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domingo, 2 de fevereiro de 2014

Camapu, planta da região amazônica, estimula produção de novos neurônios

Reprodução
A planta do camapu, fruto muito comum no Norte do País,
pode estimular a criação de neurônios
Sustância encontrada em planta do camapu poderá ser usada em fitoterápicos para o combate de doenças neurodegenerativas como o mal de Alzheimer
 
O camapu, uma planta amazônica encontrada no interior do Pará e também na periferia de Belém, tem poderes para combater doenças neurodegenerativas como o Alzheimer. Pesquisadores paraenses descobriram que uma substância encontrada no talo da planta estimula a produção de novos neurônios no hipocampo, área do cérebro ligada à memória. Agora a equipe de pesquisadores estuda a viabilidade de produzir fitoterápicos e está fechando um acordo com uma empresa farmacêutica internacional.
 
Com a produção de novos neurônios, a hipótese é que novas sinapses, ou conexões entre as células do cérebro, sejam criadas, revertendo quadros de perda de memória recente, comum em pacientes com Alzheimer. Os pesquisadores também acreditam que o medicamento à base de camapu possa ser usado para uma possível reversão de morte neuronal que ocorre em pacientes com quadros de depressão, já que a substância induz o nascimento de novos neurônios.
 
Divulgação
Cientistas estudam a capacidade de produzir fitoterápicos
 a partir do camapu
“A notícia é muito boa, principalmente pelo fato de esta substância estimular o crescimento neuronal na área do hipocampo. A gente está falando da criação de novos neurônios, algo que algum tempo atrás não se falava”, diz Milton Nascimento dos Santos, do Grupo de Pesquisas Bioprospecção de Moléculas Ativas da Flora Amazônicada da Universidade Federal do Pará.
 
As propriedades neurogênicas da planta de camapu já foram testadas em laboratório e em ratos, agora os pesquisadores buscam fazer testes clínicos e também analisar a viabilidade da produção da substância em larga escala. Como a substância é muito complexa e difícil de ser sintetizada em laboratório, Silva quer testar se ela está presente em toda a planta e se é produzida o ano inteiro, ou em um período longo. “A substância pode ser uma maravilha, mas se só é produzida pela planta uma vez por ano, a produção de fitoterápicos ficaria inviável”, diz Silva.
 
Esta segunda fase da pesquisa contará com o apoio financeiro de uma farmacêutica internacional. “Não posso falar o nome da empresa porque o contrato ainda está sendo fechado”, despista.
 
Melhor que a encomenda
A descoberta dos poderes neurogênicos do camapu foi mais um caso da ciência de apontar para um alvo e acertar em outro, ainda melhor. O camapu é conhecido tradicionalmente por sua atividade anti-inflamatória e antiprotozoária. Enquanto tentavam comprovar em laboratório o poder anti-inflamatório do camapu, os pesquisadores identificaram a presença da substância com poderes de criar novos neurônios na seiva do talo do camapu. “Esta substância não é nova, mas é uma surpresa encontrá-la numa fruta tão comum aqui no Pará como é o camapu”, disse.
 
iG

Carrot Fit, o App que vai te emagrecer na marra

Foto: Reprodução
Este aplicativo pretende fazer você perder peso ao ser o seu trollador particular
 
Se você está com dificuldades para emagrecer, temos a solução: o Carrot Fit, um aplicativo que vai fazê-lo perder peso na marra.
 
Desenvolvido pela Carrot, uma produtora digital que fez sucesso com seus apps To-Do Alarm Clock, o Fit é uma espécie de trollador particular, mas com um objetivo mais nobre do que simplesmente praticar bullying com você.
 
Utilizando uma voz muito parecida com a da Siri, ele promete usar sua inteligência artificial para ajudá-lo a perder peso dando incentivos quando você estiver no caminho certo — e acabando com sua autoestima quando você não evoluir.
 
Quando o aplicativo é aberto pela primeira vez, ele tenta achar seu peso automaticamente. Sua estimativa não é muito confiável. Aí é hora de colocar seu peso verdadeiro e escolher um avatar que representará você.
 
Nas opções oferecidas, podemos colocar nossa altura e massa muscular; depois precisamos inserir o peso que desejamos alcançar.
 
Então todos os dias você coloca seu novo peso no app.
 
Dependendo do resultado, ele fará um elogio ou acabará de vez com o que restava de sua autoestima. Com essa premissa, o Carrot Fit quer ser o seu trolador particular, como já dissemos acima, tentando elevar seu ódio e fazendo de tudo para acabar com sua gordura.
 
Em um futuro próximo, o app será mais focado em fitness. A empresa implementará um treino de seis minutos e corridas de cinco quilômetros para te ajudar a chegar no seu peso ideal.
 
Se você quer um tratamento de choque para perder peso, o Fit pode te ajudar muito. Mas você não pode ser uma dessas pessoas que se ofendem facilmente, pois, como destaquei, é com insultos que ele pretende fazer você sair de sua zona de conforto.
 
Infelizmente, o Carrot Fit está somente disponível para iPhones e custa US$ 1,99.
 
El Hombre

Calor colabora com quem tem dores crônicas

Foto: Reprodução
Você sofre com dores crônicas? Se sim, sabe como é complicado manter o tratamento em períodos mais frios. As clínicas especializadas chegam a ter 40% mais atendimentos nestes dias. Entenda os motivos e faça do verão o seu aliado para amenizar o desconforto.
 
O melhor é curtir a estação e fazer do cotidiano de exercícios um momento divertido. “Para aqueles que estão no litoral, o calçadão ou mesmo a praia tornam-se cenário ideal para a prática, bem como o campo ou cidades interioranas, onde a paisagem e a tranquilidade favorecem mente e corpo”, sugere a fisioterapeuta Mariana Schamas, membro da Sociedade Brasileira de Estudo da Dor (SBED). Segundo ela, interromper a rotina durante o período de férias pode trazer impactos significativos ao tratamento.
 
Quando as temperaturas ficam abaixo de 17°C, principalmente com o céu nublado, a incidência de dor em quem tem dor crônica costuma aumentar. “O clima influencia o potencial fisiológico do exercício, pois o corpo precisa se adaptar às mudanças climáticas. É provado pela ciência que o frio provoca uma reação mais intensa dos neurônios e diminui o fluxo de sangue para algumas regiões do corpo”, explica.
 
Em pessoas com reumatismo, por exemplo, as células transmitem mais mensagens de dor a algumas partes do corpo, aumentando os sintomas. “No frio os vasos sanguíneos se fecham e a musculatura fica mais rígida, causando mais tensão e, possivelmente, mais dor”, esclarece.
 
O mais importante, segundo a especialista, é não parar com todas as atividades durante muito tempo. “A perda de massa muscular é muito mais rápida que o ganho e devemos lembrar sempre disso antes de fazer uma pausa de mais de 15 dias. É indicado adequar o exercício, diminuir e mudar, ao invés de parar por completo”, recomenda.
 
Descanse, durma, relaxe e encontre um ritmo prazeroso de alimentação, sono, passeios e exercícios.
 
“Caminhada, pedalada e alongamento são boas opções. Exercitar-se no início da manhã ou no final da tarde é o mais indicado e distrair a mente também é importante para gerenciar a dor”, reforça.
 
Apesar das vantagens, este é um período que exige cuidados. De acordo com ela, no calor, é preciso se preocupar com a dilatação dos vasos sanguíneos e com a desidratação. “É importante tomar cuidado as caminhadas na areia, pois elas exigem mais do corpo. Também é fundamental evitar solos inclinados, que podem prejudicar as articulações de membros inferiores. E não se esqueça: mesmo antes de sentir sede, beba água”, lembra.
 
Uma das doenças que mais afetam brasileiros e causam dores crônicas é a fibromialgia, que já é considerada uma síndrome. “O calor e a umidade das regiões praianas são favoráveis a fibromiálgicos porque dilatam os vasos sanguíneos e aquecem naturalmente a musculatura e articulações. Isso permite uma melhor movimentação e alivia as tensões musculares”, afirma.
 
Para quem tem fibromialgia, o exercício físico ainda é a melhor saída. “Evitar o movimento quando existe uma dor faz com que a musculatura mais próxima à região dolorosa acabe tensionada”, diz Mariana, que coordena uma caminhada gratuita chamada Pare a Dor, da SBED. O objetivo da iniciativa é orientar os pacientes e amenizar os sintomas com alongamentos e exercícios leves.
 
Universo Jatobá

Fisioterapia perineal aumenta a virilidade e combate a incontinência urinária

Getty Images
Exercícios do períneo fortalecem a região genital e
aumentam a virilidade
Fortalecimento do períneo e dos músculos que sustentam os órgãos pélvicos deixa a região genital mais irrigada, facilitando a ereção do pênis e a lubrificação da vagina
 
Ainda não muito popular, a fisioterapia uroginecológica pode auxiliar aquelas pessoas que sofrem com incontinência urinária e fecal, atuar como analgésico em dores pélvicas crônicas, como a endometriose, prolapso dos órgãos pélvicos (bexiga caída é um exemplo) e prepara o corpo para o parto, além de contribuir para uma boa recuperação após o nascimento do bebê.
 
Além destes benefícios, o exercício também deixa a região genital mais forte e irrigada e está relacionado com a vitalidade. A fisioterapia fortalece o músculo eretor do pênis. Para as mulheres, ocorre o aumento da lubrificação e da sensibilidade na vagina.
 
Conhecida por fisioterapia perineal ou fortalecimento do assoalho pélvico, o método consiste em trabalhar o conjunto de músculos que sustenta os órgãos pélvicos, como o útero, a bexiga e o intestino reto. E não é difícil reconhecer qual músculo deve ser trabalhado: é aquele que se usa para segurar o xixi.
 
Incontinência urinária – ela acomete mulheres normalmente depois da gravidez, já que o peso do bebê no útero – e não a forma do parto – cria um ambiente propício para o problema aparecer. Muitas mulheres passam a não conter mais a urina ao tossir ou ao espirrar. Esse problema – que não tem cura – pode ser atenuado com a contração pélvica aprendida na fisioterapia. Já os homens incontinentes são aqueles que tiveram a próstata retirada por conta de um tumor.
 
“Se o grau do câncer tiver sido leve, a fisioterapia consegue curar a incontinência completamente”, explica Rosana Neves, fisioterapeuta especialista em uroginecologia. “É sempre ideal que o médico indique a fisioterapia antes da cirurgia, para fortalecer o assoalho pélvico. Assim, a recuperação depois da cirurgia será mais rápida”.
 
Prolapso pélvico - o melhor remédio ainda é a prevenção. Por conta dos partos, obesidade ou o próprio envelhecimento, o músculo do assoalho pélvico se enfraquece e a fisioterapia ajuda a fortalecê-lo para que ele sustente os órgãos dessa região, antes que o enfraquecimento acarrete problemas. “Existem 4 graus de prolapso pélvico. Quando está no primeiro e no segundo grau, a fisioterapia consegue impedir que o problema piore. Já no terceiro e quarto grau, quando os órgãos estão praticamente para fora do corpo, não tem como reverter sem cirurgia”, explica Thaís Fonseca, fisioterapeuta especialista em tratamento da incontinência urinária e reabilitação do assoalho pélvico.
 
Gestação e parto - é ideal que a mulher comece a fazer a fisioterapia a partir do quarto mês de gestação, desde que liberada pelo médico, pois uma musculatura forte impede que haja incontinência urinária após o parto e também prepara para que ela tenha um parto normal com mais facilidade e sem necessidade da episiotomia, corte que amplia o canal para o bebê passar – mas que tem recuperação desconfortável.
 
Dores pélvicas crônicas – elas também podem ser aliviadas com a fisioterapia do períneo. Um exemplo é a dor causada pela endometriose. “A mulher acaba tendo uma retração da musculatura, criando pontos dolorosos no assoalho pélvico por conta da tensão”, explica Thaís. “Trabalhamos para quebrar essa postura típica de proteção contra a dor, e isso proporciona o alívio da dor”.
 
Exercícios
É possível fazer alguns exercícios para o períneo em casa, mas, segundo Rosana, as pessoas têm dificuldade em fazer o exercício correto sem uma orientação prévia, por isso não recomenda que se faça sem uma ajuda especializada. “O ideal é que se tenha uma ajuda profissional antes, para depois seguir com os exercícios em casa”, explica, salientando que, sem orientação, é provável que os problemas nunca cessem.
 
No consultório, as fisioterapeutas lançam mão também da eletroterapia, sonda que estimula o músculo a ser trabalhado e o contrai, facilitando a percepção da mulher de entender qual musculatura deve ser trabalhada. Além disso, há os exercícios de Kegel, que são exercícios de contração e relaxamento. “Trabalho com figuras, peço para as mulheres fazerem o exercício na frente do espelho para aprender que essa musculatura existe”, explica Thaís.
 
Muitos podem se perguntar se o método Pilates trabalha o períneo. Segundo Thaís, ele apenas protege o músculo de lesões. “É solicitado a contração do assoalho pélvico durante os exercícios, mas ele não trata, atua somente como uma forma de proteção”, explica. “Assim como qualquer outro exercício físico, se a pessoa não tiver consciência de que precisa contrair o períneo, ela pode prejudicá-lo”, alerta.
 
Por se tratar de músculos, é necessário fazer os exercícios de fisioterapia em casa para o resto da vida, caso contrário o músculo perde a força, como em qualquer trabalho de musculação.
 
iG

Seu filho está gordinho? Saiba como ajudá-lo a ter uma vida mais saudável

Na maioria dos casos, sobrepeso infantil é resultado de maus
 hábitos alimentares da família
Reeducação alimentar – às vezes para toda a família – e atividades físicas que vão além das aulas de esportes estão entre as atitudes mais indicadas para ajustar a saúde da criança
 
É raro mães e pais de crianças gordinhas ou obesas perceberem suas crianças dessa maneira. E, segundo os pediatras, até mesmo aceitarem tal informação dos especialistas, mesmo que ela seja baseada em dados da curva de crescimento. “É psicologicamente muito difícil um pai ou uma mãe assumir que está errando na criação do filho. No íntimo, todos sabem que o sobrepeso infantil é resultado de maus hábitos alimentares da família, e essa culpa ninguém quer ter”, afirma Fábio Cardoso, especializado em medicina preventiva.
 
Marcelo Porto, vice-presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, conta que muitos pais baseiam-se na imagem social do “gordinho feliz” para justificar o filho fora dos padrões saudáveis. “As famílias tapam o sol com a peneira, cria-se uma barreira. Estamos falando do jovem com mais risco de enfartar cedo, de ter diabetes. Negar que a criança precisa de ajuda multidisciplinar e não cuidar disso na hora certa compromete todo o futuro desse indivíduo”, alerta.
 
Para Cylmara Gargalak, gastroenterologista pediatra da unidade Anália Franco do Hospital São Luiz, essa percepção da família também é afetada pela grande quantidade de pessoas com sobrepeso nas grandes cidades. “As mães comparam seus filhos a outras crianças e acham que eles estão ‘fortes’. Não percebem que eles não estão saudáveis”, lamenta.
 
Parâmetros, causas e consequências
A diferença entre sobrepeso e obesidade é que, enquanto o primeiro indica que a criança está alguns quilos acima do recomendável para sua altura e idade, a segunda é o excesso de gordura espalhado por todo o corpo. É nas consultas regulares da criança ao consultório que o pediatra consegue diagnosticar um desses problemas.
 
“A pediatria é uma das poucas especialidades médicas em que é possível prevenir doenças. Na puericultura analisamos o posicionamento da criança na curvatura de crescimento. Se o peso está percentis acima do esperado para a altura, podemos diagnosticar algo precocemente. E quanto mais cedo, mais fácil resolver”, diz Cardoso. Porto complementa: “É primordial brecar uma obesidade em formação, não deixar o problema avançar. Buscar ajuda multidisciplinar, com nutricionista, endocrinologista e psicólogo, se for o caso. Algumas crianças ficam muito abaladas por serem gordas e se fecham sentimentalmente, dificultando o tratamento”.
 
A obesidade infantil pode começar na gestação. “A grávida que come muito açúcar, gordura e sais pode causar alterações na superfície dos genes do feto que criam nele uma predisposição a obesidade, hipertensão, diabetes, alto colesterol e doença cardíaca”, enumera Cylmara. “Muitas alegam que comem errado por causa dos hormônios, por não conseguirem se controlar”, conta Porto.
 
Mas isso representa um corte bem pequeno do universo das crianças mais pesadas do que deveriam: de acordo com Cardoso, apenas 7% têm razões genéticas para a obesidade. “Nos outros 93% dos casos”, ele revela, “são os fatores externos que tornam as crianças obesas”.
 
Isso envolve principalmente questões de hábitos familiares. “Via de regra, a criança obesa tem pelo menos um dos pais obeso. O problema quase sempre está na má alimentação feita em casa”, afirma Porto. “Aí entram os lanches escolares mal compostos, com salgadinhos e refrigerante em vez de um lanche saudável e suco feitos em casa, a ‘junk food’ que substitui uma refeição, os doces em excesso.
 
Alguns pais querem disfarçar, falam que acham que o filho tem o metabolismo ‘diferente’, mas não é verdade. A criança fica obesa porque come muito e come errado”.
 
A pior consequência desse cenário será vista quando esse pequeno indivíduo chegar à vida adulta, como explica Cylmara: “Se nada for feito, a criança obesa será uma jovem obesa e uma adulta obesa, mais propensa a desenvolver doenças cardíacas, hipertensão, diabetes, a ter colesterol alto. A qualidade de vida dela será completamente comprometida por causa do peso excessivo que não foi contido no momento adequado”.
 
O exemplo de uma alimentação saudável e balanceada
deve partir dos pais
Como os pais podem ajudar a criança
Quanto antes alguma atitude for tomada para reverter o quadro de sobrepeso ou de obesidade da criança, melhor. Se seu filho está gordinho e você quer ajudá-lo a ter uma rotina mais saudável para que ele conquiste qualidade de vida e boa saúde no presente e no futuro, pode seguir as 12 dicas dos profissionais consultados nesta matéria.
 
1. Não rotule a criança em casa
A última coisa de que seu filho precisa é ser lembrado o tempo todo que está acima do peso. Isso afeta a autoestima e pode deixá-lo retraído, fazendo com que ele se isole e prejudique o tratamento. Evite apelidos pejorativos e mesmo “carinhosos” relacionados ao peso dele e peça às outras pessoas da família para fazerem o mesmo.
 
2. Evite as dietas radicais
A perda de peso deve ser lenta e gradual, resultado de uma reeducação alimentar. “Dietas radicais não são boas nem para adultos nem para crianças. O mais importante é não ganhar peso como vinha ganhando antes, o resto é consequência dos hábitos saudáveis que devem ser adotados”, diz o pediatra Marcelo Porto.
 
3. Dê o exemplo de boa alimentação
Não adianta querer que o filho gordinho tenha uma alimentação balanceada e saudável, com frutas, legumes, verduras, proteínas e carboidratos acompanhados por sucos naturais, se os pais comem massas, doces e refrigerantes o tempo todo. A criança imita tudo que os adultos da casa (normalmente seus primeiros ídolos) fazem. Logo, se ela os vir comendo bem, vai querer comer bem também. Baseie as refeições em ingredientes saudáveis e, se for necessário, faça toda a família passar por uma reeducação alimentar.
 
4. Convide a criança para participar do preparo dos alimentos
“Entender o que vai ao prato estimula a alimentação saudável”, argumenta Fábio Cardoso. Assim, quando for preparar uma salada, por exemplo, chame seu filho para ajudar. Enquanto ingredientes como legumes e verduras são lavados, cortados e temperados, explique que propriedades aqueles alimentos têm, por que eles são bons para a saúde. “O conhecimento o incentivará a querer sempre mais refeições saudáveis”, diz o médico.
 
5. Estabeleça uma rotina de refeições
A criança precisa entender que há momentos certos para se alimentar, e que “beliscar” entre as refeições não trará benefício nenhum – pelo contrário, prejudicará seu emagrecimento. O ideal é que ela tenha café da manhã, lanche matinal, almoço, lanche vespertino e jantar, alimentando-se de três em três horas. “Se ela estuda à tarde e chega com fome da escola, impeça um novo lanche vespertino. Dê-lhe uma fruta, para ela se nutrir e aplacar a sensação de estômago vazio”, sugere a gastroenterologista pediatra Cylmara Gargalak.
 
6. Não permita que a criança coma em frente à TV ou usando aparelhos eletrônicos
É importante que seu filho preste atenção ao que está comendo, para reforçar o que aprende sobre a alimentação saudável. A consciência a cada colherada ou garfada é essencial para ele querer sempre se alimentar bem.
 
7. Restrinja a ingestão de líquidos durante as refeições
Cylmara recomenda que água ou sucos sejam dados até 15 minutos antes da refeição ou uma hora e meia depois da última mordida, pois os líquidos dificultam e retardam a digestão. Se seu filho já tiver esse hábito muito enraizado, tire-o aos poucos: em vez de um gole por garfada, combine um a cada dois, depois a cada três e assim por diante, até o acompanhamento de um líquido ser desnecessário.
 
8. Não insista para que a criança “limpe o prato”
Se a criança não quer mais o que está no prato, é porque está satisfeita. E, assim sendo, não precisa mais comer. Mães que fazem questão que os filhos comam até o último grão de arroz do prato, mesmo contra a vontade infantil, prejudicam na criação de uma boa relação entre a criança e a comida.
 
9. Encontre um esporte em que seu filho se sinta bem
Assim, ele se sentirá estimulado a continuar a prática esportiva. “Se houver frustração, o risco de desistência é muito grande”, justifica Porto. Apresente diversas modalidades à criança e deixe que ela teste cada uma por um tempo, se for o caso.
 
10. Incentive as atividades físicas cotidianas
Exercitar o corpo não está restrito à prática de esportes. Para que seu filho deixe de ser sedentário, dê-lhe a tarefa de arrumar a cama todos os dias, convide-o para ajudar a organizar os livros em uma estante e peça que ele guarde a louça seca nos armários. Além disso, deixe o carro na garagem quando o destino for próximo. Ser ativo é uma questão de hábitos.
 
11. Menos tempo usando aparelhos eletrônicos
Videogame, computador, smartphone, tablet e equipamentos semelhantes estimulam o sedentarismo e o ganho de peso, já que exigem movimentação mínima dos usuários. Cardoso recomenda que, se for inevitável, tais aparelhos sejam usados no máximo duas horas por dia.
 
12. Garanta o bom sono de seu filho
Estudos indicam que atualmente as crianças dormem uma hora e meia menos do que uma década atrás. Isso é preocupante, segundo Cardoso, porque “três dos oito picos do hormônio do crescimento devem acontecer durante o sono. Se a criança dorme menos, fica defasada”. Ele ressalta, ainda, que são gastas mais calorias dormindo do que ficando sentado diante da TV. O melhor horário para a criança ir para a cama, de acordo com os especialistas, é entre 20h e 21h. Crie esse hábito na sua casa.
 
Delas

Milhares de pessoas marcham contra projeto de lei para limitar aborto na Espanha

Foto: Andrea Comas/Reuters
Milhares marcham em Madri contra plano para limitar aborto
Governo espanhol quer permitir aborto apenas em casos de estupro ou perigo grave para saúde da mãe
 
Milhares de pessoas marcharam na capital da Espanha, neste sábado (1º),  para protestar contra um plano do governo de limitar o aborto. O projeto de lei tem causado divisões no partido conservador governista, o Partido Popular.
 
Manifestantes de todo o país se juntaram contra um projeto de lei para restringir o aborto a casos de estupro ou perigo grave para a saúde da mãe.
 
Há quatro anos, a Espanha se alinhou com a maior parte do resto da Europa, quando o então governo socialista legalizou o aborto nas primeiras 14 semanas de gravidez.
 
"Este é um passo para trás. Vamos voltar 30 anos", disse Pilar Abad, 58 anos, entre os manifestantes que marcharam da principal estação de trem até o parlamento nacional.
 
"Nós realmente esperamos que eles mudem essa lei durante o debate parlamentar, é por isso que estamos aqui", disse ela.
 
O gabinete do primeiro-ministro Mariano Rajoy aprovou o projeto de lei sobre o aborto em dezembro - em um movimento visto como tentativa de apaziguar a direita descontente do seu partido -, mas o projeto ainda não foi enviado ao Parlamento para debate.
 
Reuters