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domingo, 22 de junho de 2014

Sem cura, asma pode ser controlada, afirma especialista

Thinkstock
Neste sábado (21), comemorou-se o Dia Nacional de Combate à Asma

Falta de ar, tosse e chiado no peito são alguns dos sinais da asma. No Dia Nacional do Combate à Asma, comemorado ontem (21), o alergista e imunologista Fabio Castro, chamou a  atenção para o problema e alerta que o paciente deve ficar atento aos sintomas.

No mundo, quase 250 milhões sofrem com o problema. No Brasil, estima-se que 10% dos adultos e 20% das crianças e adolescentes sofrem com esta condição. Apesar de o acesso a medicamentos estar mais fácil, o tratamento da doença não é feito corretamente, o que coloca a vida dos pacientes em risco.

― Podemos classificá-la pela gravidade e controle, variando entre crises leves e esporádicas até sintomas mais intensos e muito frequentes. Há também uma diferenciação com relação ao seu aparecimento e foco alérgico. A asma pode surgir na infância ou na fase adulta, com componente alérgico e não alérgico, podendo evoluir de forma mais grave se não tratada adequadamente.

Segundo o especialista, a asma não tem cura, mas pode ser controlada ao evitar o contato com os agentes desencadeadores da asma, fazer a técnica inalatória correta, e realizar consultas periódicas com um especialista.

― Para tratar da condição é essencial que o paciente tome os medicamentos que o especialista receitar. Além disso, para os casos mais graves e com presença de componentes alérgicos, em que não se atinge o controle da doença com o tratamento otimizado, existe a indicação de uma terapia anti IgE, anticorpo responsável por iniciar as reações alérgicas.

Ainda segundo Castro, "também é importante tratar as condições que podem levar ao não controle da asma, como a rinite alérgica e o refluxo gástrico."

R7

Chegada do inverno aumenta casos de doenças respiratórias; saiba como se prevenir

A estação mais fria do ano começa neste sábado (21). Com o inverno e a queda nos termômetros, aumentam os casos de doenças respiratórias. Gripe, pneumonia, resfriados, rinite, sinusite, bronquite e asma tendem a se agravar nos dias frios. Por isso, saiba como se prevenir e tratar esses problemas
Foto: Getty Images
Especialistas dão dicas de prevenção para resfriados, gripes e pneumonias

A estação mais fria do ano começou neste sábado (21). Com o inverno e a queda nos termômetros, aumentam os casos de doenças respiratórias. Gripe, pneumonia, resfriados, rinite, sinusite, bronquite e asma tendem a se agravar nos dias frios. Por isso, saiba como se prevenir e tratar esses problemas.

Gripe
A gripe é uma doença infecciosa em que o vírus é transmitido no espirro em partículas que são jogadas no ar e contaminam objetos, roupas ou partes do corpo. Por isso, de acordo com o médico Adriano Bueno, é extremamente importante não levar as mãos aos olhos ou boca sem lavá-las, já que o contágio acontece quando existe o contato do vírus com a mucosa.

Para se prevenir, o médico alerta que o ideal, para quem já está gripado, é utilizar máscaras, evitando, assim, a propagação do vírus. Mas outros cuidados básicos, como utilizar álcool em gel e manter as mãos sempre bem lavadas, também podem, e devem, ser tomados por todos, principalmente em locais de grande aglomeração, como estádios de futebol e bares.

― Além disso, a vacina contra gripe, alimentação balanceada, boa qualidade de sono e prática de exercícios regulares contribuem para o fortalecimento do sistema imunológico, o que dificulta o desenvolvimento da doença pelo vírus. Mas caso o contágio já tenha acontecido, medicamentos podem ser utilizados para aliviar os sintomas .

De acordo com Bueno, mesmo com a medicação, é importante ficar atento ao período de permanência do mal-estar, que dura, geralmente, entre dois e quatro dias. Caso os sintomas persistam por mais de sete dias, é necessário consultar um médico, pois a infecção pode ter origem bacteriana ou se tratar de outra doença.

Resfriado
O resfriado muitas vezes é confundido com a gripe por ter sintomas muito semelhantes, porém, de acordo com o infectologista Ralcyon Teixeira, supervisor do pronto-socorro do Instituto Emílio Riba, a gripe é causada pelo vírus influenza e o resfriado, principalmente, pelo rhinovírus. As diferenças giram em torno da agressividade dos sintomas, que são muito mais fortes nos casos de gripe.

Segundo ele, o resfriado costuma surgir lenta e gradativamente, enquanto os sintomas da gripe surgem sempre de forma repentina, “derrubando” a pessoa. Outro aspecto importante é que sintomas como espirro e coriza são quadros típicos de resfriados, e não de gripe.

De acordo com Teixeira, a prevenção dos resfriados são muito parecidas com a das gripes.

― Lavar bem as mãos com água e sabão, usar álcool gel para higienização, manter ambientes ventilados e evitar o contato com pessoas gripadas ou resfriadas são as melhores maneiras de evitar o problema,

Pneumonia 
A maioria das pessoas acredita que a pneumonia é uma consequência de uma gripe mal tratada, porém, de acordo com a infectologista Rosana Richtmann, presidente da SBI (Sociedade Paulista de Infectologia), nem sempre isso é verdade.

― A maioria das pneumonias não é consequência da gripe. Pelo contrário, ela é causada por uma bactéria conhecida como pneumococo e a gripe por vírus, sendo o influenza o mais relevante. No entanto, ambas podem ser contraídas por meio de contato interpessoal

Prevenção
De acordo com o pneumologista Pedro Genta, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, manter ambientes ventilados, higienizar as mãos de maneira correta e com frequência regular são medidas eficientes para não sofrer com a doença no inverno.

―Além disso, a vacina de gripe e pneumonia é um aliado muito eficaz na prevenção do problema.

Rinite, sinusite, bronquite e asma
Nesta época, o tempo fica mais seco propiciando uma piora na qualidade do ar, facilitando o aumento da propagação de vírus e bactérias. Além disso, as mudanças bruscas de temperatura e o aumento da poluição do ar se tornam também motivos de preocupação. Todos esses fatores facilitam o surgimento de doenças respiratórias como bronquite, asma, rinites e sinusites.

De acordo com o médico Jorge Huberman, existem algumas maneiras de se prevenir contra a evolução destas condições.

― Além de manter os ambientes arejados para evitar a disseminação de vírus, a limpeza dos ambientes também é importante. Eles devem estar livres de sujeira e poeiras, fatores que aumentam a probabilidade de crises alérgicas. Outra recomendação é a ingestão de líquidos em maior quantidade e uma alimentação saudável, com frutas, legumes, e verduras .

R7

Entrega de remédios do programa Medicamento em Casa tem falhas

Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo
Wanda Moura da Silva recebeu medicamentos com dosagem errada
Chegada de medicamento para pacientes do Hospital das Clínicas tem registrado atrasos e erros

Responsável pela entrega da medicação de mais de 65 mil pacientes do Hospital das Clínicas de São Paulo, o programa Medicamento em Casa vem registrando problemas como atrasos, falta de remédios e itens entregues em dosagens e formulações diferentes das prescritas pelos médicos da unidade. O hospital diz que os casos são pontuais, mas pacientes ouvidos pela reportagem afirmam ter sido vítimas das falhas várias vezes.

No caso da empresária Wanda Moura da Silva, de 65 anos, os repetidos erros fizeram com que ela registrasse, além de reclamação na Ouvidoria do hospital, um boletim de ocorrência.

— Em 2013 havia recebido em casa medicamentos de outro paciente, mas apenas avisei o hospital, registrei a reclamação e devolvi a medicação. Só que, no mês passado, recebi três medicamentos que eu tomo em dosagens mais altas. Isso é muito perigoso, por isso registrei o BO.

Wanda,é transplantada do rim e tem hepatite B crônica. Um dos remédios recebidos em composição errada foi a ciclosporina, usada para evitar que ela apresente rejeição ao órgão transplantado. Em vez de 50 mg, enviaram de 100 mg.

— E se fosse uma pessoa que não enxerga direito, que não reparasse na embalagem e tomasse o remédio errado por vários dias?

Ela recebeu, ainda, os medicamentos atenolol e lamivudina em dosagens incorretas.

Atraso 
Outro problema do programa é o atraso na entrega dos medicamentos. Muitos dos pacientes cadastrados dizem que têm de ir mensalmente ao hospital para reclamar da falha ou para retirar os produtos.

Estadão Conteúdo

Acne pode levar adolescentes a ter pensamentos suicidas

http://www.wdicas.com/wp-content/uploads/2011/05/acne-na-adolescencia.jpgO padrão de beleza criado na nossa sociedade ocidental pode ter efeitos mais nefastos que imaginamos. Frustrados por não ter a pele lisa e macia que desejavam, adolescentes que contraem acne (algo perfeitamente natural para a idade) são duas vezes mais propensos a ter problemas emocionais devido à falta de autoestima

A crise psicológica pode levar o adolescente, em casos mais graves, a ter até pensamentos suicidas. É o que afirma uma pesquisa da Universidade de Ontario (Canadá).

Adolescentes complexados, segundo os pesquisadores, representam um risco em potencial, que deve ter um tratamento psicológico tão ou mais atencioso do que o físico em si. No caso da pele do rosto, que obrigatoriamente fica sempre exposta ao público, a questão é ainda mais delicada.

Mas alguns cientistas acham que o causador dos problemas psicológicos não é a acne em si, mas o remédio com que ela é tratada. A isotretinoína, nome do fármaco, parece ser uma substância responsável por sintomas de depressão e pensamentos suicidas. Esse composto químico é usado como agente ativo em medicamentos fortíssimos que combatem problemas assim.

Pesquisadores da Universidade de Oslo (Noruega) resolveram tirar essa questão a limpo. Eles examinaram quase 4.000 adolescentes de 18 a 19 anos. Dentre este grupo, 14% foram classificados como tendo muita acne. Quase um quarto desses 14% relataram já haver tido pensamentos suicidas, em comparação com apenas 11% naqueles livres de espinhas.

Outros prejuízos psicológicos e sociais: adolescentes com acne se mostraram menos propensos a fazer amigos, apresentavam notas piores na escola e tinham menos chance de conseguir um namorado (a). Aliás, um dado que pode surpreender: o impacto psicológico da acne parece ser maior nos meninos que nas meninas. 

Um dos motivos para isso, no entanto, parece ser o fato de que as meninas geralmente fazem tratamentos mais intensos e agressivos para evitar que a acne avance, e entre os meninos esse cuidado é menor, até mesmo por uma questão social (algo como: “homem que é homem não fica passando creme para a pele”).

Deve-se dar a alguma atenção a isso, especialmente nos países de primeiro mundo. As nações subdesenvolvidas têm mortalidade juvenil relacionada à fome, criminalidade e condições insalubres de trabalho. 

Mas nos países ricos o suicídio representa a segunda maior taxa de óbito entre os adolescentes, atrás apenas de acidentes em geral. Realmente, eles têm outras coisas com o que se preocupar.  

Metade dos jovens tem problemas sexuais

Shutterstock
Um novo estudo canadense mostra que problemas sexuais não afetam apenas as pessoas de meia-idade e os idosos. Adolescentes e jovens adultos têm dificuldades com o sexo também

Pesquisadores fizeram perguntas sobre a vida sexual de 114 meninos e 144 meninas com idades entre 16 a 21 anos. Através de questionários online, avaliaram seu funcionamento sexual, por exemplo, problemas com ereção, ejaculação ou desejo sexual. O estudo incluiu apenas meninos e meninas que eram sexualmente ativos das 411 pessoas nessa faixa etária que inicialmente responderam à lista de questões.

Os participantes do estudo relataram uma vasta experiência sexual e a maioria eram heterossexuais e estavam em relacionamentos sérios. Metade dos participantes relatou ter um problema sexual e metade dos jovens com algum problema relatou estar significativamente angustiado com o seu problema.

As taxas de problemas sexuais foram semelhantes entre meninos e meninas, de acordo com o estudo publicado em 12 de janeiro na revista “Journal of Sexual Medicine”. “Os problemas sexuais são claramente prevalentes entre os adolescentes e angustiantes para muitos daqueles que os experimentam”, escreveram os pesquisadores em seu artigo.

Os cientistas ainda contaram que a maioria das pesquisas sobre a saúde sexual de adolescentes focam em temas como doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada, contudo pouco se sabe sobre os problemas sexuais do adolescentes. “Os adolescentes precisam receber informações voltadas para a sua faixa etária sobre como lidar com problemas sexuais”, recomendam.

No estudo, o número médio de parceiros com quem os participantes relataram ter tido experiências sexuais desde os 14 anos era de cerca de cinco. A maioria dos adolescentes começaram a ter relações sexuais aos 16 anos.

Entre os meninos, cerca de 53% relataram sintomas que sugerem um problema sexual. Cerca de 16% tinham disfunção erétil leve ou moderada e cerca de 24% tinham baixo desejo sexual. Cerca de 43% das meninas no estudo tinham uma pontuação que sugeria uma disfunção sexual. Baixo desejo sexual e dificuldade em atingir o orgasmo eram os problemas mais comuns entre elas. Queixas sobre orgasmo foram mais comuns entre as meninas de 16 e 17 anos de idade do que as participantes do estudo que tinham entre 20 e 21 anos.

Os pesquisadores observaram que para muitos adultos com disfunção sexual, os problemas começam na adolescência. No entanto, as barreiras culturais e falta de comunicação entre pais e adolescentes provavelmente deixam muitos deles mal informados sobre como identificar e procurar ajuda.

Os autores ainda ponderam que não está claro por que essas altas taxas de problemas sexuais são encontradas entre adolescentes e pessoas com idades entre 20 e 21 anos. Curiosamente, taxas similares são encontradas entre meninos e meninas, enquanto que em estudos com adultos, descobriu-se que apenas as mulheres tinham altas taxas de problemas sexuais.

É possível que a forma como homens e mulheres se socializam desempenhe um papel. “Parece haver um duplo padrão sexual quase universal que dá aos homens uma maior liberdade sexual e direitos de determinação sexual, porém os homens relatam que sofrem uma pressão considerável a partir dessas expectativas para realizar o ato sexual”, acrescentam os pesquisadores.

Sobre tal papel de gênero, os cientistas concluem: “A socialização pode ter um impacto maior sobre os adolescentes do que sobre os adultos”.

Hypescience

O que é pior para a saúde: estar desempregado ou ter um emprego ruim?

http://blog.sucessoclub.com.br/wp-content/uploads/2013/10/sinais-ambiente-de-trabalho-ruim.jpg.jpg Uma nova pesquisa mostra que estar em um péssimo trabalho pode ser tão ruim ou pior para a saúde do que estar desempregado

Por mais estressante que estar sem trabalho seja, o peso psicológico de ser mal pago e muito exigido afeta a saúde da mesma forma. Pior: os participantes do estudo que estavam desempregados e passaram a trabalhar para um emprego de má qualidade agravaram sua saúde mental.

Os pesquisadores analisaram os resultados de um inquérito com mais de 7.000 pessoas que vivem na Austrália. Foram sete anos de respostas, começando em 2001.

A qualidade do emprego foi graduada com base em quatro fatores: o estresse e o nível de demanda, a quantidade de funcionários que disseram ter controle sobre seu trabalho, a segurança no trabalho (ou potencial para um futuro) e se o pagamento era ou não justo.

Os participantes também responderam a um questionário de saúde mental que avaliou sintomas de depressão e ansiedade, assim como emoções positivas, incluindo sentimentos de alegria e serenidade.

Em geral, os empregados tinham melhor saúde mental do que os desempregados. Porém, depois que os pesquisadores levaram em conta fatores que poderiam influenciar os resultados, como idade, sexo, estado civil e nível de ensino, a saúde mental dos indivíduos desempregados estava igual, ou melhor, do que a saúde mental das pessoas com empregos de baixa qualidade.

Aqueles com os empregos de qualidade mais pobre também apresentaram maior queda em saúde mental ao longo do tempo do que os desempregados.

Já as pessoas empregadas em um trabalho de alta qualidade aumentaram 3 pontos na saúde mental. Os com trabalho de má qualidade diminuíram 5,6 pontos. 

Essa diferença de pontos é considerada clinicamente relevante, o que significa que as mudanças na saúde mental das pessoas são observáveis.

Segundo os pesquisadores, os resultados sugerem que as políticas governamentais não devem focar só na redução do desemprego, mas na qualidade e nas condições dos postos de trabalho também, inclusive em benefícios, horas e flexibilidade.

Uma forma de melhorar a qualidade do trabalho seria oferecer as proteções necessárias para promover a segurança no emprego. Por exemplo, não ter um contrato de trabalho cria um sentimento de insegurança. Os empregadores poderiam reduzir a quantidade de contrato de trabalho independente e trazer de volta a noção de que, se você trabalha para uma empresa, terá um futuro nela.

Organizações também podem tentar reduzir o número de “escolhas forçadas” dos funcionários, como ir trabalhar ou cuidar de uma criança doente. Políticas de horário flexível não obrigam as pessoas a escolher entre trabalho e família.

Por último, os pesquisadores sugerem que se acabe um pouco com a ideia de emprego de meio período. Os benefícios destes trabalhos podem não ser suficientes para o sustento de uma família. 

Jovens mudam atitudes sexuais com a internet

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Foto: Reprodução
Becky Nicolson tem 24 anos e teve uma infância normal. Quando era mais jovem, como a maioria das adolescentes, Becky se preocupava com sua aparência, o que as pessoas pensavam dela e quando ela arranjaria um namorado

Mas depois de sofrer bullying na escola e desenvolver uma forte insegurança, ela tomou medidas mais drásticas do que a maioria. Becky começou a ter relações sexuais com estranhos que conhecia na internet para tentar impulsionar sua confiança e convencer-se de que era atraente.

Ela diz que entre os 15 e 20 anos, dormiu com 40 homens. Becky diz que não pensava nos riscos no início, mas mudou à medida que envelhecia. “Eu me tornei muito mais consciente dos riscos, e quão perigoso isso pode ser”, admitiu.

“Foi viciante em um ponto, apenas para me sentir bem comigo mesma por duas ou três horas ou dias. Mas depois de tudo o que tinha acontecido, eu sempre voltava a sentir uma sensação horrível sobre mim”.

O caso de Becky não é único. Novas pesquisas sugerem que redes sociais e outros sites de relacionamento estão mudando as atitudes dos jovens em relação ao sexo.

Um relatório chamado “O Uso das Tecnologias nos Relacionamentos” foi feito por acadêmicos da Universidade de Plymouth, em associação com o Centro de Segurança na Internet, no Reino Unido.

865 pessoas com idades entre 16 e 24 anos responderam uma pesquisa online. Um em cada 10 dos entrevistados disse ter se encontrado com pessoas que conheceram online e, em seguida, passaram a ter sexo casual com ela. 

Cerca de metade dos entrevistados admitiu ter feito sexo online a partir de webcam, e um terço das pessoas disseram que tinha sido com um estranho.

Andy Phippen, professor que realizou a pesquisa, diz que ela mostra uma mudança de atitude nos jovens em relação ao sexo. “Os resultados desta pesquisa mostram que a tecnologia agora é parte normal das relações de dezenas de milhares de pessoas”, disse. “Isso pode incentivar as pessoas a serem mais promíscuas.”

É evidente que há perigos em encontrar pessoas para relações sexuais depois de encontrá-las na internet. Em exemplos mais extremos, houve vários casos em que mulheres foram assassinadas nesses encontros.

Além desses riscos, há também a preocupação com o aumento de doenças sexualmente transmissíveis (DST) devido a essas mudanças de atitude. As pessoas devem ficar atentas a segurança e pensar na saúde sexual antes desses envolvimentos. 

BBC

Morangos e amoras são boas para o cérebro?

http://visaoregional.com.br/wp-content/uploads/2014/03/frutas.jpgGosta de morango, amora, framboesa e outros frutos silvestres? Evidências sugerem que comer esse tipo de fruta, conhecido como “baga”, tem efeitos benéficos sobre o cérebro e pode ajudar a prevenir perda de memória relacionada à idade

Com pessoas vivendo por cada vez mais tempo, surgem preocupações de saúde como tratamento do mal de Alzheimer e outras formas de declínio mental. 

Uma pesquisa recente mostra que comer mais frutos vermelhos pode beneficiar o cérebro e retardar seu envelhecimento. 

Isso acontece porque frutos vermelhos contêm altos níveis de antioxidantes – compostos que protegem as células dos danos causados pelos radicais livres. 

Frutos silvestres também mudam a forma como os neurônios se comunicam no cérebro. Essas alterações na sinalização podem prevenir a inflação no cérebro que contribui para o dano cerebral, e melhorar o controle motor e cognição. 

Prozac: antidepressivos funcionam melhor quando aliados a terapia psicológica

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Muitas pessoas já tomaram fluoxetina, vendida sob a marca Prozac, um antidepressivo famoso que ajudou muitos casos

Porém, a droga teve resultados variados em sua história e sua eficácia já foi questionada. Agora, um novo estudo com ratos reforça descobertas recentes de que a fluoxetina, por si só, não oferece um forte benefício, a menos que seja acompanhada por uma terapia cognitiva.

“A combinação de antidepressivo e terapia de exposição psicológica produziu um efeito benéfico que não foi atingido por um ou outro tratamento sozinho”, disse o autor do estudo, Eero Castrén.

No estudo, os pesquisadores deram fluoxetina a metade dos ratos. Em seguida, os condicionaram a ter medo de um ruído, dando-lhes um pequeno choque quando os animais o ouviam.

Após o condicionamento do medo, alguns dos ratos receberam o que os pesquisadores chamam de “terapia de extinção” – os pesquisadores reduziram o medo dos ratos do ruído, não dando o choque quando eles o ouviam.

Na fase final do experimento, os pesquisadores deram choques nos ratos cinco vezes sem o ruído. No dia seguinte, eles soaram o barulho para ver como os ratos reagiriam, examinando seus cérebros.

Ratos que tinham sido tratados com fluoxetina e terapia de extinção tiveram respostas diferentes no cérebro para o barulho, e foram menos propensos a congelar quando ouviram o ruído na fase final do experimento do que ratos que receberam apenas um dos dois tratamentos.

Cerca de 15% dos ratos que tinham sido submetidos a terapia de extinção e receberam fluoxetina congelaram em resposta ao ruído, enquanto pouco menos de 40% daqueles que não tomaram a droga congelaram.

Enquanto isso, pouco mais de 40% dos ratos que receberam a droga, mas nenhuma terapia, congelaram, enquanto os ratos que não receberam a droga nem fizeram terapia congelaram a uma taxa de cerca de 60%.

Embora o estudo tenha sido feito com ratos, ele confirma e ajuda a explicar descobertas que, em pessoas, a terapia de conversação ou a droga sozinha é menos eficaz do que as duas juntas.

A conclusão é de que tratamento psicológico combinado com a terapia antidepressiva está associado a uma maior taxa de melhora da doença. Segundo os pesquisadores, faz todo o sentido que o sistema nervoso tenha de ser receptivo à mudança da droga com a terapia.

Tornar o sistema nervoso mutável, mas não fornecer qualquer exposição ou experiência terapêutica que irá “informar essa mudança” pode fazer do sucesso improvável.

O novo estudo reforça a evidência de que os antidepressivos funcionam afetando o crescimento e a religação dos neurônios no cérebro, o que explicaria por que os medicamentos parecem funcionar melhor durante um período prolongado.

Mas também sugere que, se os antidepressivos estão “religando” o cérebro, o cérebro precisa de orientação nesse processo (com a terapia).

Os pesquisadores explicam que a terapia de reabilitação deve ser considerada em todos os casos que drogas antidepressivas estiverem sendo usadas.

LiveScience

Terapia genética pode curar depressão

http://www.revistapesquisamedica.com.br/portal/arquivos/71238643_FVNDYS.jpgUma terapia genética que já cura ratos de sintomas de depressão pode ser a chave para o tratamento da mesma doença em humanos

A terapia gênica é um método de tratamento através da inserção de genes funcionais em células ou tecidos onde há genes mutados ou “quebrados” que estão causando problemas. 

Embora a terapia gênica ainda seja experimental, ela tem tido sucesso na cura do daltonismo em macacos e em testes iniciais para tratar a cegueira humana, o câncer e uma rara doença cerebral fatal chamada adrenoleucodistrofia. 

No entanto, a terapia gênica ainda não tinha sido usada no tratamento de transtornos psiquiátricos humanos. A terapia, que agora está sendo testado em primatas, pode ser aprovada para testes clínicos em humanos em menos de dois anos, se tudo correr bem.

O estudo centra-se em uma proteína chamada p11. Esta proteína é importante para o funcionamento do neurotransmissor serotonina, que, por sua vez, desempenha um papel na depressão.

Os ratos sem o gene que produz a p11 tendem a ficar deprimidos. No caso deles, a depressão significa pouquíssimo interesse em petiscos como água açucarada, e falta de motivação para sair de situações assustadoras, como ficar preso pela cauda.

Os pesquisadores tentaram descobrir se os ratos agiram desta forma porque ficar sem o gene na fase de embrião tinha retardado o seu desenvolvimento, ou se a proteína continuava a ser importante no cérebro adulto.

O objetivo era primeiro mostrar qual a importância da p11 para a função normal do cérebro adulto e, depois, tentar identificar a parte do cérebro onde ela é importante.

Para isso, os pesquisadores usaram um vírus inofensivo para injetar um fragmento de ácido ribonucléico (RNA), similar ao DNA, no cérebro de ratos normais. O RNA bloqueou a expressão de um gene que é essencial para a produção de p11, portanto ela parou nas áreas da injeção.

O experimento revelou uma mancha de p11 no cérebro do rato, em uma região conhecida por desempenhar um papel no prazer e na recompensa. Os ratos sem produção de p11 nessa região apresentaram todos os sinais de depressão.

Isso respondeu às perguntas dos pesquisadores sobre se e quando a p11 era importante. Então eles testaram a terapia gênica. A equipe usou ratos com deficiência na proteína. Então injetaram um gene p11 que reparou a produção da proteína em cada rato. O comportamento dos animais foi totalmente revertido. De repente, eles deixaram de ser depressivos e voltaram a ter um comportamento normal.

Nos estágios finais do estudo, os pesquisadores procuraram saber se a p11 desempenhava um papel semelhante em cérebros humanos. Eles compararam os cérebros de 17 pessoas mortas que tiveram depressão com os cérebros de 17 pessoas mortas que não tiveram depressão. Depois de controlar idade e sexo, os pesquisadores descobriram que as pessoas deprimidas também tinham níveis mais baixos da proteína p11.

Isso sugere que a depressão humana está associada a baixos níveis de p11 no cérebro, e a terapia genética pode ser capaz de reverter essa condição.

Segundo os pesquisadores, outros genes também têm um papel na depressão, a p11 é apenas um desses fatores. No entanto, a proteína é um alvo particularmente atraente para a terapia por causa de seu papel no cérebro. Ela atua quase como um “rebocador”, trazendo um receptor de serotonina importante para a superfície da célula, onde ele pode interagir com o neurotransmissor.

Sem a p11, as células do cérebro não respondem adequadamente à serotonina. Como o papel da p11 é bem especializado, aprimorar os seus níveis é menos susceptível de provocar resistência ou efeitos secundários observados em outros tipos de tratamentos.

O estudo aponta um caminho para uma nova terapia para a depressão, além de fornecer novas evidências de que doenças psiquiátricas como a depressão não são diferentes de outros tipos de distúrbios neurológicos.

 LiveScience

Medicação pode curar perda de memória em idosos

Credit: © ocskaymark / Fotolia
O que é mesmo que eu estava fazendo? Ah, é verdade. Eu estava começando a escrever um artigo sobre a perda gradual, e natural, de memória. (Não, não é uma desculpa: o processo é realmente natural.)

O corpo humano, de uma maneira geral, obedece a uma regra universal muito simples: quanto mais você usa alguma coisa, quanto mais você gasta um recurso, mais ele vai ficando escasso. Até que uma hora pode até acabar.

Por isso, é normal a gente ver em nossos pais, avôs e tios pequenas falhas de memória que vão sendo cada vez mais frequentes com o tempo. Perguntas como “o que eu vim fazer aqui mesmo?”, “onde é que eu deixei as chaves do carro?”, “qual é mesmo o nome daquela moça?” começam a se tornar parte da rotina.
Mas se isso era inevitável, a história acabou de mudar.

O tipo de memória que é responsável por guardar informações por curtos períodos de tempo é chamada de “memória de trabalho”, ou “memória de curto prazo”. Essa memória se baseia em um equilíbrio de substâncias químicas no cérebro. Segundo um estudo desenvolvido pela Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, esse equilíbrio químico é deslocado em adultos mais velhos com o passar do tempo, e a memória de trabalho diminui. A razão disso poderia ser porque o cérebro passa a produzir muitas substâncias que reduzem a atividade neural.

As células que normalmente freiam essa atividade são chamadas de GABA, que é um neurotransmissor inibitório. 

Apesar de parecerem vilões nessa história toda, elas são essenciais para o bom funcionamento do cérebro. Sem GABA, as células cerebrais poderiam se tornar muito ativas – nosso cérebro ficaria semelhante ao cérebro de pessoas com esquizofrenia e epilepsia. De acordo com o professor de psiquiatria e neurociência Barry Setlow, um nível normal de GABA ajuda a manter os níveis ideais de ativação celular.

Para determinar o culpado pelo declínio da memória, os pesquisadores fizeram um teste com ratos que tinham que lembrar a localização de uma alavanca em curtos períodos de tempo, de até 30 segundos. Assim, os cientistas descobriram que tanto ratos novos quanto velhos cumpriam bem a tarefa. Mas quando o período de tempo era prolongado, os ratos velhos tinham dificuldades. Não todos, assim como nem todos os adultos mais velhos têm problemas de memória.

O estudo mostrou, então, que os ratos mais velhos com problemas de memória tinham mais receptores GABA em seus cérebros, e que os cérebros de ratos idosos que não tinham problemas de memória podiam compensar esse sistema inibidor. Ou seja: eles eram capazes de produzir menos receptores de GABA. Logo, a grande culpada é na verdade a alteração dos níveis de GABA.

O medicamento
Todos esses experimentos resultaram na fabricação de um medicamento que, após concluída a fase de testes, poderá ser usado em humanos para evitar a perda de memória – não em pessoas com Alzheimer ou outras doenças do tipo, mas em pessoas que têm problemas em lembrar pequenas informações do dia a dia. Sua função é justamente bloquear os receptores GABA para resgatar a memória de trabalho da juventude, imitando o funcionamento do cérebro dos ratos mais velhos que não têm problema de memória.

A medicina moderna tem feito de tudo para que a gente viva por mais tempo. E com isso, vem o desafio de fazer com que a gente consiga viver esse “mais tempo” com mais qualidade também. Iniciativas como esta são um bom indício de que, em breve, esse sonho da medicina será realidade.  

Confira quais alimentos ajudam a combater o mau hálito

Confira quais alimentos ajudam a combater o mau hálito Alvarélio Kurossu/Agencia RBS
Foto: Alvarélio Kurossu / Agencia RBS
Maçã, suco de limão e hortelã são os mais eficazes

Ele pode fazer uma refeição se tornar deliciosa, mas permanece na boca por mais tempo do que qualquer pessoa gostaria. A boa notícia é que pesquisadores norte-americanos revelaram que alguns alimentos podem ajudar a eliminar o odor desagradável do alho.

Eles dizem que maçãs, suco de limão e hortelã são particularmente eficazes. Chá verde, salsa e espinafre também podem ajudar, de acordo com o estudo publicado no Journal of Food Science.

Um dos compostos do alho - o sulfureto de metilo alilo (AMS) - não pode ser decomposto durante a digestão, por isso ele é liberado a partir do hálito e suor no corpo.

Os voluntários da investigação comeram alho cru e, em seguida, tiveram a concentração de quatro compostos mal cheirosos provenientes do alho mensurados em seu hálito. Depois, eles consumiram vários alimentos pensados ??para ajudar a banir o mau hálito para que se pudesse observar o efeito que estes teriam sobre as leituras de odor. De todos os alimentos, a maçã foi considerada a mais eficaz.

O professor Barringer, do departamento de ciência e tecnologia de alimentos da Ohio State University, sugere que a fruta pode ser um 'desodorante' para as enzimas do alho.

Todos os alimentos testados no estudo são ricos em polifenóis, que quebram os compostos pungentes no alho. A acidez do suco de limão também pode ajudar no processo de desodorização. Para potencializar os resultados, é importante combinar os alimentos com o alho, sempre que possível.

Pesquisa anterior de Barringer descobriu que o leite pode reduzir significativamente as concentrações das substâncias químicas que dão ao alho seu odor de longa duração. Um copo pequeno (200 ml) pode reduzir a presença de AMS no hálito pela metade. O leite integral apresentou melhores resultados do que o desnatado e também foi melhor quando ingerido durante a refeição.

Zero Hora

Cada vez mais comuns, testes de DNA ajudam a identificar predisposições a doenças

http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2011/05/atestado-genetico/imageExames podem definir tratamentos e mudanças no estilo de vida

Alguns dizem que ele está escrito nas estrelas, outros que é possível prevê-lo pelas cartas, e existem até os que acreditam ter um domínio sobrenatural sobre ele. A obsessão por conhecer e ter controle sobre o futuro já é antiga e, ao que tudo indica, estivemos por muito tempo buscando as respostas no lugar errado. Na contramão de muitas crenças e religiões, o que a ciência tem comprovado é que pelo menos uma parte do nosso destino pode estar escrita dentro de nós, em nossos genes. Foi ao decifrar o complexo e instigante universo que compõe o genoma humano, e também as suas falhas, que se tornou possível prever as chances que cada um tem de desenvolver determinadas doenças. Conhecê-lo de antemão pode ser determinante para uma mudança radical no estilo de vida ou até na hora de optar por uma cirurgia preventiva.

Herdamos dos nossos pais um código, o DNA, que carrega toda nossa informação genética. É ele que, juntamente com a influência de fatores ambientais, como o local onde vivemos e nossos hábitos, explica as diferenças entre uma pessoa e outra, desde a cor dos olhos até a suscetibilidade para doenças. Cada um de nossos genes tem uma ou mais funções no organismo e, se algum deles estiver danificado, pode não conseguir cumpri-las corretamente. Hoje, os testes de DNA são capazes de encontrar essas "falhas" e identificar mais de 2,2 mil doenças genéticas e hereditárias, entre elas tipos raros de Alzheimer, doenças neurológicas e diversos tipos de câncer hereditário, como de mama, de intestino, de ovário, da tireoide e do estômago.

Considerado um dos principais itens da chamada medicina do futuro, esse tipo de exame está mudando a forma de lidar com as doenças, afirma o médico geneticista Roberto Giugliani, professor do Departamento de Genética da UFRGS e Chefe do Serviço de Genética Médica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA):

— A identificação do risco aumentado para determinadas doenças pode levar a decisões importantes, como mudar hábitos, reforçar o acompanhamento clínico ou até mesmo tomar medidas extremas como cirurgias para retirada de órgãos para prevenir o aparecimento de doenças no futuro.

Planos de saúde já cobrem 30 tipos de testes
Cada vez mais comuns em países da América do Norte e da Europa, as análises das sequências de DNA geralmente são realizadas a partir de amostras de sangue ou da mucosa bucal. Os procedimentos, que ficaram mais acessíveis nos últimos anos devido aos avanços tecnológicos — e à redução no custo dos procedimentos —, aos poucos ganham espaço em clínicas, laboratórios e hospitais brasileiros. Hoje, praticamente todo tipo de teste genético encontra-se disponível no país, afirma Gustavo Guida, geneticista do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Até poucos meses atrás, a possibilidade de realizá-los por aqui era muito limitada devido ao alto custo, já que os preços de um exame podem variar de R$ 300 a mais de R$ 20 mil, dependendo do número de genes examinados. No final do ano passado, entretanto, os planos de saúde privados passaram a ser obrigados a cobrir em torno de 30 tipos de testes e, ao que tudo indica, em um futuro próximo, eles poderão ser realizados também pelo SUS. Mas isso não significa que você pode ir correndo a um laboratório e pedir uma análise detalhada do seu genoma. Existem normas e indicações específicas para quem pode e deve realizá-los, e é preciso conhecer, antes de qualquer coisa, os benefícios, riscos e limitações. As pessoas interessadas devem passar por um aconselhamento genético.

A escolha de Angelina
Foi há cerca de um ano que a atriz americana Angelina Jolie ganhou as capas de jornais e revistas nos quatro cantos do mundo ao anunciar que se submeteria a uma cirurgia para retirar os seios. A decisão foi tomada a partir de um exame de mapeamento genético, que detectou um mau funcionamento no gene BRCA1, indicando que ela apresentava alto risco de ter câncer de mama. Criou-se o "efeito Jolie", que desde então leva milhares de mulheres a clínicas e laboratórios em busca de uma interpretação dos seus próprios genes e levantou o debate sobre quem deve fazer o exame e quais as implicações psicológicas dos resultados, principalmente quando eles indicam a possibilidade do desenvolvimento de uma doença, e não a certeza de que ela aparecerá.

Atualmente, os testes de DNA são indicados apenas para pessoas que façam parte de grupos de risco, como as que têm histórico familiar de câncer e de doenças raras, explica Carolina Fischinger Moura de Souza, médica geneticista do Serviço de Genética do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e da Clínica de Genética do Mãe de Deus Center. No caso de Angelina, foi ao acompanhar a luta da mãe contra um câncer de mama por mais de uma década que a atriz buscou ajuda médica para verificar se tinha indicação, em primeiro lugar, para fazer o teste.

— No aconselhamento genético, o paciente é informado sobre a situação que está sendo pesquisada, sobre os dados que o exame pode trazer e as opções que ele terá com o resultado. Importante mencionar que também é avaliado o preparo do paciente para receber as informações que virão com o teste — explica o geneticista Roberto Giugliani.

Uma característica importante desses exames é que, quando apontam uma determinada mutação, essa informação pode trazer consequências para toda a família, já que indica a possibilidade de outros parentes também carregarem a alteração genética que causa ou aumenta o risco da doença.

— O exame pode trazer benefícios quando o resultado é positivo, situação em que o paciente pode optar por fazer um tratamento preventivo, e também quando é negativo. Nesses segundos casos, o alívio de saber que não é portador de uma alteração genética que causa a doença na família tem grandes repercussões para o indivíduo, já que pode mudar a forma de encarar a vida e o futuro — resume a médica geneticista Patrícia Ashton Prolla, professora do HCPA e do Departamento de Genética UFRGS.

Fim da dúvida
A possibilidade de realizar um mapeamento genético surgiu na vida da aposentada Vanda Ruskowski de Campos, 59 anos, após ela perder o quarto integrante da família — entre eles as duas irmãs mais novas —, todos vítimas de câncer de estômago. Foi por recomendação de um especialista, após um aconselhamento genético, que a aposentada, seus outros oito irmãos vivos e a mãe decidiram fazer o teste. Quando receberam os resultados, foi um misto de alívio e dor:

— Para mim deu negativo. Fiquei mais tranquila, porque desde que começou essa história de câncer na família eu me desesperava a cada dor de estômago. Se não fizesse o exame, ia passar o resto da vida com dúvida. Mas fiquei triste e preocupada também por saber que três irmãs, além das duas que já tinham morrido, eram portadoras do gene que causa o câncer.

O drama começou há cerca de duas décadas, quando um tio de Vanda teve a doença. Poucos anos depois, a irmã mais nova da aposentada, Jaqueline, descobriu que também tinha câncer aos 29 anos.

— Ela era jovem e saudável, mas começou a sentir algumas dores, foi diagnosticada e em menos de um mês faleceu. Foi um golpe muito duro — relembra Vanda.

A partir de então, todos começaram a realizar exames preventivos regulares. Foi o que salvou a mãe de Vanda. Ela descobriu a doença no início, tratou-se e sobreviveu. A prevenção, entretanto, não foi o suficiente para salvar seu outro tio, que morreu aos 60 anos, nem sua outra irmã, Isabel, diagnosticada com câncer aos 39 anos.

— A quimioterapia não conseguiu salvar minha outra irmã. Ficamos todos muito abalados. Eu só pedia a Deus para nos livrar do câncer. Foi quando surgiu a possibilidade de ver quem era portador do gene que carregava a doença — conta a aposentada.

A realização do exame e o que fazer diante dos resultados foram muito debatidos entre médicos e familiares. As três irmãs que tiveram resultado positivo optaram pela retirada do estômago. Hoje, se recuperam das cirurgias.

Vanda e os irmãos que tiveram resultado negativo também se mostram muito mais tranquilos em relação ao futuro, mas conscientes de que devem seguir realizando exames preventivos e cuidando da saúde.

Os tipos mais comuns de testes genéticos

Testes de diagnóstico
Confirmam ou excluem uma doença genética em uma pessoa que já apresenta sintomas, ou seja, que já está doente. Os resultados podem ajudar a identificar características específicas da doença para, a partir daí, ser avaliado o melhor tratamento.

Testes preditivos ou pré-sintomáticos
São feitos em pessoas saudáveis com histórico familiar de doenças genéticas hereditárias que buscam saber se portam as alterações genéticas relacionadas à enfermidade. Os exemplos mais conhecidos são doenças neurológicas que passam de geração em geração, em sua maioria sem cura. O exame pode identificar ainda a predisposição para determinadas doenças. Nesses casos, mudanças nos hábitos de vida, medicamentos específicos e intervenções cirúrgicas podem ajudar a reduzir os riscos de desenvolvê-las.

Testes de portador
Pode ser realizado por homens e mulheres que desejam ter um filho e querem verificar se algum é portador de uma doença genética presente na família, mesmo que não tenham a enfermidade. O exame indica se a doença está nos seus genes e quais são as chances de transmiti-los aos descendentes.

Testes de rastreio
 Conjunto de exames realizados na população para detectar precocemente a presença de problemas genéticos específicos. Um exemplo é o Teste do Pezinho, realizado em recém-nascidos, que pode indicar doenças tratáveis quando o problema é identificado antes do aparecimento dos primeiros sintomas.

Diagnóstico pré-natal
Feito no feto, nos casos em que existe o risco de o bebê apresentar genes associados a um atraso mental ou deterioração física.

O que podem diagnosticar ou prever

Doenças cromossômicas
 São alterações na estrutura ou no número de cromossomos, que podem levar a condições como a síndrome de Down. Muitos desses testes são realizados no feto, durante a gravidez.

Doenças monogênicas ou hereditárias
Já se conhecem mais de 5 mil doenças, em sua maioria ainda sem cura, provocadas pela alteração em um único gene. Exemplos são a doença neurodegenerativa de Huntington, que causa a perda progressiva dos movimentos do corpo, e alguns tipos de Alzheimer.

Doenças genéticas complexas
São multifatoriais, causadas por falhas em diversos genes e também pela influência de fatores ambientais. Entre os exemplos estão o diabetes, muitos tipos de câncer e a doença de Parkinson. Para algumas delas existem medidas preventivas para evitar a manifestação ou retardar seus efeitos.

Quando fazer
— Se a pessoa tiver sintomas de uma doença que pode ter uma causa genética e precisa de um diagnóstico que o confirme.

— Em caso de histórico de doença genética na família e se deseja analisar se há risco de a pessoa vir a desenvolvê-la ou passar para os filhos. A incidência de um mesmo tipo de câncer em dois ou mais familiares próximos, por exemplo, pode levar à recomendação de um exame de DNA.

As limitações
— Já foram descobertas mais de 5 mil doenças genéticas, e os exames de DNA têm, atualmente, a capacidade de identificar pouco mais de 2 mil delas.

— Na maioria dos casos, os genes isoladamente exercem apenas uma pequena influência no risco de desenvolver determinada doença. Mesmo que o teste revele predisposição alta para a enfermidade, é preciso considerar outros fatores, como a influência do ambiente e de outros genes. Como os testes indicam probabilidades, não é possível prever com certeza se a pessoa irá desenvolver, efetivamente, a doença.

— Algumas doenças genéticas ainda não têm cura nem prevenção. Identificá-las antecipadamente, portanto, pode provocar abalos psicológicos, e por isso é fundamental que a realização do teste seja discutida no processo de aconselhamento genético.

Zero Hora

Cafeína é mais prejudicial a meninos do que a meninas na adolescência

Consumo de cafeína entre adolescentes cresce por causa de refrigerantes e energéticos
Meninos têm resposta maior em alterações na frequência cardíaca e na pressão arterial após consumo de cafeína 

Cafeína afeta meninos e meninas de forma diferente na puberdade. Novo estudo da Universidade de Buffalo descobriu que, após a puberdade, meninos e meninas experimentam diferentes alterações na frequência cardíaca e pressão arterial após consumir cafeína. O coração dos meninos é mais afetado que o das meninas.

O estudo também mostrou que as meninas experimentaram diferente frequência cardíaca e pressão arterial variada ao longo do seu ciclo menstrual. De acordo com os pesquisadores, esta característica dá mais argumentos para a teoria de que a maturidade sexual muda a reação do corpo à cafeína. Mesmo assim, eles afirmam que anda é preciso a realização de mais estudos sobre o tema para esta confirmação.

“Encontramos diferentes respostas à cafeína dependendo da fase do ciclo menstrual da menina em todo o ciclo menstrual com a diminuição do ritmo cardíaco na fase luteínica e maior pressão arterial na fase folicular”, disse Jennifer Temple, professora do departamento de Ciências do Exercio e Nutrição da Universidade de Buffalo e autora do estudo.

As fases do ciclo menstrual são marcadas pelas alterações dos níveis de hormônio. Há a fase folicular, que começa no primeiro dia de menstruação e termina com a ovulação e a fase luteínica, que segue durante a ovulação e é marcada por níveis mais altos de progesterona.

Estudos anteriores tinham mostrado que a cafeína aumentava a pressão arterial e diminuía a frequência cardíaca de crianças, pré-adolescentes, adolescentes e adultos. Porém, o estudo da Universidade de Buffalo descobriu que a diferença de gênero tem papel na resposta cardiovascular à cafeína após a puberdade.

Nos últimos anos houve uma alta no consumo de cafeína entre adolescentes por conta de refrigerantes e energéticos. A Academia Americana de Pediatria desaconselha o consumo de bebidas energéticas por adolescentes por elas não oferecerem nenhum benefício à saúde. Mas nos Estados Unidos três em cada quatro crianças ingerem cafeína todos os dias.

iG

Gays que usam apps de encontros têm mais chances de contrair DSTs

 Publicado pelo jornal Sexually Transmitted Infections, estudo indicou maior probabilidade de infecção de gonorreia e clamídia para usuários de aplicativos como Grindr e Scruff 

Foto: Divulgação -  Desde de 2009, aplicativos gays de encontros como Grindr tem conquistado muitos usuários
Homem gays ou bissexuais que usam aplicativos de encontros sexuais, como Grindr, Scruff, Growlr e Recon, são mais propensos contrair uma doença sexualmente transmissível (DST) do que os outros homossexuais masculinos que frequentam bares e casas noturnas LGBT. Foi esta a conclusão de um estudo feito em Los Angeles e publicado na última edição do jornal científico americano Sexually Transmitted Infections.

Publicado no veículo científico especializado em DSTs, o estudo coletou dados e fez testes de doenças sexualmente transmissíveis com 7184 homens do Centro de Saúde Sexual de Los Angeles, entre 2011 e 2013. Levantamentos anteriores já sugeriam que gays e bissexuais que buscam relações sexuais online são mais propensos a praticar sexo sem proteção e a ter mais parceiros.

Em 2013, um estudo da ONG de Nova York Community Healthcare Network já indicava dados similares ao do estudo de Los Angeles, revelando que 50% dos usuários gays e bissexuais de apps de encontros sexuais admitiam fazer sexo sem preservativo.  

Entre os mais de 7 mil homens pesquisados em Los Angeles, 34% tem apenas um parceiro sexual. 30% deles buscam encontros em lugares públicos e em sites especializados, como o Manhunt. Os outros 36% recorrem aos apps nos smartphones para atingir este objetivo.

Desde 2009, os aplicativos para conectar parceiros se tornam populares na comunidade gay masculina. Por meio dos GPSs nos celulares, eles permitem que os usuários identifiquem e interajam com outras pessoas inscritas nos apps.

Um dos primeiros a ser lançado, o Grindr é mais popular destes aplicativos, apresentando um crescimento vertiginoso nos últimos anos. Em 2013, o app divulgou que tinha seis milhões de usuários em 192 países. O Scruff, Glowlr e o Recon atendem a públicos mais específicos. Os dois primeiros são dedicados à comunidade gay dos ursos, o segundo é destinado aos praticantes de sadomasoquismo e outros fetiches.

Os apps viraram uma febre na comunidade gay
Os pesquisadores de Los Angeles buscaram identificar com a pesquisa se o uso de aplicativos deste tipo alterou os comportamentos de homens gays em relação ao risco de infecção. O estudo indica que parte dos usuários do aplicativo está fazendo sexo desprotegido e se expondo a mais riscos.

A hipótese apontada pelos pesquisadores é que com os aplicativos de smartphone é mais fácil e mais rápido conhecer potenciais parceiros, aumentando assim as chances de sexo anônimo desprotegido. Consequentemente, o risco de pegar uma doença sexualmente transmissível é maior.

Ainda segundo o estudo, os usuários de apps têm 23% mais chances de serem infectados com gonorreia. A probabilidade deles contraírem clamídia é 35% maior. O levantamento não conseguiu encontrar diferenças quanto ao diagnóstico positivo de HIV e sífilis

Os pesquisadores fizeram questão de ressaltar no estudo que os dados do estudo devem ser vistos com reserva e que eles mostram apenas o comportamento da população gay que frequenta o Centro de Saúde Sexual de Los Angeles.

"Os avanços tecnológicos que tornam mais eficiente a reunião anônima sexual de parceiros podem ter o efeito indesejado de criar redes de indivíduos de usuários que podem ser mais propensos a ter doenças sexualmente transmissíveis do que outras pessoas”, escreveram os pesquisadores no estudo.

Autor do estudo, o epidemiologista do Centro LGBT de Los Angeles Matthew Beymer o objetivo do estudo é alertar para que homens gays e bissexuais se relacionem sexualmente com cuidado segurança. "Queremos que os riscos e benefícios de qualquer nova tecnologia sejam conhecidos",  explicou Beymer.

Com informações da Reuters

iG