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segunda-feira, 2 de abril de 2018

Rede Ebserh lança concurso com 1.196 vagas para sede e 35 unidades

Resultado de imagem para concurso na saúdeNa nova configuração, o candidato pode escolher até três locais para trabalhar

A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) está com inscrições abertas para concurso público nacional com 1.196 vagas para 35 hospitais universitários federais, além da sede da estatal vinculada ao Ministério da Educação. A novidade do concurso é o formato, dividido por região. Na nova configuração, o candidato pode escolher até três opções de unidades da Rede Ebserh para sua lotação. O prazo de inscrições para as áreas assistencial, administrativa e para médicos se encerra no próximo dia 10 de abril.

Acesse os editais normativos no site da Ebserh.

São 339 vagas para médicos de 83 especialidades como anestesiologia (13), cirurgia pediátrica (13), medicina intensiva (18), neonatologia (13) e clínica médica (9), dentre outras. Na área assistencial são 713 vagas, incluindo 137 enfermeiros e 413 técnicos em enfermagem. Na área administrativa são 144 vagas, incluindo 75 assistentes administrativos, 11 analistas de tecnologia da informação e 11 técnicos em contabilidade.

O concurso, realizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe/Cebraspe), servirá principalmente para a reposição dos cargos que estão vagos e já esgotaram o cadastro de reserva nos certames anteriores promovidos para cada uma das unidades. Os aprovados serão contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Em todo o território nacional, a Rede Ebserh já conta com mais de 25 mil empregados, tornando-a a quinta maior estatal do país.

Para o presidente da Rede Ebserh, Kleber Morais, a força de trabalho comprometida e qualificada proporciona aos hospitais da Rede os avanços e melhorias necessários para um atendimento de saúde de qualidade, aliado ao ensino e à pesquisa. “Por sermos uma rede de hospitais de ensino, temos um compromisso de formar com excelência profissionais de saúde, além de oferecer uma assistência médica para a população mais carente do nosso país”, salientou.

Sobre a Ebserh
Estatal vinculada ao Ministério da Educação, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) atua na gestão de hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do SUS, e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

A empresa, criada em dezembro de 2011, administra atualmente 39 hospitais e é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações em todas as unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.

Texto: Comunicação Social da Ebserh

Edição: Comunicação Interna/ASCOM/GM/MS

Uso mundial de antibióticos aumentou 65% em 16 anos

Resultado de imagem para antibiotics in the worldUma análise das vendas de remédios em 76 países revelou que o uso de antibióticos ao redor do globo subiu em média 65% entre 2000 e 2015

O aumento foi impulsionado principalmente pela população de países de renda per capita mais baixa – que continua ficando doente por causa do saneamento básico precário, mas passou a ter acesso às drogas graças a uma pequena melhora nos indicadores socioeconômicos.

É claro que essa é, em curto prazo, uma notícia boa. A diarreia, por exemplo – que é relativamente fácil de prevenir e tratar em países desenvolvidos – é a segunda maior causa de morte entre crianças pobres menores de cinco anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao longo dos anos, porém, a tendência é que as bactérias causadoras das doenças mais comuns, de tanto entrar em contato com os medicamentos, se tornem resistentes a eles – e parem de reagir ao tratamento. Aumentar do consumo de antibióticos é jogar mais lenha na fogueira desse processo, que já acontece. 

É importante entender esse requinte de crueldade da seleção natural: logo que os antibióticos entraram em circulação, nenhuma bactéria vinha de fábrica preparada para se defender deles. Elas eram dizimadas. Acontece que bactérias se reproduzem rápido e em grande quantidade: em certas condições, o intervalo entre duas gerações de E. coli é de meia hora. Em questão de dias, uma colônia que começou com um único indivíduo já contém milhares de clones dele. E, no meio de tantos exemplares, um ou dois inevitavelmente virão de fábrica com erros no DNA.

Na maior parte das vezes, esses erros são ruins. Fatais. Mas volta e meia uma dessas mutações se mostra benéfica para seu portador, permitindo, por exemplo, a produção de uma proteína que combate o princípio ativo de um antibiótico específico. Bingo: essa bactéria premiada pela loteria da vida vai prosperar enquanto suas colegas morrem – e, de quebra, tornar inútil o medicamento que a combatia. É assim que aparecem as superbactérias – micro-organismos resistentes a todos os medicamentos disponíveis.

“A resistência contra antibióticos é um problema de saúde global, que compromete seriamente o progresso da medicina moderna”, afirmou no ano passado Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da OMS. “Há uma necessidade urgente de maiores investimentos em pesquisa e desenvolvimento de medicamentos para infecções resistentes como a tuberculose, ou nós seremos forçados a voltar a um tempo em que as pessoas tinham medo de doenças comuns e arriscavam suas vidas mesmo em cirurgias pouco preocupantes.” 250 mil pessoas morrem todos os anos após contraírem uma versão resistente do bacilo de Koch, causador da tuberculose.

É claro que não se pode culpar as pessoas de nações subdesenvolvidas por elas finalmente terem a oportunidade de se tratar. A parte mais grave do problema ainda são as pessoas de renda mais alta, que consomem antibióticos a torto e direito, mesmo quando não há necessidade. Nos países pobres, o número de doses consumidas anualmente a cada mil pessoas subiu de 7,6 para 13,5 nos 16 anos da análise. Nos países ricos, atingiu 24,5. Quase o dobro. Segundo um relatório do mês passado, 59% dos britânicos que têm uma inflamação na garganta saem do consultório com uma receita de antibiótico, mas só 13% realmente precisam dele.

A solução é investir em saúde pública e saneamento nos países que ainda não foram atingidos pela febre dos antibióticos – e mudar a cultura de prescrição em massa dessas drogas em países que já abusam delas. As duas mudanças, porém, encaram enormes barreiras. Nesse meio tempo, o jeito é correr atrás de remédios novos. Que ainda consigam pegar as bactérias de surpresa.

Superinteressante

Quase 300 milhões de pessoas estão infectadas pela hepatite B em todo mundo

Resultado de imagem para hepatite bMas estudo aponta que só 10% foram diagnosticadas com o vírus, e menos ainda recebem o tratamento devido

Estudo divulgado na noite desta segunda-feira traça um cenário preocupante para a hepatite B no mundo, embora reconheça alguns avanços na luta pela erradicação da doença, compromisso assumido para 2030 por 194 países durante a 69ª Assembleia da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizada em 2015. De acordo com os cálculos dos pesquisadores do Observatório Polaris da Fundação Centro para Análise de Doenças, nos EUA, quase 300 milhões de pessoas estavam infectadas pelo vírus da hepatite B (HBV) em todo mundo em 2016, numa prevalência de 3,9%, mas 90% delas ainda não tinham sido diagnosticadas e só 5% das que deveriam estar sob tratamento o recebiam. Além disso, apenas 1% das mulheres grávidas infectadas – que têm grande risco de passarem o vírus para seus filhos e são a principal fonte da atual epidemia da doença – estavam sendo tratadas adequadamente para que isso não aconteça.

No Brasil, os números são em geral um pouco melhores que os do cenário global. Aqui, os pesquisadores estimam uma prevalência de 0,4% da doença em 2016, o que se traduz em um total de 760 mil casos. Destes, 212 mil (28%) foram diagnosticados, com 22,5 mil (12%) dos 184 mil doentes elegíveis para tratamento (carga viral de mais de 20 mil unidades internacionais de DNA do vírus por mililitro de sangue) em terapia. Em compensação, não foram registradas instâncias de mulheres grávidas infectadas recebendo antivirais para evitar passar o vírus aos filhos.

Deixada sem tratamento, a hepatite B pode provocar sérios problemas de saúde, incluindo doenças e câncer no fígado, causando estimadas 600 mil mortes anuais em todo mundo. Mas apesar de o vírus ser extremamente contagioso, transmitido principalmente de mãe para filho ou entre crianças, e não ter cura, nas últimas décadas uma série de avanços torna sua erradicação factível: desde 1981, uma vacina altamente eficaz está disponível, e a partir de 1992 a OMS passou a recomendar a vacinação de recém-nascidos, com a primeira de três doses devendo ser administrada até 24 horas depois do nascimento.

Ainda assim, menos da metade dos bebês nascidos em todo mundo em 2016 recebeu a primeira dose da vacina neste prazo. Neste ponto, o destaque negativo ficou com Reino Unido e Noruega, últimos países europeus a disponibilizar a vacina a recém-nascidos, o que só aconteceu no ano passado. Desta forma, ainda em 2016 1,8 milhão de crianças com cinco anos, ou 1,4% das com esta idade naquele ano, estavam infectadas pelo vírus.

– A maior parte das transmissões de mãe para filho acontece nos primeiros dias desde o nascimento, então a dose ao nascer é vital – explica Homie Razavi, pesquisador da Fundação Centro para Análise de Doenças e líder do estudo, publicado ontem no periódico científico “Lancet Gastroenterology & Hepatology”. – Todas crianças devem receber esta vacina salvadora de vidas ao nascerem, e não apenas metade delas.

A oportunidade para mudar este cenário, no entanto, está à mão, destacam os cientistas. Exemplos disso são os 16 países que respondem por mais de 80% das infecções de crianças com cinco anos. A China, um deles, conseguiu elevar a cobertura vacinal da primeira dose em 24 horas dos recém-nascidos para 90%, mas dez deles ainda nem disponibilizam a vacina para estas crianças, lacuna que, se preenchida, pode em muito reduzir a transmissão criança-criança do vírus e, consequentemente, sua prevalência na população em geral.

– Temos todas as ferramentas necessárias para erradicar o HBV – conclui Razavi. – Nossas estimativas destacam a enorme oportunidade de com triagem, diagnóstico e tratamentos efetivos reduzirmos o número de novas infecções em todos países até 2030. Mas para isso precisamos acelerar nossos esforços em todo campo. Esperamos que este trabalho sirva como catalisador para apoiar as estratégias nacionais de erradicação do vírus até 2030, o que 194 países se comprometeram a fazer.

Estratégias estas que podem ser reforçadas pelas lições aprendidas e as estruturas de vigilância e atendimento em saúde pública montadas nas décadas de luta contra a epidemia de HIV, o vírus causador da Aids, acrescentam especialistas não envolvidos no estudo em artigo de comentário que acompanha a pesquisa no “Lancet Gastroenterology & Hepatology”.

“Sucessivos governos em regiões de alta prevalência já aceitaram a doutrina de vacinação, mas muitos negligenciaram um cenário maior de triagem, diagnóstico e tratamento para evitar a progressão (da epidemia). A incidência de novas infecções crônicas pelo HBV vai continuar a aumentar a menos que a prevenção apropriada no nascimento seja adotada, e as mortes de adultos não vacinados vão crescer a menos que estratégias de diagnóstico e envio a tratamento sejam implementadas. Mas não serão necessárias mudanças estruturais de grande escala se os serviços para HIV existentes forem utilizados. Para tanto, porém, temos que aumentar a conscientização sobre o HBV aos mesmos níveis do HIV, e precisamos de testes inovadores e baratos nos locais de atendimento para o DNA do HBV que possam ser feitos em paralelo aos do vírus da hepatite C e do HIV”, apontam Geoffrey Dusheiko e Kosh Agarwal, do Hospital do Kings College e da Escola de Medicina da University College London, respectivamente, no comentário.

O Globo

Exagerar no açúcar para adoçar café pode ser fatal

Resultado de imagem para sugar in coffee is badAlém do café, chás, sucos e refrigerantes açucarados podem aumentar potencialmente o risco de morte, sugere pesquisa

Se você é do time que abusa do açúcar na hora de adoçar uma bebida ou que não dispensa o refrigerante durante a refeição, cuidado! Segundo uma pesquisa recente divulgada pela American Heart Association, café, chás, sucos e refrigerantes açucarados podem aumentar potencialmente o risco de morte prematura. O estudo constatou que pessoas que ingerem mais de 680 gramas de bebidas com muito açúcar, diariamente, têm o dobro de chances de morrer de complicações cardíacas em comparação com as que consomem menos de 30 gramas diariamente.

De acordo com o levantamento, o risco de morte não tem relação com o consumo de alimentos açucarados em si, mas está associado à maneira que bebidas açucaradas são processadas e digeridas pelo organismo. Jean Welsh, um dos responsáveis pelo estudo, afirmou que bebidas açucaradas podem ser mais perigosas que doces sólidos, por exemplo, pois elas são basicamente açúcar e água, ou seja, não existe nenhuma proteína ou gordura para neutralizar os efeitos do líquido excessivamente doce no organismo.

“Quando as pessoas consomem açúcares nos alimentos, muitas vezes, há outros nutrientes que retardam o metabolismo e causam efeitos diferentes e menos danosos ao organismo”, disse o pesquisador. Ainda segundo Welsh, o objetivo do estudo, além de acrescentar dados sólidos às pesquisas que já existem sobre o consumo de açúcar e o surgimento de algumas doenças, como problemas do coração, AVC, diabetes e obesidade, é alertar sobre a importância de minimizar o consumo de bebidas muito doces todos os dias.

O pesquisador, no entanto, pondera que não se trata de uma descoberta de causa e efeito, mas sim de uma tendência que se tem observado nos últimos tempos e que pode ser – com algumas mudanças de hábitos – revertida. O levantamento acompanhou quase 18.000 pessoas com mais de 45 anos durante seis anos e relacionou os óbitos registrados nesse período à dieta e ao estilo de vida dos voluntários

Consumo
Já existe no Brasil proposta do Ministério da Saúde para que bebidas açucaradas, como sucos e refrigerantes, tenham impostos maiores justamente para tentar reduzir o consumo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aumento dos tributos é uma importante estratégia para tentar diminuir e prevenir a obesidade. A OMS sugeriu em 2017 que os países elevassem em 20% os preços desses tipos de produtos.

Exame