Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue é comemorado nesta segunda

Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue é comemorado nesta segunda Carlos Macedo/Agencia RBS
Foto: Carlos Macedo / Agencia RBS
Gioovani Maciel Solari, 49 anos,  é um dos mais assíduos
 no  Hemocentro do RS
O cadastro do Hemocentro do Rio Grande do Sul, localizado na Avenida Bento Gonçalves, em Porto Alegre, contabiliza 10 doações de sangue dele. Só neste ano, Giovani Maciel Solari (O+), 49 anos, já foi quatro vezes ao local. Em uma das tentativas, quase foi barrado por ter retornado apenas 24 horas depois do período de espera de 60 dias após a última doação.

- Vou como voluntário, tem gente que vai só quando precisa - diz Solari.

Nesta segunda-feira, hemocentros públicos e privados comemoram o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, como forma de homenagear as pessoas que, no ano passado, realizaram cerca de 300 mil doações no Estado e ajudaram a salvar vidas.

Destinada para diversos fins, uma única bolsa de sangue, recheada de glóbulos vermelhos, plaquetas, plasma, entre outros, é utilizada em quatro situações clínicas importantes. Pode socorrer, por exemplo, pacientes que sofreram acidentes, passaram por cirurgias, transplantes ou por incontáveis horas de radioterapia e quimioterapia.

Rosane de Oliveira: doação de sangue, antes tarde do que mais tarde Solari começou a doar para compensar a ajuda que a filha de 21 anos recebe de remédios industrializados, feitos a partir de componentes do sangue, para controlar um problema de coagulação. Desde então, vestiu a camisa e se tornou um dos doadores mais assíduos do hemocentro.

Na sexta-feira, quando voltou ao local pela quarta vez no ano, não foi autorizado a doar. A pressão alta o impediu pela primeira vez. Com exigências que vão desde idade até a proibição de ter feito uma tatuagem nos últimos 12 meses, há dificuldades para arrecadar voluntários aptos.

- Tinha que vir mais gente, mas falta a cultura da doação, do ato solidário - comenta a psicóloga Sandra Garcia Bueno (A+), coordenadora do núcleo de atendimento ao doador do Hemocentro RS.

Foram as restrições que impossibilitaram coletas de sangue de seis amigos da advogada Thatiana Antunes Marranghello (A-), 28 anos. Ela foi aprovada e, na sexta-feira, estreou a vida de doadora. Chegou até o hemocentro movida pela necessidade de reposição de sangue para a mãe de uma amiga, internada na UTI. É desta forma que a maioria das pessoas chega até a confortável poltrona onde o braço será esticado e a coleta, realizada. Tatiana enfrentou o medo de ver sangue e saiu sorridente, com vontade de retornar.

- É bem tranquilo. Saí com a sensação de fazer o bem - relatou a advogada.

Foto: Carlos Macedo, Agência RBS 
Thatiana apesar do medo, Thatiana Antunes Marranghello achou tranquila a primeira doação

Almeri Marlene Balsan (A-), médica do banco de sangue do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, diz que o ideal seria que os centros de coleta não precisassem depender da doação de reposição - quando é solicitado um número de doadores para compensar as bolsas utilizadas por uma pessoa internada.

- Se não houver um doador de sangue, de onde vamos tirar? É um produto que não é comprado, não está à venda na prateleira das farmácias e não tem indústria que produza que não seja o nosso organismo - ressalta a médica.

Conheça os requisitos para ser doador e os mitos sobre este gesto solidário

Em vídeo, veja o passo a passo da doação comentado pela colunista e doadora voluntária Rosane de Oliveira:

Idade máxima agora é de 69 anos
Se a regra não tivesse mudado, o militar da reserva do Exército Carlos Henrique Bohmer Conrado (B+), 66 anos, teria apenas mais um ano para seguir a rotina de doar sangue. Antes mesmo de vestir a farda verde pela primeira vez, há quase meio século, ele já sentia o prazer de ajudar quem nem conhecia.

- Quem me convenceu a doar foi meu irmão. Ele disse que estavam pedindo doações de sangue pelo rádio, porque tinha ocorrido um acidente envolvendo um ônibus, com várias pessoas feridas - relembra Conrado.

Desde então, o militar não parou mais e, neste mês, descobriu que terá mais uns anos para continuar fazendo o ato que considera ser um gesto de solidariedade. Na terça-feira, 12 de novembro, o Ministério da Saúde ampliou a idade máxima de doação de sangue para 69 anos, 11 meses e 29 dias, o que aumenta em 2 milhões o público potencial de doadores. Até então, a faixa etária para doação era de 16 a 67 anos.

A médica Almeri Marlene Balsan (A-), do banco de sangue do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, explica que o sangue não envelhece e que os limites de idades ocorrem por uma questão de proteção ao doador.

- A nossa qualidade de vida está melhor, o cuidado com a saúde se aperfeiçoou e, hoje, vivemos por mais tempo, por isso temos condições de doar sangue. O sangue não envelhece, tanto em um indivíduo de 30 anos quanto em um de 70, o glóbulo vermelho tem uma sobrevida de 120 dias na circulação e, na bolsa, se conservado de 2°C a 6°C, de 35 dias - diz a médica.

O santa-mariense Conrado, que nunca precisou receber sangue e esbanja uma pressão sob controle, comenta que, enquanto tiver com a saúde boa, vai continuar abastecendo os bancos do Estado. Morador de Canoas, ele já tem um programa para esta semana: ir ao Hemocentro de Porto Alegre doar vida.

Zero Hora

CDPI tem 38 trabalhos científicos aprovados no maior congresso de radiologia do mundo


A Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI) mais uma vez conquista destaque entre as instituições brasileiras na Assembleia Científica e Encontro Anual da Sociedade de Radiologia da América do Norte (RSNA 2013), que chega a sua 99ª edição. Isso porque os especialistas que representarão a clínica tiveram 38 trabalhos aprovados no maior evento de radiologia do mundo, que ocorre entre os dias 1º e 6 de dezembro, em Chicago, nos Estados Unidos.

Segundo Emerson Gasparetto, diretor médico da CDPI, o investimento em ciência e tecnologia é uma premissa da clínica, que vem sendo reconhecida há vários anos pelo volume de trabalhos aprovados na RSNA. “A equipe médica da CDPI gera grande contribuição para o intercâmbio científico e a produção de estudos de alta qualidade sobre inovação na prática da medicina diagnóstica”, afirma.

O congresso reunirá especialistas em busca de aperfeiçoamento científico e vai apresentar as principais novidades do setor de radiologia e diagnóstico por imagem. Entre os 38 estudos que serão mostrados pela CDPI, a área de neurologia obteve destaque com trabalhos inovadores, como o case intitulado Diffusion Tensor Imaging and Neuropsychological Study of Abstraction/Executive Impairment in HIV-infected Patients, que traduz inovação e avanço tecnológico, pois permite relacionar o grau de comprometimento neuropsicológico de pacientes infectados pelo HIV e possíveis alterações cerebrais.

O diferencial dessa técnica é a utilização da difusão das moléculas de água, que não seriam percebidas em um exame convencional de ressonância magnética”, salienta Rafael Ferracini, radiologista da CDPI e um dos autores do trabalho científico. 

Juliana Xavier
Jornalista
Assessora CPDI
(21) 7892-8299

Café da manhã ideal controla a vontade de comer doces no final da tarde

Caprichar num café da manhã balanceado ajuda a controlar a
fome no final da tarde
Primeira refeição é essencial e ajuda o organismo com os nutrientes necessários para não sentir aquela fome incontrolável no fim do dia
 
Pular o café da manhã não é uma boa ideia. A falta da alimentação matinal também está ligada àquela fome incontrolável no final da tarde, em que é praticamente impossível resistir à tentação de comer doces.
 
Segundo a nutricionista Paola Nunes, da clínica Super Healthy, a primeira refeição do dia também garante a reposição da energia perdida durante o sono. “Para que as funções vitais sejam mantidas enquanto dormimos, o corpo usa o glicogênio (reserva de glicose), que é armazenado no fígado.
 
Temos uma reserva de 12h, mas quando acordamos, o corpo libera uma série de hormônios no organismo e é necessário repor essa glicemia usada. Algumas pessoas que pulam o café da manhã podem ter hipoglicemia, outras já têm aquela fome absurda no final da tarde”, explica. “Aí a pessoa tem vontade de comer doce ou carboidratos brancos, pois o corpo precisa de uma energia rápida”, alerta.
 
Paola explica que o café da manhã ideal precisa conter três grupos alimentares: energéticos, construtores e reguladores. Na prática, segundo Brunna Reis, nutricionista do Dietas Delivery, se transformam em uma fruta, um carboidrato integral (pão integral) e uma proteína magra (queijos magros ou iogurte desnatado, leite desnatado).
 
“Os carboidratos são os energéticos que atuam no controle da glicemia. Os construtores são as proteínas, que são importantes para a manutenção da massa magra, os músculos, além de serem essenciais para o cabelo e unhas. Por fim, vêm os reguladores, que são as frutas, importantes pelas vitaminas e minerais”, explica Paola.
 
Quando se trata de carboidratos, o ideal é optar pelos integrais. “Eles ajudam no controle glicêmico, isso ajuda na prevenção e/ou controle do diabetes, além de controlar o colesterol. E os integrais trazem uma saciedade maior do que os refinados, isso ajuda a controlar a fome durante o dia”, explica Brunna. “Podem ser pães, biscoitos ou bolos integrais”, acrescenta Paola.
 
Já as proteínas são compostas por leites, queijos, e iogurtes, todos com baixo teor de gordura. “Não vale ser aqueles queijos amarelos, bem gordurosos. Já existem no mercado alguns tipos de mussarela com um teor proteico mais alto e com menor taxa de gordura, que podem ser consumidos no café da manhã”, explica a nutricionista da Super Healthy.
 
Brunna também ressalta que as frutas são essenciais para um bom café da manhã. “O consumo de vitaminas e minerais devem ser variados, alternando sempre os alimentos para que a pessoa tenha bastante variedade desses nutrientes na alimentação. Quanto maior rotatividade dos alimentos, mais variedades dessas vitaminas”, explica.
 
Paola acrescenta: “Até se pode substituir a fruta por um suco, mas isso diminui a quantidade de fibras. O ideal é enriquecer o suco com chia, linhaça ou biomassa de banana, que doam a fibra sem alterar o sabor. A quantidade diária de fibras recomendada é de 25 a 30 gramas, mas pode variar de acordo com o peso da pessoa”, explica.
 
iG

Cuidados com a perda de memória devem começar cedo

Hábitos simples como exercícios e aprender coisas novas turbinam o cérebro
 
Estima-se que nas próximas décadas, no Brasil, o número de pessoas com mais de 65 anos duplique, o que trará um impacto socioeconômico para o qual ainda não estamos preparados. Em se tratando de saúde pública, surge a preocupação com doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, e de que forma evitá-las.
 
Infelizmente, ainda não existem tratamentos que mudem a história natural de doenças neurodegenerativas. Mas seria possível, através de hábitos saudáveis, brecar a perda neurológica com o passar da idade, por exemplo, a perda de memória e atenção?
 
Em primeiro lugar, um conceito fundamental da neurobiologia diz que "basta nascer para morrer".
 
Isto significa que a cada dia que passa temos menos neurônios em nosso cérebro e, portanto, existe um processo de involução "natural" de nossa massa encefálica. Entretanto, e isto a grande maioria das pessoas esquece, cada neurônio que antes fazia 10 mil conexões, agora, aos 50 ou 60 anos, faz 100 mil conexões. Por isso, essa faixa etária pode dizer que atingiu seu ápice de funcionamento cognitivo. Logo, o conceito aqui trata de "qualidade" das conexões nervosas e não "quantidade".
 
Outro ponto importante nesta discussão diz respeito ao fato de algumas pessoas apresentarem uma "perda mais rápida" de seus neurônios com a idade. Algumas vezes, isso pode significar o início de um processo neurodegenerativo. Na verdade, estudos recentes com imagem funcional utilizando tomografia por emissão de pósitrons e radiotraçadores para proteína beta-amiloide estão demonstrando que indivíduos com essa perda mais acelerada estariam em maior "risco" para desenvolver Alzheimer.
 
Nunca é tarde para a prevenção
Finalmente, surge a pergunta sobre como evitar, em uma idade mais avançada, a perda de funções nobres como a memória e a atenção. Aqui, o conceito de "quanto antes melhor" pode fazer toda diferença. Isso significa, então, que devemos nos preocupar aos 20 anos de idade com nosso cérebro de 65. "Quanto antes, melhor"...
 
E as dicas para todos, em particular, aos mais jovens, seriam incluir na dieta mais peixes, pequenas porções de carne vermelha, frutas e legumes, azeite de oliva, uma taça de vinho tinto e grãos da família das nozes, castanhas, etc. Outra dica diz respeito à atividade física regular e atividade social, ou seja, interagir com as outras pessoas, conhecer gente nova, sair de casa e, finalmente, aprender algo novo sempre que puder - seja uma língua estrangeira, dirigir, costurar, qualquer coisa. O cérebro é ávido por informações novas e temos bilhões de neurônios à toa esperando nossas ordens.
 
No fim do dia, aqueles que cuidarem do seu cérebro ao longo de toda a vida terão mais chances de experimentar a terceira-idade com tranquilidade.
 
Minha Vida

Depois de pesar 25 kg, jovem conta que se apaixonar ajudou a superar a anorexia

Reprodução/DailyMail
Jo Thompson chegou a pesar 25 kg
Britânica passou fase em que comia apenas ervilha e tomava água; hoje é mãe de 2 filhos
 
Depois de sofrer anos com anorexia, a britânica Jo Thompson, 21 anos de idade, se recuperou totalmente do transtorno alimentar. Ela resolveu dar a volta por cima, após ter se apaixonado pelo gerente do restaurante onde trabalhava. As informações são do site Daily Mail desta quinta-feira (21).
Com apenas 11 anos, ela começou a sofrer de extrema ansiedade e ataques de pânico e desenvolveu o transtorno alimentar. Em um dos piores de seus momentos, os médicos lhe deram apenas 48 horas de vida. Ela chegou a pesar 26 kg.
 
De acordo com o site, Jo sofreu por seis anos com a doença. Em certa fase, ela conta que  chegou a comer apenas ervilha e tomar água.
 
Aos 17 anos, Jo percebeu que a única maneira de tentar se recuperar seria se acostumar a ver as pessoas comendo ao seu redor. Por isso, pediu um emprego em uma famosa rede de fast food.
 
— Certo dia, depois me encontrar com os meus amigos, percebi que eu não queria passar a minha vida toda dentro do hospital. Queria mostrar a todos que poderia vencer a anorexia. As pessoas ficaram chocadas, mas tinha que provar que poderia vencer meus demônios.
 
Reprodução/DailyMail
 
Foi no restaurante que Jo conheceu o gerente Zoheb Khan, 25 anos. Segundo ela, foi ele quem a ajudou a combater a doença.
 
— Quero que minha história sirva para mostrar que qualquer um pode se tornar anoréxico. Não é uma escolha meninas fazem, é uma doença que controla todos os aspectos de sua vida. Anorexia não me controla mais. Eu tenho meus dois filhos lindos para cuidar agora e nunca vou me deixar ficar doente novamente.
 
R7

Mochila pesada pode piorar desvios na coluna em crianças e adolescentes

Excesso de peso nas mochilas favorece o desenvolvimento dos
 desvios de coluna como a escoliose e a cifose
Senado aprovou projeto de lei que aluno só poderá carregar 15% do seu próprio peso
 
Nesta quarta-feira (20), o Senado aprovou um projeto de lei que limita o peso da mochila dos estudantes. Se for aprovado, o aluno só poderá carregar o equivalente a 15% do seu próprio peso. De acordo com ortopedista do Hospital das Clínicas de São Paulo, Rogério Vidal o excesso de peso nas mochilas favorece o desenvolvimento dos desvios de coluna como a escoliose e a cifose.
 
A escoliose é um desvio da coluna vertebral para a esquerda ou para a direita formando uma curva em forma de “S”. Pode surgir em qualquer fase da vida e  ter várias causas. Entre elas, as causas congênitas, degenerativas e as ideopáticas, quando não se identifica o motivo do desvio. Nesses casos a escoliose pode aparecer já na infância ou adolescência.
 
— Essas mochilas causam uma sobrecarga na coluna vertebral e a má postura destas crianças provoca dor. Caso esta má postura se mantenha por um determinado período há uma reação antálgica para compensar e diminuir a dor.
 
Segundo o médico, os pais precisam estar atentos e respeitar esta proporção de peso.
 
— Eles devem orientar os filhos a carregar a mochila com a coluna mais ereta possível minimizando os males que podem ser desencadeados pelo excesso de peso e a má postura.
 
Tratamento
A escolha do tratamento mais adequado leva em consideração fatores como o tipo de escoliose, a faixa etária do paciente, a graduação do desvio e os sintomas apresentados. O tratamento cirúrgico é destinado aos casos de desvios severos ou onde exista alterações neurológicas caracterizadas pela irradiação da dor para os membros inferiores, alteração de força e sensibilidade ou alteração no controle de esfíncteres (fezes e urina).
 
— As formas de tratamento são variadas e dependem do grau de desvio da coluna. Podem ir desde a observação do paciente até a cirurgia, nos casos mais graves.
 
Uma grande preocupação  com a escoliose é no período da adolescência. Uma em cada nove meninas sofre com o problema. Após o Raio X da coluna vertebral , a curva é mensurada e a partir daí  o tratamento é planejado. Quando as curvas apresentam medidas entre 20 a 40º o tratamento é feito com uso de colete na coluna vertebral. Acima disto está indicado o tratamento cirúrgico. O objetivo é impedir a progressão da curva, seja através do uso do colete , ou com a cirurgia.
 
— Muitas vezes a observação do problema é feita pelo professor nas aulas de educação física. Mas os pais devem ficar atentos e identificando o desvio devem encaminhar os filhos para o ortopedista.
 
Dicas
Uma dica é a de sempre carregar a mochila com as duas alças vestidas e não apenas de um lado, de acordo com o médico.
 
— As alças superiores devem vestir uma em cada ombro evitando carregar de um lado só para não causar má postura e o limite inferior deve ficar na altura do quadril.
 
Para o especialista as mochilas de rodinhas são melhores para evitar a sobrecarga de peso na coluna das crianças e isso já para aquelas que estão no período de alfabetização.
 
— O ideal seria que as escolas disponibilizassem armários evitando o transporte desnecessário de material que não fosse utilizado aquele dia em casa que muitas vezes corresponde a mais da metade do peso da mochila”.
 
R7

Pesquisa praticamente elimina necessidade de 'símbolo' masculino na reprodução

Reprodução/BBC
Autores dizem que mais estudos são necessários para verificar se
 as conclusões poderiam ser aplicadas também a seres humanos
Resultados podem um dia ajudar homens inférteis por conta de um cromossomo Y danificado
 
Pesquisadores da Universidade do Havaí conseguiram praticamente eliminar a necessidade do cromossomo Y, o símbolo maior da masculinidade, da reprodução.
 
Eles conseguiram condensar todas as informações genéticas normalmente encontradas em um cromossomo Y de um camundongo em apenas dois genes.
 
O estudo, publicado pela revista científica Science, mostrou que os camundongos modificados ainda eram capazes de se reproduzir, apesar de necessitarem técnicas avançadas de reprodução assistida.
 
Os pesquisadores afirmam que os resultados do estudo podem um dia ajudar homens inférteis por conta de um cromossomo Y danificado.
 
O DNA, que contém o código genético do indivíduo, está condensado em cromossomos. Na maioria dos mamíferos, incluindo os humanos, um par de cromossomos funciona como cromossomo sexual.
 
Se o feto recebe um cromossomo X e um Y dos pais, será do sexo masculino, mas se receber dois cromossomos X será do sexo feminino.
 
A coordenadora da pesquisa, Monika Ward, disse que o cromossomo Y é um símbolo da masculinidade.
 
Espermatozoides rudimentares
Nos camundongos, o cromossomo Y normalmente contém 14 genes distintos, com alguns deles presentes em até uma centena de cópias.
 
A equipe da Universidade do Havaí mostrou que os camundongos geneticamente modificados com um cromossomo Y que consistia de apenas dois genes poderiam se desenvolver normalmente e poderiam até mesmo gerar filhotes próprios.
 
— Esses camundongos são normalmente inférteis, mas nós mostramos que é possível gerar descendentes viáveis quando o cromossomo Y está limitado a apenas dois genes usando a reprodução assistida.
 
Os camundongos somente produziriam espermatozoides rudimentares. Mas eles poderiam gerar descendentes com uma forma avançada de reprodução assistida, chamada injeção de espermátide redonda, que envolve injetar informações genéticas do espermatozoide rudimentar em um óvulo.
Os filhotes resultantes eram saudáveis e tiveram um tempo de vida normal.
 
Esperança
Os dois genes necessários para a reprodução eram o Sry, que inicia o processo de produção de um macho quando o embrião se desenvolve, e Eif2s3y, envolvido nos primeiros passos da produção de espermatozoides.
 
Ward argumenta, porém, que 'pode ser possível eliminar o cromossomo Y' se o papel desses genes puder ser reproduzido de uma forma diferente, mas observa que um mundo sem a existência de homens seria 'loucura' e 'ficção científica'.
 
— Mas no nível prático isso mostra que, após a eliminação de grandes porções do cromossomo Y, ainda é possível se reproduzir, o que potencialmente dá esperança aos homens com essas falhas no cromossomo.
 
Os genes descartados são provavelmente envolvidos na produção de espermatozoides saudáveis.
 
Os autores dizem que mais estudos são necessários para verificar se as conclusões poderiam ser aplicadas também a seres humanos, já que alguns dos genes não são equivalentes entre as espécies.
 
BBC Brasil

UK: Rede de supermercados proíbe energéticos para menores de 16 anos

A rede britânica de supermercados Morrisons decidiu proibir que jovens com menos de 16 anos de comprem bebidas energéticas com altos teores de cafeína.
 
Os funcionários da empresa devem passar a questionar clientes com aparência muito jovem e pedir que provem ter idade suficiente para comprar a bebida.
 
A proibição acontece devido ao receio de que altas dosagens de cafeína provoquem efeitos nocivos à saúde das crianças.
 
As restrições se aplicam a marcas de energéticos que contém mais de 150 mg de cafeína por litro. Elas devem afetar as marcas Red Bull (320 mg), Monster (338 mg) e Relenttless (320 mg).
 
A Morrisons é a primeira grande rede britânica a impor restrições à compra desse tipo de produto.
 
'Nós entendemos a preocupação sobre o impacto potencial de bebidas energéticas com alto teor de cafeína sobre os jovens e estamos dando passos para tratar da questão', disse a porta-voz da rede Claire Johnson.
 
A Morrisons está testando a proibição em lojas nas cidades de Glasgow, Dorset, Leeds, Cheshire, Staffordshire e Sulffolk com o objetivo de estender a medida a toda a rede.
 
Uma campanha para encorajar as maiores redes varejistas a restringir a venda de energéticos para crianças foi lançada no início do mês em Edinburgh.
 
A venda e a promoção de bebidas com muita cafeína como o Red Bull já haviam sido banidas de escolas escocesas desde 2007.
 
Mas as crianças ainda conseguem comprar essas bebidas facilmente no comércio, apesar das latas conterem avisos de que o consumo do produto não é recomendável para elas.
 
Aaron, de 17 anos, Will e James, ambos de 16 anos, são moradores de Liverpool e consideram as restrições uma 'má ideia'.
 
Eles disseram: 'achamos que é uma má ideia. Como eles fiscalizarão? É fácil falsificar identificações'.
'Não é responsabilidade dos supermercados. A decisão deveria caber aos pais das crianças'.
 
'Achamos que seria uma boa ideia proibir o consumo dessas bebidas para crianças mais jovens, com menos de 10 anos'.
 
As bebidas energéticas são ricas em açúcares, cafeína e taurina - um ácido orgânico que pode ser encontrado na bile do intestino. Pouco se sabe sobre os efeitos de seu uso intenso ou contínuo sobre o organismo.
 
Gavin Partington da Associação Britânica de Refrigerantes disse: 'Nós temos um código de procedimentos que diz que refrigerantes com grande teor de cafeína não são adequados para crianças. Ele especifica que essa informação tem que constar de forma clara nos rótulos dessas bebidas.
Café da manhã
 
A medida adotada pela rede de supermercados ocorre após a divulgação de uma pesquisa que concluiu que um em cada 20 estudantes adolescentes substituíam o café da manhã por uma lata de energético antes de ir para o colégio.
 
Em setembro de 2009 duas grandes redes varejistas na Suécia baniram a venda de energéticos para consumidores com menos de 16 anos. Eles se basearam nas preocupações de que esse tipo de bebida poderia causar hiperatividade ou servir como porta de entrada para o consumo excessivo de álcool.
 
Outras duas grandes redes varejistas britânicas afirmaram não ter planos para seguir o exemplo da Morrisons.
 
As fabricantes de bebidas energéticas não se pronunciaram sobre o assunto.
 
BBC Brasil

Desesperado, homem tenta cortar seio feminino que “brotou” em seu corpo

Reprodução/DailyNews
Hashemzadeh sofreu com ginecomastia, o alargamento do tecido
 mamário em homens
Vendedor sofreu de ginecomastia, que alarga o tecido mamário e pode ser tratado com remédios
 
O britiânico Farshad Hashemzadeh, 28 anos de idade, viveu anos de sufoco e vergonha após um seio de mulher “brotar” do lado esquerdo de seu peito. As informações são do site Daily News.
 
De acordo com a publicação, seu peito começou a crescer aos 18 anos de idade.
 
— Não conseguia entender o que estava acontecendo comigo. Ele [o seio] só foi crescendo e crescendo, e eu me tornei muito retraído. Não queria que ninguém me visse. Foi literalmente como ter peitos de uma mulher.
 
Hashemzadeh sofreu com ginecomastia, o alargamento do tecido mamário em homens, muitas vezes resulta de um desequilíbrio de estrogênio e testosterona. Isso pode ocorrer em um ou ambos os lados.
 
— Nunca poderia tirar minha camiseta, não podia nadar. Não podia nem ir para a academia, e até mesmo em um clima muito quente, tinha que me enrolar em blusas para tentar escondê-lo.
 
Após muita angústia, o vendedor conta que não conseguiu fazer de forma gratuita a cirurgia.
 
Reprodução/DailyNews
Segundo médico, metade da população sofre com ginecomastia
— Fiquei muito frustrado. Eles removem tatuagens e realizam cirurgia para perda de peso, mas não queriam fazer a minha operação.
 
Depressão
Por causa da mudança em seu corpo, ele conta que ficou tão severamente deprimido que tentou cortar seu próprio peito. Hashemzadeh foi encaminhado a um psiquiatra, mas mesmo assim não conseguiu que o governo pagasse a sua operação.
 
Sua família se reuniu e conseguiu o dinheiro para a operação, que foi realizada com sucesso e deixou apenas uma pequena cicatriz.
 
— Já não sinto a depressão profunda que eu tinha quando tentei cortar meu peito. Quando minha cicatriz sumir, vou me sentir um homem novo.
 
Segundo o cirurgião de Hashemzadeh, Azhar Aslam, cerca de metade da população masculina sobre com ginecomastia.
 
R7

Qual é o melhor protetor solar para o meu caso? Tire suas dúvidas

como-escolher-o-melhor-protetor-solar
Com a chegada do verão muitas pessoas começam a lembrar que a sua pele não pode ficar completamente desprotegida do sol nos dias mais quentes do ano.
 
Apesar dos especialistas recomendarem o uso do protetor solar em todos os meses do ano, é no verão que os raios UV estão muito mais fortes e onde sair de casa sem o protetor é um risco que não se pode correr.
 
Saiba mais sobre os protetores solar para conseguir decidir qual, quando e como usar.
 
FPS ideal para o dia a dia
Uma das dúvidas mais comuns que as pessoas acabam tendo é em relação ao FPS do protetor solar que será utilizado no dia a dia. De acordo com os especialistas, um adulto que não tenha nenhum tipo de problema na pele poderá usar um FPS 20 no caso das peles mais morenas ou negras ou FPS 30 no caso das peles mais claras.
 
Para o dia de trabalho normal, onde as pessoas não passam muito tempo na rua, a dica é aplicar de manhã e passar um pouco mais na hora do almoço.
 
FPS ideal para a praia
No caso das pessoas que vão para a praia nos dias de sol, o ideal é aumentar a proteção. As peles mais claras devem investir nos FPS 50. Já os que possuem a pele morena clara devem investir no 30, mas nos primeiros dias recomenda-se 45. As peles morenas podem usar o FPS 30 e para quem possui a pele negra recomenda-se o fator 30 ou 15.
 
Quantidades
A maioria das pessoas acabam não se preocupando muito em relação a quantidade, mas existem algumas dicas para saber se realmente a pessoa está conseguindo colocar corretamente o protetor e garantindo a proteção. Na prática, deve-se aplicar uma colher de café cheia e no corpo uma xícara de café ou seis colheres de chá de protetor solar, considerando uma pessoa com cerca de 1,70m de altura. Os especialistas alertam que quando a pessoa não aplica a quantidade correta de protetor ela poderá fazer com que a proteção caia pela metade.
 
Intervalos de tempo
É muito recomendado que as pessoas esperem, pelo menos, 30 minutos antes de saírem para o sol depois da aplicação do protetor, caso contrário a pessoa poderá não conseguir tempo hábil para que ele consiga a proteção.
 
Diferentes formas de aplicação
Hoje em dia é comum vermos não apenas o protetor solar na versão creme, que estamos mais acostumados, mas também na versão mais líquida, que pode ser aplicada em forma de spray ou de ainda as versões gel. Algumas pessoas ficam um pouco receosas, mas na grande maioria dos casos eles conseguem proteger da mesma forma.
 
Manipulados
Uma forma das pessoas conseguirem, em alguns casos, economizarem um pouco na compra dos bloqueadores solar é mandar manipular nas farmácias. Mas é importante que a fórmula que seja feita na farmácia de manipulação seja emitida por um médico responsável dermatologista. Somente assim os usuários poderão se certificar de que realmente conseguindo comprar um produto que realmente vai oferecer algum tipo de proteção.
 
Clickgratis

Diabetes tipo 2: Consumir café pode reduzir as chances em 25%

cafe-pode-reduzir-chances-diabete-tipo-2Em meio a uma era de extrema facilidade  no que tange ao acesso à informação, é importante que tudo aquilo que diz respeito à saúde venha à tona, para que, cada vez mais, a população possa adotar práticas no sentido de prevenir-se de algumas doenças através de pequenas mudanças de hábito.
 
Seguindo esse panorama, traremos, nesse artigo, uma nova descoberta acerca de uma doença temida por muitos, a Diabetes tipo 2.
 
A diabetes é uma doença silenciosa que atinge cerca de 370 milhões de pessoas no mundo e, diferente de outras doenças, ela não apresenta nenhum tipo de dor ou desconforto inicial para que possa ser identificada, pelo que só é possível obter o seu diagnostico a partir de um exame de sangue.
 
Diante desse panorama, um paciente pode possuir a doença e só percebê-la cerca de 10 a 15 anos mais tarde quando os sintomas se agravam, fazendo-se necessários a partir de então alguns tratamentos mais rígidos.
 
De acordo com um relatório baseado em pesquisas do Congresso Mundial de Prevenção do Diabetes, divulgado recentemente pelo Instituto de Informação Científica sobre o Café (Isic), o consumo de baixo a moderado de café torna possível a redução dos riscos de um individuo desenvolver o diabetes tipo 2.
 
Com base nos estudos, o individuo que consome cerca de 3 a 4 xícaras de café puro por dia tem menos risco de desenvolver a doença, isso porque o consumo de café reduz em 25% os riscos associados à enfermidade. Ainda de acordo com as informações disponíveis, foi observado também que a cada copo de café a redução de risco de desenvolver diabete tipo 2 varia entre 7 e 8%.
 
A pesquisa mostrou que a cafeína não está diretamente ligada ao resultado, uma vez que é possível diminuir os risco tanto com o uso do café puro, quanto com o descafeinado. Apesar de os benefícios não estarem diretamente ligados à cafeína, outras pesquisas apontaram que na mulher o melhor resultado na queda percentual dos riscos associados à diabetes tipo 2 são obtidos com o café puro.
 
Uma das hipóteses de como o café age no controle da diabete é que ele é capaz de estimular o organismo fazendo com que o mesmo aumente seu gasto calórico, isso faz com que as chances de desenvolver a doença diminua. Outra teoria é que a cafeína influencia no equilíbrio da glicose.
 
Embora os benefícios observados, de fato, possam ser a chave para a prevenção da doença, se faz necessário estar sempre em alerta com o que diz respeito à ingestão desse tipo de alimento, pois o alto consumo de café pode também trazer um efeito contrário ao organismo, isso porque a cafeína contida no mesmo pode causar insônia.
 
Uma medida preliminar a fim de amenizar os problemas, é evitar o consumo de café a 3 horas antes de ir dormir para que a cafeína não tire seu sono.
 
Quanto à diabete, um outro procedimento importante para evitá-la é procurar fazer exercícios físicos, com a prática o corpo usa a glicose como uma fonte de energia e faz com que os exercícios desempenhe um papel semelhante ao da insulina.
 
Clickgratis

Conheça as fases do Alzheimer

O Alzheimer é uma doença degenerativa e, atualmente, incurável mas que possui tratamento, que permite melhorar a saúde, retardar o declínio cognitivo, tratar os sintomas, controlar as alterações de comportamento e proporcionar conforto e qualidade de vida ao idoso e sua família.

Conheça melhor os sintomas desta doença e suas fases.

 
Clickgratis

Principais diferenças entre gripe e dengue

diferenca-entre-gripe-e-dengueCom a chegada do outono e do inverno, acabam aumentando consideravelmente o número de pessoas que passam a apresentar os sintomas de doenças típicas desta estação, como gripe, dengue e também o resfriado, que é o menor dos problemas que as pessoas enfrentam nos dias mais frios. Estes sintomas e estas doenças acabam acontecendo principalmente com as pessoas que passam muito tempo em ambientes fechados.
 
Quando a pessoa passa a sentir desconforto nas vias áreas superiores, como nariz, faringe e laringe, provavelmente a pessoa está com resfriado, especialmente quando ela não apresenta febre. Quando a pessoa está apresentando algum quadro mais sério de gripe, geralmente ela vai apresentar quadros de febres e também terá problemas nas vias aéreas inferiores, como traqueia, pulmões, brônquios, dentre outros. Mas a dengue acaba apresentando quadros de febres mais fortes do que as da gripe.
 
Outros sintomas dessas três doenças podem ser mais ou menos severos, dependendo da imunidade da pessoa, da idade e da exposição prévia ao vírus – no caso da dengue, se o paciente já teve contato com o tipo 1, pode apresentar sintomas mais fortes ao pegar algum dos outros três. Durante os meses mais frios, porém, o número de vítimas da dengue costuma diminuir, pois o mosquito transmissor Aedes Aegypti,  precisa de calor e umidade para se proliferar.
 
Os médicos indicam que as principais diferenças entre resfriado, gripe e dengue, está na intensidade dos sintomas. Quanto mais severo e quanto menos tempo estes sintomas levarem para aparecer no corpo das pessoas, mais provavelmente ela pode estar desenvolvendo um quadro de dengue.
 
 
Clickgratis

Estudo indica que crises econômicas prejudicam as capacidades cognitivas

Estudo indica que crises econômicas prejudicam as capacidades cognitivas Stock Images/Stock Images
Se uma pessoa experimenta períodos de recessão econômica,
sua capacidade intelectual diminui
Pessoas que sofrem com as recessões durante a vida adulta têm resultados negativos na terceira idade
 
Cientistas europeus afirmam que as crises econômicas, como as que estão atingindo muitos países atualmente, prejudicam as capacidades cognitivas das pessoas que sofrem com elas. A descoberta está em uma pesquisa publicada nesta quinta-feira na revista médica BMJ.
 
"Este estudo é o primeiro que demonstra que as recessões econômicas, quando vividas em idades críticas, como no início ou em meados da vida adulta, enfraquecem as capacidades cognitivas das pessoas no momento em que elas alcançam uma idade avançada", diz o artigo de três pesquisadores europeus.
 
Já era sabido que o envolvimento do indivíduo em seu trabalho e um ambiente profissional estimulante lhe permitem armazenar "reservas cognitivas" que mantêm sua capacidade intelectual em forma mais tarde, quando chega a hora da aposentadoria.
 
A novidade é que neste estudo os cientistas descobriram que, se uma pessoa experimenta em sua vida adulta períodos de recessão econômica com todas as suas consequências — desemprego, queda do nível social e profissional, perda de renda, etc. — sua capacidade intelectual também diminui quando ela atinge a terceira idade.
 
As pesquisas, dirigidas por Anja Leist, da Universidade de Luxemburgo, e Philipp Hessel e Mauricio Avendano, da London School of Economics, são baseadas em dados recolhidos no Share, um grande estudo epidemiológico realizado com 12 mil pessoas em 11 países durante os anos 2000.
 
Mulheres são mais vulneráveis
A capacidade intelectual de adultos de 50 a 74 anos foi avaliada por meio de testes clássicos, nos quais as pessoas devem desempenhar tarefas como enumerar o máximo possível de nomes de animais em um minuto, lembrar de uma lista de dez palavras ou fazer cálculos mentais.
 
Os resultados foram comparados com as carreiras profissionais destas pessoas, levando-se em conta as demissões, os períodos sem trabalho, as mudanças frequentes de empresa e, por fim, os períodos de recessão em seus países de residência.
 
O cruzamento dos dados obtidos demonstra que os homens que não passaram por nenhum período de dificuldades econômicas quando tinham entre 40 e 50 anos alcançaram resultados muito melhores nos testes que os que viveram quatro ou mais períodos de crise econômica no mesmo período.
 
Para as mulheres, os resultados são um pouco diferentes: o período mais vulnerável começa antes, entre 25 e 34 anos, enquanto a fase mais delicada para os homens é entre 45 e 49 anos.
 
As pesquisadas que foram demitidas ou tiveram que trabalhar em meio período entre os 25 e os 34 anos "têm capacidades cognitivas significativamente menores quando são mais velhas", indica o estudo.
 
— Isso sugere que os homens são mais sensíveis aos choques macroeconômicos quando estes acontecem mais tarde em sua carreira profissional, enquanto nas mulheres as crises têm um efeito duradouro em suas capacidades cognitivas quando ocorrem antes — afirmam os cientistas.
 
De acordo com o artigo, este fato pode explicar por que as mulheres jovens têm mais problemas que os homens jovens para reativar sua carreira profissional em períodos de crise econômica.
 
Para os homens, perder o trabalho em uma idade avançada significa com frequência uma aposentadoria antecipada e involuntária, que fecha repentinamente as portas para um ambiente intelectualmente estimulante, conclui o estudo.
 
AFP/Zero Hora

Um guia para cuidar da sua tatuagem

Um guia para cuidar da sua tatuagem Lauro Alves/Agencia RBS
Foto: Lauro Alves / Agencia RBS
Rodrigo Marcanth, 35 anos, é viciado em tatuagens
Confira cuidados na hora de se tatuar, como manter os desenhos em dia e quando bater o arrependimento
 
Onde dói mais? Em quanto tempo devo retocar? Qual a cor que desbota mais rápido? Se você já se tatuou, pretende se tatuar ou é do tipo que treme só em imaginar o barulhinho da máquina perfurando a sua pele, provavelmente já deparou com uma dessas questões. A seguir, você encontra um guia que responde as principais dúvidas e curiosidades sobre a arte de desenhar a pele.

Origens
Há provas arqueológicas que relacionam a origem da tatuagem aos povos do Egito, entre 4000 e 2000 a.C., e também a nativos da Polinésia, Filipinas, Indonésia, Nova Zelândia, que se tatuavam em rituais ligados à religião. O significado varia de acordo com a cultura desses países.
 
Perfil
Apesar dos estúdios serem mais frequentados por jovens entre 25 e 35 anos, de ambos os sexos, hoje não tem mais idade ideal ou perfil. A questão é a escolha da área do corpo. Pessoas cujas profissões restringem o uso da tatuagem preferem áreas mais protegidas, como nuca, costas e pé.
 
Idade Mínima
Para que diminua a chance de arrependimentos, há leis municipais em cidades como Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo que proíbem menores de 18 anos de fazer tatuagem, mesmo com autorização dos pais. Nas demais cidades, a idade mínima é 14 anos. Abaixo disso, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) considera lesão corporal. Em Porto Alegre, não é proibido, mas muitos tatuadores ficam receosos de fazer em menor de idade.
 
Alergia
Em alguns casos, quando o corpo rejeita o pigmento, pode haver reações sérias e até provocar inchaços. Além da alergia ou da infecção temporária, o resultado pode ser marcas e cicatrizes indesejadas. O pigmento que mais causa alergia é o vermelho.

Escolha segura 
Ao buscar o local, é importante conhecer a higiene do estabelecimento. Fique de olho no uso de agulhas descartáveis, bicos da máquina esterilizados em autoclave e uso de luva e máscara cirúrgica. Também é importante saber se o local tem alvará da vigilância sanitária. Além disso, é bom conhecer o traço do tatuador, que costuma ser especializado em um estilo – os mais comuns são símbolos, desenhos orientais, realismo, tribais e Old School (caveiras e desenhos coloridos feitos pelos piratas antigamente).

Cover-Up
Para arrependimentos, uma alternativa é cobrir com outra tatuagem. É preciso estar ciente que ela sempre ficará maior do que a anterior. Em alguns casos, é recomendado fazer sessões de laser para enfraquecer a pigmentação antes de realizar um novo desenho.

Scare Cover
Após algumas cirurgias, principalmente de redução de estômago, retirada de tumores cancerígenos e plástica na barriga, os médicos costumam indicar para seus pacientes a realização de tatuagens que disfarcem as cicatrizes (scare cover, em inglês, quer dizer cicatriz coberta). Em casos de mastectomia, por exemplo, quando a retirada de um tumor na mama afeta o mamilo, há tatuadores que reconstituem o desenho do bico do seio. Fique atento: os tatuadores cautelosos pedem indicação médica antes.

TPM
Fazer tatuagem no período pré-menstrual ou “naqueles dias” é totalmente desaconselhável para as mulheres (e para os tatuadores, maridos e namorados). Isso porque o corpo fica mais sensível, inchado e dolorido.

Doenças
Com o uso de material descartável e esterilizado, tornou-se menos comum a transmissão de doenças pela tatuagem (a principal é a hepatite B). Contudo, é importante levar em conta que os vírus podem ficar alojados também na tinta. Atente, portanto, para o condicionamento do pigmento, que deve ser retirado dos recipientes originais e preparado em potinhos.
 
Cicatrização
É importante se planejar para a cicatrização, que leva de 20 dias a um mês, e varia de acordo com o tamanho do desenho. Algumas regiões, como o punho e o tornozelo, demoram mais. Em casos como queda da “casquinha”, vão-se também partes do pigmento, e pode ser necessário um retoque imediato. Por isso, nada de sol, água quente ou imersão neste período. O importante é manter o local limpo com água e sabão neutro, usar papel-filme (plástico) para evitar contato na região tatuada. O uso de pomadas cicatrizantes também é indicado.

Retoque
As tatuagens que mais sofrem com o tempo são as coloridas, pois desbotam com mais facilidade. Traços feitos com pigmento preto e cinza tendem a ser mais resistentes ao sol. Não existe uma recomendação específica de retoque em tempo determinado, pois o desgaste varia de acordo com o cuidado de cada pessoa. Uma tatuagem bem cuidada pode durar 25 anos, por exemplo, enquanto uma que teve exposição excessiva ao sol pode demandar retoques em menos de um ano.

Doação de sangue
Após um ano, você pode voltar a ser um doador. Isso porque, se contrair uma doença a partir de uma tatuagem, você só terá confirmação a partir de exames realizados após 12 meses.

Poder, pode....
Áreas mais delicadas do corpo como mucosas, boca, genitais e olhos, geralmente, são lugares que os tatuadores não gostam de desenhar, porque consideram ruim de trabalhar. Palma da mão e a sola do pé também são desaconselhados, onde a espessura da pele é mais grossa e a tinta não pega com muita facilidade.

Para remover
A tecnologia mais utilizada é o laser. Quanto mais escura a tatuagem, maiores as chances de remoção. Não é 100% eficaz, e o custo e a dor costumam ser maiores do que os da aplicação. São necessárias várias sessões. Outro recurso utilizado é a dermoabrasão, com lixamento da pele até chegar à derme. Deixa cicatriz e manchas.

HISTÓRICO DAS MÁQUINAS
- Do tipo caseira, feita a partir de um depilador e uma caneta – anos 80 
- Feita de bobina, customizada para uso profissional – anos 2000 
- De bobina, criada pelo curso de Engenharia de Oxford como trabalho de conclusão – anos 80XX Sistema rotativo híbrido – 2012
- Sistema rotativo de alta tecnologia – 2012

A PRIMEIRA VEZ...
de Paula Wollmann, 20 anos, estudante de Direito, escolheu uma pena colorida para tatuar no ombro direito.

Por que fazer tatuagem?
Sempre quis, acho um charme.

Por que agora?
Achei um desenho que gostei e fui estimulada pela minha mãe, que tem cinco tatuagens.

Por que escolheu uma pena?
Gosto da leveza que passa.


Confira, em vídeo, o relato do repórter de Zero Hora, Gustavo Brigatti, sobre o que motivou a fazer tatuagem



Zero Hora

Dentistas recomendam uso de pasta de dente com flúor desde a infância

Dentistas recomendam uso de pasta de dente com flúor desde a infância Stock.xchng/Divulgação
Quantidade de pasta de dentes deve ser equivalente a um grão de arroz
Segundo estudo, muitas crianças brasileiras são acometidas por cárie na primeira infância, o que pode ser evitado com o uso de creme dental fluoretado
 
Crianças de todas as idades devem usar pastas de dente com flúor para prevenir cáries. Pode parecer óbvio, mas a utilização de creme dental fluoretado nem sempre foi recomendada por dentistas e médicos pediatras. A associação do flúor com a fluorose, uma condição responsável por manchinhas brancas nos dentes permanentes, fazia com que a prática fosse questionada no passado.

Mas uma recomendação da Associação Brasileira de Odontologia, do Ministério da Saúde e de órgãos da classe, como a Associação Brasileira de Odontopediatria e a Sociedade Brasileira de Pediatria, baseada em pesquisas internacionais, fez com que o uso de creme dental convencional com flúor a partir da erupção dos primeiros dentes, na quantidade equivalente a um grão de arroz, se tornasse uma regra no país.

Por falta de atualização, explica o dentista e professor da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) Carlos Alberto Feldens, ainda hoje há muitos dentistas e pediatras orientando de forma errada seus pacientes. Além de serem mais caras (custo aproximado de R$ 12, enquanto a comum custa ao redor de R$ 3), as pastas sem flúor deixam os dentes desprotegidos:

— Isso seria especialmente um desastre considerando que crianças de menor nível socioeconômico seriam as mais prejudicadas.

Estudo publicado para orientar pediatras
Professora da Faculdade de Odontologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a pesquisadora Branca Heloisa de Oliveira publicou no ano passado um estudo para proporcionar informação a médicos pediatras sobre o uso de pastas de dente fluoretadas.

Baseado em evidências científicas, o estudo concluiu que muitas crianças brasileiras são acometidas por cárie na primeira infância e que o uso regular de flúor pela pasta de dente tem papel fundamental no controle dessa doença.

A publicação do Guia de Recomendações para Uso de Fluoretos no Brasil, em 2009, pelo Ministério da Saúde, trouxe a nova orientação. Entretanto, a Caderneta de Saúde da Criança distribuída atualmente nas unidades da rede básica de saúde ainda contém a recomendação antiga de que, antes dos quatro anos, não se deve usar pasta de dente com flúor.

— Acredito que isso possa estar confundindo as pessoas e, especialmente, os pediatras. Em um contato com o Ministério da Saúde, fui informada de que na próxima edição da caderneta da criança essa recomendação vai ser atualizada — explica Branca.

A orientação da comunidade científica mundial, incluindo a Organização Mundial da Saúde, é de que a introdução de creme dental fluoretado contendo pelo menos 1.000 ppm (concentração de flúor em partes por milhão) representa um dos fatores mais importantes para combater esse problema de saúde pública.

Zero Hora

Flora intestinal pode ajudar no combate a tumores, afirmam cientistas

Flora intestinal pode ajudar no combate a tumores, afirmam cientistas Stock.Xchng/Divulgação
Espécies de bactéria que compõem a flora intestinal variam de
 pessoa para pessoa
Ao deslocar certas bactérias do intestino para outros órgãos, quimioterapia estimularia o sistema imunológico para enfrentar o câncer
 
Um estudo publicado recentemente na revista Science apresenta uma descoberta surpreendente: a quimioterapia atua de forma mais eficaz com a ajuda da flora intestinal de pacientes com câncer. A pesquisa, conduzida por cientistas franceses dos institutos Gustave Roussy, Pasteur, Inserm (Instituto Nacional da Saúde e da Pesquisa Médica) e INRA (Instituto Nacional de Pesquisas Agronômicas), demonstra que a eficácia de um dos medicamentos mais usados em tratamentos quimioterápicos se deve à sua capacidade de deslocar certas bactérias do intestino para a corrente sanguínea e os linfonodos. Quando no interior destes últimos, os micro-organismos estimulam o funcionamento do sistema imunológico que, por sua vez, aumenta a capacidade do paciente de combater tumores malignos.
 
A flora intestinal é composta por cerca de 100 trilhões de bactérias, que funcionam praticamente como um órgão do corpo humano, já que desempenham funções cruciais para a nossa saúde, como a eliminação de substâncias estranhas ao organismo (e potencialmente tóxicas) e de agentes patogênicos. Elas ainda garantem a decomposição dos alimentos ingeridos, o que permite uma melhor absorção dos nutrientes, otimizando o metabolismo. Estas trilhões de bactérias colonizam o intestino desde nosso nascimento, e desempenham um papel-chave no amadurecimento de nosso sistema imunológico.
 
No entanto, as espécies de bactéria que compõem a flora intestinal variam de pessoa para pessoa, e a presença ou a ausência de uma ou de outra parece influenciar na ocorrência ou não de certas doenças.
 
Uma equipe de pesquisadores franceses comandada por Laurence Zitvogel, do Instituto Gustave Roussy, em colaboração com Ivo Gomperts Boneca, do Instituto Pasteur, e Patricia Lepage e Joël Doré, do INRA, apresentou evidências de que a flora intestinal estimula as respostas imunológicas de um indivíduo para combater o câncer durante a quimioterapia.
 
Efeito colateral benéfico
A ciclofosfamida é uma das drogas mais utilizadas na quimioterapia. Entretanto, como qualquer outro tratamento, ela causa efeitos colaterais (como a inflamação da mucosa) e perturba o equilíbrio natural da flora intestinal. Em decorrência disto, certas bactérias (especificamente aquelas que fazem parte do chamado grupo Gram+) podem acabar passando pela barreira do intestino e entrando na corrente sanguínea e nos linfonodos.
 
Essas bactérias, quando circulam em outras partes do organismo, podem ser consideraras prejudiciais, fazendo com que o corpo gere uma resposta imunológica.
 
— Essa reação em cadeia, um efeito colateral do tratamento, acaba por se tornar muito útil. Surpreendentemente, as defesas imunológicas direcionadas contra essas bactérias ajudam o paciente a melhor combater seu tumor, já que estimulam novos mecanismos de imunodefesa — explica Zitvogel.
 
Mais especificamente, a imunização contra estas bactérias leva ao uso de linfócitos efetores diferentes daqueles mobilizados pela quimioterapia. Seu papel consiste em ajudar linfócitos anticancerígenos a conter o crescimento de tumores.
 
Para testar estas observações, os pesquisadores retiraram todas as bactérias do grupo Gram+ das floras intestinais de camundongos. Os resultados demonstraram que a eficácia da quimioterapia foi reduzida. Os cientistas também sugerem que alguns antibióticos usados durante a quimioterapia podem matar estas bactérias Gram+, anulando dessa forma seu efeito benéfico.
 
— Agora que esta bactéria "benéfica" que potencializa a imunodefesa anticancerígena foi identificada, em breve nós devemos passar a administrá-la mais para os pacientes, especificamente por meio de medicamentos pró ou prebióticos, ou ainda de uma dieta específica — conclui o pesquisador.
 
Zero Hora

Manual da Associação Americana do Coração dá dicas para a vida sexual pós-infarto

Um manual com recomendações sobre a volta à vida sexual após uma doença cardiovascular foi lançado pela primeira vez por uma associação médica para incentivar cardiologistas a tocar no assunto com seus pacientes.
 
Sim, o tema ainda é tabu --tanto para médicos como para pacientes. Estudos já mostraram que os cardiologistas reconhecem a importância e necessidade de falar a respeito, mas muitos não sabem que conselhos dar ou se sentem constrangidos.
 
kama sutra velhinhos
Lydia Megumi/Editoria de Arte/Folhapress
 
A vergonha também pode tomar conta de pacientes e seus parceiros, que nessas situações costumam ter uma lista de medos e ansiedade. com potencial de causar impactos negativos nos relacionamentos.
 
Uma das principais preocupações é sobre um eventual infarto durante o ato sexual -coisa rara, que só acontece em 0,9% dos casos.
 
É o tipo de informação que poderia ser repassada aos pacientes para tranquilizá-los, segundo as diretrizes baseadas em evidências publicadas recentemente na revista "Circulation" pela Associação Americana do Coração e pelo Conselho de Enfermagem Cardiovascular e Profissões Aliadas da Sociedade Europeia de Cardiologia.
 
"Por incrível que pareça, no século 21 esse é um tema difícil de abordar", diz Abrão Cury Jr, supervisor de clínica médica do HCor (Hospital do Coração). "A publicação tira o assunto da penumbra. Tem médico que não sabe se fala sobre sexo com o paciente, mas o manual incentiva e facilita essa abordagem."
 
Segundo o manual, é o próprio profissional que deve tomar a dianteira.
 
"Se o médico toca no assunto, facilita muito porque ele abre um canal de comunicação. Claro que isso também pode gerar um constrangimento, mas o médico deve sempre perguntar se o paciente tem dúvidas, dizer quando a atividade sexual poderá ser feita. Todos querem saber, mas poucos questionam", diz Carlos Costa Magalhães, presidente da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo).
 
Quando o bancário aposentado Edson Saraiva, 63, teve um infarto e precisou colocar três pontes de safena aos 39 anos, foi dele a iniciativa de falar sobre sexo.
 
"No início, nem pensava no assunto, mas, passado o perigo, queria retomar a vida de antes e perguntei se podia. Depois de uma cirurgia dessa a gente fica com medo de tudo e, se o médico não disser que pode, não vai fazer."
 
No primeiro retorno, um mês depois, ouviu do médico que estava liberado, mas que no começo precisaria fazer menos esforço físico e ser mais passivo.
 
Isso significa ficar em posições confortáveis que requerem menor gasto de energia, de preferência com a pessoa que sofreu o problema cardíaco deitada.
 
O documento da Associação Americana do Coração também recomenda que os casais avancem aos poucos, começando por beijos e carícias, para que o paciente vá ganhando confiança e perca o medo.
 
Sexo em lugares familiares com o parceiro usual também gera menos estresse para o coração.
 
Outra preocupação é em relação aos remédios prescritos para pacientes cardíacos. Alguns deles, como os betabloqueadores e diuréticos, podem causar perda de libido e disfunção sexual, e o ideal é conversar com o médico a respeito para que ele considere trocar a classe das drogas ou reduzir as doses.
 
Já os remédios para disfunção erétil são contraindicados para os homens que tomam drogas vasodilatadoras à base de nitrato.
 
As recomendações, é claro, devem ser individualizadas e dependem das condições clínicas de cada paciente. E, se o médico não falar no retorno à vida sexual, o paciente deve tocar no assunto e também relatar quaisquer sintomas que possam aparecer durante a relação sexual.
 
"A pessoa não pode sair do consultório com dúvidas. E o médico tem que mostrar que existe, sim, vida sexual após um infarto. Do que adianta manter o paciente vivo sem qualidade de vida?", questiona Carlos Alberto Machado, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
 
Folhaonline

Hospital de SP abre centro de tratamento da obesidade infantil

Daniel dos Santos, 15, que passou por reeducação alimentar
Alessandro Shinoda/Folhapress
Daniel dos Santos, 15, que passou por reeducação alimentar
O Hospital Infantil Sabará, de São Paulo, inaugurou ontem um centro de tratamento de obesidade infantil, o primeiro do gênero em instituições privadas do país.
 
No Brasil, uma em cada três crianças está obesa, segundo o IBGE. Com isso, apresentam problemas antes restritos ao mundo adulto, como hipertensão e diabetes tipo 2.
 
Levantamento do ambulatório de obesidade infantil do HC de São Paulo mostra que 30% das crianças atendidas têm triglicérides elevados e 21% apresentam hipertensão.
 
O ambulatório atende 50 crianças por mês e há uma fila de 300 à espera de vaga.
 
"No SUS praticamente não há nada, nem para adulto nem para criança. O tratamento é esperar que a pessoa vire obesa mórbida e seja operada", diz a médica do HC Maria Edna de Melo.
 
A proposta do Sabará é concentrar profissionais como endocrinologista, nutricionista, psicóloga e educador físico, para que cuidem da criança em conjunto.
 
Segundo Paulina Basch, diretora médica do hospital, na primeira consulta, os profissionais propõem um "plano de cuidado", que pode ser intensivo, moderado e leve.
 
O diferencial de cada um está no número de consultas com cada especialista.
 
O tratamento dura três meses, com consultas semanais. "É o tempo mínimo para qualquer resultado na mudança de hábitos", diz Basch.
 
Atingida a meta, o paciente passa por uma manutenção, com consultas uma vez a cada três ou seis meses.
 
O hospital negocia com operadoras de saúde para que o tratamento seja coberto. O custo para três meses vai de R$ 1.440 a R$ 2.040.
 
Abordagem lúdica
A nutricionista Alessandra Coelho, do Sabará, lembra que a adesão da criança às dietas não é tarefa simples.
 
"A abordagem deve ser lúdica. Ela aprende que pode comer de tudo, ao fazer escolhas e trocas. Assim, cai o peso de ter que fazer dieta."
 
O engajamento da família é fundamental. Foi o que aconteceu na casa de Daniel dos Santos. Há dois anos, com 13 anos, ele estava com sobrepeso. Tinha 27% de gordura corporal. Após a reeducação alimentar, reduziu esse índice para 18%.
 
"Trocamos o leite integral pelo semidesnatado, o queijo amarelo pelo branco e o pão branco pelo integral. Toda a família ganhou", conta a mãe, Sandra Caron.
 
Daniel passou a comer de três em três horas, intensificou a natação e reduziu guloseimas como pães de queijo.
 
"Antes, ele comia uns seis ou sete. Agora, come dois."
 
Folhaonline

São Paulo 'exporta' sêmen para mais de 200 clínicas do país; mercado cresceu 528%

Chico Ferreira/Folhapress
Amostras de sêmen são resfriadas em botijões de nitrogênio e
enviadas a mais de 200 clínicas em todo o país
"Procura-se espermatozoide em bom estado de pai loiro, alto, atlético e bem-humorado. Paga-se bem."
 
Este anúncio é fictício, mas não tem uma gota de sensacionalismo: no mercado brasileiro de sêmen, que aumentou 528% em 18 anos e ultrapassou a 1.300 amostras comercializadas em 2012, a demanda que mais cresce é a por doadores com pinta de viking.
 
Esse "baby boom" foi impulsionado por mulheres solteiras (adeptas a "produções independentes") e casais de lésbicas, que respondem por um em cada três procedimentos de gravidez artificial --em 2005, eram 5%.
 
Diferentemente dos casais inférteis, que buscam doadores parecidos com os futuros pais, as meninas querem filhos no "estilo David Beckham".
 
Segundo o Pro-Seed, maior e mais antigo banco de sêmen do Brasil, o crescimento da renda e o acesso à informação fazem a procura por espermatozoides congelados bater recordes a cada ano. O laboratório privado, no térreo de um prédio de escritórios na Bela Vista, já vendeu 11 mil amostras de esperma paulistano para mais de 200 clínicas espalhadas pelo país.
 
A partir das doações dos voluntários (que não podem ser pagos, segundo a lei brasileira), o banco cria uma espécie de "cardápio" com as características físicas dos doadores. Entre elas estão cor da pele, cabelo, olhos, tipo físico, profissão e hobbies.
 
Por falta de demanda, orientais e negros são mais raros, com 5% e 10% das amostras. "Mas a procura por negros tem aumentado", afirma Vera Feher, diretora do Pro-Seed.
 
Mesmo num país de 200 milhões de habitantes, teme-se a chance de que filhos do mesmo doador se apaixonem. Para evitar o risco, o Conselho Federal de Medicina e a Anvisa determinam que cada voluntário só possa gerar uma criança de cada sexo em uma mesma região.
 
O fotógrafo Adriano Oliveira, 28, é um dos veteranos, com mais de dez contribuições. "Perdi um filho recém-nascido por erro médico. Sempre tive vontade de ser pai. Por isso me preocupo com quem não consegue."
 
No Brasil, tanto os doadores quanto os casais são anônimos. Adriano torce para que sua contribuição "vá para as mãos certas, para quem realmente ame e cuide com carinho".
 
Além de amor, quem decide engravidar em laboratório tem que estar disposto a pagar de R$ 1.600 a R$ 2.200, dependendo do processo escolhido --fertilização in vitro (embrião gerado fora do corpo e depois inserido no ventre da mulher) ou inseminação artificial (espermatozoides introduzidos diretamente no útero da paciente).
 
Já o doador não recebe nada, ao contrário de países como Estados Unidos, onde ganha-se em média US$ 50. Mas Vera aponta vantagens para o doador: "Além de ajudar outras famílias, quem doa faz vários exames gratuitamente".
 
Arte revista sãopaulo
 
'Você tem bolas?'
O "vestibular" da doação elimina 90% do material. O candidato deve ter de 18 a 45 anos e manter abstinência sexual (masturbação inclusa) de três a sete dias antes da coleta.
 
Na análise do esperma, boa parte do estoque é limada.
 
"Em 20 anos, percebemos que a concentração média de espermatozoides por miligrama de sêmen caiu pela metade", conta Vera.
 
"As causas são ligadas a estresse, poluição, alimentos com agrotóxicos e sedentarismo", ela afirma.
 
Após o espermograma, o material passa por exames sorológicos (Aids, Hepatite B e C, sífilis e outros). Se tudo correr bem, o homem faz ao menos seis coletas (a cada sete ou 15 dias).
 
Na Inglaterra, onde um em cada seis casais tem problemas para engravidar, uma campanha de doação espalhou pôsteres em estádios: "Do you have balls?" ("você tem bolas?" --a palavra "balls" também pode significar "coragem" em inglês).
 
Por aqui, as campanhas são menos enfáticas, e o número de "contribuintes" também é tímido. "São oito ou dez por mês. O ideal seriam 50", diz Vera.
 
Repórter relata experiência na "salinha de coleta"
Acordar cedo para conseguir chegar ao laboratório, cumprimentar a recepcionista, conversar com a médica, fingir estar tranquilo e enfim entrar na salinha de coleta de sêmen já seria tarefa difícil. Com gravador na mão, crachá do jornal e fotógrafo a tiracolo, a missão se torna especialmente ingrata.
 
Ok, pensei, são ossos do ofício.
 
Quando me dei conta, já estava na saleta iluminada por luz branca, em frente a uma enorme TV de plasma e uma pilha de revistas e DVDs eróticos maior ainda.
 
Dava para ouvir a risada do fotógrafo: "Nesse momento, o Ricardo já tá mandando ver..."
 
Não, não estava. Quando o barulho lá fora diminuiu, arrisquei folhear a coleção de "Playboys": Luma de Oliveira posando, em 1987, aos 20 aninhos. Sheila Carvalho, no auge do É o Tchan (e antes do silicone). Catarina, a menina que desistiu de leiloar a virgindade.
 
Eu nunca tinha visto uma lista tão grande de DVDs: "Ninfetas Viciadas em Sexo", "Todas Querem Jack" e "Três Horas de Luxúria" eram alguns.
 
Escolhi "Amigas à Procura de Cowboys" --vale ressaltar que todas as revistas e DVDs eram focadas no público heterossexual. Fiquei sentado no sofá de couro branco da saleta por uns 20 minutos. Aos menos, pensei, não dava para ouvir nenhum barulho lá de fora.
 
Depois de cumprir minha missão, abri a janelinha quadrada dos fundos da sala. Ali, sobre uma placa aquecida a 37°C, deixei o potinho de coleta.
 
Amigos perguntaram o que eu acharia se a experiência resultasse filhos (seriam meus primeiros). Nunca vou saber. A doação é anônima. Então, estou tranquilo.
 
Folhaonline