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sábado, 5 de abril de 2014

Melancia pode ser aliada da pressão arterial, aponta pesquisa

Melancia pode ser aliada da pressão arterial, aponta pesquisa stock.xchng/Divulgação
Foto: stock.xchng / Divulgação
Estudo indica que fruta pode diminuir sobrecarga do coração
 
Um novo estudo da Universidade Estadual da Florida aponta que consumir melancia pode reduzir significativamente a pressão arterial em pessoas com excesso de peso. O estudo foi publicado no American Journal of Hypertension.
 
O estudo começou com um conceito simples: mais pessoas morrem de ataques cardíacos em épocas de frio porque as baixas temperaturas levam a um estresse cardíaco que faz com que a pressão arterial aumente e o coração tenha que trabalhar mais para bombear o sangue para a aorta. Isso, muitas vezes, leva a um menor fluxo de sangue para o coração.
 
Assim, as pessoas com obesidade e pressão arterial elevada enfrentam maior risco de acidente vascular cerebral ou ataque cardíaco quando expostos ao frio, seja durante o inverno ou em ambientes com temperaturas muito baixas. Os pesquisadores descobriram que a melancia pode ser uma aliada do coração nessa situação.
 
O estudo durou 12 semanas e foi focado em 13 homens e mulheres de meia-idade que sofriam de pressão alta e eram obesos. Os participantes foram expostos a temperaturas baixas enquanto a equipe de pesquisadores mediu a sua pressão arterial e outros sinais vitais.
 
Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu extrato de melancia enquanto outro tomou placebo. Os participantes também tiveram que se abster durante o período de estudo de tomar qualquer medicação para pressão arterial ou fazer quaisquer alterações significativas no seu estilo de vida, principalmente relacionados com dieta e exercícios físicos.
 
Os resultados mostraram que o consumo de melancia teve um impacto positivo sobre a pressão arterial da aorta e outros parâmetros vasculares. Os participantes do estudo mostraram melhorias na pressão arterial e estresse cardíaco.
 
— Isso significa menos sobrecarga para o coração, de modo que o coração vai funcionar facilmente durante uma situação estressante, como a exposição ao frio — disse um dos autores do estudo, o professor Arturo Figueroa.
 
Figueroa realizou vários estudos sobre os benefícios da melancia. No passado, ele examinou seu impacto na função arterial pós-menopausa das mulheres e as leituras de pressão arterial de adultos com pré- hipertensão.
 
Zero Hora

Saiba como aplicativos para celulares podem ajudar os usuários a meditar

Saiba como aplicativos para celulares podem ajudar os usuários a meditar reprodução/reprodução
Foto: Reprodução
Programas que trazem desde músicas relaxantes a sons da natureza auxiliam contra a ansiedade
 
Para a maioria de nós, os smartphones podem parecer mais uma fonte constante de stress do que um caminho para a serenidade. Mesmo assim, cada vez mais pessoas estão usando seus Androids e iPhones para encontrar a paz interior.
 
Nos últimos anos, dezenas de aplicativos surgiram prometendo treinar os usuários em diversas formas de meditação contra o stress. Muitos promovem uma abordagem popular, adaptada da meditação budista, que é conhecida como "consciência plena" — a observação imparcial de sua respiração, presença e pensamentos.
 
Era isso que Kat McKerrow, de Baltimore, estava procurando durante o verão, quando baixou um aplicativo para iPhone chamado Calm.
 
Por cerca de US$10 por ano, ele oferece dezenas de módulos guiados de meditação, com músicas relaxantes e sons da natureza, para ajudar com coisas como ansiedade, criatividade e sono.
 
Os usuários podem escolher entre uma gama de módulos gravados, e a tempo pelo qual querem meditar. Um módulo de 10 minutos traz o som de ondas do mar quebrando na praia enquanto uma narradora, com voz suave e reconfortante, o instrui a fechar seus olhos, se afastar de seus pensamentos e sentir qualquer tensão derreter.
 
"Entenda que não há nada para fazer agora – apenas você. Quando se pegar tendo outros pensamentos, deixe que eles passem como nuvens no céu, e simplesmente traga sua atenção de volta ao seu corpo. Isso é você, com vida e presente".
 
Para McKerrow, de 34 anos, o aplicativo de meditação era uma maneira de aliviar o stress de conciliar duas carreiras (diretora editorial de uma newsletter financeira e atriz em meio período) enquanto cria três filhos.
 
— É uma vida muito voltada a prazos. Não consigo relaxar naturalmente. Isso não vem fácil para mim. Tenho muita energia nervosa, e tenho muitos problemas com tensão no pescoço e nas costas — confessou ela.
 
Hoje ela usa o programa de meditação várias vezes ao dia — durante pausas para o almoço, em sua rotina diária de alongamento e antes de subir ao palco.
 
O aplicativo, lançado há cerca de um ano pela Calm.com, uma iniciante de São Francisco, teve mais de meio milhão de downloads; outro, chamado Headspace e fundado por um ex-monge budista, garante ter mais de 1 milhão de usuários.
 
A Saagara, empresa em Ann Arbor, Michigan, oferece dois aplicativos de "pranayama", voltados a ensinar técnicas de respiração (pranamaya é uma palavra em sânscrito que se refere à regulação da respiração).
 
Entretanto, embora os aplicativos de meditação tenham muitos adeptos, seu efeito sobre a saúde mental e física é difícil de medir.
 
No geral, estudos sobre meditação descobriram que ela pode produzir melhorias modestas em ansiedade, depressão e dor. No entanto, isso não necessariamente se traduz em programas de meditação baseados em smartphones e na internet, segundo especialistas.
 
O Dr. Madhav Goyal, professor de Medicina na Johns Hopkins University e especialista em meditação, diz que essa é uma habilidade que deve ser aprendida com um professor experiente, e que aplicativos e programas online devem ser vistos apenas como ferramentas auxiliares.
 
— A meditação não é algo fácil de aprender. Minha opinião é que, se você deseja aprender, procure alguém com muita experiência que possa orientá-lo através das nuances e dificuldades que uma pessoa enfrenta quando este tentando dominar sua mente. E depois de aprender a habilidade, então, esses aplicativos e tecnologias serão realmente úteis — afirmou ele.
 
Grande parte das pesquisas sobre meditação foi realizada em experimentos pequenos e mal controlados. Todavia, em uma análise na revista "JAMA Internal Medicine", este mês, Goyal e colegas vasculharam milhares de estudos e selecionaram 47 ensaios clínicos aleatórios — o padrão de ouro na pesquisa científica — que incluíram 3,5 mil participantes. Muitos deles aprenderam a meditação de atenção plena em programas de oito semanas, que envolviam duas horas de treinamento semanal e cerca de 30 minutos de sessões diárias como "lição de casa".
 
Os pesquisadores encontraram pouca ou nenhuma evidência de que a meditação tinha qualquer impacto sobre coisas como ganho de peso, uso de substâncias controladas, hábitos de alimentação e sono. Contudo, eles concluíram que a pessoa comum se submetendo a um programa de consciência plena pode esperar melhorias — de pequenas a moderadas — em sintomas de ansiedade, depressão e dores.
 
Segundo Goyal, a meditação pode produzir benefícios ao treinar a pessoa a reconhecer pensamentos negativos sem ser perturbada por eles. Uma pessoa comum com ansiedade, por exemplo, pode pensar em algo estressante, se prender a esse pensamento e ficar cada vez mais ansiosa a respeito.
 
— Na meditação, porém, você é ensinado a ser capaz de observar esse pensamento, mas fazê-lo de uma forma isolada, sem reagir a ele. Esse processo pode reduzir as chances de sofrer de ansiedade. O mesmo vale para a depressão e para a dor — explicou Goyal.
 
Nos últimos 10 anos, Goyal praticou a meditação vipassana, que requer uma rigorosa imersão de 10 dias e 100 horas de treinamento, com cursos de acompanhamento ao longo dos anos. Um aplicativo ou curso online dificilmente conseguiria substituir esse tipo de treinamento, afirmou ele.
 
Ainda assim, alguns ensaios pequenos sugerem que o usuário pode se beneficiar com esses programas menos ambiciosos. Em um estudo publicado na revista "BMJ Open", em janeiro, pesquisadores suecos descobriram que baixar e usar um aplicativo de consciência plena por oito semanas fez pouca ou nenhuma diferença para pessoas com casos graves de depressão e ansiedade. Por outro lado, para um subgrupo de pessoas com níveis leves ou "subclínicos" de depressão, eles descobriram melhorias surpreendentes nos sintomas.
 
— Em média, eles foram de uma depressão mínima a nenhuma depressão — garantiu o principal autor do estudo, Kien Hoa Ly da Linkoping University, na Suécia.
 
— Para pessoas que não são gravemente depressivas, usar um aplicativo de consciência plena pode ser um exercício muito bom — completou.
 
Os smartphones contribuem de diversas formas para o stress, levando-nos a checar e-mails compulsivamente, escrever mensagens e bater furiosamente em nossas telas jogando "Candy Crush" e "Angry Birds". Aplicativos de meditação podem ao menos nos incentivar a usar o celular para algo mais relaxante, disse Adele Krusche, pesquisadora de Oxford e coautora do estudo, publicado em novembro, sugerindo que os programas online de consciência plena podem reduzir o stress e a ansiedade.
 
Segundo Krusche, a ideia da meditação de consciência plena não é esvaziar sua mente ou deslizar para um relaxamento profundo, mas parar por um momento e prestar atenção aos diversos pensamentos flutuando em sua mente.
 
— Muitas vezes, estamos tão ocupados que não nos damos um momento para parar e fazer um balanço — explicou ela.
 
O bom de um aplicativo é que ele permite ao usuário fazer isso onde estiver – em casa, em um trem ou no escritório. Krusche utiliza um aplicativo de consciência plena enquanto vai para o trabalho, no ônibus.
 
— Os smartphones são uma parte tão grande de nossas vidas atualmente e é muito bom poder usar a tecnologia dessa forma — disse ela.
 
The New York Times / Zero Hora

Empresa brasileira obtém registro de dois medicamentos estratégicos para o SUS

Empresa brasileira obtém registro de dois medicamentos estratégicos para o SUS Janos Posztos/Deposit Photos
Foto: Janos Posztos / Deposit Photos
Antirretroviral será fabricado pela Farmanguinhos em parceria
com a empresa Blanver
Instituto ligado à Fundação Oswaldo Cruz fabricará comprimidos para combate à aids e para tratamento de excesso do hormônio feminino prolactina
 
O Instituto de Tecnologia de Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Instituto Oswaldo Cruz obteve registros de dois medicamentos considerados estratégicos pra o Sistema Único de Saúde (SUS): um antirretroviral que associa dois princípios ativos em um único comprimido e é empregado no combate à aids; e outro para tratamento do excesso de hormônio feminino prolactina, responsável pelo estímulo à produção de leite.
 
Os dois medicamentos vão atender às necessidades do SUS. O antirretroviral do tipo 2 em 1 combina o fumarato de tenofovir desoproxila com a lamivudina, cada substância com 300 miligramas (mg) na composição. Já o cabergolina, indicado para o tratamento da hiperprolactinemia, tem apresentação de 0,5 mg. Os registros dos dois medicamentos foram publicados no Diário Oficial da União de segunda-feira.
 
Ambos os medicamentos são frutos de parcerias de desenvolvimento produtivo, pelas quais enquanto o Farmanguinhos recebe a tecnologia de produção dos medicamentos, uma empresa farmoquímica nacional adquire a tecnologia para a produção do insumo farmacêutico ativo.
 
A parceria é considerada pela coordenadora de Desenvolvimento Tecnológico de Farmanguinhos, Kátia Miriam, como estratégica para o fortalecimento do setor. No caso do antirretroviral, a pesquisadora disse que a formulação, chamada dose fixa combinada, traz dois grandes benefícios:
 
— Além de melhorar a adesão, já que se trata de dois fármacos em um único comprimido, o custo é mais baixo.
 
O antirretroviral será fabricado pela própria Farmanguinhos em parceria com a empresa Blanver. Na avaliação da gerente do projeto de transferência de tecnologia, Maristela Rezende, a produção do 2 em 1 na Farmanguinhos, além de garantir o fornecimento do medicamento para a rede pública de saúde, poderá propiciar uma economia de cerca de R$ 215 milhões aos cofres públicos, ao longo dos cinco anos do acordo.
 
A produção do cabergolina, por sua vez, resulta de uma parceria de desenvolvimento produtivo envolvendo a Fundação Baiana de Pesquisa Científica, Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma), pela qual cada instituto atenderá à metade da demanda nacional. Além de tornar disponível o medicamento na rede pública, a iniciativa contribuirá para descentralizar a produção da indústria farmacêutica para o Nordeste.

Agência Brasil

Fumar pode inibir o funcionamento do paladar em mulheres obesas, sugere estudo


Fumar pode inibir o funcionamento do paladar em mulheres obesas, sugere estudo Gina Sanders/Deposit Photos
Foto: Gina Sanders / Deposit Photos
Ao contrário da crença existente, cigarro não ajuda na perda
de peso, mas no ganho
Elas tendem a comer mais por serem incapazes de identificar sabores dos alimentos
 
Muitas pessoas acreditam que fumar ajuda a emagrecer porque o cigarro poderia atuar como um inibidor do apetite. Mas uma nova pesquisa sugere que o hábito pode, ao contrário, fazer com que algumas pessoas acabem ganhando peso.
 
O estudo mostrou que fumar pode entorpecer a capacidade das mulheres obesas de sentir o gosto da gordura e do açúcar. Apesar de querer sempre ingerir alimentos calóricos e açucarados, o grupo é menos propenso a perceber esses sabores, o que pode levar ao consumo ainda maior de calorias.
 
Yanina Pepino, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, realizou uma série de testes em que diferentes grupos de mulheres - entre 21 e 41 anos - provaram vários pudins de baunilha contendo diferentes quantidades de gordura e foram solicitadas a classificá-los segundo o nível de doçura e cremosidade. As participantes eram fumantes obesas, obesas não-fumantes, fumantes com peso normal e não-fumantes com peso normal.
 
— Em comparação com os outros três grupos, as fumantes que eram obesas perceberam um teor menor de cremosidade e doçura. Elas também provaram menos prazer ao degustar os pudins— afirma a cientista.
 
Yanina alertou que a investigação apenas verificou possíveis associações entre o tabagismo e o paladar, e não as razões definitivas para justificar o porquê de as fumantes obesas serem menos propensas a detectar os sabores. Contudo, os resultados apontam que tal incapacidade de percepção compromete as mulheres fumantes e obesas, contribuindo para o aumento da ingestão.
 
— Pessoas obesas, muitas vezes, anseiam por alimentos ricos em gordura. Nossas descobertas revelam que ter esse desejo intenso, mas não perceber nem a gordura nem a doçura na comida, pode levar essas mulheres a comer mais— esclarece a pesquisadora.
 
Curiosamente, foi a combinação de fumo e obesidade que criou uma espécie de "golpe duplo" porque as fumantes que não estavam acima do peso mantiveram a percepção normal dos sabores, assim como as não-fumantes. Estudos anteriores já haviam relacionado o tabagismo ao aumento das compulsões alimentares e ao maior consumo de gordura, independentemente se o fumante era obeso.
 
Os resultados contribuem para desmistificar a ideia persistente de que fumar ajuda as pessoas a manter um peso saudável.
 
— As mulheres são muito mais propensas que os homens a começar a fumar para controlar o peso. E, no caso de mulheres obesas que fumam, parece que o tabagismo pode tornar as coisas ainda piores do que se pensava anteriormente— conclui Yanina.
 
Zero Hora

Saiba como garantir cicatrização adequada ao optar por piercings e tatuagens

Saiba como garantir cicatrização adequada ao optar por piercings e tatuagens  Genaro Joner/Agencia RBS
Foto: Genaro Joner / Agencia RBS
Higienização é essencial para evitar possíveis infecções
Especialista elenca os principais cuidados após os procedimentos
 
O uso de tatuagens e piercings tem se tornado recorrente na vida das pessoas, principalmente dos jovens. No entanto, para realizar essas intervenções na pele é preciso ter alguns cuidados desde os primeiros dias, sobretudo no verão, para que não ocorram alergias e infecções que prejudiquem a cicatrização e gerem complicações.
 
A dermatologista Anelisa Lamberti alerta que tanto o piercing como os pigmentos da tatuagem são identificados como corpos estranhos pela pele, podendo ser rejeitados pelo organismo. Para isso, é preciso tomar algumas precauções após a realização.
 
— Muitos se submetem a intervenções e esquecem ou negligenciam os cuidados na recuperação, sendo que esta fase é uma das mais importantes de todo o processo. Principalmente nos quentes, quando o corpo tende a ficar mais exposto, as chances de complicações no local são mais altas— explica a especialista.
 
É recomendável o uso de uma camada fina de pomada antibiótica, composta por sulfato de neomicina e bacitracina zíncica, para evitar possíveis infecções. Já no caso do piercing, o mais indicado é lavar o local com sabonete neutro, movendo suavemente a peça e, em seguida, usar um spray antisséptico ou soro fisiológico de duas a três vezes ao dia durante ao menos três meses. Em ambos os casos, evitar exposição solar é muito importante para não causar manchas indesejáveis.
 
Confira os principais passos para quem deseja fazer intervenções como estas na pele:
 
- Saber se o organismo está preparado: caso a pessoa apresente baixa imunidade, seja portadora de doenças autoimunes, esteja no período gestacional ou em tratamento de quimioterapia, por exemplo, é preciso ter consciência de que não é recomendável colocar piercings e fazer tatuagens.
 
- Escolha do local: saber onde serão feitos os procedimentos é fundamental. Verificar a higiene do lugar, conferir se o espaço conta com a aprovação de órgãos fiscalizadores, se utiliza apenas instrumentos esterilizados e se conta com profissionais habilitados é muito importante.
 
- Higiene: É essencial lavar o local com água fria ou morna, evitando temperaturas elevadas e banhos muito demorados. A limpeza não deve ser realizada com bucha ou outros materiais ásperos que agridam mais a região. Na sequência, enxugar bem o local com toalha macia.
 
- Fazer curativo: no caso das tatuagens, deixe-as protegidas durante os três ou quatro primeiros dias.
 
- Dicas para uma boa cicatrização: é preciso evitar exposição solar, banhos de mar, piscina e sauna, além do contato com areia ou terra nos primeiros meses. Não tocar no piercing sem necessidade e evitar peças pesadas que possam com o tempo, alargar o orifício ou mesmo rasgar a pele, são atitudes que devem ser levadas em consideração para obter um resultado satisfatório.

Zero Hora

Cinco problemas de saúde causados por roupas apertadas

Foto: Reprodução
Uso frequente de roupas justas, por mais que não incomode, causa prejuízos como varizes e infecções ginecológicas
 
Pode parecer que vai ficar apenas feio, mas o prejuízo é muito maior. Roupas agarradas, além de deselegantes, podem causar problemas de saúde. De tão acostumada que está ao uso, muita gente nem sente qualquer incômodo aparente, mas é certo que isso acarretará problemas de saúde a longo prazo. 
 
Fernando Bacalhau, cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular explica que os malefícios das roupas extremamente justas costuma fazer mal a partir de dois meses de uso contínuo. “Aquela mulher que usa uma calça muito apertada uma vez na semana, por exemplo, provavelmente não será prejudicada”. Mas quem só sai de casa com um número menor do que o próprio manequim, deve ficar atenta.
 
O "prejuízo" das roupas apertadas
 
1- Varizes: Com o uso frequente de roupas apertadas, a circulação fica prejudicada e contribui para os primeiros vasinhos nas pernas. Um problema não só causado por calças, mas também por meias ou cintas muito apertadas. Meias de compressão devem ser usadas apenas por quem tem problemas venosos . 
 
2- Infecções ginecológicas: Roupa apertada faz com que não haja oxigenação na região genital. Com isso, morrem as "bactérias do bem", aquelas que protegem a região, e aparecem as bactérias patogências, que fazem mal. Além disso, a circulação do útero e trato ginecológico é feita por meio de veias mais sensíveis. "Sendo assim, qualquer coisa ou pressão atrapalha o retorno venoso, que não consegue oxigenar os tecidos da pelve”, explica o cirurgião vascular.
 
3- Celulite: roupas justas não necessariamente causam celulite, mas, por prejudicar a circulação do sangue, podem agravar o quadro. Isso vale para calças apertadas, cinta modeladora ou blusas – sempre apertadas.
 
4- Dores nas costas: não tão frequente, algumas pessoas podem ter dores nas costas por conta de roupas absurdamente apertadas. “Qualquer coisa que acaba comprimindo os nervos acaba dando dores nas costas, porque muda o eixo da gravidade”, explica Fernando. “A coluna está acostumada com uma gravidade em um certo ponto, se isso mudar, acaba forçando a coluna em outros pontos”, explica.
 
5- Dificulta a digestão: O especialista explica que a digestão se dá até duas horas depois da refeição. “Às vezes os fatores mecânicos, como cintos muito apertados, roupas mais justas, atrapalham na hora da alimentação e nas duas horas seguintes”, conta o especialista. Ele explica que isso acontece porque o organismo tira sangue dos músculos para mandar para o estômago e fazer a digestão. Se a pessoa usar roupa muito justa, tem dificuldades de oxigenação, então o sangue fica parado, consequentemente, o alimento também. “A digestão, então, demora muito para se completar”, alerta.
 
iG

Em caso de risco, código de ética prevê 'cesárea compulsória', afirma médico

Foto: Reprodução
Mulher foi obrigada judicialmente a se submeter a uma cesariana após médicos avaliarem risco de morte ao bebê
 
A discussão sobre a autonomia da mulher na escolha do tipo de parto voltou à tona nesta semana após uma gestante do Rio Grande do Sul ter sido obrigada por ordem judicial a se submeter a uma cesárea contra sua vontade. A Justiça foi acionada pelo hospital após Adelir Carmen Lemos de Goés, de 29 anos, recusar a cesariana - procedimento indicado, segundo a equipe médica, pelo fato de a mulher estar na 42ª semana de gestação (tempo considerado limite) e de o bebê estar em pé no útero.
 
Antes de sair do hospital, a mulher assinou um termo de compromisso - já que sua decisão, de acordo com a avaliação dos médicos, poria a vida dela e do bebê em risco. Com a decisão judicial, no entanto, a mulher foi obrigada a voltar ao hospital e a cesárea foi realizada. Mãe e filha passam bem.
 
A decisão judicial gerou polêmica, pois a paciente foi obrigada a fazer algo que não era seu desejo. Mas, de quem é a responsabilidade sobre a saúde do bebê, neste caso? A mulher tem, de fato, direito de decidir sob qualquer hipótese?
 
O presidente Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), Fernando Matos, explica que a ética médica prevê que garantia da vida do bebê deve prevalecer sobre o desejo da mãe. Logo, a decisão da médica foi acertada e cumpriu o que o próprio conselho da categoria recomenda nessas situações. “Nos casos em que há risco de morte, o procedimento é avisar imediatamente as autoridades superiores, nesse caso foram o Ministério Público e o juiz. Mesmo porque a mãe é dona do seu próprio corpo, pode optar por correr um risco, mas o bebê não tem essa capacidade de opção”, diz Matos. O procedimento é assegurado no código de ética da profissão no ponto em que o texto afirma que o médico deve esgotar todas as possibilidades para preservação da vida.
 
Além disso, acrescenta o médico, do ponto de vista médico-científico, uma das indicações para uma cesariana é o fato da mulher ter duas cesarianas prévias. “Quando se faz uma segunda cesariana, se faz uma segunda cicatriz no útero da mãe, que é um órgão muscular e que se rompe facilmente com esforço. A partir da segunda cicatriz, se o terceiro parto for normal, quando o útero fizer for forçado a expulsar o bebê, o risco de ruptura é muito alto”, explica o ginecologista.
 
Para o ginecologista associado da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Carlos Henrique Freire, tudo é uma questão de limite técnico. “O crescimento dos partos humanizados e a luta das mulheres poderem optar por ter parto uma parto natural está em voga, mas há limites técnicos [como seria o caso de Adelir] em que a indicação da cesárea é a melhor forma de deixar mãe e filho fora de risco.”
 
O caso de Adelir pode ser mesmo um daqueles em que a cesariana era a única indicação segura. Mas a desconfiança da paciente no diagnóstico médico revela a luta das mulheres para tirar do Brasil a triste façanha de ser o campeão de cesáreas no mundo. Enquanto o índice de cesarianas indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de cerca de 15% do total, aqui o porcentual sobe para 53%, segundo dados do Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento no Brasil, pesquisa realizada pela Fiocruz.

iG

Rio: Fotos mostram péssimo estado do Hospital da Santa Casa de Misericórdia

Foto:  Marco Antonio Cavalcantti
Santa Casa apresenta péssimo estado de conservação, com
infiltrações e locais destruídos
Pezão se reunirá com a presidenta Dilma Rousseff para pedir apoio do governo federal para a reabertura do local
 
Rio - Fotos tiradas de dentro das instalações do Hospital Geral da Santa Casa de Misericórdia mostram o péssimo estado de conservação do local. Infiltrações, lugares com rachaduras, áreas esburacadas,  falta de leitos, além de condições insalubres são uns dos graves problemas encontrados.  
 
Na tarde desta sexta-feira, o governador Luiz Fernando Pezão afirmou que se reunirá com a presidenta Dilma Rousseff na próxima terça-feira para pedir apoio do governo federal para a reabertura da Santa Casa de Misericórdia, no Centro. Ele também pedirá verbas para o pagamento dos quatro meses de salário atrasado dos funcionários do local, que também estão há dois meses sem receber vale transporte. “Das minhas 18 horas de trabalho diário, seis vão ser dedicadas para reabertura da Santa Casa”, prometeu. O Hospital foi fechado há seis meses por equipes da Vigilância Sanitária, e reabriu alguns ambulatórios em novembro.
 
Após reunião que contou com a presença do prefeito Eduardo Paes, médicos, empresários e membros do conselho administrativo da Santa Casa, Pezão disse que seu “grande sonho” é que a Santa Casa atenda o Sistema Único de Saúde (SUS). “O prefeito se prontificou a fazer obras, e o estado irá comprar leitos para que o hospital se adeque às normas da Vigilância Sanitária”, garantiu o governador.
 
Pezão não prometeu uma data para reabertura do Hospital, mas disse que abril reserva “boas novidades”. Para ele, serão necessárias obras de “curto, médio e longo prazo”, mas uma questão é desponta como mais urgente: os funcionários estão com quatro meses de salário atrasado e há dois sem receber vale transporte. Por conta de pendências jurídicas, a instituição não pode receber verbas federais, estaduais ou municipais. “Deixa eu ver isso, estou saindo da reunião agora. Não é fácil. Se fosse, estava pago”, declarou o governador, sem perder o otimismo. “Estado, União e município juntos foi algo que sempre deu certo para o Rio. Vai dar certo aqui também", resumiu o governador.
 
Foto:  Marco Antonio Cavalcantti
Santa Casa apresenta péssimo estado de conservação, com
infiltrações e locais destruídos
Funcionários relatam abandono, mas mantém esperança                      
Acompanhado por Paes, Pezão chegou à Santa Casa com uma hora de atraso. Puxado pelo prefeito, mais acostumado a esse tipo de agenda, cumprimentou timidamente algumas funcionárias. Cercado por uma multidão ao subir as escadas, talvez não tenha se dado conta das diversas paredes com infiltrações no Hospital.
 
O governador conversou brevemente com Zulmira Rodrigues que dedicou 64 dos seus 85 anos às atividades da Santa Casa. Secretaria das enfermarias 30 e 31, ela lembra que “a finalidade do local era ajudar os pobres”. “Ele disse que vai tentar levantar o Hospital. Pelo jeito que falou, está com boa vontade”, indicou a funcionária. “Ele precisa fazer alguma coisa para que a Santa Casa volte a ser o que era”, resumiu.
 
A ginecologia é um dos setores que está funcionando, ainda que sem realizar internações. Conceição Falhaube trabalha no administrativo da área há 31 anos, e diz que o hospital está vivendo sua "pior época". Ela, que também está há quatro meses sem receber, relata que as condições de limpeza melhoraram nos últimos tempos, e que nenhuma autoridade tinha se preocupado com a situação antes. "Ninguém nunca veio aqui. Pelo menos Pezão foi sincero. Se melhorar agora, não melhora nunca mais", acredita.

O Dia

Médicos organizam protestos no Dia Mundial da Saúde

Foto:  Reprodução
Médicos de vários estados irão protestar contra abusos que
afetam a saúde pública
No Rio, a suspensão ocorrerá no período da manifestação, marcada para a Cinelândia
 
Rio -Médicos de vários estados irão protestar contra abusos e omissões que afetam tanto a saúde pública quanto a suplementar, que é formada pela rede credenciada de planos de saúde. Será na segunda-feira, Dia Mundial da Saúde.
 
No Pará e em São Paulo, haverá suspensão do atendimento ambulatorial nas redes pública e privada. Serão mantidos os serviços de urgência e emergência. Para a capital paulista está prevista também uma campanha de doação sangue, com posto de coleta na Associação Paulista de Medicina.
 
No Rio, a suspensão ocorrerá no período da manifestação, marcada para a Cinelândia. A área que trata dos pacientes com câncer manterá os serviços. No Acre, um ato público em frente ao Palácio Rio Branco irá mostrar a necessidade de mais investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS). Em Minas Gerais, os médicos farão uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa do Estado. A categoria tem marcada uma audiência com parlamentares após o protesto.
 
Para o setor público, os manifestantes vão pedir reajuste da Tabela SUS e a aprovação do Projeto de Lei de Iniciativa Popular Saúde+10, que determina a aplicação de 10% da receita bruta da União na saúde.
 
Os médicos querem também a criação de uma carreira pública, nos moldes da carreira de juízes, na qual o profissional começa a trabalhar em cidades menores e, conforme evoluem na carreira, vão sendo transferidos para cidades maiores.
 
No caso da saúde suplementar, a reivindicação é pela recomposição da tabela de pagamento, o fim da intervenção das operadoras na autonomia profissional.
 
O Dia

Três bairros da zona oeste de SP concentram 37% dos casos de dengue em 2014

Foto: Wikipedia
Aedes aegypit - transmissor da dengue
Foram registrados 208 casos da doença no Jaguaré, 114 no Rio Pequeno e 112 na Lapa, segundo a Secretaria da Saúde
 
Os bairros de Jaguaré, Rio Pequeno e Lapa, todos na zona oeste de São Paulo, concentram a maior parte dos casos de dengue registrados na cidade no começo de 2014 e o surto preocupa moradores e agentes de saúde da região. 
 
Em 2014, a cidade registrou 1166 casos da doença entre janeiro de 1º de abril, 15,4% mais que os 1035 registrados no ano passado. Do total do primeiro trimestre, 37% (434) foram registrados apenas nos três distritos.
 
De acordo com dados da Secretaria Municipal da Saúde, o distrito de Jaguaré registrou 208 casos da doença neste ano. Na análise sobre grupos de 100 mil habitantes, foram registrados 417,1 casos. O Ministério da Saúde considera como surto quando há acima de 300 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.
 
Em segundo lugar no ranking, 114 pessoas foram infectadas pelo mosquito causador da dengue (96,2 casos para cada grupo de 100 mil). O distrito da Lapa aparece na sequência e registrou 112 casos no mesmo período (170,4 casos por 100 mil habitantes).
 
O secretário municipal da Saúde, José de Filippi Junior,disse que ausência de chuvas neste verão atrasou o aparecimento e transmissão da doença, já que as larvas do mosquito aedes aegypti dependem da água para chegarem na fase adulta, quando o mosquito se torna transmissor da doença.
 
“O que identificamos é que existe uma defasagem em relação aos outros anos de duas a três semanas. Temos de nos preparar porque o pico que acontecia em março, vai acontecer em abril”, explicou o secretário.
 
A prefeitura não informou o motivo para o aumento na região, mas disse que vem realizando ações de bloqueio com a destruição de criadouros do mosquito. As equipes também têm distribuídos toucas para caixa d’água, uma tela fina que não permite a passagem dos mosquitos, como uma espécie de tampa provisória, até que o munícipe providencie a tampa definitiva do recipiente. Foi realizada também ação de bloqueio ampliada, conhecida como mutirão, que visa dificultar o avanço do mosquito.
 
Estado
No Estado de São Paulo, foram registrados 5.321 entre janeiro e fevereiro deste ano, redução de 86% em relação aos 38.945 casos diagnósticos no mesmo período do ano passado.
 
A queda também foi verificada em todo País, que reduziu em 80% a incidência da doença - de 427 mil notificações no primeiro bimestre de 2013 para 87 mil no mesmo período deste ano, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, no ano passado. 

iG