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domingo, 20 de julho de 2014

Injeção de gene no músculo cardíaco pode substituir marcapasso

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Esta é a primeira vez que uma célula cardíaca é reprogramada em um animal vivo para curar uma doença

Washington - Um estudo feito com animais demonstrou que introduzir um determinado tipo de gene no músculo cardíaco poderia ajudar um coração debilitado a bater mais forte, anunciaram cientistas nesta quarta-feira.

Os especialistas avaliaram que, se for demonstrado que é seguro e eficaz em humanos, o procedimento poderia substituir no futuro os marcapassos eletrônicos, embora tenham acrescentando que esta ainda é uma possibilidade distante.

"Estes avanços pressagiam uma nova era de tratamentos genéticos, nos quais os genes não são usados unicamente para corrigir uma enfermidade, mas para transformar um tipo de célula em outro para tratar a doença", explicou Eduardo Marban, diretor do Cedars-Sinai Heart Institute, que chefiou a pesquisa.

Esta é a primeira vez que uma célula cardíaca é reprogramada em um animal vivo para curar uma doença, reforçou Marban.

A terapia genética é considerada há muito tempo um campo promissor, porém arriscado, particularmente depois que as primeiras tentativas para usá-la em pessoas nos anos 1990 demonstraram que poderia ser perigosa e, inclusive, fatal.

Segundo Marban, o uso de um vírus brando como vetor de introdução do gene reduziria as preocupações que costumam vir à tona com relação à terapia genética, como o risco de uma reação imunológica letal ou a possibilidade de que o procedimento possa levar à formação de um tumor, mas o cientista admitiu que é necessário fazer mais pesquisas.

O estudo, publicado na revista Science Translation Medicine, dá detalhes de um tratamento que consiste, entre outras coisas, em introduzir um gene conhecido como TBX18 em uma área do tamanho de um grão de pimenta nas câmaras de bombeamento do coração.

O gene transforma algumas das células normais do coração em células de outro tipo, chamadas células sinoatriais, que assumem a função de bombear o coração.

"Basicamente, criamos um novo nó sinoatrial na parte do coração que originalmente propaga o impulso, mas não o origina", explicou a jornalistas em uma teleconferência para discutir a pesquisa.

"O nó recém-criado assume, então, a função de um marcapasso", acrescentou.

A abordagem, minimamente invasiva, foi testada em porcos que sofriam de uma condição conhecida como bloqueio cardíaco completo, um problema grave que afeta o sistema elétrico do coração e provoca batidas irregulares.

O gene foi introduzido através de um cateter e não foi necessária cirurgia de peito aberto. No dia seguinte, os porcos nos quais o gene foi introduzido apresentaram batidas cardíacas significativamente mais rápidas do que aqueles que não foram submetidos ao tratamento.

A técnica funcionou em animais nas duas semanas que o estudo durou. A equipe de cientistas prossegue seus trabalhos para ver quanto poderia durar o efeito do tratamento.

Os indivíduos que poderiam se beneficiar inicialmente do novo tratamento incluem os 2% de pacientes com marcapassos que desenvolvem infecções ou fetos portadores de bloqueio cardíaco congênito, que afeta um em cada 22.000 e causa uma batida cardíaca irregular no útero.

Já que é impossível implantar marcapassos em fetos, há muito pouco que se possa fazer para tratar o bloqueio cardíaco congênito, que costuma fazer com que o bebê nasça morto.

A abordagem desenvolvida por Marban e seus colegas ainda está a dois ou três anos da realização de testes em humanos, afirmou.

"Ela ao menos aponta para o potencial de um tratamento curativo de dose única sem a necessidade de se seguir com intervenções, procedimentos repetidos ou dependência de um dispositivo artificial implantado no corpo", afirmou Marban.


Correio Braziliense 

Vitamina B3, usada para reduzir colesterol, traz risco de morte

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Foto: Reprodução - Vitamina B3, usada para reduzir colesterol, traz risco de morte
As pesquisas foram feitas em Grã-Bretanha, China e Escandinávia

Washington - A niacina, conhecida como vitamina B3, usada para reduzir o risco de infarto ou acidente vascular cerebral (AVC) em pessoas com colesterol alto, também traz risco de morte, revelou um amplo estudo internacional divulgado nesta quarta-feira.

Por este motivo, a maioria das pessoas deveria parar de usar este suplemento popular, destacou em editorial a revista New England Journal of Medicine, que publicou simultaneamente os resultados da prova.

A niacina ganhou popularidade nos últimos 50 anos e é usada principalmente para elevar o nível de colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade), também conhecido como colesterol bom.

No entanto, um estudo feito durante quatro anos com pessoas entre os 50 e os 80 anos, com colesterol elevado, revelou não haver benefícios que se traduzissem em uma redução da taxa de infartos ou AVCs.

Foram estudadas 25.673 pessoas, todas já tinham tomado estatinas para reduzir o colesterol. Além disso, algumas tomavam niacina e laropiprant (um medicamento que reduz a vermelhidão do rosto causado pelas altas doses de niacina). Outras tomaram um placebo.

As pesquisas foram feitas em Grã-Bretanha, China e Escandinávia.

A niacina "se associou a uma tendência crescente de morte", informou o estudo, segundo o qual o composto também se associa a "um aumento significativo de efeitos colaterais graves: problemas hepáticos, excesso de infecções, sangramento excessivo, gota, perda de controle (das taxas) de açúcar no sangue, no caso dos diabéticos, e desenvolvimento de diabetes naqueles que não padeciam dela quando começou o estudo".

Donald Lloyd-Jones, diretor de medicina preventiva da escola de medicina da Universidade Northwestern Feinberg e do hospital Northwestern Memorial, disse que os usuários de niacina correm um risco 9% maior de morrer, um percentual que os cientistas consideraram estatisticamente significativo, ou seja, os benefícios ficam em segundo plano.

"Poderia ocorrer uma morte a cada 200 pessoas que tomam niacina", disse Lloyd-Jones, que escreveu o editorial da revista. "Com um sinal como este, é claro que (a niacina) é uma terapia inaceitável para a ampla maioria dos pacientes".

Outro estudo sobre a niacina, feito com mais de 3.400 pacientes, revelou que ela aumentava o risco de infecção e daria certa proteção a problemas cardiovasculares, reportou o New England Journal of Medicine.

"Deve-se considerar que a niacina tem uma toxicidade inaceitável para a maioria dos pacientes e que não deve ser usada rotineiramente", escreveu Lloyd-Jones.

Ao contrário, os tratamentos com estatinas deveriam continuar sendo - como são atualmente - o principal recurso para ajudar a reduzir o colesterol ruim, enquanto a niacina só deveria ser prescrita para pacientes com alto risco que não conseguem tolerar as estatinas, acrescentou.

Correio Braziliense

Nanopartículas injetável controla diabetes por 10 dias

www.gestaodelogisticahospitalar.blogspot.comPessoas que sofrem de diabetes tipo 1, não apenas lidam com o problema de auto aplicar-se insulina várias vezes por dia, como também precisam ter certeza da dosagem a fim de evitar os riscos potenciais à saúde

Felizmente, uma nova solução pode estar chegando na forma de nanopartículas que podem detectar quando os níveis de açúcar no sangue sobem, e depois liberando insulina em conformidade a fim de regular a glicemia.

As nano partículas injetáveis ​​contém um núcleo sólido de insulina protegidos por uma camada externa de dextrano modificado (frequentemente utilizado para reduzir a espessura do sangue).

Quando exposta a níveis elevados de glicose as enzimas dentro da nano rede convertem a glicose em ácido glucônico, o qual, por sua vez, divide o dextrano, e este finalmente solta a insulina para a corrente sanguínea.

Todas as partículas dentro da mistura, são positivamente e negativamente eletricamente carregadas, o que significa que são atraídas entre si – isto é como a nano rede é formada como um conjunto no interior do corpo.

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Nano partículas de Insulina

A tecnologia, que foi desenvolvida por pesquisadores da NC State, UNC Chapel Hill, MIT e do Hospital Infantil de Boston, tem sido bem sucedida em testes realizados em animais e está em pauta para estudos clínicos com humanos.

Dispositivo feito com nanopartículas de ouro detecta diabetes em minutos

www.gestaodelogisticahospitalar.comPacientes não precisarão mais esperar o resultado do exame durante dias

Um microchip feito com nanopartículas de ouro pode facilitar o diagnóstico de pacientes com diabetes tipo 1. A tecnologia foi desenvolvida na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e reduz o tempo de confirmação da doença de alguns dias para apenas poucos minutos. 

O dispositivo, descrito na última edição da revista Nature Medicine, é simples o suficiente para ser usado fora de um hospital ou de um laboratório, e em grandes grupos de pessoas simultaneamente. Os criadores do chip já procuram a aprovação da FDA, a agência norte-americana que regula remédios e alimentos.

O sistema é preparado para detectar os autoanticorpos, proteínas produzidas pelo organismo que sofre da variação autoimune da doença. São eles que atacam as células beta pancreáticas, produtoras da insulina, causando o diabetes tipo 1. 

O teste atual encontra esses anticorpos usando materiais radioativos para detectar a luminescência deles, sendo que o resultado pode durar até três dias. Mas o chip criado pelos norte-americanos usa uma tecnologia plasmônica para tornar esse processo mais rápido e sensível.

O dispositivo é capaz de sinalizar a presença dos biomarcadores típicos do diabetes com 2 microlitros de sangue (uma única gota tem 35 microlitros), permitindo que o teste seja feito com uma simples picada de agulha na ponta do dedo. 

O segredo do método está nas nanopartículas de ouro depositadas sobre a placa de vidro. Elas intensificam o sinal fluorescente que indica a reação entre um conjunto selecionado de antígenos e seus respectivos anticorpos. 

Correio Braziliense

Organização Mundial da Saúde lutará contra a obesidade infantil

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Entre 1990 e 2012, o número de crianças afetadas passou de 31 milhões para 44 milhões; a obesidade infantil, que poderá afetar 75 milhões de crianças em 2025

Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) lutará contra a obesidade infantil, que poderá afetar 75 milhões de crianças em 2025, através de uma nova comissão reunida pela primeira vez esta semana em Genebra. 

"A obesidade infantil é um dos maiores problemas de saúde no mundo", visto que as crianças obesas de hoje podem desenvolver doenças graves como diabetes ou câncer, informou nesta sexta-feira o neozelandês Peter David Gluckman, copresidente da Comissão para o Fim da Obesidade Infantil, instalada em junho pela OMS.

 Entre 1990 e 2012, o número de crianças afetadas passou de 31 milhões para 44 milhões, segundo as últimas cifras publicadas de 2012.

Na região da África da OMS, que compreende também os países árabes, o número de crianças obesas disparou de quatro para dez milhões.

"Se a tendência se mantiver", até 2025 haverá "75 milhões" de afetados no mundo, segundo documento da OMS.

Para a médica paquistanesa Sania Nishtar, copresidente da Comissão, duas das principais razões do fenômeno são a "síndrome do monitor", ou seja, as longas horas que as crianças ficam na frente de monitores de TV e computador, bem como a subnutrição.

Segundo a OMS, não há consenso atualmente no mundo sobre como evitar a obesidade infantil e a Comissão recém-criada tem como objetivo determinar as melhores práticas.

A missão apresentará um relatório final, cujas conclusões serão apresentadas na Assembleia Mundial da Saúde, que se reúne uma vez por ano em Genebra.

A Comissão é integrada por 15 membros, entre eles Jacques Rogge, ex-presidente do COI, Nana Oye Lithur, ministra para as Mulheres, Crianças e da Proteção Social em Gana e Paula Radcliffe, campeã mundial de maratona feminina e mãe de família.

Correio Braziliense

Álcool e energético potencializa a vontade de continuar a beber

www.gestaodelogisticahospitalar.blogspot.com O descontrole pode resultar em complicações cardíacas e hepáticas

Uma combinação cada vez mais comum em festas e bares, a junção de energéticos e bebidas alcoólicas pode prolongar perigosamente a diversão, colocando em risco a saúde dos baladeiros. 

Segundo um experimento conduzido por pesquisadores da Austrália, a mistura aumenta a vontade de dar continuidade à bebedeira. 

Eles acreditam que esse efeito pode ser resultado da ação de substâncias presentes na composição do drinque e alertam que os resultados da pesquisa já servem de base para a discussão de possíveis mudanças na venda desses estimulantes.

A suspeita de que energéticos misturados ao álcool aumentam o desejo pela bebida ronda o meio científico há tempos, segundo Rebecca McKetin, uma das autoras do estudo e pesquisadora da Universidade Nacional Australiana de Pesquisa sobre Envelhecimento, Saúde e Bem-estar. 

“A cafeína presente nessas bebidas aumenta os efeitos estimulantes da intoxicação alcoólica. Chamamos isso de beber em binge, que é o surgimento da vontade de continuar a beber logo depois da primeira dose”, explica.

O estudo foi publicado na revista americana Alcoholism Clinical & Experimental Research. 

“Um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos encontrou efeito semelhante, mas as pessoas estavam céticas em relação aos resultados. Por isso, a nossa replicação desse dado é importante”, destaca McKetin.

Correio Braziliense

Estudo destaca avanços no tratamento conjunto da hepatite C e do HIV

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Foto: Reprodução
Pesquisa registra resultados positivos ao uso do medicamento sofosbuvir
Pesquisa registra resultados positivos ao uso do medicamento sofosbuvir

Washington - Um novo medicamento para a hepatite C mostrou os primeiros resultados positivos em pacientes infectados, tanto por esta doença quanto pelo HIV, que habitualmente são difíceis de tratar, segundo um estudo publicado neste sábado (19/7).

Os pacientes tomaram sofosbuvir, um medicamento aprovado para o mercado americano em 2013 e que causou controvérsia devido ao alto preço (cerca de 1.000 dólares por unidade) junto com outro já conhecido, a ribavirina.

O estudo, publicado no Journal of the American Medical Association, foi feito com 220 pessoas durante 12 a 24 semanas.

A maioria dos pacientes (entre 67% e 94%, dependendo do tipo de hepatite C que tiveram e se foram assistidos antes) viu a doença desaparecer e não retornar nas 12 semanas seguintes ao fim do tratamento. Além deste período, as reações são desconhecidas.

Tratar em conjunto a hepatite C e o HIV é difícil porque os pacientes precisam tomar o medicamento interferon no caso da primeira e este tem uma interação péssima com os antirretrovirais.

Sete dos 223 pacientes deste estudo o abandonaram por sintomas adversos, como fadiga, insônia, dor de cabeça e náuseas.

Em artigo vinculado ao estudo, Michael Saag, da Escola de Medicina da Universidade do Alabama (sudeste), disse que a combinação de medicamentos é um "grande salto à frente", mas que seu custo é alto demais para um uso em larga escala: "Um tratamento médio de 12 semanas custa 94.500 dólares e um de 24, 189.000".

"Com sorte, a concorrência entre os novos produtos que chegarem ao mercado nos próximos 18 meses resultará em um preço mais baixo para os medicamentos", acrescentou.

Correio Braziliense

Senado aprova projeto que obriga a presença de farmacêuticos em drogarias

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Getty Images  -
Caberá ao profissional notificar os efeitos colaterais, as reações adversas, 
as intoxicações e a dependência de medicamentos
Estabelecimentos passarão à condição de  prestadoras de serviços de assistência à saúde

O Senado aprovou projeto que torna obrigatória a presença de um farmacêutico em drogarias, durante todo o horário de funcionamento. O presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter Jorge João, explica que, após a sanção da lei, as farmácias deixarão de ser apenas estabelecimentos comerciais e passarão à condição de  prestadoras de serviços de assistência à saúde.

Medir pressão, glicemia, aplicar soro e vacinas estão entre os exemplos de serviços que o Projeto de Lei do Senado 41/1993, aprovado no dia 16, permite que sejam prestados nas farmácias. Walter Jorge explica que a legislação vigente não proíbe que os farmacêuticos prestem os serviços, porém, a vigilância sanitária impede a execução.

“Vamos poder verificar e controlar a pressão arterial, orientar a manutenção da pressão ou encaminhar ao posto de saúde, caso haja necessidade. Poderemos também recomendar remédios que não precisam de prescrição médica, entre outros serviços”, exemplificou o presidente.

Outra função que caberá ao profissional é notificar os profissionais de saúde, órgãos sanitários e o laboratório industrial os efeitos colaterais, as reações adversas, as intoxicações e a dependência de medicamentos.

Além da presença do farmacêutico, as drogarias de qualquer natureza deverão ter instalações adequadas sob o aspecto sanitário, dispor de equipamentos necessários à conservação de imunobiológicos, como vacinas, e outros equipamentos exigidos pela vigilância sanitária.

O projeto, que estava há 20 anos no Congresso Nacional, altera a Lei do Controle Sanitário do Comércio de Drogas e Medicamentos (Lei 5.991/1973), que atualmente exige a presença de "técnico responsável inscrito no Conselho Regional de Farmácia", o que permitiu a interpretação de que esses técnicos podem ser profissionais de nível médio. Além disso, admite a substituição por "prático de farmácia" ou "oficial de farmácia", em localidades onde falte o profissional farmacêutico.

Agência Brasil / R7

Venezuela registra casos de transmissão interna de febre chikungunya

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Nos últimos oito dias foram registrados 12 novos casos, e só um deles não foi detectado em Caracas

O Ministério da Saúde da Venezuela informou neste sábado que subiu para 57 o número de casos da febre chikungunya em todo o país, sendo sete de pessoas infectadas sem ter viajado ao exterior. O diretor-geral de Saúde Ambiental do Ministério da Saúde, Jesús Toro, disse que nos últimos oito dias foram registrados 12 novos casos, e só um deles não foi detectado em Caracas, capital do país.

Os setes casos de transmissão local estão entre estes mais recentes. Os demais, assim como todos demais registrados até hoje são de pessoas que viajaram ao Caribe. Com isso, foi intensificado o trabalho de eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da febra chikungunya.

A fêmea da espécie ainda é transmissora do vírus da dengue. A Organização Pan-americana da Saúde (OPS) registrava na semana passada 302.081 casos suspeitos do vírus chicungunha no continente, sendo 193.395 na República Dominicana, onde o primeiro caso foi identificado, em fevereiro passado. 

R7

Hospitais podem ser obrigados a exibir tabela com preço de serviços

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Divulgação/Agência Brasília
Quem não atender à exigência cometerá infração sanitária e poderá também 
receber sanções do Código de Defesa do Consumidor
Projeto, que ainda será avaliado pelos senadores, quer facilitar acesso à informação

Estabelecimentos de saúde, como hospitais, clínicas e consultórios, podem ser obrigados a exibir tabela de preços dos serviços prestados aos usuários. A exigência está no Projeto de Lei do Senado (PLS) 92/2014, do senador Jayme Campos (DEM-MT). O texto tramita na Comissão de Assuntos Sociais.

Segundo o projeto, a tabela deve contemplar os preços de consultas com médicos e outros profissionais, além de exames, custos administrativos e preços de todos os outros serviços oferecidos.

A tabela precisa exibir os preços de forma clara e em local de fácil acesso. Os estabelecimentos que não atenderem à exigência cometerão infração sanitária e poderão também receber sanções previstas no Código de Defesa do Consumidor.

Segundo o autor do projeto, os brasileiros encontram dificuldades de toda ordem, seja na rede pública, seja no setor privado. Aqueles que não têm plano de saúde e recorrem ao atendimento na rede privada são surpreendidos com “contas absurdamente caras” após internações ou atendimento.

Para ele, a exibição da lista é fundamental para que os usuários tenham fácil acesso aos preços dos procedimentos.

— Trata-se de medida simples, mas necessária. Milhões de brasileiros serão beneficiados, seja para ter elementos para decidir pela utilização ou não de tais serviços, seja para efetivamente controlar os custos e preços praticados.

R7

SP ainda está apurando erro em diagnóstico de dengue

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Arquivo: Agência Brasil -  AMA do Jaguaré pode ter errado no diagnóstico
Caso de menino de 6 anos aconteceu há mais de 3 meses

Mais de três meses após a primeira morte por dengue em são Paulo ter sido confirmada, a investigação sobre um suposto erro no atendimento da vítima ainda não foi finalizada pela Secretaria Municipal da Saúde.

Ao apresentar os primeiros sintomas da doença, no dia 25 de março, o menino Israel Barbosa, de 6 anos, foi levado pela mãe para a AMA (Assistência Médica Ambulatorial) Jaguaré, bairro da zona oeste onde morava. Com febre alta, vômito e dor de cabeça, recebeu o diagnóstico de virose, foi medicado contra febre e a família foi orientada a manter a criança em repouso.

Três dias depois, os sintomas voltaram a aparecer e a mãe de Israel retornou com ele à unidade. Apesar de ser atendido por outro médico, o menino recebeu o mesmo diagnóstico e as mesmas orientações.

No dia 31 daquele mês, quando a criança teve nova piora, a mãe do garoto decidiu levá-lo para o pronto-socorro da Lapa, também na zona oeste. Um dia depois, já com hemorragia, o garoto foi transferido para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Universitário, onde morreu no dia seguinte.

Após o caso ser divulgado, a Secretaria Municipal da Saúde abriu uma investigação interna para checar o atendimento prestado ao garoto na AMA Jaguaré. Consultada nesta quinta-feira (17) a pasta informou que os resultados da apuração deverão ser apresentados até o fim deste mês.

R7

Médicos e pais se revoltam com restrição ao uso de ritalina por crianças em São Paulo

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Thinkstock - Transtorno de atenção atinge 5% da população infantil
Portaria da Prefeitura de SP exige avaliação de equipe multidisciplinar antes de prescrição 

A restrição ao uso de ritalina (nome comercial do metilfenidato) para tratar TDAH (Déficit de Atenção e Hiperatividade) em crianças na rede pública de São Paulo fomentou uma grande discussão entre a classe médica. A portaria 986/2014 publicada em junho pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo exige uma avaliação mais ampla do caso de pacientes antes de se optar pelo tratamento medicamentoso.

A ritalina é usada para aumentar a atenção, concentração e foco dos portadores da doença que têm dificuldades para iniciar tarefas, problemas com organização, planejamento ou mesmo memória a curto prazo.

Segundo a norma, "o tratamento medicamentoso deve ser considerado somente depois do levantamento detalhado da história da criança ou jovem e avaliação por equipe multidisciplinar em Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) Infantil ou serviços com vínculo com o SUS, combinado com intervenções terapêuticas de natureza psicossocial e de educação”.

Para os especialistas ouvidos , a medida é considerada injusta e prejudica a população mais carente. O presidente da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), Antônio Geraldo da Silva, critica a necessidade de submeter o paciente a uma equipe multidisciplinar, invalidando a decisão médica.

— Isso é um patrulhamento do nosso trabalho. É censura à prescrição e um processo ideológico. Se há excesso no uso de ritalina não é problema médico, mas policial e de vigilância sanitária.

Como profissional e mãe de uma jovem com o transtorno de atenção, a psicóloga e psicoterapeuta Iane Kestelman, presidente da ABDA (Associação Brasileira de Déficit de Atenção), concorda que a prescrição deve ser médica, mas o tratamento multidisciplinar.

— O diagnóstico e a prescrição do medicamento cabem ao médico. É incompreensível que ele perca essa autonomia. É verdade que o tratamento deve envolver profissionais de outras áreas, mas a maioria desconhece TDAH e não há nenhuma iniciativa para sua capacitação.

A psiquiatra Ivete Gattás, especialista em psicoterapia infantil pelo Grupo de Estudos de Psiquiatria, Psicologia e Psicoterapia da Infância da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), também é contrária à portaria e a considera “total retrocesso”.

— A medida vai dificultar o acesso de quem já está sendo tratado e se beneficia com a medicação. Além disso, vale ressaltar que a ritalina é a primeira alternativa medicamentosa reconhecida mundialmente para tratar TDAH.

A presidente da ABDA lembra que a falta de tratamento pode desencadear consequências psicológicas graves, como “baixa autoestima, depressão, abuso de drogas, exclusão social e ansiedade”.

— Estamos abandonados pelo poder público. Penalizar as pessoas com TDAH é um absurdo, já que elas não são amparadas por nenhuma política pública.

Embora o transtorno de atenção esteja presente em 5% da população infantil, a psiquiatra da Unifesp avisa que a maioria dos casos não é diagnosticado e poucos são tratados.

— Não há exame para detectar TDAH, por isso é o diagnóstico difícil se baseia em avaliação clínica. Os profissionais precisam ser bem orientados e capacitados para lidar com esses pacientes e não é o que acontece.

O outro lado
Para José Ruben de Alcântara Bonfim, um dos redatores da medida e médico da assistência farmacêutica da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, a portaria não é restritiva, pelo contrário, “melhora uma regulamentação adotada anteriormente, em 2007”.

— Em sete anos, muita água rolou. Há muitas discussões sobre TDAH, principalmente se é uma doença. Em primeiro lugar está a segurança do paciente. Qualquer remédio só deve ser indicado quando os benefícios ultrapassam os riscos.

Bonfim acrescenta que “para elaborar o novo texto foram consultadas bibliografias consistentes, que inclusive mostram que a medicação causa dependência química”.

— Nada saiu de forma espontânea de algumas cabeças. Além disso, vale lembrar que os melhores serviços de assistência terapêutica do mundo aplicam critérios cada vez mais rigorosos para diagnosticar o transtorno. Os médicos não podem achar que têm poder exclusivo de diagnóstico.

Na opinião de Bonfim, a decisão de prescrever o medicamento deve ser compartilhada por uma equipe de saúde mental composta por neurologista, psiquiatra, psicólogo, fonoaudiólogo, entre outros.

O presidente da ABP rebate a afirmação e ressalta que “a própria prefeitura não tem equipe multidisciplinar suficiente para atender toda a população”. Além disso, Ivete garante que a medicação não traz riscos à saúde do paciente.

— Quadros psicóticos e dependência são efeitos colaterais raríssimos. Em longo prazo, a criança pode apresentar alteração do crescimento. Já em curto prazo, alguns desconfortos provenientes da medicação, como dor de cabeça, diminuição do apetite e prejuízo do sono, melhoram ao longo do tempo de uso.

Sobre a medida poder contribuir para a redução de gastos da Prefeitura com a medicação, Bonfim garante que a afirmação não tem o menor sentido.

— Um comprimido de metilfenidato custa R$ 0,70, há remédios muito mais caros. A compra do remédio é feita pela própria prefeitura e não pelos governos do estado ou federal.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que “a medida não é destinada a diminuir custos com a compra do medicamento, mas sim, seguir o fundamento científico da prescrição“.

Ainda segundo o órgão, “são distribuídos anualmente 700 mil unidades do comprimido e não há falta do medicamento nas farmácias de referência da rede municipal da saúde”.

TDAH: um difícil diagnóstico
Ao lado da conhecida dislexia (dificuldade na leitura e escrita), o TDAH é um dos principais transtornos ligados à aprendizagem. A doença é baseada em três itens principais: desatenção, hiperatividade e impulsividade, e costuma ser mais evidente em meninos do que meninas.

Diferentemente de muitas doenças neurológicas, o TDAH conta apenas com um questionário de 18 perguntas recomendado pela Associação Americana de Psiquiatria para ser diagnosticado. Para saber se a criança tem TDAH é preciso que os pais fiquem atentos aos seguintes pontos: se seu filho está atrapalhando a aula, se vai mal na escola, se sempre desafia ou enfrenta mais velhos e autoridades, se é uma criança difícil de lidar.

Nos adultos, pode haver dificuldade de concentração em palestras, aulas ou leitura, desatenção, relutância em iniciar tarefas que exigem longo esforço mental, problemas com organização, planejamento ou mesmo memória a curto prazo (marcada pela perda ou esquecimento de objetos, nomes, prazos, datas). Além disso, pode vir associado a outras doenças como depressão, transtorno de ansiedade ou distúrbio alimentar.

Uma vez confirmada a existência da doença, no entanto, é importante recorrer a um tratamento multidisciplinar, assessorado por médicos, psicoterapia, orientação aos pais e professores. Quando há necessidade do uso de medicamento — em geral a ritalina —, este deve ser prescrito com bastante critério.

Quando mal administrado, o remédio pode causar alucinação, depressão, convulsão, insônia, confusão mental, levar à perda de peso e atrapalhar o crescimento. A própria bula do remédio indica que ele não deve ser utilizado em crianças menores de seis anos.

R7