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domingo, 22 de junho de 2014

Metade dos jovens tem problemas sexuais

Shutterstock
Um novo estudo canadense mostra que problemas sexuais não afetam apenas as pessoas de meia-idade e os idosos. Adolescentes e jovens adultos têm dificuldades com o sexo também

Pesquisadores fizeram perguntas sobre a vida sexual de 114 meninos e 144 meninas com idades entre 16 a 21 anos. Através de questionários online, avaliaram seu funcionamento sexual, por exemplo, problemas com ereção, ejaculação ou desejo sexual. O estudo incluiu apenas meninos e meninas que eram sexualmente ativos das 411 pessoas nessa faixa etária que inicialmente responderam à lista de questões.

Os participantes do estudo relataram uma vasta experiência sexual e a maioria eram heterossexuais e estavam em relacionamentos sérios. Metade dos participantes relatou ter um problema sexual e metade dos jovens com algum problema relatou estar significativamente angustiado com o seu problema.

As taxas de problemas sexuais foram semelhantes entre meninos e meninas, de acordo com o estudo publicado em 12 de janeiro na revista “Journal of Sexual Medicine”. “Os problemas sexuais são claramente prevalentes entre os adolescentes e angustiantes para muitos daqueles que os experimentam”, escreveram os pesquisadores em seu artigo.

Os cientistas ainda contaram que a maioria das pesquisas sobre a saúde sexual de adolescentes focam em temas como doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada, contudo pouco se sabe sobre os problemas sexuais do adolescentes. “Os adolescentes precisam receber informações voltadas para a sua faixa etária sobre como lidar com problemas sexuais”, recomendam.

No estudo, o número médio de parceiros com quem os participantes relataram ter tido experiências sexuais desde os 14 anos era de cerca de cinco. A maioria dos adolescentes começaram a ter relações sexuais aos 16 anos.

Entre os meninos, cerca de 53% relataram sintomas que sugerem um problema sexual. Cerca de 16% tinham disfunção erétil leve ou moderada e cerca de 24% tinham baixo desejo sexual. Cerca de 43% das meninas no estudo tinham uma pontuação que sugeria uma disfunção sexual. Baixo desejo sexual e dificuldade em atingir o orgasmo eram os problemas mais comuns entre elas. Queixas sobre orgasmo foram mais comuns entre as meninas de 16 e 17 anos de idade do que as participantes do estudo que tinham entre 20 e 21 anos.

Os pesquisadores observaram que para muitos adultos com disfunção sexual, os problemas começam na adolescência. No entanto, as barreiras culturais e falta de comunicação entre pais e adolescentes provavelmente deixam muitos deles mal informados sobre como identificar e procurar ajuda.

Os autores ainda ponderam que não está claro por que essas altas taxas de problemas sexuais são encontradas entre adolescentes e pessoas com idades entre 20 e 21 anos. Curiosamente, taxas similares são encontradas entre meninos e meninas, enquanto que em estudos com adultos, descobriu-se que apenas as mulheres tinham altas taxas de problemas sexuais.

É possível que a forma como homens e mulheres se socializam desempenhe um papel. “Parece haver um duplo padrão sexual quase universal que dá aos homens uma maior liberdade sexual e direitos de determinação sexual, porém os homens relatam que sofrem uma pressão considerável a partir dessas expectativas para realizar o ato sexual”, acrescentam os pesquisadores.

Sobre tal papel de gênero, os cientistas concluem: “A socialização pode ter um impacto maior sobre os adolescentes do que sobre os adultos”.

Hypescience

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