|
As DSTs, Doenças Sexualmente Transmissíveis, estão por toda parte |
Mais de 10 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de DSTs. Saiba se prevenir de 7 delas!
As DSTs, Doenças Sexualmente Transmissíveis, estão por toda parte. Uma pesquisa divulgada em setembro de 2011 pelo Ministério da Saúde revelou que 10,3 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de DSTs como sífilis, HPV, gonorreia ou herpes genital.
Ao traduzir em números, o dado fica mais preocupante: são, no total, 6,6 milhões de homens e 3,7 milhões de mulheres. Segundo o ministério, 18% dos homens e 11,4% das mulheres não buscam nenhum tipo de tratamento e, para se ter uma ideia, as complicações dessas doenças aumentam em 18 vezes o risco de infecção pelo vírus HIV.
O ginecologista e obstetra Domingos Mantelli Borges Filho explica que o desconhecimento existe porque não se vê quem tem alguma doença sexualmente transmissível pelo rosto ou documento. "Há casos em que o próprio portador não faz ideia que está contaminado, ou seja, a doença fica ali encubada e é repassada através da relação sexual sem proteção", explica o médico que reforça que apenas o uso da camisinha evita a contaminação.
Apesar das AIDS ser a mais conhecidas, as DSTs são variadas e cada uma delas apresenta um quadro clínico diferente. Algumas são de fácil tratamento e outras, no entanto, ainda não possuem cura.
Uma pesquisa divulgada em setembro de 2011 pelo Ministério da Saúde revelou que 10,3 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma doenças sexualmente transmissíveis.
1. AIDS
O que é?
Esta é a DST mais complicada porque se trata de um vírus que compromete o funcionamento do sistema imunológico humano. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), como também é chamada, é causada pelo vírus HIV e deixa o organismo fraco, tão fraco que não consegue se proteger de agressões externas como bactérias, outros vírus, parasitas e células cancerígenas.
A doença ainda não tem cura, mas os sintomas são minimizados por meio de coquetéis de medicamentos. Há alguns anos, contrair o vírus era algo desesperador, mas hoje é possível viver com qualidade de vida tomando os medicamentos indicados e seguindo corretamente as recomendações médicas.
Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa. Por isso, é recomendado fazer o teste ao passar por alguma situação de risco e, claro, usar sempre o preservativo.
2.Gonorreia
O que é?
É bastante comum e acomete principalmente o colo do útero. É altamente contagiosa e pode entrar no corpo por meio de qualquer abertura corporal (vagina, boca, reto). Entre os sintomas mais comuns estão o corrimento turvo de secreções e desconforto (ardor e queimação), mas também é possível ter a doença sem ter qualquer sintoma aparente.
Sinais e sintomas
Nas mulheres: Pode haver dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), aumento de corrimento, sangramento fora da época da menstruação, dor ou sangramento durante a relação sexual. No entanto, é comum estar doente e não ter sintoma algum. Por isso, é recomendável procurar um serviço de saúde periodicamente, em especial se houve sexo sem camisinha.
Nos homens: normalmente há uma sensação de ardor e esquentamento ao urinar, podendo causar corrimento ou pus, além de dor nos testículos. É possível que não haja sintomas e o homem transmita a doença sem saber. Para evitar, é necessário o uso da camisinha em todas as relações sexuais.
Diagnóstico
Por meio da consulta com um profissional de saúde, exame clínico específico e coleta de secreções genitais.
Tratamento
A gonorreia é tratada por meio de antibióticos, ministrados tanto via oral quanto por injeções.
3.Sífilis
O que é
Surge como uma pequena ferida nos órgãos sexuais e com ínguas nas virilhas. As feridas são indolores e não apresentam pus. Após certo tempo, a ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa a falsa impressão de estar curada. Se a doença não for tratada, continua a avançar no organismo e surgem manchas em várias partes do corpo, queda de cabelos, cegueira, doença do coração e até paralisias. Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis.
Formas de contágio
Pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenir-se contra a sífilis.
Sinais e sintomas
Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos.
Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas também desaparecem, dando a ideia de melhora. A doença pode ficar estacionada por um bom tempo até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte.
Diagnóstico
Quando não há evidência de sinais e ou sintomas, é necessário fazer um teste laboratorial. Mas, como o exame busca por anticorpos contra a bactéria, só pode ser feito a partir da primeira até a terceira semana após o contágio.
Tratamento
Medicamentos específicos resolvem o problema.
4.Herpes
O que é?
São pequenas bolhas localizadas principalmente na parte externa da vagina e na ponta do pênis. Por coçar bastante, muitas pessoas acabam rompendo a bolha e causando uma ferida. O tratamento é com medicamento oral e/ou tópico.
Formas de contágio
O herpes genital é transmitido por meio de relação sexual (oral, anal ou vaginal) sem camisinha com uma pessoa infectada. Em mulheres, durante o parto, o vírus pode ser transmitido para o bebê se a gestante apresentar lesões por herpes. Por ser muito contagiosa, a primeira orientação dada a quem tem herpes é uma maior atenção aos cuidados de higiene: lavar bem as mãos, evitar contato direto das bolhas e feridas com outras pessoas e não furar as bolhas.
Sinais e sintomas
Essa doença é caracterizada pelo surgimento de pequenas bolhas na região genital, que se rompem formando feridas e desaparecem espontaneamente. Antes do surgimento das bolhas, pode haver sintomas como formigamento, ardor e coceira no local, além de febre e mal-estar. As bolhas se localizam principalmente na parte externa da vagina e na ponta do pênis. Após algum tempo, porém, o herpes pode reaparecer no mesmo local, com os mesmos sintomas.
Tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado. Não furar as bolhas e não aplicar pomadas no local sem recomendação profissional.
5. Cancro mole
O que é?
O cancro mole pode ser chamado de cancro venéreo, mas seu nome mais popular é “cavalo”.
Provocado pela bactéria Haemophilus ducreyi, é mais frequente nas regiões tropicais como o Brasil.
Formas de contágio
A transmissão ocorre pela relação sexual com uma pessoa infectada, sendo o uso da camisinha a melhor forma de prevenção.
Sinais e sintomas
Os primeiros sintomas - dor de cabeça, febre e fraqueza - aparecem de dois a 15 dias após o contágio. Depois, surgem pequenas e dolorosas feridas com pus nos órgãos genitais, que aumentam progressivamente de tamanho e profundidade.
A seguir, aparecem outras lesões em volta das primeiras. Após duas semanas do início da doença, pode aparecer um caroço doloroso e avermelhado na virilha (íngua), que pode dificultar os movimentos da perna de andar. Esse caroço pode drenar uma secreção purulenta esverdeada ou misturada com sangue. Nos homens, as feridas aparecem na cabeça do pênis (glande). Na mulher, ficam na vagina e/ou no ânus. Nem sempre, a ferida é visível, mas provoca dor na relação sexual e ao evacuar.
Tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma da DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento com antibiótico adequado.
6. Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
O que é?
A doença inflamatória pélvica (DIP) pode ser causada por várias bactérias que atingem os órgãos sexuais internos da mulher, como útero, trompas e ovários, causando inflamações. Essa infecção pode ocorrer por meio de contato com as bactérias após a relação sexual desprotegida. A maioria dos casos ocorre em mulheres que tem outra DST, principalmente gonorreia e clamídia não tratadas.
Sinais e sintomas
A DIP manifesta-se por dor na parte baixa do abdômen (no “pé da barriga” ou baixo ventre). Também pode haver secreção vaginal (do colo do útero), dor durante a relação sexual, febre, desconforto abdominal, fadiga, dor nas costas e vômitos. Pode haver evolução para forma grave, com necessidade de internação hospitalar tratamento com antibióticos por via venosa.
Tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar imediatamente um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.
7. Tricomoníase
O que é?
É uma infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Nas mulheres, ataca o colo do útero, a vagina e a uretra e nos homens, o pênis.
Sinais e sintomas
Os sintomas mais comuns são dor durante a relação sexual, ardência e dificuldade para urinar, coceira nos órgãos sexuais, porém a maioria das pessoas infectadas não sente alterações no organismo.
Formas de contágio
A doença pode ser transmitida pelo sexo sem camisinha com uma pessoa infectada. Para evitá-la, é necessário usar camisinha em todas as relações sexuais (vaginais, orais ou anais). É a forma mais simples e eficaz de evitar uma doença sexualmente transmissível.
Tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado. Os parceiros também precisam de tratamento, para que não haja nova contaminação da doença.
Fonte MSN