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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Psoríase na infância é sinal de perigo ao coração

Tratada como problema de pele, doença eleva risco de males metabólicos - e é agravada pela obesidade

Crianças com sobrepeso ou obesas têm até 80% mais chances de desenvolver psoríase, uma doença crônica, inflamatória e não contagiosa da pele. Independente do peso, no entanto, jovens diagnosticados com psoríase apresentam índices de colesterol elevados, um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares.

Devido a essa relação entre peso, psoríase, colesterol e problemas cardiovasculares, uma pesquisa publicada no Journal of Pediatrics defende uma revisão na maneira como esses problemas são tratados. O risco de doenças cardíacas em pacientes com psoríase, por exemplo, começam na infância e, por isso, deveriam ser combatidos a partir dos primeiros sinais de elevação do colesterol.

“Isso significa que teremos de monitorar mais de perto os jovens com psoríase com o objetivo de evitar possíveis doenças cardíacas, especialmente se eles forem obesos”, diz Corinna Koebnick, coordenadora do estudo e pesquisadora do instituto Kaiser Permanente, na Califórnia. Segundo a especialista, ainda se sabe muito pouco sobre a psoríase em crianças, e a doença é frequentemente tratada como um problema de pele e não uma doença metabólica.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram dados de 710.949 crianças de diferentes etnias. Eles descobriram, então, que as chances de desenvolvimento de psoríase crescem 40% entre as obesas e quase 80% entre aquelas que sofrem de obesidade mórbida. Nos dois casos, a psoríase se mostrou quatro vezes mais severa ou mais disseminada pelo corpo do que entre crianças com peso adequado.

Os jovens diagnosticados com psoríase apresentaram ainda níveis de colesterol e de enzimas do fígado de 4% a 16% mais altos, a despeito do peso. “A psoríase pode levar a criança a desenvolver doenças metabólicas, como ocorre em adultos. Estudos como este são importantes para aprendermos qual a melhor forma de fazer os tratamentos primários nessas crianças", diz Amy Porter, coautora do estudo e pediatra do instituto Kaiser Permanente.

Adultos – Estudos epidemiológicos anteriores já haviam apontado que pacientes adultos com psoríase correm mais riscos de desenvolver problemas metabólicos, como diabetes, além de hipertensão, ataques cardíacos e derrame cerebral. Nos adultos, a obesidade foi ainda relacionada a riscos mais elevados de desenvolver a psoríase.

A obesidade, assim como a psoríase, tem relação com um aumento nos riscos de problemas cardiovasculares, síndrome metabólica e diabetes. “As duas condições, a síndrome metabólica e a psoríase, são caracterizadas por inflamações crônicas leves”.

Fonte boaspraticasfarmaceuticas.blogspot.com

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