Turbinar seios às pressas para sambar no carnaval não dá certo, alerta cirurgião: com prótese recém-colocada, foliona só pode ficar na arquibancada. Grandes lipoaspirações também não devem ser feitas em cima da hora.
Das cirurgias mais comuns, a lipoaspiração é a que exige maior tempo de recuperação, explica o médico. Nesse caso, só pode “entrar na faca” agora quem quiser passar o carnaval em casa, descansando. “A lipoaspiração pode deixar equimoses [manchas roxas], e no pós-operatório a pessoa pode ficar mais inchada do que antes da cirurgia.”
Para quem vai à praia os cuidados também devem ser redobrados durante o pós-operatório. “O sol pode causar manchas definitivas. Além disso, o calor deixa o corpo mais inchado, tornando a recuperação mais demorada. O ideal é esperar de um a dois meses antes de usar o biquini.”.
De acordo com o cirurgião, apenas as pequenas retiradas de gordura podem ser feitas em cima da hora, pois não deixam grandes marcas. “São cirurgias em que se tira cem, duzentos mililitros de pessoas magras, que já têm um corpo legal.”
Seios
O implante de silicone nos seios pode até ser feito por quem vai cair na folia, mas a pessoa vai ter que assistir a festa da arquibancada, especialmente se a prótese de silicone for grande. “O resultado desse tipo de cirurgia é praticamente imediato. No dia seguinte já pode sair de casa, mas não pode fazer danças muito fortes, balançar muito, pois a mama está se adaptando ao novo formato. Ir para a passarela, só um mês após a cirurgia.”
Rugas
Mas nem todas as “recauchutagens” estão proibidas nesta época, conta o cirurgião plástico. Aplicações de botox, substância usada para retirar marcas de expressão, não exigem recuperação e podem ser feitas a qualquer momento.
Outra pequena intervenção permitida para quem deixa tudo para a última hora é o uso do ácido hialurônico. “Ele preenche sulcos, aumenta o lábio, aumenta o volume da bochecha. Se faz em consultório mesmo, não tem período de recuperação”, conta o médico.
Existe no mercado uma variedade muito grande de implantes mamários, há opções quanto ao tipo de preenchimento, à superfície e ao formato.
No Brasil geralmente são utilizados implantes preenchidos com gel de silicone de alta coesividade (como uma gelatina), o que significa que, mesmo que a camada de revestimento se rompa, o silicone não extravasará nem migrará para outra parte do corpo. Esses implantes são considerados muito seguros e estudos internacionais mostram evidências de que não há associação entre eles e doenças como câncer de mama e doenças auto-imunes.
Em alguns casos selecionados podemos dispor dos implantes preenchidos com solução salina (soro fisiológico). Quanto à superfície, temos disponíveis os implantes lisos, os texturizados e os de poliuretano, cada um com características e indicações particulares. Já o formato pode ser redondo, perfil anatômico (em forma de gota), perfil natural e cônico. Além dessas variáveis, ainda é preciso decidir se o implante deverá ser colocado sob a glândula mamária ou sob o músculo, e por qual via (pela aréola, pelo sulco ou pela axila).
Analisando todas as opções, percebemos que não há o melhor implante, e sim o melhor implante para cada caso específico, o qual somente poderá ser definido após avaliar o perfil corporal da paciente e considerar o seu desejo.
Atualmente o mais usual é a quarta geração de implantes, com o gel coesivo e a cobertura mais resistente, estes certamente duram mais que os primeiros, mas não há consenso sobre o número de anos. A recomendação da maioria dos médicos é que as pacientes sejam submetidas a exames anuais das mamas tanto para screening do câncer de mama quanto para avaliar a situação do implante. No caso de rotura, deslocamento ou outra alteração, a troca ou retirada do implante é programada sem urgência.
As Vantagens e Desvantagens de Corrigir ou "Turbinar" os Seios com Silicone
Colocar silicone nos seios não é tão simples quanto parece. Saiba mais sobre as técnicas e riscos dessa cirurgia
Apesar de o silicone nos seios ter virado moda nos últimos dois anos, o implante não é tão simples quanto parece. Colocar a prótese oferece os mesmos riscos que outras cirurgias. Por isso, antes de se submeter ao bisturi procure esclarecer todas as dúvidas com seu médico.
Neste material pesquisado na internet, especialistas falam sobre os tipos de cirurgia e de próteses, o tempo de recuperação e os riscos que o silicone oferece para quem ainda pretende amamentar.
Os tipos de cirurgia
A incisão para colocar a prótese de silicone pode ser feita em volta da aréola, no sulco sob o seio ou na axila. Cada médico prefere uma técnica. Já a posição do implante depende da constituição física da paciente. Se for magrinha e com pouquíssimo peito, a prótese deve ser colocada sob o músculo peitoral para um efeito mais natural, quando é chamada prótese retromuscular. A retroglandular, prótese implantada logo abaixo da glândula, é mais indicada para quem tem seios médios ou flácidos.
Três formatos de prótese Redonda com perfil alto, redonda com perfil baixo e em gota. Esses são os três formatos de prótese de silicone que a candidata a turbinar os seios pode escolher. "Normalmente, médico e paciente decidem juntos, avaliando o desenho natural da mama e o resultado desejado", diz a cirurgiã plástica Edith Kawano Horibe, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A prótese redonda com perfil alto deixa o seio com mais volume e projetado para frente; a com perfil baixo é mais natural; e a terceira deixa o seio em formato de gota. Elas são envolvidas com silicone sólido que pode ser liso, texturizado ou revestido de poliuretano. Já seu interior, pode ser de silicone, gel ou soro fisiológico. Os tamanhos mais procurados são 195, 215 e 235 mililitros.
Como fica a cicatriz
Quanto mais elástica a pele, melhor a cicatrização. O corte no sulco mamário deixa uma cicatriz de cerca de 4 centímetros, que fica escondida pelo volume do seio. A incisão na metade inferior da aréola é quase imperceptível. Já na colocação da prótese via axila é feito um corte de 4 centímetros que fica disfarçado pelas dobras do tecido.
Seios exigem cuidados diários
A pele dos seios é muito fina e sensível, por isso sofre tanto quando há aumento de peso, com o efeito da gravidade e a gravidez. "Hidratá-los diariamente, desde a adolescência, ajuda a deixá-los mais resistentes, reduzindo os riscos de estrias e flacidez", explica a dermatologista Carla Goes Sallete, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mesoterapia. Cremes à base de semente de uva, colágeno e elastina são os mais indicados. "É importante aplicá-los com movimentos circulares", orienta a médica.
O uso de sutiã também é indispensável, pois evita que o peso distenda a pele. Outro aliado são os exercícios localizados. "Eles firmam a musculatura peitoral, que fica sob os seios, melhorando a aparência", explica a personal trainer Patrícia Carolina Jurvenson, da Fitness In - Consultoria em Programas de Qualidade de Vida.
Tempo na sala de cirurgia
A paciente é operada normalmente pela manhã e à tarde já é autorizada a voltar para casa. Alguns médicos colocam uma sonda para ajudar a desinchar a região e, nesse caso, aconselham que ela durma no hospital pelo menos uma noite. O tempo da cirurgia varia entre 1 hora e meia e 3 horas e o tipo de anestesia - peridural ou local com sedação - fica a critério do médico. Os preços do implante ficam entre R$ 5 mil e R$ 8 mil (dependendo dos honorários do médico, da equipe e do hospital).
Há contra-indicação?
O implante de silicone nos seios não é indicado para menores de 15 anos, pois até essa idade, geralmente, os seios não estão totalmente desenvolvidos. Mulheres com flacidez nas mamas, antes de colocar a prótese, têm de passar por uma plástica para retirar o excesso de pele - o que é feito na mesma cirurgia.
Dois meses sem fazer exercício
Terminada a cirurgia, o médico veste um sutiã reforçado na paciente. Ele pode ainda envolver o peito com uma faixa elástica, que ajuda a fixar o implante. Por um mês, todo esses 'curativos' só podem ser retirados na hora do banho, isso a partir do terceiro dia. A recuperação é dolorida e a volta ao trabalho é liberada em cinco dias. Para fazer sexo é preciso esperar cerca de duas semanas; um mês para dirigir; e dois meses para fazer exercícios peitorais, carregar peso e tomar sol.
Risco de rejeição
O organismo pode rejeitar a prótese, envolvendo-a em uma cápsula fibrosa, que vai endurecendo, deformando os seios e causando dor. Próteses com invólucros texturizados ou revestidos de poliuretano diminuem desse risco ocorrer. Caso a cápsula fibrosa se forme, o médico rompe a malha e troca o implante em uma nova cirurgia.
Amamentar com silicone. É possível?
É raro, mas há mulheres com silicone que não conseguem amamentar. O auto-exame também fica mais difícil, principalmente quando a prótese é retroglandular. "Ela fica atrás da glândula mamária e altera a sensibilidade dessa região, dificultando a identificação de nódulos por meio do toque", explica o médico oncologista Ricardo Caponero, de São Paulo. "Por isso, é mais seguro recorrer à ultra-sonografia mamária, que identifique nódulos e ainda informa se a prótese apresenta fissuras." Já a prótese retromuscular não compromete o exame. Outra desvantagem é a necessidade eterna da prótese. Depois de implantada, a prótese distende a pele e não há mais como voltar atrás. Caso a mulher queira remover o silicone, a mama fica flácida, murcha. Só dá para substituir o modelo anterior. E toda mulher com silicone deve trocar a prótese a cada dez anos.
Ninguém duvida que as próteses de silicone são mesmo capazes de tornar os seios ainda mais atraentes e harmonizar a silhueta feminina. Delinear um novo perfil, fazendo-se o uso deste recurso, é considerada uma tarefa simples e até mesmo rotineira entre os cirurgiões plásticos brasileiros, sem praticamente nenhuma contra-indicação.
Todavia, não deixa de ser importante saber o que acontece com a prótese de silicone depois de cinco, dez anos de uso, ou até mais. Outro ponto de referência é descobrir como se comportam, hoje em dia, as próteses que foram implantadas em um grande número de mulheres uma década atrás, quando nem todas as inovações tecnológicas do silicone encontravam-se disponíveis. Aqui, especialistas do assunto esclarecem às principais dúvidas sobre o assunto.
1- Quais os principais riscos das próteses de silicone? Próteses de material inadequado ou mesmo de tamanho muito reduzido (inferiores a 165ml) são passíveis de serem rejeitadas pelo organismo e costumavam ser as principais causas dos problemas relacionados ao implante. “Durante a década de 70 e durante muito tempo, as próteses eram fabricadas com silicone líquido e revestidas por uma camada de silicone liso. Entretanto, esse tipo de prótese tende a formar ao seu redor uma cápsula dura e dolorosa que, às vezes, pode deformar as mamas, levando à necessidade de manobras freqüentes e dolorosas, que nem sempre resultavam em êxito”, explica o médico carioca José de Gervais, titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
2- Que outros riscos oferecem as próteses antigas, de silicone líquido?
De acordo com José de Gervais, além dessas próteses atuarem de maneira instável dentro do corpo, durante muito tempo previa-se sua colocação sob o músculo grande peitoral, visando a prevenção do rompimento do invólucro e o extravazamento do material. “Conseqüentemente, essa técnica resultava num efeito artificial. Os seios ficavam com o tamanho inferior ao esperado e não havia garantias de uma não reincidência do endurecimento.” O ideal, para quem ainda usa uma prótese de silicone líquido, as chamadas próteses lisas, é fazer a substituição por outra, mais moderna.
3 – Quais as vantagens das próteses atuais?
Atualmente, as próteses utilizadas em implantes mamários são fabricadas para permanecer dentro do corpo por longos períodos. Elas são revestidas de poliuretano, material que consegue isolar eficientemente a prótese e evitar a ocorrência de contratura ou a chamada retração. “Os riscos de extravazamento do silicone do interior da prótese também foram eliminados, porque ele deixou de ser fluido para ser utilizado na forma de gel”, ressalta o cirurgião plástico carioca Hernani Medina, especialista em próteses e medicina estética.
O silicone recebeu tratamento especial, fazendo aumentar a sua adesividade. Em outras palavras, foi criado um sistema de atração de moléculas, fazendo com que o material do implante se auto-atraia constantemente, fazendo com que o gel se mantenha coeso em caso de rompimento acidental. Assim, as moléculas de silicone tornam-se incapazes de se espalhar pelo organismo, mantendo-se retidas no interior do elastômero (nome dado ao revestimento externo).
4- Em que casos é preciso realizar uma troca de prótese?
De acordo com o médico Hernani, mulheres que no passado receberam próteses lisas podem ter sofrido algum tipo de contratura em graus diferenciados com o passar do tempo, sendo necessário realizar a troca de prótese ou a retirada definitiva das mesmas. “O endurecimento das mamas por culpa do encapsulamento é avaliado em quatro níveis, sendo que no último deles, quando se verifica dor, deformação da mama e fibrose acentuada, a retirada ou a troca da prótese é uma exigência de saúde.”
5- Próteses de silicone, mesmo as mais modernas, podem provocar câncer de mama a longo prazo?
De acordo com o cirurgião plástico paulistano Marco Flávio Mastrandonakis, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e do corpo clínico do hospital Albert Einstein, as próteses de última geração estão totalmente isentas do risco de provocar o câncer de mama. “Ao contrário, estudos recentes demonstraram que mulheres portadoras de próteses desenvolvem anticorpos poderosos na região da mama, capazes de impedir a formação e disseminação de células cancerígenas, uma vez que a imunidade local torna-se ainda mais eficiente”, explica. “Além disso, as mulheres que usam próteses ficam mais atentas às alterações observadas nos seios.”
6- Quais os cuidados básicos que uma mulher deve ter com suas próteses?
O cirurgião Marco Flávio Mastrandonakis adverte que apesar da segurança do implante há a necessidade de controle anual. “O teste de integridade das próteses é feito através de ressonância magnética ou ultra-sonografia e o resultado é absolutamente seguro. Do ponto de vista financeiro, é mais compensador para a paciente gastar com exames uma vez ao ano, do que realizar uma troca desnecessária de prótese antes do tempo”, afirma o médico. Finalmente, ele recomenda o uso de próteses de, no mínimo, 200 mililitros de silicone. “Próteses acima deste tamanho dificilmente serão rejeitadas pelo corpo da paciente, tornando os casos de contratura muito mais difíceis.”
7- Em que casos as próteses atuais precisarão ser trocadas no futuro?
Graças aos avanços tecnológicos, os especialistas acreditam que a troca da prótese, no futuro, se dará muito mais pela necessidade de correção de flacidez da pele e a conseqüente queda na posição dos seios do que por deformidades ou doenças provocadas pela prótese em si. Teoricamente, uma prótese atual pode ficar no corpo de uma mulher por mais de uma década, sem nenhum problema. De acordo com o médico José de Gervais, em caso de flacidez e perda da elasticidade da pele, pode ser necessária uma cirurgia reparadora e o realinhamento das auréolas. Neste caso, porém, a troca da prótese pode ou não ser efetuada, dependendo de seu estado e o gosto da paciente. “As mulheres mais maduras se beneficiam de novas próteses, enquanto as mais jovens dificilmente sentirão a necessidade de alterações antes de completar 10 anos de uso.”
8- Há algum efeito colateral no implante de silicone na mama? Ele pode ser retirado?
Todo corpo estranho introduzido no organismo forma uma cápsula fibrosa que o envolve, como um envelope. Esta cápsula, quando do implante de silicone de mama, por exemplo, habitualmente se contrai, diminuindo de volume e apertando a prótese. Esta contração pode ser mínima, leve, média e grave, causando deformação estética da mama, que fica com formato esférico e pode provocar dor local. Suspeitava-se que o implante de silicone na mama causasse câncer ou doenças reumáticas. No entanto, não há nenhuma comprovação médica a respeito. O implante de silicone de mama não só pode ser retirado facilmente como deve ser trocado, em média, a cada oito anos, pois, com o tempo, ele se desgasta e rompe. Há ainda o silicone líquido, injetável, que é absolutamente proibido e tem seu uso contra-indicado. Além de ser absorvido pelo organismo, ele pode mudar de lugar, causando grandes deformidades. O problema se torna ainda mais grave porque o silicone líquido infiltra-se nos tecidos orgânicos e é impossível removê-lo.
Fonte boaspraticasfarmaceuticas.blogspot.com