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sábado, 23 de novembro de 2013

Desenhos ficam carecas para o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil

Desenhos ficam carecas para o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil Graacc/Divulgação
Foto: Graacc / Divulgação
Turma da Mônica perdeu os cabelos para apoiar as crianças
 com câncer
Campanha do Graacc convida as pessoas a trocar fotos de perfis nas redes sociais por personagens sem cabelos
 
Diversos personagens de desenhos infantis estão com um novo visual. Para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, celebrado neste sábado, a Mônica, o Cebolinha, o Garfield e até a Galinha Pintadinha perderam os cabelos.
 
A campanha "Carequinhas contra o Câncer Infantil", desenvolvida pelo Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer), quer mostrar que os personagens também podem ser carecas como as crianças em tratamento. A iniciativa pede que as pessoas troquem as fotos dos seus perfis nas redes sociais por personagens sem cabelos para apoiar os pequenos que tratam a doença. Há também diversos vídeos com os personagens, disponíveis no site.
 
A proposta da campanha é mostrar que as crianças com câncer podem curtir a infância como qualquer outra, além de orientar os pais a ficarem atentos ao diagnóstico precoce.
 
O Graacc lista os sinais e sintomas da doença:
 
— Dores de cabeça pela manhã e vômito
 
— Caroços no pescoço, nas axilas e na virilha, ínguas que não resolvem
 
— Dores nas pernas que não passam e atrapalham as atividades das crianças
 
— Manchas arroxeadas na pele, como hematomas ou pintinhas vermelhas
 
— Aumento de tamanho de barriga
 
— Brilho branco em um ou nos dois olhos quando a criança sai em fotografias com flash
 
Muitos desses sintomas são semelhantes aos de várias doenças infantis comuns, mas, se eles não desaparecerem em um prazo de 7 a 10 dias, é importante voltar ao médico e insistir para obter um diagnóstico mais detalhado com exames laboratoriais ou radiológicos.

Zero Hora

Dor no pé: 10 medidas para usar salto sem sofrer

Pisar de maneira inadequada favorece dores e disfunções. Para as inexperientes, o ideal é treinar em casa
 
Apesar de ser lindo, elegante e nos deixar com uma postura visualmente mais bonita, o salto alto pode causar muito sofrimento e problemas funcionais.

Há mulheres que já estão tão calejadas pelo uso diário que se acostumaram com o incômodo e aguentam o saltão a noite toda. Outras, menos experientes no assunto, começam a sofrer logo nas primeiras horas. Afinal, existem meios de aliviar a dor do salto?
 
Problemas de saúde
Na verdade, antes de mais nada, é importante esclarecer que o incômodo causado pelos saltos altos vai muito além do inchaço, calos e dores nos pés, tornozelos, pernas, lombar e costas. O uso constante do acessório pode causar desde o encurtamento dos tendões e músculos da panturrilha até a alteração das curvas da coluna vertebral.

O estrago é tanto que algumas pessoas chegam a relatar que, após anos de uso, os calçados baixos passaram a causar dores, tamanho o encurtamento muscular.

Como amenizar a dor nos pés
As condições descritas acima são causadas, basicamente, pela falta de apoio e estabilidade causada pelos sapato alto. Por conta disso, os saltos plataforma (Anabela) e os grossos e quadrados são os menos prejudiciais e, consequentemente, mais confortáveis, já que permitem a distribuição de peso mais uniforme, bem como maior sensação de firmeza.

O mesmo vale para os modelos peep toe, que oferecem salto também na parte da frente, aliviando a carga dos tornozelos. Por outro lado, quanto mais fino e alto for o salto, mais desequilíbrio você terá ao andar.

Confira abaixo 10 medidas para fazer antes, durante e depois do uso do salto para minimizar as dores e problemas:

1. O jeito como você caminha faz diferença. O correto é apoiar no chão primeiro o calcanhar, depois a borda e, por último, os dedos, e não o contrário. Se você não souber andar de salto, pratique um pouco em casa para evitar lesões.

2. Antes de sair e depois de chegar, faça exercícios e alongamentos. Sentada e com uma das pernas esticadas, alongue o pé, empurrando a ponta para baixo. Despois, flexione-o, empurrando o calcanhar para fora e a ponta para cima. Em seguida, rotacione o pé no sentido horário e anti-horário. Por fim, apoie a perna sobre a outra e, com as mãos, dobre e estique as pontas do pé.

3. Repita o procedimento na outra perna e, ao final, apoie as pernas em uma superfície mais alta para que fiquem elevadas e facilitem o retorno venoso.

4. Quando a dor estiver muito aguda durante o uso, procure jogar um pouco de água gelada para aliviar a dor e o inchaço. Se for possível, mantenha as pernas elevadas por alguns minutos.

5. Adesivos de silicone também ajudam a reduzir a dor, pois absorvem o impacto do peso na planta do pé.

6. No dia seguinte de uma noitada, faça uma compressa com gelo ou escalda pés para desinchar os pés.

7. Ao experimentar um novo calçado, observe a pisada. Se o sapato não se adequar perfeitamente ao seu pé e você sentir que está pisando mais com a parte de dentro ou de fora, use palmilhas e adaptadores para ajustá-lo.

8. Como nossos pés tendem a inchar durante o dia, o ideal é experimentar e comprar sapatos no final da tarde, para garantir que eles ficarão confortáveis em qualquer momento.

9. Procure revezar seus sapatos durante a semana, alternando entre os saltos mais altos, mais baixos e os modelos sem salto.

10. Se a dor e o formigamento persistirem, é indicado procurar um médico.
 
Hoje Mais

8 dicas para melhorar a memória

A memória é como uma caixinha no cérebro que armazena informações úteis e lembranças importantes.
 
Tudo o que é pouco utilizado ou sem relevância é descartado para dar lugar a novas experiências. O processo de envelhecimento e a correria do dia a dia podem comprometer o funcionamento correto da memória, mas com adoção de pequenos hábitos saudáveis é possível reverter o quadro.
 
Segundo o psicólogo Michael Zanchet, do Kurotel – Centro Médico de Longevidade e Spa, as pessoas só dão conta da memória quando ela falha. Os esquecimentos podem acontecer por diversos fatores, como cansaço, privação de sono, ansiedade ou excesso de apoios e estímulos externos – como depender de uma calculadora para realizar qualquer operação matemática.

O estresse também afeta diretamente a memória. A elevação do cortisol, hormônio do estresse, aumenta a vigilância, mas diminui o foco e capacidade de concentração. “Além disso, a memória, assim como o tônus muscular, apresenta um decréscimo natural com o envelhecimento. Porém, pode ser estimulada a manter-se por mais tempo com uma boa qualidade de funcionamento”, explica a neuropsicóloga Jacqueline Trindade.
 
Alguns exercícios simples estimulam o cérebro e melhoram o desempenho das tarefas cognitivas.
 
Coloque em prática oito hábitos saudáveis que fazem a diferença na saúde da memória.
 
Como melhorar a memória
Crie estratégias de memória de armazenamento. Sempre que quiser se lembrar de um compromisso ou uma informação importante, associe imagens em torno desse conteúdo.
 
Priorize a qualidade de vida. Pratique exercícios físicos regularmente, desenvolva técnicas de relaxamento e tenha um sono de qualidade. Mantenha uma dieta balanceada, rica em alimentos que protegem o cérebro.

Mude as rotinas automáticas. Que tal testar um novo caminho para ir para o trabalho? Pegar um cinema em vez de ir direto para casa? Testar um restaurante novo? Cozinhar um prato diferente para o jantar? Pequenas mudanças fazem bem para o corpo e para a mente.

Evite o uso medicamentos sem recomendação médica e a ingestão de bebidas alcoólicas. Também fique longe do cigarro.Gerencie suas emoções. Trabalhe a confiança e a motivação.
 
A leitura é uma das melhores maneiras de estimular a memória. Experimente fazer resumos do que você lê e tenha sempre um livrinho de palavras cruzadas à mão.

A mente precisa tanto de estímulo quanto de relaxamento e introspeção. A meditação tem efeitos benéficos na melhora da concentração e memorização, além de garantir a sensação de bem estar.
 
Reserve e proteja sua agenda para fazer atividades em família, de autocuidado e de lazer.
 
Distribua o tempo de maneira equilibrada entre trabalho e vida pessoal.
 
Hoje Mais

Entidades denunciam falta de estrutura em hospitais e querem audiência pública

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Foto: Mariana Dantas/NE10
O relatório foi apresentado em coletiva de imprensa realizada na sede do Cremepe
Número insuficiente de médicos e enfermeiros, superlotação nas emergências, precárias condições de trabalho, falta de medicamentos e até de produtos essenciais como sabão para lavar as mãos.
 
Segundo o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) e Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), essa é a realidade de cinco importantes unidades públicas de saúde de Pernambuco, sendo duas delas administradas pela Prefeitura do Recife e outras três pelo Governo do Estado. Na manhã desta quinta-feira (21), representantes das duas entidades médicas apresentaram relatório de fiscalizações realizadas nos hospitais da Restauração (HR), Agamenon Magalhães, Pronto Socorro cardiológico de Pernambuco (Procape), Policlínica Amaury Coutinho e Unidade Mista Barros Lima.

As visitas foram realizadas na última segunda-feira (18), durante a noite e madrugada. "Escolhemos a segunda por ser um dia mais movimentado, quando as unidades recebem muitos pacientes do Interior. As visitas ocorreram das 20h às 2h da madrugada. Infelizmente, a avaliação foi bastante negativa; os problemas se repetem nas unidades. Temos a obrigação de mostrar a situação enfrentada pelos pacientes e profissionais", afirmou o presidente do Cremepe, Sílvio Rodrigues. Ele disse ainda que o relatório será enviado para as secretarias de saúde do Estado e da Prefeitura do Recife, além do Ministério Público.

Confira o relatório apresentado pelas entidades:
"Queremos promover uma audiência pública para discutir o assunto junto com a sociedade. Nossas blitze irão continuar nas unidades até que seja tomada alguma providência. A próxima será o Hospital das Clínicas, que corre o risco de fechar por falta de estrutura, prejudicando não só a população como os estudantes que terão o programa de residência suspenso", explicou Rodrigues, denunciando ainda que R$ 18 milhões destinado ao HC (sendo R$12 mi do Governo Federal e R$ 6 mi do Estado) poderão ser devolvidos aos cofres públicos no fim do ano porque a diretoria da unidade ainda não abriu licitação para a utilização do dinheiro. "Isso também é um problema de planejamento. O pouco recurso investido na saúde está sendo desperdiçado", disse.

Relatório
A vistoria priorizou as emergências infantil, cardiológica e de trauma, as acomodações dos profissionais, as escalas de plantões e laboratórios. "Os problemas se repetem nas unidades", disse o fiscal do Cremepe, Sylvio Vasconcelos.

Na Policlínica Amaury Coutinho, o que mais chamou a atenção foi a falta de médicos, deixando buracos na escala dos plantões, e de produtos básicos, como sabão. "Sabemos que a limpeza é essencial para evitar a infecção hospitalar. Não encontramos sabão e papel toalha em nenhum dos banheiros", afirmou Vasconcelos. Outro problema apontado é a demora para resultados de exames de urgência, que varia de 12 a 24 horas. Infiltrações e mofo nas paredes também foram fotografados pela equipe.

Na Unidade Mista Barros Lima não existe sala de recuperação pós-anestésica para as mães após o parto. De acordo com as entidades médicas, as pacientes não têm privacidade por conta da falta de espaço. Uma barata morta foi encontrada em um dos corredores.

O principal problema do Pronto Socorro cardiológico de Pernambuco (Procape) seria a superlotação. A unidade de emergência tem capacidade de receber 33 pacientes. No dia da visita, 89 pessoas estavam internadas. "O hospital recebeu uma reforma recentemente. Isso mostra que obra não foi o suficiente, ainda falta espaço e profissionais", afirmou o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Mário Jorge. No Hospital da Restauração, a vistoria ocorreu nas urgências. A de trauma era a mais superlotada.
 
NE10

A saúde cerebral: entenda o funcionamento

Você já ouviu falar sobre doenças neurodegenerativas? Sabe citar exemplos e como lidar com os sintomas? Devido ao envelhecimento da população, tornam-se frequentes os casos de Parkinson, Esclerose e Alzheimer, por exemplo. Leia nossa matéria e entenda como reduzir os efeitos e ajudar as pessoas com necessidades especiais.

No passado, acreditava-se na ideia relacionada à idade como fator primordial para ocorrência da perda brusca de memória. No entanto, estudos recentes evidenciam uma nova realidade: os idosos não são os únicos com falhas no sistema nervoso. De cada quatro canadenses vítimas do mal de Alzheimer, um possui menos de 65 anos, segundo dados do Instituto AFP - Association Fundraising Professionals. Logo, torna-se necessário compreender os primeiros indícios o quanto antes para evitar um agravamento irreversível.

As doenças ligadas aos neurônios, células reponsáveis pelas funções cerebrais, danificam progressivamente os sentidos neurológicos. Quando isso ocorre, o paciente poderá perder aos poucos suas funções motoras, fisiológicas e a capacidade de raciocínio. O tratamento é feito com remédios responsáveis por inibir ou retardar a destruição neuronal.

Para a Dra. Luciana Pricoli, especializada em Clínica Geral e Geriatria pela USP, apesar da cura ainda não existir, as perspectivas da medicina são extremamente positivas: “hoje já é possível estabilizar consideravelmente alguns dos sintomas do Alzheimer, se compararmos a décadas anteriores. O objetivo é conseguirmos reverter as consequências da doença com a intensificação das pesquisas gênicas”. Ainda sobre o tema, Luciana dá algumas dicas essenciais: “alimentação equilibrada e hábito da leitura são dois pontos essenciais para manter uma vida saudável. Peixes, frutas, verduras e legumes devem fazer parte da mesa de todo brasileiro, enquanto cigarro, álcool, açúcares em excesso e colesterol alto devem passar longe”.

Para informações sobre como lidar com as doenças neurodegenerativas, orientações aos familiares, localização e agenda de grupos de apoio no país, acesse o Portal da Abraz - Associação Brasileira de Alzheimer.
 
Nube

Os exageros de quem se preocupa muito (até demais) com a saúde

Durma oito horas por dia. Não coma glúten. Reaplique o protetor solar. Lave as mãos por 90 segundos. Evite derivados de leite. Faça exercícios físicos diariamente. Mantenha os exames em dia. Tome uma taça de vinho todas as noites e 1 litro de água todas as manhãs. Chocolate só se for amargo. Gordura só boa. Elimine as frituras. Aposte na linhaça. Chega!
 
A lista de recomendações médicas cresce a cada dia, junto com a onda de bem-estar que invade as redes sociais todas as manhãs, quando (antes de raiar o dia) milhares de usuários postam suas rotinas de exercícios e seus copos de suco verde. Será que não estamos exagerando? Não deve haver um limite também para o que faz bem?
 
A saúde é um estado de completo bem-estar físico, psíquico, mental e social e não somente a ausência de afecções e enfermidades segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ser saudável, portanto, não é apenas ter níveis de colesterol, diabetes e triglicérides em ordem, mas também sentir-se disposto, dormir bem e conviver com amigos e família. O tema anda tão em voga que virou febre.
 
É difícil achar alguém que não venha com uma teoria bem elaborada sobre como a vida é diferente sem um determinado alimento ou como o sol vai te fazer ficar feio. Ou seja, muitas vezes a desculpa é uma, a motivação é outra, mas os exageros trazem danos iguais.
 
Para a psicanalista Joana de Vilhena Novaes, coordenadora do Núcleo de Doenças da Beleza da PUC-Rio, somos avaliados moralmente pelo nosso corpo, não pelas nossas realizações, e acabamos confundindo saúde com isso. Tem muita gordinha saudável, mas as pessoas acham que esse é um estado restrito ao biotipo dos modelos que figuram as propagandas de leite desnatado, diz.
 
Se ser gordo virou sinônimo de doença e descuido, levar um estilo de vida saudável, em uma cultura altamente narcísica, virou razão para se ter muitos seguidores nas redes sociais. Uma das mais populares, a paulistana Gabriela Pugliesi acumulava até o fechamento desta edição 450 mil seguidores em sua conta do Instagram. Entre as fotos de sua própria barriga, Tupperwares com batata-doce e sucos detox, ela escreve frases motivacionais como essa bunda não pede pizza aos domingos, cancele a tua, cuspa o chocolate que acabou de comer, vai ficar na cama? Então não reclama dessa bunda cheia de estria e outras.
 
A nutricionista Adriana Kachani diz que muitos optam pelo radicalismo por não conseguirem encontrar o ponto de equilíbrio. É o velho caso do prefiro não comer nenhum a ter de me contentar com um só. Joana acredita que a própria sociedade do consumo fomenta a moralização da beleza. Se você está insatisfeito com sua aparência, continua consumindo cremes, cirurgias plásticas, tratamentos, serviços, alimentos saudáveis etc., explica.
 
Mas não é só a busca pela boa aparência que está por trás do estilo de vida saudável. A apresentadora Glória Maria, por exemplo, jura que isso vem como consequência. Superxiita, ela não come carne, fritura, cremes, leite, pães, ovo ou açúcar. Chocolate? Nem pensar. Mas nunca abre exceções? Até abro, mas não consigo me lembrar da última, diz, rindo. Gloria conta que o estilo de vida foi fruto de anos de muita leitura e observação. Aos 18 viajei para a Índia e vi que lá todo mundo era magro e ninguém comia carne. Decidi cortar e me fez bem, explica. Claro que às vezes vou a um jantar e morro de vontade de comer um bom filé, mas não vou prejudicar uma história de vida por um prazer passageiro. Além da alimentação regradíssima, ela pratica pilates e caminhada todos os dias, e toma suas já famosas cápsulas atualmente são quase 100. E a alimentação restrita passa para as filhas de 5 e 6 anos. Outro dia liberei uma salsicha de frango porque tenho muito medo que um dia elas comam uma de carne. Brigadeiro, então, nunca provaram, fico dizendo que tem um gosto horroroso.
 
O problema está quando a saúde começa a virar doença. Os distúrbios são menos visíveis do que na anorexia e na obesidade, mas tão preocupantes quanto. Há o transtorno disfórmico corporal, em que a pessoa tem uma alteração na percepção de sua imagem e busca por um modelo de beleza inatingível; a vigorexia, quando o indivíduo quer estar sempre mais forte e para isso treina com intensidade que excede sua capacidade de recuperação; e a ortorexia, de quem tem fixação por comida saudável a ponto de só conseguir comer alimentos orgânicos.
 
A designer de joias Silvia Fischer, por exemplo, assistiu de perto o estilo de vida saudável se tornar paranoico. Quando casou com seu ex-marido, o empresário Flavio Souza Ramos, ele era 30 quilos mais gordo e completamente sedentário. Começou a correr aos poucos, passou a emagrecer e tomou gosto pelo esporte. De repente, tinha adotado a alimentação saudável como regra, entrado para uma equipe de triatlo e feito daquilo prioridade absoluta de sua vida. Ele precisava dormir às nove todos os dias, não bebia nem uma taça de vinho, só comia ricota, não falava em outro assunto Resumindo, virou uma outra pessoa e minha vida se transformou em um inferno, conta. Flavio, que chegou a disputar quatro Ironman em 11 meses (a prova que desafia atletas a percorrer 3,8 km de natação, 180,2 km de ciclismo e 42,2 km de corrida), reconhece os exageros de seu próprio passado: Essa obsessão acabou com meu casamento, prejudicou minha vida profissional e até minha saúde, tive inúmeras lesões. Virei um chato do tipo que perguntava para a moça do bufê, no aniversário dos meus filhos, se o salgadinho era assado ou frito. Só procurou ajuda quando namorou alguém ainda mais neurótico. Ela era tão viciada no triatlo que não queria transar por causa do treino do dia seguinte. Vi que era o fim do mundo.
 
Mas como saber quando hábitos aparentemente saudáveis passam da medida e se tornam um problema? O endocrinologista Filippo Pedrinola diz que a diferença entre o veneno e o remédio é sempre a dose. É preciso aprender a escutar o próprio corpo, que sempre avisará quando a harmonia desaparece. Insônia, transtornos de ansiedade, estresse, tudo isso é muito comum nas pessoas que estão passando dos limites. Joana acredita que um bom parâmetro é perceber o quanto a rotina da pessoa está sendo prejudicada em nome das praticas saudáveis. Se o sujeito começa a chegar atrasado no trabalho porque aumentou o treino, não quer ir à praia antes de malhar ou deixa de ir à comemoração de um colega porque não terá comida saudável, é hora de se preocupar.
 
Buscar o caminho do meio é mesmo difícil. Para Adriana, os radicalismos são todos ruins, inclusive aqueles propostos por alguns nutricionistas. Cortar o glúten ou lactose de uma dieta não faz o menor sentido a não ser que o paciente tenha intolerância comprovada por exame laboratorial, explica. Pedrinola endossa: Não existe dieta que sirva a todos, nem vilões na alimentação. São só desculpas para vender livros. Bom senso ainda é a medida certa.
 
Glamurama

Diagnóstico precoce de anemia falciforme aumenta sobrevida de pacientes

A anemia falciforme é uma das doenças mais predominantes no Brasil. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a cada mil crianças nascidas vivas, uma tem a doença e, uma a cada 35, nasce com o traço falciforme. Este tipo de anemia é genético, hereditário e tem maior prevalência na população afrodescendente. Quando descoberto ainda cedo, é possível adotar os cuidados necessários e minimizar os danos ocasionados pela doença.
 
De acordo com a hematologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Luciana Ribeiro Sampaio, a anemia falciforme é causada por uma alteração do gene que produz a hemoglobina, levando a uma mudança na forma dos glóbulos vermelhos. Devido a essa alteração, o glóbulo, em forma de foice, circula com dificuldade na corrente sanguínea e é destruído facilmente, o que leva a quadros de oclusão vascular.
 
"A pessoa terá a doença apenas se herdar o gene do pai e também da mãe. Caso seja herdado o gene apenas de um deles, a criança adquire o traço falciforme, o que a torna portadora da doença, sem desenvolvê-la", explica a hematologista.
 
Segundo a especialista, é preciso diagnosticar a anemia falciforme ainda na maternidade, por meio do exame do pezinho, pois 80% das crianças não alcançam os cinco anos de vida quando não recebem os devidos cuidados. Já na fase adulta, o diagnóstico é feito por meio do exame de sangue eletroforese de hemoglobina.
 
Sintomas
Os sintomas mais comuns nos quadros moderados da doença são palidez, cansaço e olho amarelo. Quando a doença está em uma fase mais grave, podem ocorrer crises dolorosas, pois a hemácia não consegue circular, úlceras nas pernas, trombose, acidente vascular cerebral e perda da função de vários órgãos, como insuficiência renal, cardíaca e hepática.
 
Tratamento
A única forma de cura para a anemia falciforme é o transplante de medula óssea, porém, essa medida tem melhor resultado em crianças. Já o tratamento de suporte é feito com transfusões de sangue nos episódios de agudização da doença ou mensalmente, quando o paciente tem antecedente de quadros graves, como acidente vascular cerebral; hidratação, administração de ácido fólico e tratamento precoce dos quadros infecciosos. Também podem ser utilizado medicamento para reduzir o número de crises.
 
Cuidados
A hematologista aponta alguns cuidados que precisam ser tomados para que a doença não seja agravada. "É possível reduzir os quadros de agudização a partir de medidas simples, como fugir do stress, manter-se sempre aquecido nos períodos de frio e estar sempre bem hidratado".
 
Paranashop

Terapia chinesa será aplicada em UBS

Imagem ilustrativa retirada da internet
Londrina - Visando diminuir o uso de medicamentos para dores articulares nos pacientes das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e instituições de saúde, a secretaria de Saúde de Londrina iniciou capacitação de 20 profissionais para aplicar a auriculoterapia.
 
A técnica, que faz parte da milenar medicina chinesa, é um tipo de acupuntura, em que os pontos presentes na orelha são estimulados através de pequenas esferas de aço ou sementes, conforme explica o médico acupunturista Eduardo Shiratori, responsável pelo curso.
 
"Fazemos estímulos através de reflexos. Cada ponto na orelha corresponde a um órgão. Os franceses tiveram a ideia de colocar um feto invertido na orelha, encaixou perfeitamente e os pontos são associados. A cabeça fica para baixo, no lóbulo da orelha e depois vai contornando", conta.
 
De acordo com o médico, são mais de 200 pontos na orelha, sendo que alguns estão localizados somente na orelha direita e outros apenas na esquerda. Através deles podem ser estimulados todos os órgãos do corpo e tratadas diversas doenças.
 
Por enquanto o curso será voltado apenas para tratar dores articulares. "Essa capacitação é para que o paciente vá, relate os sintomas e, caso ele queira, seja aplicada a técnica até a data da consulta. O que queremos é que uma pessoa, ao invés de tomar medicamento, faça a aplicação da técnica. O medicamento muitas vezes trata, como o antibiótico, mas o analgésico e o anti-inflamatório escondem sintomas", destaca.
 
Ainda segundo o especialista, outro objetivo é que os pacientes raciocinem sobre o que levou aos sintomas. "Um dos fatores envolvidos é melhorar o conhecimento que a pessoa tem de si mesma, para que ela evite essa conduta, esse comportamento incapacitante para ela."
 
Shiratori explica que em algumas UBS a acupuntura já é oferecida, mas não de forma normatizada. "A acupuntura de maneira formal é oferecida no Cismepar (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema) desde 2000 e a Policlínica desde 2006, aproximadamente. A intenção é começar com uma técnica mais simples, como a auriculoterapia.
 
Nesta primeira etapa, composta por três encontros, iremos trabalhar apenas 20 pontos. Depois faremos outros módulos para aprofundar."
 
Os profissionais devem começar a aplicar a técnica no próximo mês. A expectativa é que posteriormente o projeto-piloto seja ampliado para todas as unidades. Por enquanto, as unidades que oferecerão a auriculoterapia são as dos distritos de São Luiz e Irerê (zona sul), Vila Brasil, Vila Nova, Maternidade Municipal (centro), Eldorado, Jardim Santiago (zona oeste) e Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD).

FolhaWeb

Venda de medicamentos registra aumento de 10,7% em doze meses

Segundo dados do IMS Health, as unidades de medicamentos vendidas tiveram aumento de 10,7% de setembro de 2012 até setembro de 2013. Os 135 associados da Abradilan tiveram um aumento de 29% no volume de vendas nesse mesmo período.
 
Preços mais acessíveis e preferência do consumidor confirmam alta nas vendas de medicamentos genéricos, cerca de 15%.
 
Já não é mais novidade que hoje os brasileiros procuram por mais qualidade de vida. Essa melhoria está aliada ao aumento do nível de emprego, e por consequência da renda da população brasileira, aos preços reduzidos dos medicamentos genéricos e iniciativas do governo, como o Programa Farmácia Popular em que estão inseridos alguns medicamentos. De acordo com os dados do IMS Health, no acumulado dos doze meses finalizados em setembro de 2013, as unidades vendidas de medicamentos no geral tiveram um crescimento de 10,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
 
Os genéricos conquistaram a confiança dos brasileiros e o medicamento comercializado pelo nome da substância ativa, sem marca comercial, teve um crescimento de 14,66% neste mesmo período. Segundo o diretor-executivo da entidade, Geraldo Monteiro, “preços mais acessíveis e preferência do consumidor confirmam a alta nas vendas de medicamentos genéricos nas farmácias e drogarias do país. Os fatores de melhoria permitem que a população tenha maior acesso aos medicamentos, possibilitando mais cuidados com a saúde e bem-estar”.

Já o volume de unidades vendidas pelos associados da Abradilan, no mesmo comparativo de tempo, teve um aumento de 29%. Os 135 associados da Abradilan, visitam 86% das cidades do Brasil, e atendem 79% das 72,7 mil farmácias e drogarias do Brasil, e representam 26% nas vendas de medicamentos genéricos no Brasil.

Constituída em 1998, a Abradilan – Associação Brasileira dos Distribuidores dos Laboratórios Nacionais – é formada por empresas distribuidoras de medicamentos, produtos para a saúde, artigos de higiene pessoal e cosméticos no mercado brasileiro.
 
Com 135 associados, tem como missão contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento do mercado e de seus associados, promovendo a melhoria continua e eficaz de seus serviços.
 
A entidade realiza todos os anos a Abradilan Farma & HPC, única feira nacional do setor com representantes de indústrias de todos os estados brasileiros. Em 2013, a 9ª edição do evento ocorreu no Rio de Janeiro entre os dias 20 e 22 de março e contou com 200 marcas expostas.
 
O evento atraiu cerca de 19.300 mil visitantes.

Revista Fator Brasil

Falta de equipamentos e remédios leva médico a denunciar caos na saúde

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Foto: Gerson Walber/Correio do Estado
Renato Figueiredo lamentou situação nos postos de saúde
O médico pediatra Renato Figueiredo fez uso da Tribuna na sessão desta quinta-feira (21) na Câmara Municipal para alertar os vereadores sobre o caos na saúde pública: falta de medicamentos, equipamentos e materiais médicos.
 
Renato, que é plantonista há sete anos nas unidades de saúde de Campo Grande e diretor do Sindicato dos Médicos, aproveitou a oportunidade para apresentar fotos e documentos relatando os problemas enfrentados diariamente. Segundo o médico, muitas denúncias foram feitas e, por isso, os postos de saúde têm sido fiscalizados e a situação encontrada é precária.
 
“Por falta de material as unidades estão improvisando. Utilizando mesmo lençol na mesma maca porque não tem como trocar. Isso provoca a disseminação de doenças. Isso é muito sério, já verificamos isso há muito tempo. Não é questão de vir falar mal de alguém, são vidas que há 10 meses passam por situação cardíaca séria sem monitoramento. Muitas das vezes não tenho remédio para tratar os pacientes. Eu dependo desse aparelho para monitorar a freqüência cardíaca dos pacientes.
 
Em todas as unidades verificamos que tinha apenas um aparelho ou nenhum, o que inviabiliza o funcionamento de uma unidade de saúde de emergência. Eu não tenho parâmetro nenhum para monitorar o paciente. O único oxímetro do Posto da Vila Almeida está quebrado. Não temos desfibrilador no Vila Almeida e no Coronel Antonino está quebrado, este é um equipamento para o funcionamento mínimo necessário de uma unidade de emergência. Não tínhamos sequer material para colher sangue, imagine uma unidade de emergência sem coletor de sangue”, lamentou.

Renato Figueiredo apresentou ainda um relatório elaborado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), contendo inúmeras irregularidades. “No relatório do SAMU haviam 17 pacientes aguardando sem condições mínimas de atendimento e lá não tem ninguém gripado, são pessoas com patologias graves como infarto, derrame, septicemia, paciente entubado, com AVC hemorrágico, sem monitoração. Não porque não queríamos, mas porque não tinha. Isso demonstra a gravidade da falta de materiais básicos, falta de transporte, da falta de medicação. Esse relatório foi enviado ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e ao Ministério Público Estadual para que sejam tomadas providências”, disse.
 
O médico também relatou aos parlamentares a situação vivida em um plantão na unidade do Vila Almeida. “Fiz um plantão no sábado à noite e não tínhamos água desde o período matutino. Não tínhamos como lavar a mão, não tinha água nem para isso.
 
Enviamos diversos documentos à Secretaria de Saúde, ao secretário Ivandro Fonseca solicitando equipamentos, solicitações que se repetem durante os meses e cuja conseqüência é a morte de pacientes. Não estou aqui procurando culpados, só quero uma solução. Não importa de quem é a culpa. Eu, como médico, só quero chegar para trabalhar e ter condições para salvar vidas. Que vocês vereadores possam ter tranquilidade para fazer o trabalho de vocês e mudar isso, para que eu possa sentir isso lá na ponta, na melhora do atendimento aos pacientes”, finalizou. 

Correio do Estado

Mulher morre depois de esperar 18 horas por vaga na Santa Casa

Kris Tavares/Tribuna Impressa
Foto Kris Tavares/Tribuna Impressa
Dois meses após perder o pai, Rosana enterrou ontem sua mãe,
de 69 anos, vítima de um AVC
Todos os dias, pelo menos um médico da rede pública de Araraquara falta ao trabalho, e população sofre sem atendimento
 
Confronto entre Prefeitura e médicos, cujas faltas bateram recorde este mês, faz mais uma vítima em Araraquara. Clarice Montovani, 69 anos, morreu na manhã de ontem, depois de aguardar 18 horas por internação na Santa Casa.

Clarice começou apresentou os primeiros sinais de AVC (Acidente Vascular Cerebral) e foi levada pela filha, a autônoma Rosana Maria dos Santos, 46, à UPA Central, às 7h de terça.

Ficou em observação e teve a pressão arterial aferida, precisava urgente fazer uma tomografia, mas não havia vaga no hospital. Ela só conseguiu a transferência à 1h e passou toda a quarta-feira realizando exames, porém, acabou morrendo na manhã de ontem.

“Perdi meu pai por causa do descaso da saúde, hoje estou enterrando minha mãe. Estou sentindo um vazio grande dentro de mim, uma tristeza. Se ela tivesse recebidos os cuidados certos, poderia estar hoje aqui comigo”, desabafa a autônoma.

O pai de Rosana, Dorival dos Santos, 73, morreu há dois meses. Segundo a usuária da rede pública de Araraquara, ela o teria levado com pneumonia até a UPA. Lá, o aposentado foi medicado e dispensado.

Ao chegar em casa, ainda segundo Rosana, Dorival se sentiu fraco e acabou caindo. Ele bateu a cabeça e voltou à UPA, foi medicado e novamente dispensado. “À noite meu pai passou mal e morreu. Perdi meus pais por causa da precariedade da saúde em Araraquara. Queria um dia conversar com o prefeito, para ele ver o tamanho do meu sofrimento. Agora nós vamos à Justiça, isso não vai ficar assim”, completa.
 
Saúde
Em nota, a Prefeitura afirma que as UPAs são dotadas de toda infraestrutura de urgência e emergência. Na Central, há 12 leitos com respiradores e outros equipamentos necessários para monitoramento dos pacientes. Na unidade da Vila Xavier existem sete leitos nas mesmas condições. Entretanto, a tomografia, necessária no caso da paciente, só é realizada em hospital.

A Santa Casa de Araraquara informou possuir apenas nove leitos mantidos pela Prefeitura. O Ministério da Saúde liberou recursos para a contratação de mais 16 leitos de UTI na unidade que, com o incremento financeiro, passará a oferecer 25 leitos para internações.
 
Vítimas
Essa não foi a primeira vítima da “guerra” travada entre médicos e a Prefeitura de Araraquara.

Em menos de um mês, em 30 de outubro, a dona de casa Maria de Castro Fernandes, 79 anos, precisou ir sete vezes à UPA Central até ser internada. Segundo a família, ela reclamava de fortes dores na coluna e os médicos sempre receitavam remédios, aplicavam injeções e dispensavam a paciente.

Após fazer uma radiografia em uma clínica particular, a idosa finalmente conseguiu ser internada, mas morreu no mesmo dia, em virtude de pneumonia bacteriana e infecção.

Todos os dias, pelo menos um médico da rede pública de saúde não vai trabalhar
Segundo a Secretaria de Saúde de Araraquara, entre os dias 1o e 19 de novembro, 19 médicos deixaram de trabalhar e apresentaram atestado, além de outros dez médicos que não justificaram as faltas.
 
Há 15 dias, médicos da UPA Central se recusaram a atender crianças, o que resultou em revolta entre os usuários da rede, que esperavam há horas por atendimento. Na semana passada, três médicos faltaram ao plantão da noite de quinta-feira e madrugada de sexta-feira, deixando a UPA da Vila Xavier sem médico por quase três horas e a Central com apenas um médico.
 
A Secretaria Municipal de Saúde informa que todos os casos serão investigados.
 
Araraquara.com