso à Atenção Básica de 63 milhões de brasileiros”, ressaltou o ministro.
 
Em sua fala, o ministro defendeu a universalidade e gratuidade do sistema de saúde brasileiro e enfatizou que o Brasil trabalha para elevar a expectativa de vida saudável, renovar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) ainda não atingidos e se comprometer com os objetivos relativos a desenvolvimento sustentável.
 
“Reforçamos o compromisso em fortalecer nosso sistema de saúde público, universal, gratuito, integral, equitativo e de qualidade, e na defesa do acesso universal, tendo como base a saúde como direito”, garantiu o ministro Arthur Chioro.
 
Os desafios globais da saúde, como o ebola, que exigiu respostas rápidas dos sistemas de saúde também foram lembrados. Por fim, o ministro convidou os representantes dos países-membros presentes a participarem da II Conferência Internacional da OMS sobre Segurança no Trânsito, que será realizada em Brasília, em novembro. “Contamos com a presença de todas as delegações em nossa capital, a fim de avançarmos em ideias para superar desafios como o crescente número de acidentes de motocicletas, com vítimas, em países em desenvolvimento”, declarou.
 
Ministério da Saúde

Prometido por Alckmin para outubro, novo PS na Zona Sul segue fechado

Foto: Reprodução da Internet
Serviço fica no Hospital Regional Sul e passa por reforma e adaptação. Agora, governo do estado prevê funcionamento a partir de agosto

O novo serviço de pronto-socorro do ambulatório do Hospital Regional Sul, em São Paulo, deveria estar funcionando desde outubro do ano passado, mas, sete meses depois, o local ainda está fechado.

Segundo previsão feita pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) em setembro, durante campanha eleitoral, a nova ala seria inaugurada em até 40 dias, ou seja, no dia 11 de outubro, após a conclusão da obra.
 
A ala serviria para desafogar o atendimento no Hospital Regional Sul, um dos principais serviços públicos de saúde do bairro de Santo Amaro e que é palco constante de filas e salas de espera lotadas.

A filha de uma paciente afirma que os pacientes são submetidos a condições precárias. "Na última vez em que eu estive lá, tinha muita gente em pé nos corredores. As cadeiras lotadas. É uma pena esse pessoal todo aí, sendo que tem uma parte novinha, estruturada e fechada."

O Bom Dia São Paulo entrou na nova ala e constatou que a obra física está praticamente pronta. Macas, mesas e cadeiras estão dispostas nas salas, e há água nos banheiros.

O coordenador dos hospitais da Secretaria da Saúde, Geraldo Replé Sobrinho, agora dá um prazo de 90 dias para a abertura do novo serviço. Ele afirma que o atraso ocorreu porque outros equipamentos de saúde fecharam na região, e que foi preciso rever a quantidade de pacientes que seriam atendidos no novo pronto-socorro.

“A falta crônica de médicos teve uma pletora (aumento) muito grande. E nós tivemos que rever todo o plano de trabalho. A previsão era atender 20 mil pacientes mês, e nós agora estamos nos preparando para atender 30 mil pessoas mês. E é toda uma adaptação tanto física quanto quantitativa de consultórios e equipes profissionais”, afirmou.

Ele disse ainda que é “temerário“ abrir o serviço sem as melhores condições, como a falta de ar condicionado.
 
G1

Justiça condena Santa Casa a quitar salários e 13º atrasados

A Justiça do Trabalho condenou a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo a pagar, em até 30 dias, salários e 13º atrasados a um grupo de 270 funcionários do complexo hospitalar

Eles são representados pelo Sindicato dos Empregados de Estabelecimentos de Saúde (SinSaúdeSP), que ingressou com ação pedindo o pagamento imediato. A decisão foi publicada na terça-feira, 19, no Diário Oficial do Estado.

Em crise financeira e com dívida superior a R$ 400 milhões, a Santa Casa não efetuou o pagamento do salário de novembro do ano passado a funcionários com remuneração superior a R$ 3 mil. Também não pagou integralmente as duas parcelas do 13º salário de 2014.

Caso não efetue o pagamento devido no prazo estipulado pela Justiça, a Santa Casa será penalizada com multa diária de 1/30 do valor devido por funcionário. A entidade ainda pode recorrer da decisão.

Em nota, a Santa Casa informou que "seu corpo jurídico está avaliando a sentença". A instituição afirmou ainda que "reconhece o valor de seus colaboradores e compreende a busca pelo cumprimento de seus direitos" e "está trabalhando para honrar seus compromissos".
 
Estadão Conteúdo