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domingo, 2 de fevereiro de 2014

Fisioterapia perineal aumenta a virilidade e combate a incontinência urinária

Getty Images
Exercícios do períneo fortalecem a região genital e
aumentam a virilidade
Fortalecimento do períneo e dos músculos que sustentam os órgãos pélvicos deixa a região genital mais irrigada, facilitando a ereção do pênis e a lubrificação da vagina
 
Ainda não muito popular, a fisioterapia uroginecológica pode auxiliar aquelas pessoas que sofrem com incontinência urinária e fecal, atuar como analgésico em dores pélvicas crônicas, como a endometriose, prolapso dos órgãos pélvicos (bexiga caída é um exemplo) e prepara o corpo para o parto, além de contribuir para uma boa recuperação após o nascimento do bebê.
 
Além destes benefícios, o exercício também deixa a região genital mais forte e irrigada e está relacionado com a vitalidade. A fisioterapia fortalece o músculo eretor do pênis. Para as mulheres, ocorre o aumento da lubrificação e da sensibilidade na vagina.
 
Conhecida por fisioterapia perineal ou fortalecimento do assoalho pélvico, o método consiste em trabalhar o conjunto de músculos que sustenta os órgãos pélvicos, como o útero, a bexiga e o intestino reto. E não é difícil reconhecer qual músculo deve ser trabalhado: é aquele que se usa para segurar o xixi.
 
Incontinência urinária – ela acomete mulheres normalmente depois da gravidez, já que o peso do bebê no útero – e não a forma do parto – cria um ambiente propício para o problema aparecer. Muitas mulheres passam a não conter mais a urina ao tossir ou ao espirrar. Esse problema – que não tem cura – pode ser atenuado com a contração pélvica aprendida na fisioterapia. Já os homens incontinentes são aqueles que tiveram a próstata retirada por conta de um tumor.
 
“Se o grau do câncer tiver sido leve, a fisioterapia consegue curar a incontinência completamente”, explica Rosana Neves, fisioterapeuta especialista em uroginecologia. “É sempre ideal que o médico indique a fisioterapia antes da cirurgia, para fortalecer o assoalho pélvico. Assim, a recuperação depois da cirurgia será mais rápida”.
 
Prolapso pélvico - o melhor remédio ainda é a prevenção. Por conta dos partos, obesidade ou o próprio envelhecimento, o músculo do assoalho pélvico se enfraquece e a fisioterapia ajuda a fortalecê-lo para que ele sustente os órgãos dessa região, antes que o enfraquecimento acarrete problemas. “Existem 4 graus de prolapso pélvico. Quando está no primeiro e no segundo grau, a fisioterapia consegue impedir que o problema piore. Já no terceiro e quarto grau, quando os órgãos estão praticamente para fora do corpo, não tem como reverter sem cirurgia”, explica Thaís Fonseca, fisioterapeuta especialista em tratamento da incontinência urinária e reabilitação do assoalho pélvico.
 
Gestação e parto - é ideal que a mulher comece a fazer a fisioterapia a partir do quarto mês de gestação, desde que liberada pelo médico, pois uma musculatura forte impede que haja incontinência urinária após o parto e também prepara para que ela tenha um parto normal com mais facilidade e sem necessidade da episiotomia, corte que amplia o canal para o bebê passar – mas que tem recuperação desconfortável.
 
Dores pélvicas crônicas – elas também podem ser aliviadas com a fisioterapia do períneo. Um exemplo é a dor causada pela endometriose. “A mulher acaba tendo uma retração da musculatura, criando pontos dolorosos no assoalho pélvico por conta da tensão”, explica Thaís. “Trabalhamos para quebrar essa postura típica de proteção contra a dor, e isso proporciona o alívio da dor”.
 
Exercícios
É possível fazer alguns exercícios para o períneo em casa, mas, segundo Rosana, as pessoas têm dificuldade em fazer o exercício correto sem uma orientação prévia, por isso não recomenda que se faça sem uma ajuda especializada. “O ideal é que se tenha uma ajuda profissional antes, para depois seguir com os exercícios em casa”, explica, salientando que, sem orientação, é provável que os problemas nunca cessem.
 
No consultório, as fisioterapeutas lançam mão também da eletroterapia, sonda que estimula o músculo a ser trabalhado e o contrai, facilitando a percepção da mulher de entender qual musculatura deve ser trabalhada. Além disso, há os exercícios de Kegel, que são exercícios de contração e relaxamento. “Trabalho com figuras, peço para as mulheres fazerem o exercício na frente do espelho para aprender que essa musculatura existe”, explica Thaís.
 
Muitos podem se perguntar se o método Pilates trabalha o períneo. Segundo Thaís, ele apenas protege o músculo de lesões. “É solicitado a contração do assoalho pélvico durante os exercícios, mas ele não trata, atua somente como uma forma de proteção”, explica. “Assim como qualquer outro exercício físico, se a pessoa não tiver consciência de que precisa contrair o períneo, ela pode prejudicá-lo”, alerta.
 
Por se tratar de músculos, é necessário fazer os exercícios de fisioterapia em casa para o resto da vida, caso contrário o músculo perde a força, como em qualquer trabalho de musculação.
 
iG

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