quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Vitaminas e Avitaminoses
O termo vitamina surgiu em 1911 e deve-se ao bioquímico polaco Kazimierz Funk, tendo resultado da junção da palavra latina vita (vida) com o sufixo amina – pensava-se que estes nutrientes naturais, essenciais à vida, eram aminas. As vitaminas são nutrientes importantes para o funcionamento do organismo, e protegem-no contra diversas doenças. A maior parte das vitaminas não são sintetizadas pelo organismo humano, embora o seu metabolismo normal dependa da presença de 13 vitaminas diferentes. A deficiência de vitaminas contribui para o mau funcionamento do organismo e facilita o aparecimento de doenças – avitaminoses. Vitaminas Hidrossolúveis Como a designação sugere, são vitaminas solúveis em água. São absorvidas pelo intestino e transportadas pelo sistema circulatório para os tecidos onde são utilizadas. O grau de solubilidade é variável e tem influência no seu trajecto através do organismo. Podem ser armazenadas no organismo em quantidade limitada, e a sua excreção efectua-se através da urina. As vitaminas hidrossoluveis mais importantes para o homem são: B1, B2, B5, B6, B12, C, H, M e PP. Vitaminas Lipossolúveis As vitaminas lipossoluveis são solúveis em gorduras. São absorvidas pelo intestino humano através da acção dos sais biliares segregados pelo fígado, e são transportadas pelo sistema linfático para diferentes partes do corpo. O organismo humano tem capacidade para armazenar maior quantidade de vitaminas lipossolúveis, do que hidrossolúveis. As vitaminas lipossoluveis mais importantes para o homem são: A, D, E, K. As vitaminas A e D são armazenadas sobretudo no fígado, e a vitamina E nos tecidos gordos e órgãos reprodutores. A capacidade de armazenamento de vitamina K é reduzida. Vitamina A (Axeroftol – Retinol) Grupo: vitaminas lipossoluveis. Fonte: acerola, vegetais verdes e amarelos (alface, couve, espinafre, salsa, batata-doce, cenoura), gordura, leite, manteiga, queijo, ovo, fígado e outras vísceras, sardinha. Função: importante para o crescimento e formação dos ossos, indispensável para a qualidade da visão, da pele e do cabelo. Avitaminose: xeroftalmia (secura dos olhos). Sinais e Sintomas: cegueira nocturna, fotofobia (hipersensibilidade à luz), hemorragia ocular, cegueira (casos mais graves), parosmia, alteração do paladar, desidratação da pele (com hiperqueratose e atrofia das glândulas sebáceas), desidratação das mucosas (com infecções frequentes). Vitamina B1 (Aneurina – Tiamina – Vitamina F) Grupo: vitaminas hidrossoluveis. Fonte: arroz integral, brócolos, ervilha, espargo, feijão, noz, pão integral, fígado, rim, carne de porco, peixe, ovo (gema). Necessidades diárias: entre 1 mg (crianças e mulheres) e 1,4 mg (homens). Função: importante para o metabolismo celular, sistema nervoso e músculos. Avitaminose: beribéri e encefalopatia de Wernicke-Korsakoff. Sinais e Sintomas: Carência: alteração do tacto, anorexia, depressão, dispneia, dor abdominal e torácica, fadiga, irritação fácil e nervosismo, palidez, palpitações, perda de peso, parestesias (sensação de picadas no corpo), sensação de calor nos pés (sensação de queimadura), obstipação, vómitos; Beribéri: atrofia muscular, polineuropatia, cianose, taquicardia, hipertensão sistólica, hipotensão diastólica, distensão das veias cervicais; Encefalopatia de Wernicke-Korsakoff: apatia, desorientação, amnésia, ataxia, nistagmo. Vitamina B2 (Riboflavina – Vitamina G) Grupo: vitaminas hidrossoluveis. Fonte: cereais em grão, levedura de cerveja, vegetais de folhas verdes (couve-flor, espinafre, repolho), vegetais amarelos, leite, queijo, carnes de boi, porco e aves, fígado e rim (vaca), ovo. Necessidades diárias: entre 1,5 mg (mulheres) e 1,7 mg (homens). Função: importante para o metabolismo dos prótidos, lípidos e glúcidos. Avitaminose: neuropatia. Sinais e Sintomas: ardor e prurido ocular, fotofobia (hipersensibilidade à luz), aumento da vascularização da córnea, desidratação da pele, estomatite, glossite, depressão, letargia. Vitamina B3 (Ácido nicotínico – Niacina – Nicotinamida – Vitamina PP) Grupo: vitaminas hidrossoluveis. Fonte: amendoim, cereais em grão, noz, ervilha, fava, feijão, legumes, leite, queijo, carne de aves, fígado. Necessidades diárias: cerca de 18 mg. Função: importante para as funções dos sistemas nervoso e digestivo, fígado e pele, acção reguladora da colestrolemia. Avitaminose: pelagra. Sinais e Sintomas: cefaleias, fadiga, insónia, irritabilidade fácil, dermatite (sobretudo na região cervical anterior) com descamação, edema e hiperpigmentação cutâneas, diarreia, gengivite, estomatite, demência e outras alterações cerebrais (alucinação, ansiedade, depressão, psicose, estupor). Vitamina B5 (Ácido pantoténico) Grupo: vitaminas hidrossoluveis. Fonte: cereais em grão, cogumelos, legumes, milho, abacate, leite, carne de aves, fígado, ovo. Necessidades diárias: cerca de 6 mg. Função: importante para a produção de anticorpos e hormonas supra-renais (esteróides e cortisona), importante para o metabolismo dos prótidos, lípidos e glúcidos (conversão em energia), acção facilitadora no controlo do stress. Elemento essencial da coenzima A. Sinais e Sintomas: cãibras, dores e cólicas abdominais, fadiga, insónia, mal-estar geral, redução na produção de anticorpos. Vitamina B6 (Adermina – Piridoxina) Grupo: vitaminas hidrossoluveis. Fonte: arroz integral, aveia, batata, cereais em grão, trigo, leguminosas, banana, atum, carne de porco, vísceras. Necessidades diárias: cerca de 2 mg. Função: importante para o metabolismo celular (respiração celular) e das proteínas. Sinais de carência: anemia, dermatite, gengivite, glossite, náuseas, nervosismo. Vitamina B9 (Ácido fólico – Vitamina Bc – Vitamina M) Grupo: vitaminas hidrossoluveis. Fonte: vegetais de folhas verdes (couve-flor, espinafre, repolho), levedura de cerveja, fígado. Necessidades diárias: cerca de 200 μg. Função: ajuda a formar o ácido tetrahidrofólico, que actua como uma coenzima no metabolismo dos aminoácidos, na formação dos ácidos nucleicos, das hemácias e do tecido nervoso. Avitaminose: anemia (megalobástica). Sinais e Sintomas: fadiga, lassidão, palpitações, cefaleias, dispneia, irritabilidade, perda de peso, diarreia, esteatorreia, estomatite, glossite, anemia, taquicardia, palidez (quadro clínico inespecífico). Vitamina B12 (Cianocobalamina – Cobalamina – Cobiona) Grupo: vitaminas hidrossoluveis. Fonte: leite, carnes vermelhas, ovo. Necessidades diárias: cerca de 1 μg. Função: necessária à eritropoiese, e importante para o metabolismo dos aminoácidos e ácidos nucleicos. Avitaminose: disfunções neurológicas e hematológicas (anemia). Sinais e Sintomas: anemia (megaloblástica), palidez, fraqueza muscular e astenia, perda de peso, dispneia, cefaleias, palpitações, ataxia, neuropatia periférica com Sinal de Romberg positivo e diminuição ou exacerbação dos reflexos, depressão, paranóia, amnésia, demência. Vitamina C (Ácido ascórbico) Grupo: vitaminas hidrossoluveis. Fonte: acerola, ananás, laranja, limão, mamão, manga, melão, morango, batata, vegetais de folhas verdes (couve-flor, couve galega, espinafre, repolho), pimentão. A acerola é o fruto mais rico em vitaminas A e C (a quantidade de vitamina C é cerca de trinta vezes superior à da laranja). Necessidades diárias: cerca de 60 mg. Função: importante para várias reacções bioquímicas celulares. A principal função é a hidroxilação do colagénio, uma proteína que aumenta a resistência de ossos, dentes, tendões e paredes dos vasos sanguíneos. Tem efeito antioxidante, é usada na síntese de hormonas e neurotransmissores, e contribui para o fortalecimento das defesas imunológicas do organismo. Avitaminose: escorbuto. Sinais e Sintomas: cicatrização difícil de ferimentos, secura da boca e dos olhos, alopécia, dentes fracos, dores articulares, gengivite, hemorragias, perda de peso, fraqueza geral, letargia, lesões escorbúticas (folículos hiperqueratósicos com halos hemorrágicos, nos membros e tronco). Vitamina D (Calciferol – Colecalciferol e Ergocalciferol) Grupo: vitaminas lipossoluveis. Fonte: fígado, ovo, peixes de água salgada, sol (favorece a produção de calciferol pelo organismo). Necessidades diárias: cerca de 10 mg ou 400 UI. Função: importante para o crescimento, facilita a fixação de cálcio nos ossos e dentes. Avitaminose: raquitismo. Sinais e Sintomas: atraso no crescimento, amolecimento do crânio, deformações ósseas, protrusão esternal, curvatura acentuada dos membros inferiores, malformação e envelhecimento precoce dos dentes, osteomalácia, raquitismo. Vitamina E (Tocoferol) Grupo: vitaminas lipossoluveis. Fonte: abacate, avelã, aveia, batata doce, brócolos, cereais integrais, noz, trigo. Necessidades diárias: cerca de 10 mg. Função: importante para a actividade muscular, formação de células sexuais e sanguíneas, acção antioxidante (estabilizadora das estruturas celulares). Avitaminose: esterilidade. Sinais e Sintomas: distrofia muscular e fraqueza, eritema papular, descamação cutânea, anemia, catarata, derrames, disfunção neurológica (sistema nervoso, olhos e músculos); os sinais e sintomas são inespecíficos. Pensa-se que esta avitaminose favorece o aparecimento de certo tipo de neoplasias malignas (cancros). Vitamina H (Biotina – Vitamina B8) Grupo: vitaminas hidrossoluveis. Fonte: fígado, ovo, vegetais. Função: importante para o metabolismo dos lípidos. Sinais e Sintomas: problemas cutâneos. Vitamina K (Filoquinona – Naftoquinona) Grupo: vitaminas lipossoluveis. Fonte: arroz integral, ervilha, tomate, vegetais de folhas verdes (couve-flor, espinafre, repolho), óleos vegetais, carne, fígado, leite, microflora intestinal (fornece cerca de 50% das necessidades diárias). Necessidades diárias: 2 mg por quilo de peso. Função: importante na coagulação do sangue. Avitaminose: hemorragias. Sinais e Sintomas: aparecimento fácil de hematomas, epistaxis, hemoptises, hematuria e outros problemas hemorrágicos (sem causa aparente) Bibliografia Wikipedia - Vitaminas Hurst W. Medicine for the practicing physician. Butterworth Publishers, Woburn 1993.
http://www.saudepublica.web.pt/05-PromocaoSaude/051-Educacao/Vitaminas.htm
Hospital abre inscrição para Farmácia Hospitalar Oncológica
por Saúde Business Web 19/01/2011 Ao todo, são 50 vagas destinadas a profissionais formados em farmácia O Programa de pós-graduação do Hospital A. C. Camargo está com inscrições abertas até o dia 5 de fevereiro para o curso de Especialização em Farmácia Hospitalar Oncológica. O curso tem duração de 16 meses, sendo 12 meses de aulas teóricas e quatro de práticas profissionalizantes. As aulas são quinzenais, às sextas-feiras durante a noite e sábados o dia todo. Ao todo, são 50 vagas destinadas a profissionais formados em farmácia. O conteúdo da especialização é dividido pelos seguintes módulos teóricos: Logística Farmacêutico-Hospitalar; Fundamentos de Oncologia Clínica e Farmacoterapia; Manipulação de Fármacos em Farmácia Hospitalar Oncológica; Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica; Legislação e Ética em Farmácia Hospitalar Oncológica. Ao final, o aluno deverá apresentar um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O processo seletivo é composto de três fases, sendo uma prova, análise de currículo e entrevista. O início das aulas está previsto para 18 de março. Mais informações e inscrições estão no site do A.C. Camargo. http://www.accamargo.org.br/centrodeensino/index.php?area=cursos&curso=lato&idCurso=499
Ministério publica diretrizes para farmácia hospitalar
por Saúde Buiness Web 20/01/2011 De acordo com portaria a responsabilidade técnica da farmácia hospitalar é atribuição do farmacêutico O Diário Oficial da União (DOU) publicou, no dia 31 de dezembro de 2010, a Portaria nº 4.283, do Ministério da Saúde, que define as diretrizes e estratégias da assistência farmacêutica em hospitais. O documento, que teve como base os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, revoga a Portaria nº 316, de agosto de 1977. De acordo com o anexo da Portaria, a responsabilidade técnica da farmácia hospitalar é atribuição do farmacêutico, inscrito no seu respectivo Conselho Regional de Farmácia. As diretrizes são aplicáveis para farmácias, em hospitais que integram o serviço público, da administração direta e indireta, da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de entidades privadas, com ou sem fins lucrativos, inclusive filantrópicas. Para o Presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF) Jaldo de Souza Santos, a publicação da Portaria é significativa para a atividade profissional. "O Ministério da Saúde não especificou parâmetros e nem delimitou a quantidade de farmacêuticos que devem ser responsáveis por um número específico de leitos. Por outro lado, a Portaria é um grande avanço, pois coloca a farmácia hospitalar sob a responsabilidade técnica do profissional que detém o conhecimento sobre medicamentos: o farmacêutico", afirma Souza Santos. Para assegurar o acesso da população aos serviços farmacêuticos de qualidade, nos hospitais, foram estabelecidas, pelo Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (DAF/SCTIE/MS), diretrizes gerais de gestão; desenvolvimento de ações inseridas na atenção integral à saúde; gerenciamento de tecnologias; manipulação magistral e oficinal; cuidado ao paciente; infraestrutura física e tecnológica; e recursos humanos; entre outras. Histórico Em maio de 2010, durante o Congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), na cidade de Gramado (RS), o CFF prestou uma homenagem ao Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, pelo trabalho desenvolvido junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). Na oportunidade, o Presidente do CFF, Jaldo de Souza Santos, destacou a importância dos serviços farmacêuticos, em hospitais, e lembrou a necessidade da revogação da Portaria GM/Ma nº 316/1977. De acordo com Santos, naquele dia, o Ministro Temporão assumiu o compromisso político e institucional de revogar a Portaria 316. E o compromisso foi cumprido. A primeira reunião para discutir as diretrizes da farmácia hospitalar foi realizada, na sede do CFF, com representantes do Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (Sbrafh), e a Comissão de Farmácia Hospitalar do CFF, composta pelos farmacêuticos Marco Aurélio Schramm, Ilenir Leão Tuma, Eugenie Desireé Rabelo, José Ferreira Marcos e George Washington Bezerra. Para a elaboração do texto final da Portaria, o DAF/SCTIE/MS coordenou o Grupo de Trabalho integrado por gestores do SUS, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (Sbrafh), Conselho Federal de Farmácia (CFF), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Confederação Nacional de Saúde (CNS) e Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar). *Com informações do CFF http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=75161
Veja relação de estabelecimentos e profissionais
por Saúde Buiness Web 20/01/2011 Existem no Brasil cerca de 133 mil farmacêuticos registrados nos CRF´s Confira a quantidade de estabelecimentos farmacêuticos no País e a relação de profissionais registrados, segundo Relatório da Comissão de Fiscalização emitido em dezembro de 2009, com base nos Relatórios de Atividades Fiscais dos Conselhos Regionais de Farmácia. Estabelecimentos farmacêuticos no Brasil Estatísticas Número de farmácias e drogarias - 79.010 Número de farmácias e drogarias em capitais - 18.425 Número de farmácias e drogarias em cidades do interior - 60.585 Número de farmácias com manipulação - 7.164 Número de farmácias homeopáticas - 1.082 Número de farmácias e drogarias de propriedade de farmacêuticos - 19.755 Número de farmácias e drogarias de propriedade de não-farmacêuticos - 45.481 Número de farmácias públicas registradas nos Conselhos Regionais - 8.284 Número de farmácias hospitalares - 5.490 Número de laboratórios de análises clínicas de propriedade de farmacêuticos - 5.497 Número de industriais farmacêuticas - 550 Número de distribuidoras de medicamentos - 3.844 Relação de Profissionais Inscritos Relatório da Comissão de Fiscalização emitido em dezembro de 2009, com base nos Relatórios de Atividades Fiscais dos Conselhos Regionais de Farmácia. Relação de Profissionais Registrados nos CRF´s (Em fase de atualização) Número de farmacêuticos no Brasil – 133.762 Número de farmacêuticos em Capitais – 55.719 Número de farmacêuticos em cidades do interior – 78.043
http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=75160
Farmacêuticos comemoram seu dia
por Saúde Business Web 20/01/2011 Profissionais da saúde de tradição milenar recebem honraria nesta quinta-feira Neste dia 20 de janeiro comemora-se o dia do Farmacêutico - profissionais da saúde de tradição milenar, sucessores dos boticários, experts no uso de fármacos e medicamentos. De uma maneira geral, podem trabalhar numa farmácia, hospital, na indústria, em laboratórios de análises clínicas, cosméticos, agricultura, prevenção de pragas, distribuição, transporte e desenvolvimento de medicamentos, entre outras funções. Quer ficar por dentro sobre tudo o que acontece no setor de saúde? Assine gratuitamente a nossa newsletter diária e receba os destaques em sua caixa de e-mail. O Conselho Federal de Farmácia (CFF) realiza, nesta quinta-feira (20), às 19h30, em Brasília (DF), a solenidade comemorativa à categoria. Na oportunidade, farmacêuticos, autoridades e personalidades ligadas à área da Saúde serão homenageados com a Comenda do Mérito Farmacêutico. A Comenda é a maior honraria concedida no setor farmacêutico, no Brasil, e foi criada, em 1998, por Resolução do CFF para homenagear pessoas que colaboraram para o engrandecimento da profissão, ou que contribuíram para o desenvolvimento da saúde, no País. É constituída de uma medalha e um diploma, e entregue a pessoas de todas as Unidades da Federação indicadas por Conselheiros Federais cujos nomes foram aprovados pelo Plenário do CFF. Incentivo Durante o evento, também, será realizada a entrega do Prêmio Jayme Torres, criado para incentivar a produção intelectual entre farmacêuticos e acadêmicos de Farmácia, sob a forma de artigos. Neste ano, versou sobre o tema Alimentos: Importante contribuição profissional do Farmacêutico. Na Categoria Farmacêutico o Prêmio vai para Marcos Cardoso Rondon (autor principal), de Campo Grande (MS), com o trabalho "Valorização do mel em ecossistemas frágeis: Implantação de denominação de origem controlada com comunidades do interior do Mato Grosso do Sul". O 2° colocado foi Marcelo do Nascimento (autor principal), de Anápolis (GO), com o trabalho: "Importância da assistência farmacêutica para usuários de suplementos alimentares praticantes de atividades físicas em São Luis de Montes Belos (GO)". Na Categoria Estudante, o Prêmio vai para Daniele Tavares Vieira da Silva (autora principal), aluna do Centro Universitário de Barra Mansa, da cidade de Barra Mansa (RJ), que se inscreveu com o trabalho "Ocorrência de Listeria Monocytogenes em queijo do tipo minas frescal comercializado na cidade de Barra Mansa (RJ)". Homenageados com a Comenda do Mérito Farmacêutico 2011 Sr. João José de Oliveira Oficial de Farmácia (Bahia) Dr. Luiz Augusto Batista Farmacêutico-bioquímico (Acre) Dr. José Arrais Onofre Farmacêutico-bioquímico (Alagoas) Dr. Antonio Benedito Pereira Farmacêutico-bioquímico (Amapá) Dr. Aluysio de Albuquerque Silva Junior Farmacêutico-bioquímico (Amazonas) Dr. Eustáquio Linhares Borges Farmacêutico-bioquímico (Bahia) Dra. Solange Cecília Cavalcante Dantas Farmacêutica (Ceará) Prof.ª Dra. Patricia Medeiros de Souza Farmacêutica (Distrito Federal) Dr. Henrique Tommasi Netto Farmacêutico-químico (Espírito Santo) Dra. Nara Luiza de Oliveira Farmacêutica (Goiás) Prof.ª Maria José Luna dos Santos da Silva Farmacêutica-bioquímica (Maranhão) Dr. Silas Paulo Resende Gouveia Farmacêutico-bioquímico (Minas Gerais) Dr. Valmir Vasques Loureiro - In Memoriam Farmacêutico-bioquímico (Mato Grosso do Sul) Dra. Jandira Nassarden Corrêa - In Memoriam Farmacêutica-bioquímica (Mato Grosso) Dr. Celso de Souza Matos Farmacêutico-bioquímico (Pará) Prof. Dr. Josimar dos Santos Medeiros Farmacêutico-bioquímico (Paraíba) Prof.ª. Dra. Miracy Muniz de Albuquerque Farmacêutica (Pernambuco) Prof.ª Dra. Maria do Rosário Conceição Moura Nunes Farmacêutica-bioquímica (Piauí) Dra. Maria Aída Meda Farmacêutica-bioquímica e industrial (Paraná) Dr. Mario Teixeira Antonio Farmacêutico-bioquímico (Rio de Janeiro) Prof.ª Tereza Neuma de Souza Brito Farmacêutica-bioquímica (Rio Grande do Norte) Dr. José Ribamar de Araújo Farmacêutico (Rondônia) Dra. Maria de Almeida Alves Farmacêutica-bioquímica (Roraima) Dr. José Rosito Filho Farmacêutico-químico (Rio Grande do Sul) Prof. José Miguel do Nascimento Júnior Farmacêutico-bioquímico (Santa Catarina) Prof. Dr. Alexandre Sherlley Casimiro Onofre Farmacêutico-bioquímico (Sergipe) Prof. Marco Aurélio Pereira Farmacêutico (São Paulo) Dr. José Batista de Rezende Farmacêutico (Tocantins) Vencedores do Prêmio Jayme Torres: Categoria: Farmacêutico 1º Lugar - Marcos Rondon e Marney Cereda Título do trabalho - "Valorização do mel em ecossistemas frágeis: Implantação de denominação de origem controlada com comunidades do interior do Mato Grosso do Sul". 2º Lugar - Marcelo do Nascimento Gomes, Bruno Júnior Neves, Edvande Xavier dos Santos Filho, Flávia Cristina da Silva, Rodrigo Luis Taminato, Cristiane Karla Caetano Fernandes e Ane Rosalina Trento Título do trabalho - "Importância da assistência farmacêutica para usuários de suplementos alimentares praticantes de atividades físicas em São Luis de Montes Belos (GO)" Categoria: Estudante Vencedor(es): Daniele Tavares Vieira da Silva, Raquel de Castro Trindade, Cristhiane Moura Falavina dos Reis, Sylvia Eileen Cartes Cabezas e Érica Louro da Fonseca. Título do trabalho: "Ocorrência de Listeria Monocytogenes em queijo do tipo minas frescal comercializado na cidade de Barra Mansa (RJ)". http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=75144
Conheça os tipos de farmacêuticos
por Saúde Buiness Web 20/01/2011 Existem mais de 40 especializações na área e mais de 75 atividades. Veja as mais recorrentes Neste dia 20 de janeiro comemora-se o dia do Farmacêutico - profissionais da saúde de tradição milenar, sucessores dos boticários, experts no uso de fármacos e medicamentos. De uma maneira geral, podem trabalhar numa farmácia, hospital, na indústria, em laboratórios de análises clínicas, cosméticos, agricultura, prevenção de pragas, distribuição, transporte e desenvolvimento de medicamentos, entre outras funções. De acordo com o Conselho Federal de Farmácia existem mais de 40 especializações na área e mais de 75 atividades. Veja algumas mais recorrentes: Profissão de Farmacêutico Hospitalar O farmacêutico hospitalar é o responsável pelas atividades da farmácia de um hospital. Tem as funções básicas de selecionar (padronizar), requisitar, receber, armazenar, dispensar (conforme a evolução do sistema, em dose coletiva, individual ou unitária) e controlar os medicamentos (tanto os controlados por lei, quanto os antimicrobianos), observando os ensinamentos da farmacoeconômia, farmacovigilância e das boas práticas de armazenamento e dispensação. Em hospitais onde há serviços de manipulação de medicamentos, o farmacêutico é o responsável, aplicando o ensinamento da farmacotécnica e das boas práticas de manipulação. Ele ainda integra algumas comissões hospitalares, como CCIH (comissão de infecção hospitalar) e CFT (comissão de farmácia e terapia). Farmacêutico Magistral O farmacêutico magistral utilizando-se de seus conhecimentos de farmacotécnica, é o responsável pela manipulação de medicamentos nas farmácias magistrais, de manipulação ou também conhecidas como galênicas. Respeitando as normas de boas práticas de manipulação (publicada por autoridades sanitárias), produz medicamentos que têm como grande atrativo a possibilidade de serem obtidos de forma personalizada (tanto na dose, quanto na forma farmacêutica), e poder alterar componentes, de fórmulas industrializadas, que causem alergias em alguns pacientes. Profissão Farmacêutico Homeopata O farmacêutico homeopata produz medicamentos homeopáticos, nas diferentes escalas, métodos e formas farmacêuticas, receitados pelo médico, dentista ou veterinário homeopata, além da orientação aos pacientes, quanto ao uso racional, cuidados e importância da prescrição médica. O preparo do medicamento homeopático pelo farmacêutico é tão importante quanto a escolha do medicamento pelo médico. A presença do farmacêutico homeopata na farmácia é a garantia do paciente de receber exatamente o medicamento prescrito pelo médico. Para ter o título de farmacêutico Homeopata é necessário ter cursado a disciplina de Homeopatia, com a duração de no mínimo 60 horas, em curso de graduação de farmacêutico, e realizado estágio, de no mínimo 240 horas, em manipulação e dispensação de medicamentos homeopáticos na própria instituição de ensino superior, em farmácias que manipulem medicamentos homeopáticos ou laboratórios industriais de medicamentos homeopáticos conveniados às instituições de ensino. (Resolução CFF 440/2005, art. 1, item a - retificação de 15/05/2006) Farmacêutico em Indústria de Alimentos e Bromatologia O farmacêutico que atua na área de alimentos normalmente exerce suas atividades nas indústrias de alimentos. Várias são as funções que competem aos farmacêuticos, entre elas: desenvolver métodos de obtenção de produtos alimentares para uso humano e veterinário, análise bromatológica e toxicológica, realização de controle microbiológico, químico e físico-químico das matérias-primas e produtos acabados, atuação no desenvolvimento, produção e controle de qualidade de alimentos, processos fermentativos, nutracêuticos e alimentos de uso enteral e parenteral, atuação na normatização e fiscalização junto à vigilância sanitária de alimentos. A área de indústria de alimentos não é privativa dos farmacêuticos e outros profissionais podem atuar nesta área. O farmacêutico bromatologista é aquele que estuda alimentos. Geralmente trabalham em laboratórios de controle de qualidade, inspeção, vigilância sanitárias, desenvolvimento de novos produtos, setor produtivo de indústrias, instituições de pesquisa como universidades e órgãos públicos. O início da atuação farmacêutica na área alimentícia no Brasil tem início em laboratórios do governo estaduais, onde executa análises bromatológicas químicas. Em 1892 foi criado o Instituto de Análises Químicas e Bromatológicas de São Paulo, depois chamado de Instituto Adolfo Lutz e do Laboratório Bromatológico no Rio de Janeiro. Era feito o controle de bebidas, medicamentos e alimentos. O ensino, iniciou-se em 1911, até este ano os farmacêuticos aprendiam sozinhos o desempenho das funções em bromatologia nos laboratórios oficiais. Um exemplo de sucesso na história é o farmacêutico alemão Henri Nestlé (Heinrich Nestlé), criador da farinha Nestlé e fundador da empresa multinacional Nestlé. Henri, formulou uma farinha à base de leite de vaca em 1867, para o filho de um amigo que negava o leite materno, e esta revelou-se bastante nutritiva. Profissão Farmacêutico em Análises clínicas De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde do Ministério da Saúde, existiam até 2007, 12.000 laboratórios de análises clínicas no Brasil. Deste total, em 2008, 5.525 laboratórios de análises clínicas tinham como proprietário um farmacêutico. Fora isto, muitos farmacêuticos atuam em análises clínicas, porém não são proprietários de laboratório. O farmacêutico-bioquímico, quando está no ramo dos laboratórios de análises clínicas, atua na realização de exames toxicológicos, laboratoriais, gerenciamento de laboratórios, assessoria em análises clínicas, pesquisa e extensão, garantia e controle de qualidade dos laboratórios de análises clínicas, magistério superior e planejamento e gestão no setor. Dentre os conhecimentos importantes desta área, valem destacar: bioquímica básica e clínica, hematologia clínica e suas subclasses, tais como coagulação e imuno-hematologia, microbiologia básica e clínica, imunologia básica e clínica, endocrinologia básica e clínica; conhecimento dos líquidos biológicos e derrames cavitários, tais como urina, líquido cefalorraquidiano, esperma, entre outros, parasitologia básica e clínica, micologia básica e clínica, citologia e citopatologia, biologia molecular, controle interno e externo da qualidade laboratorial, fisiologia humana, química analítica e instrumental, toxicologia ocupacional, toxicologia forense e toxicologia ambiental. Durante sua formação e em sua carreira, o farmacêutico tem conhecimentos aplicados na execução da análise no laboratório e na farmácia comunitária ou comercial, no ato de dispensar o medicamento, quando poderá fazer interpretações dos resultados do exame laboratorial ou análise de alimentos, orientando ao paciente as consequencias do uso do medicamento, adesão ao tratamento e recuperação de sua saúde, realizando assim uma assistência farmacêutica adequada. No laboratório, o farmacêutico prestará orientação sobre a utilização de medicamentos e sua influência nos exames. Ácido acetilsalicílico e corticosteróides são exemplos de medicamentos que podem influenciar no resultado, dificultando a decisão do médico clínico. Exemplos deste caso, são a administração de isotretinoína, utilizada no tratamento da acne, altamente teratogênico, que necessita de avaliação do hemograma, triglicerídeos, transaminases e fração beta do hormônio corio-gonadotrófico. Medicamentos como o ácido nicotínico, fibratos, estatinas, vastatinas sempre estão juntos dos exames de colesterol total, HDL, LDL, VLDL e triglicerídeos. *Com informações do portal pfarma.com.br http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=75158
"Farmacêutico é multiprofissional", diz presidente do CFF
"Farmacêutico é multiprofissional", diz presidente do CFF por Verena Souza 20/01/2011 Para o presidente do Conselho Federal de Farmácia, Jaldo Santos, o preconceito em relação ao profissional está diminuindo Carreira, mercado e desafios foram alguns dos aspectos abordados pelo Saúde Business Web com o presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Jaldo de Souza Santos. Quer ficar por dentro sobre tudo o que acontece no setor de saúde? Assine gratuitamente a nossa newsletter diária e receba os destaques em sua caixa de e-mail. Segundo o executivo, que é farmacêutico e odontologista, o preconceito em relação ao profissional está diminuindo e, consequentemente, o reconhecimento da profissão tem avançado. Qual a importância do farmacêutico para o setor? A farmácia é tão antiga quanto à medicina. A formação do profissional é universitária. No entanto, existem mais de 40 especializações e mais de 75 atividades. Trabalhamos com medicamentos, nas análises clínicas, hospitalar, entre muitas outras. O farmacêutico está preparado para o serviço sanitário por exemplo; desempenha uma série de atividades que um químico é capaz; também está apto para trabalhar com acupuntura. Atualmente é um multiprofissional. O farmacêutico é bem remunerado no Brasil?
A recompensa depende muito da atividade. O profissional que trabalha na farmácia, por exemplo, pode chegar a ganhar até R$ 4 mil. Aquele especializado em bioequivalência e biodisponibilidade, ou seja - que realizam testes de medicamentos para fabricação de genéricos -, recebem mais de R$ 20 mil por mês. Os profissionais que trabalham com perícia policial chegam a ultrapassar R$ 20 mil mensais. Quais são as dificuldades enfrentadas pela categoria? Ainda existe preconceito principalmente devido às drogarias. Muitas vezes o profissional é visto como um balconista ou vendedor de medicamentos. No entanto, o farmacêutico é responsável pela dispensação do remédio, ou seja, orienta o paciente ao uso do medicamento correto. Temos trabalhado fortemente para que o profissional seja valorizado. Mais de 100 caminhões de campanha circulam pelo Brasil com a seguinte mensagem: farmacêutico - um profissional à serviço da vida. Quais são os aspectos que têm evoluído em relação ao setor farmacêutico? O Brasil está todo federalizado, possui conselhos regionais da profissão. Acabamos de realizar uma plenária com os representantes dos conselhos regionais. Discutimos a respeito das fiscalizações necessárias, de processos de profissionais que faltaram com a ética e de melhorias para a classe. E quanto aos direitos do farmacêutico no Brasil comparado com outros países. Em termos de condições de trabalho. Os países da Europa, EUA e Canadá superam os da América Latina, Ásia e África. Principalmente nos EUA, onde o farmacêutico é bastante recorrido pelos pacientes, exercendo um papel importantíssimo. A categoria obteve alguma conquista recentemente junto ao poder público? Sim. No dia 31 de dezembro de 2010, o então ministro Temporão revogou uma portaria que permitia que hospitais com menos de 200 leitos pudessem funcionar sem concurso para farmacêuticos. Ou seja, sem o profissional da área na farmácia hospitalar. O ex-ministro cumpriu o que prometeu revogando a portaria. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=75158
Antidepressivo pode reduzir calores da menopausa
Medicamento desponta como uma opção à terapia de reposição hormonal The New York Times Nova pesquisa mostra que o antidepressivo escitalopram pode reduzir a frequência e a severidade das ondas de calor da menopausa. No início do estudo, as participantes sofriam aproximadamente 10 ondas de calor ao longo do dia, mas tais sensações foram reduzidas quase que pela metade no grupo de mulheres que usou o antidepressivo. O grupo-controle que se tratou com placebo apresentou cerca de 6,5 ondas de calor ao dia. “Embora as ondas de calor sejam normalmente tratadas com hormônios, tratamento que se mostra eficaz, esta é uma opção para as mulheres que não querem correr os riscos potenciais da reposição hormonal”, disse Ellen Freeman, professora e pesquisadora do departamento de obstetrícia e ginecologia da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia e principal autora do estudo. “Constatamos que, após oito semanas de tratamento com o escitalopram, as participantes apresentavam menor frequência das ondas de calor quando comparadas ao grupo-controle com placebo”, ela complementou. Os resultados do estudo, financiados pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, foram publicados na edição de janeiro da revista da Associação Médica Americana. A reposição hormonal é o tratamento geralmente usado para aliviar as ondas de calor que fazem parte da menopausa. Porém, quando um estudo de 2002 da Iniciativa de Saúde da Mulher relatou que a terapia hormonal apresentava riscos, muitas mulheres decidiram que os benefícios não compensavam os possíveis danos. Desde a descoberta, especialistas conseguiram identificar quais mulheres podem correr maiores riscos com a terapia hormonal e aquelas para quem os hormônios são uma opção. “Para algumas mulheres, a reposição hormonal com estrógeno em curto prazo pode ainda ser uma opção viável. Neste caso, usamos dosagens mais baixas durante o período de tempo mais curto possível”, explicou a Dra. Judi Chervenak, endocrinologista especialista em reprodução da Montefiore Medical Center de Nova York. “Mas, em mulheres para quem os hormônios não são uma opção, ou para aquelas que não querem tomar hormônios, os antidepressivos do tipo ISRS (inibidores seletivos da recaptação da serotonina) são outra opção”, disse Chervenak. Os ISRSs são medicamentos aprovados pelo FDA para o tratamento da depressão, mas os médicos muitas vezes os prescrevem para outros usos ainda não aprovados pelo órgão, tais como o tratamento de dores ou – como no estudo – para o alívio das ondas de calor. Dentre os ISRSs estão o citalopram, o escitalopram, a paroxetina, a fluoxetina e a sertralina. Segundo informações do FDA, a versão genérica do escitalopram ainda não está disponível no mercado americano. O custo do suprimento mensal do medicamento é variável, mas a dose diária de 20 miligramas é de aproximadamente US$110 para 30 dias. Participaram do estudo 205 mulheres entre os 40 e os 62 anos de idade, que estavam ou no início da menopausa ou na pós-menopausa há um ano. Para participarem do estudo, as mulheres deveriam apresentar, semanalmente, um mínimo de 28 ondas de calor – classificadas como incômodas ou severas. A maioria das participantes apresentava mais do que isso. Durante oito semanas, as mulheres foram designadas, aleatoriamente, para receber ou o escitalopram (entre 10 e 20 miligramas ao dia) ou as pílulas de placebo. Os pesquisadores constataram que 55% das mulheres sob uso do escitalopram relataram uma diminuição de pelo menos 50% na frequência das ondas de calor, comparadas aos 36% das que receberam placebo. O grupo sob uso do escitalopram também relatou a ocorrência de ondas de calor mais brandas. Os pesquisadores observaram que, após três semanas de interrupção da medicação, as mulheres sob uso do escitalopram tiveram um aumento de 1,5 ondas de calor ao dia. Freeman diz que os efeitos colaterais foram mínimos. Apenas 4% das mulheres sob uso do escitalopram abandonaram o estudo devido aos efeitos colaterais. A especialista diz que ainda não se sabe exatamente como o escitalopram ajuda a aliviar as ondas de calor – que também são de causa desconhecida, ela ressaltou. “Estas sensações são tão incômodas para tantas mulheres que qualquer nova opção é bem-vinda. Este não é um tratamento definitivo, mas é uma opção que temos a oferecer a estas pacientes”, disse Chervenak. Ela complementou que, para as mulheres que não quiserem tomar o medicamento, uma das melhores maneiras de reduzir as ondas de calor é fazendo um boletim diário dos sintomas para tentar encontrar a causa destas sensações e tentar evitá-las. Ela conta que muitas mulheres, por exemplo, sofrem uma onda de calor depois de tomarem vinho tinto. Outros disparadores do desconforto são a cafeína, o chocolate, as comidas condimentadas e as situações estressantes http://delas.ig.com.br/saudedamulher/antidepressivo+pode+reduzir+calores+da+menopausa/n1237960567812.html
Erros médicos levam cirurgiões a pensar em suicídio
DA ASSOCIATED PRESS Um estudo mostra que erros médicos, estresse no trabalho e depressão leva cirurgiões a pensar em suicídio, em proporção maior do que na população em geral. Pior, eles são menos propensos a procurar ajuda. O medo de perder o emprego contribui para a relutância dos médicos em procurar tratamento, segundo o estudo, que envolveu quase 8.000 cirurgiões. Cerca de 6% afirmou ter tido pensamentos suicidas recentemente; o índice foi de 16% entre os que haviam cometido um erro médico há pouco tempo. Apenas um quarto dos médicos com pensamentos suicidas afirmou que procuraria ajuda. Na população em geral, 3% têm pensamentos suicidas e, desses, 44% procuram tratamento, segundo outras pesquisas. "Cirurgiões relataram muita preocupação sobre repercussões que afetassem sua permissão para exercer a medicina e muitos admitiriam se automedicar com antidepressivos", afirmou o autor do estudo, Tait Shanafelt, da Clínica Mayo. O médico americano Robert Lehmberg, 63, do Estado de Arkansas, afirmou que foi necessário o incentivo de amigos para que ele finalmente buscasse tratamento para depressão e pensamentos suicidas há alguns anos. Apesar de ter tido medo de perder a licença médica e fica estigmatizado, nada disso aconteceu. Remédios e terapia ajudaram a resolver o problema. O longo expediente de trabalho em uma clínica de cirurgia plástica em Little Rock --de 60 a 80 horas por semana-- contribuiu para a depressão, mas Lehmberg lembra que ele tentava sempre evitar erros médicos. "Cirurgiões aprendem que o paciente é responsabilidade deles, ponto final. Se algo dá errado, os cirurgiões que eu conheço levam muito para o lado pessoal", disse Lehmberg, que agora trabalha em uma clínica de cuidados paliativos, ajudando a minimizar o sofrimento de pacientes terminais. O estudo foi publicado na revista "Archives of Surgery" e encomendado pelo American College of Surgeons. As perguntas foram respondidas por e-mail, de forma anônima. Os cirurgiões eram indagados sobre se haviam tido pensamentos suicidas no último ano. Não havia questões sobre tentativas de suicídio mas os autores afirmam que até 50% das pessoas que pensam em se matar acabam tentando. A pesquisa não perguntou o motivo dos pensamentos, mas sugere que depressão, estresse e erros médicos contribuem. Outros fatores associados são ser solteiro, divorciado e sem filhos. Os médicos trabalham em média 60 horas por semana e 40% relatam estresse extremo com o trabalho ("burnout") e 30% dizem ter sintomas de depressão. A maioria afirma que o trabalho permite pouco tempo para vida pessoal e em família. Poucos dos que trabalhavam menos de 40 horas semanais tiveram pensamentos suicidas. As autoras Kelly McCoy e Sally Carty, cirurigãs da Universidade de Pittsburgh, afirmam que essas questão são ignoradas com frequência. Os cirurgiões têm expedientes longos e irregulares, num ambiente que valoriza a resiliência e a autonegligência, e tende a interpretar imperfeições como falhas, afirmam as autoras.
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