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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Casos de câncer oral no mundo duplicam entre pessoas de 30 e 44 anos

Incidência entre os homens subiu de quatro para dez casos a cada 100 mil habitantes. Entre as mulheres, o número passou de dois para cinco
 
Um estudo feito por pesquisadores do Instituto A.C. Camargo mostrou que o número de casos de câncer oral no mundo duplicou na faixa entre 30 e 44 anos, principalmente entre os homens. Quando se compara o período de 2001 a 2010 ao de 1991 a 2000, verifica-se que nessa faixa etária a incidência entre os homens subiu de quatro para dez casos a cada 100 mil habitantes. Entre as mulheres, o número passou de dois para cinco. O estudo foi feito pela epidemiologista Maria Paula Curado.
 
Estima-se que neste ano sejam diagnosticados no Brasil cerca de 15 mil casos da doença. Este é o sétimo tipo de câncer mais comum no país – 70% a 80% dos diagnósticos ocorrem quando a doença já está em fase avançada. De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca),15 mil brasileiros serão diagnosticados com câncer oral em 2015. No mundo, a previsão é de 14 milhões de casos novos e de 8 milhões de mortes. Destes, o câncer de cavidade oral representa 300 mil casos novos e (2,1%) e 146 mil mortes (1,8%) em ambos os sexos.

Segundo o diretor de Cabeça e Pescoço do A.C. Camargo e presidente do 5º Congresso da Academia Internacional de Câncer Oral, realizado em São Paulo, Luiz Paulo Kowalski, esse tipo de câncer esteve historicamente associado a homens mais velhos, tabagistas e consumidores de álcool. “O que mais preocupa é que alguns desses tumores em pacientes jovens estão associados à infecção pelo HPV em dois terços dos casos. Isso está sendo investigado, porque não temos nenhuma informação sobre quais são as reais causas nesses casos.”

Kowalski chamou a atenção para uma das ferramentas que poderiam ser usadas, a partir de agora, para prevenir a doença no futuro: a vacinação contra o HPV também para os meninos. O sistema de prevenção já é usado para meninas a partir dos 12 anos. “O que precisamos ter agora é um resultado satisfatório de redução da incidência e mortalidade pela doença. Se não começarmos agora, isso não vai acontecer.” Além disso, o médico alerta que é preciso evitar contato com saliva e objetos de outras pessoas que possam estar contaminados.

De acordo com Kowalski, muitos dos diagnósticos são feitos tardiamente porque as pessoas não percebem nenhuma alteração, já que a doença não causa dor, sofrimento ou incômodo. “Isso acontece nas fases mais avançadas da doença. Na fase inicial, não dói. Então, os pacientes têm feridas, caroços na boca e na garganta e não dão muita importância, passam semanas e meses com os sintomas sem tomar uma atitude. Muitas vezes, quando vai ao médico ou ao dentista, que não é especialista, ele não suspeita dessa lesão inicial.”

Kowalski ressaltou que é preciso ficar atento a lesões que durem mais do que duas ou três semanas. Tais lesões podem aparecer em qualquer ponto da boca, mas normalmente são observadas na língua ou embaixo dela. “As lesões do câncer de boca podem ter aparência de lesões comuns. Por isso, as pessoas acabam achando que são coisas corriqueiras. A diferença é o tempo que elas duram. Todo mundo que já teve uma afta sabe como dói.”

O tratamento é a cirurgia e, para os casos mais avançados, o complemento com quimioterapia ou radioterapia. Podem ainda ser recomendadas as duas coisas. “Conseguimos remover tumores de tamanhos diferentes e fazer reconstruções que trazem uma boa reabilitação funcional e estética. Mas existem avanços que trazem menos efeitos colaterais.”

Charles Cleber Silva Cysne, de 43 anos, foi diagnosticado com a doença em julho de 2011. Ao fazer um exame de rotina, descobriu o câncer na amígdala esquerda. Pouco antes, ele já havia percebido um inchaço em um linfo no queixo, mas não deu muita atenção a isso, porque não sentia dor. Após passar por consulta com o clínico geral, ele foi encaminhado a um oncologista especializado em cabeça e pescoço, que diagnosticou o câncer.

“O tumor já estava adiantado e era dos mais complicados. Daí em diante, segui o que mandaram fazer: três quimioterapias, que foram satisfatórias. Fiz outras três sessões e 38 radioterapias. Mesmo assim, fizeram uma cirurgia para retirar 18 linfos, por prevenção. O tratamento durou nove meses. De lá para cá, é só cuidar das sequelas, que são dores musculares intensas, infecções de ouvido e perda da capacidade de salivação”, disse Charles Cysne.

Na mesma época, ele teve a notícia de que sua mulher, com quem era casado há quase 20 anos, estava grávida. “Foi todo tipo de emoção misturado. A vida muda totalmente. Muda com a criança, e o câncer leva mais longe ainda. A época da rádio foi muito difícil. Era olhar ela [criança] e, ao mesmo tempo, fazer o tratamento. Minha filha acompanhou tudo e até hoje me dá força e sabe quando estou mal.”

Charles, que fez 46 anos sexta-feira (10/07), disse que nunca se importou muito com datas comemorativas, mas agora comemora todos os dias, agradecendo por ter tido mais uma chance.
 
Saúde Plena

Consumo de energéticos pode levar à síndrome da morte súbita por arritmia

Grupo internacional de pesquisadores detecta que a bebida em excesso faz mal ao coração. A alta taxa de cafeína no produto explica o fenômeno
 
Ingeridos para aliviar a fadiga, melhorar o desempenho físico e cognitivo e turbinar a diversão, os energéticos se popularizaram entre jovens e adultos. Pesquisas vêm demonstrando que, por se tratarem de desreguladores endócrinos, essas bebidas afetam as batidas do coração, com riscos de consequências graves. Um novo estudo reforça o alerta. Cientistas da Universidade Europeia de Madri (Espanha), do Hospital Acadêmico de Parma (Itália) e da Texas A&M University (Estados Unidos) constataram que o consumo regular desses produtos por jovens aparentemente saudáveis pode levar à síndrome da morte súbita por arritmia.
 
Liderada por Fabian Sanchis-Gomar, do Instituto de Pesquisa do Hospital 12 de Outubro, em Madri, a equipe avaliou jovens com 13 anos. Os participantes ingeriram energéticos e foram avaliados durante partidas de futebol. Os cientistas detectaram quadros de fibrilação atrial, quando o ritmo dos batimentos cardíacos se torna rápido e irregular. A situação, porém, é incomum em adolescentes e crianças sem doença cardíaca estrutural.

Diretor do Laboratório de Treinamento e Simulação em Emergências Cardiovasculares do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Sergio Timerman explica que o problema está na alta quantidade de cafeína presente nos energéticos. “Ela aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial, fazendo com que suba a probabilidade de arritmia, ataques cardíacos, crises de pressão arterial” detalha. “As bebidas energéticas são consumidas pelos jovens como um refrigerante. O problema é que elas deixam o metabolismo constantemente acelerado, e isso acaba criando um quadro de estresse propiciando ainda mais arritmias e ataques cardíacos”, completa.

Junta-se ao perigo o fato de nem sempre a porcentagem da substância informada nos rótulos corresponder à realidade. Segundo Timerman, os fabricantes mascaram a cafeína informando apenas a presença de componentes como o guaraná, o ginseng e a taurina, que a contêm em sua composição. O guaranine presente no guaraná, por exemplo, nada mais é do que a cafeína, com concentração cerca de duas vezes maior que a dos grãos de café.

Com álcool
O estudo também alerta que a famosa casadinha — a combinação de energéticos com álcool — pode surtir efeitos ainda mais catastróficos. Isso porque os desreguladores endócrinos, ao deixarem o usuário mais alerta, aumentam o risco de ele beber uma quantidade maior de álcool. O exagero aumenta os efeitos biológicos da cafeína, intensificando, assim, o potencial arritmogênico. “Essa mistura é perigosa por dar uma falsa impressão de que o estado de embriaguez está menor do que ele realmente está, mascarando os sintomas de quem bebe a mistura e possibilitando uma ingestão ainda maior”, explica a nutricionista Erika Reinehr.

A nutricionista esportiva Narayana Ribeiro faz outro alerta: a combinação evita ainda mais que o jovem perceba que está com habilidades comprometidas. “Grande parte do efeito colateral aparece. A pessoa não percebe tão bem que está com a capacidade motora fina debilitada, podendo se sentir apta a dirigir, quando não está”, exemplifica. Segundo a especialista, a toxicidade neurológica do álcool também é potencializada, aumentando a perda de células cerebrais. “Isso é uma bomba que pode levar à morte súbita. Os pais e os médicos devem ser educados para limitar o consumo excessivo ou o abuso de desreguladores endócrinos por seus filhos”, completa Timerman.

Estudo conduzido por pesquisadores da Escola de Medicina Geisel da Dartmouth College, nos Estados Undos, indica que os efeitos do drinque podem também aumentar a vulnerabilidade de adolescentes a comportamentos de risco, como o abuso e a dependência de álcool. Feita com jovens entre 15 e 17 anos, a pesquisa demonstrou que aqueles que consomem a mistura têm quatro vezes mais chances de desenvolver disfunções alcoólicas em comparação aos que bebem apenas álcool. “Esses resultados são preocupantes. É importante destacar que o misto de álcool e energéticos pode sinalizar o desenvolvimento de comportamentos como o consumo abusivo entre os adolescentes”, comentou Jennifer Edmond, uma das autoras, no artigo publicado no The Journal of Pediatrics.

As análises com os 3.342 participantes revelaram ainda que esse grupo está não apenas mais suscetível a bebedeiras, mas apresenta tendências para transtornos de uso de álcool, como dependência e abuso da substância. “Identificar os grupos de risco para o uso de álcool é importante, dado que se trata de uma questão sensível. É possível que os médicos, os pais e os educadores possam abrir diálogos sobre o uso dessa substância com adolescentes, iniciando a discussão sobre o tema das bebidas energéticas”, sugere Edmond.
 
Lituânia controla vendas
No fim de 2014, a Lituânia tornou-se o primeiro país do mundo a regular sobre o consumo de bebidas energéticas. A nação báltica restringiu a venda dessas substâncias somente para maiores de 18 anos. O controle aplica-se a energéticos não alcoólicos que têm mais de 150mg de cafeína por litro. Quem o desrespeitar  corre o risco de pagar multa de até 400 litas (cerca de R$ 450), enquanto os compradores menores de idade terão de pagar até 200 litas (R$ 220).
A decisão do Parlamento foi justificada tendo como base resultados de estudos científicos atestando que o consumo excessivo de cafeína pode levar à dependência e à hiperatividade. Estudo encomendado pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos em 2013 revelou que os jovens são mais propensos a consumir bebidas energéticas do que os adultos, e que 68% dos europeus com 10 a 18 anos ingeriam, na época, a bebida.
 
Em outubro de 2013, a Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que produtos com alto teor de cafeína estão sendo amplamente consumidos por jovens e comercializados de maneira “agressiva” para crianças. À época, especialistas da agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) pediram a adoção de regras mais severas, como a “restrição de rotulagem e venda de bebidas energéticas para crianças e adolescentes”.  Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas não Alcoólicas (Abir), a venda de energéticos teve um crescimento de 325% entre 2006 e 2010, principalmente devido ao aumento do poder de consumo da população e das estratégias de publicidade das empresas no setor.
 
Para a nutricionista Erika Reinehr, há uma propaganda esportiva que tem aumentado o consumo entre pessoas de todas as idades. “As bebidas energéticas podem afetar idosos, adultos, crianças e adolescentes. Esse marketing está fazendo com que elas sejam usadas por atletas e esportistas, independentemente da idade. Crianças estão tomando energéticos para participar de campeonatos na escola, para fazer provas, para ter disposição em dias de cansaço”, alerta. A especialista explica que a quantidade de cafeína de uma lata de bebida energética é muito mais alta para uma criança, se levados em conta a quantidade da substância e o peso do pequeno consumidor.
 
“Tomar 100g de cafeína para um adulto de 80kg é bem diferente do que para uma criança de 40kg. É esperado que os sintomas sejam potencializados em crianças, como o aumento da ansiedade, da taquicardia e da falta de ar. Também não se sabe ao certo o que o excesso de consumo de estimulantes pode trazer de danos a crianças e adolescentes, que ainda estão em formação estrutural e hormonal”, afirma.

Saúde Plena

Estudo indica que cafeína pode ser usada no combate à depressão

Café: bom para a memória, ânimo e combate contra a depressão Foto: Fábio Seixo / Agência O Globo
Fábio Seixo / Agência O Globo
Café: bom para a memória, ânimo e combate contra a depressão
Pesquisa da Universidade de Coimbra com pesquisadoras brasileiras mostrou que camundongos "deprimidos" que ingeriram a substância tiveram notáveis melhoras comportamentais
 
Rio - Não é só de impressão: a cafeína realmente ajuda a melhorar o ânimo e a memória, e pode até combater sinais de depressão. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Universidade de Coimbra, em Portugal, e apresentada na última sexta-feira no 9º Congresso Mundial de Neurociência da Organização Internacional de Pesquisa do Cérebro (IBRO, na sigla em inglês), no Rio de Janeiro. No estudo, pesquisadores identificaram em camundongos que a substância é capaz de inibir os receptores que provocam diversos sintomas da depressão, uma das doenças com maiores custos socioeconômicos do mundo ocidental.
 
Publicado no mês passado no periódico científico "Proceedings of the National Academy of Sciences", nos EUA, o estudo liderado pelo neurocientista português Rodrigo Cunha contou ainda com a participação de quatro pesquisadoras brasileiras: Manuella Kaster e Ana Lúcia Rodrigues, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); além de Ana Paula Ardais e Lisiane O. Porciúncula, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
 
No estudo, dois grupos de ratinhos foram submetidos a sucessivas situações negativas e extremas de estresse, como privação de água e exposição a baixas temperaturas, durante três semanas — mas só um dos grupos recebeu doses diárias de cafeína.
 
Ao final do período, os cientistas observaram que enquanto o grupo que não consumiu a substância passou a apresentar alterações de comportamento como imobilidade, ansiedade, perda de prazer e sociabilidade e deterioração de memória — todos sintomas típicos de depressão —, os animais que receberam café foram menos impactados por esses efeitos.
 
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— A partir daí, nosso passo seguinte foi tentar identificar como a cafeína atuava ao nível molecular para inibir os efeitos da depressão. Suspeitávamos que os receptores A2A para adenosina, que funcionam como uma espécie de sinal de estresse para o organismo, tivessem um papel importante para a doença, e foi isso que conseguimos confirmar — afirma Rodrigo Cunha.

Depois de observar que os ratos com sinais de depressão passaram a apresentar uma maior atividade dos A2A para a adenosina, os pesquisadores passaram a aplicar nestes animais a istradefilina, uma fármaco da família da cafeína que inibe a atuação desses receptores. O resultado? Os camundongos passaram a apresentar melhorias significativas em apenas três semanas, voltando o seu comportamento a níveis semelhantes ao grupo de animais saudáveis.
 
— Trabalhos anteriores já mostravam que a cafeína possui um papel na recuperação da memória e na capacidade de locomoção para pacientes de doenças como Parkinson e Alzheimer, mas nosso trabalho foi o primeiro a mostrar como essa substância também pode ser muito importante combater modificações de humor nos animais — explica Cunha.
 
Novos tratamentos contra a depressão
A expectativa do pesquisador agora é realizar um estudo semelhante em humanos:
 
— Nossa grande esperança é confirmar esse efeito em humanos e aí criarmos novos remédios para a depressão. Só na Europa esta doença tem um custo socioeconômico estimado em cerca de € 300 bilhões por ano. No momento, estamos em fase de captação de recursos para o novo estudo, que deve ser mais demorado e caro do que este primeiro, já que será realizado com pessoas.
 
Duas a três xícaras de expresso
Para aqueles que desejam aderir ao cafezinho para melhorar a memória, ou simplesmente se animar mais, o neurocientista faz algumas recomendações:
 
— Em geral, de 2 a 3 xícaras de expresso, de 12 ml com cerca de 75mg cafeína cada uma, por dia são capazes de provocar alguns benefícios. No entanto, isso varia de pessoa para pessoa, já que a sensibilidade à substância é particular a cada um. Agora, o consumo de cafeína não é recomendado para pessoas com problemas de gastrite e mulheres grávidas.

O Globo

Trânsito barulhento pode aumentar risco de AVC e morte


Foto: Félix Zucco / Agencia RBS
Segundo pesquisa, pessoas que moram em locais onde o som do tráfego ultrapassa 60 decibéis têm 4% mais risco de morrer
 
A exposição a um tráfego particularmente barulhento aumenta ligeiramente o risco de morrer por doença cardiovascular, assim como o risco de ser hospitalizado por um acidente vascular cerebral (AVC), de acordo com um estudo publicado na revista European Heart Journal.
 
Analisando cerca de 8 milhões de pessoas que viviam na grande Londres entre 2003 e 2010, pesquisadores britânicos estabeleceram uma relação entre um trânsito muito barulhento e uma taxa elevada de AVC.
 
Segundo os pesquisadores, as pessoas que vivem numa zona onde os barulhos gerados pelo tráfego passam dos 60 decibéis durante o dia têm um risco aumentado de morte na ordem de 4% com relação àquelas que vivem em áreas mais calmas. O barulho agravaria a hipertensão, os problemas do sono ou o stress que são fatores de risco conhecidos das doenças cardiovasculares.
 
Os adultos que moram perto de vias particularmente barulhentas durante o dia também tiveram um risco aumentado de 5% de serem hospitalizados por um AVC, porcentagem que chega aos 9% entre os idosos. Nas áreas barulhentas durante a madrugada, contudo, apenas as pessoas mais velhas apresentaram um risco aumentado de AVC, na casa dos 5%.
 
Segundo Jaan Halonen, da London School of Hygiene & Tropical Medicine, que coordenou as pesquisas, este é o primeiro estudo a estabelecer uma relação entre o barulho e os acidentes vasculares cerebrais no Reino Unido.
 
— O resultado do estudo se une ao número cada vez maior de dados que sugerem que uma redução de barulhos gerados pelo tráfego poderia ser benéfica para nossa saúde — disse.
 
Em Londres, mais de 1,6 milhão de pessoas vivem nas áreas onde o barulho ultrapassa os 55 decibéis durante o dia. Os cientistas reconhecem, contudo, que além do barulho, vários outros fatores como a obesidade, o sedentarismo, a hipertensão e a diabetes desempenham um papel importante para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares
 
— Este estudo não prova que o barulho está na origem das doenças cardiovasculares, mas é coerente com outras pesquisas que mostram seu impacto no aumento da hipertensão e pode, assim, contribuir para seu desenvolvimento — explicou Tim Chico, professor de cardiologia da universidade de Sheffield.
 
Chico afirma que o risco associado ao barulho é "bem menor" do que o relacionado ao tabagismo, à obesidade ou ao sedentarismo.
 
AFP / Zero Hora

Fumar pode aumentar risco de desenvolver esquizofrenia

O fumo sempre esteve associado à doença, mas acreditava-se que os pacientes mantinham o hábito apenas para aliviar os sintomas
 
Cientistas do King’s College de Londres relacionaram o hábito de fumar com o desenvolvimento da esquizofrenia. É o que mostra um estudo publicado na última  sexta-feira na revista científica Lancet Psychiatry. O fumo sempre esteve associado à doença, mas acreditava-se que os pacientes mantinham o hábito apenas para aliviar os sintomas.
 
Para o estudo, os pesquisadores acompanharam 61 casos de pacientes diagnosticados com esquizofrenia. Após análise, eles perceberam que 57% dos doentes já fumavam antes de seu primeiro surto psicótico. Os resultados sugeriram que a nicotina seria capaz de alterar os níveis de dopamina no cérebro, neurotransmissor relacionado ao problema.
 
O estudo mostrou ainda que os fumantes que consomem tabaco diariamente possuem risco aumentado em duas vezes de ter surtos, em comparação com os que fumavam menos. Além disso, aqueles que fumavam desenvolviam a doença, em média, um ano antes.
 
Para os autores da pesquisa, mais estudos são necessários para confirmar o achado. Eles ressaltaram ainda que a maioria dos fumantes não desenvolve esquizofrenia, mas acreditam que o tabaco representa um risco.
 
O distúrbio mental é caracterizado por perda de contato com a realidade, alucinações (audição de vozes), delírios, pensamentos desordenados, índice reduzido de emoções e alterações nos desempenhos sociais e de trabalho. A esquizofrenia afeta cerca de 1% da população mundial. O tratamento é feito com uso de remédios antipsicóticos, reabilitação e psicoterapia. A causa exata do transtorno ainda não é conhecida, mas estudos sugerem que ele seja uma combinação entre fatores genéticos e ambientais.
 
Veja

Novo método de tratamento para câncer ativa medicamento por meio de um raio de luz

Técnica faz com que remédios ataquem somente as células cancerosas, reduzindo o efeito sobre partes saudáveis do corpo
 
Um novo medicamento que está em fase de testes pode revolucionar o tratamento do câncer.
 
Cientistas da Universidade de Munique, na Alemanha, desenvolveram uma técnica capaz de utilizar a luz para ativar os remédios especificamente nas células cancerosas. O estudo, que ainda é desenvolvido em laboratório, foi publicado nesta sexta-feira na revista “Cell” e seria capaz de evitar os efeitos das drogas de tratamento nas partes saudáveis do corpo, como acontece com a quimioterapia.
 
A técnica modifica as moléculas do medicamento fazendo com que entrem em atividade apenas ao receber um raio de luz azul. Dessa forma, o remédio age apenas nos locais desejados, onde existem células cancerosas. Para desativar o medicamento, basta aplicar a luz verde.
 
“É possível ligar e desligar os fármacos milhares de vezes utilizando luz de baixa intensidade onde e como quiser. Isso não era possível até agora. Esses primeiros remédios são menos potentes que os tradicionais, mas não estamos tentando torná-los mais potentes, estamos fazendo com que fiquem mais inteligentes. É como comparar um martelo e uma chave. O martelo é potente, mas a chave abre um cadeado muito mais rápido e sem destruir tudo ao redor”, explicou o pesquisador Thorn-Seshold.
 
De acordo com os cientistas, o método pode ser aplicado no futuro em tumores superficiais de pele e de retina, mas também trazem a possibilidade de se abrir um tumor interno e introduzir luzes que ativem o remédio. Thorn-Seshold explica que com as moléculas modificadas, o Paclitaxel— que já é utilizado no tratamento do câncer— se torna mais eficaz.
 
“São até 250 vezes mais assassinas de células quando há luz que quando não há. Temos uma droga com um fascinante novo mecanismo de ação, que mostra muito potencial”, destacou o cientista.
 
Os pesquisadores cultivaram células de tumores humanos e aplicaram a técnica em laboratório, mas ainda não testaram o novo método diretamente em pessoas com câncer.
 
O Globo

Cursos para profissionais que atuam na área de saúde

O Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), instituição que representa exclusivamente no Brasil a Joint Commission International (JCI), especializada na promoção da qualidade e segurança em saúde, oferece quatro cursos voltados a profissionais que atuam na área de saúde: Excelência no Atendimento, Ambiente e Segurança em Áreas Fechadas, Qualidade e Segurança em Saúde – Gestão de Risco e Como Desenvolver Equipes Eficazes

Saiba mais sobre cada um deles Excelência no Atendimento – 10 e 11 de julho.

Cliente bem atendido gera satisfação e, muitas vezes, fidelização do serviço. Em se tratando da área de saúde, a excelência no atendimento é sinônimo não somente de qualidade, mas também de segurança.
 
Para profissionais que querem conhecer ou se atualizar em fundamentos de excelência em gestão, com base nos modelos da Fundação Nacional da Qualidade (MEG e FNQ), Gestão da Qualidade Total (GQT) e nos padrões de acreditação da JCI, o CBA oferece este curso, que tem duração de 16 horas e é voltado para gestores, profissionais de nível técnico e administrativo.
 
Para mais informações e inscrições acesse http://cbacred.org.br/agenda/2015/0710.asp.
 
Ambiente e Segurança em Áreas Fechadas – 17 e 18 de julho
Com carga horária de 16 horas, este curso busca apresentar as principais linhas do gerenciamento de risco em áreas fechadas, inseridas em serviços de assistência à saúde. Além disso, a proposta é apresentar e discutir os conceitos que envolvem a segurança do paciente e do próprio profissional de saúde. O curso é voltado para profissionais de saúde, gestores e lideranças intermediárias.
 
Para mais informações e inscrições acesse http://cbacred.org.br/agenda/2015/0718.asp.
 
Qualidade e Segurança em Saúde: Gestão de Risco - 23, 24 e 25 de julho
Com objetivo capacitar profissionais da área de saúde na coleta e análise de dados e no monitoramento de processos ligados à melhoria da qualidade e segurança, este curso tem carga horária de 24 horas. Entre o conteúdo abordado estão a avaliação de riscos e a utilização de recursos para a melhor gestão da qualidade.
 
Para outras informações acesse http://cbacred.org.br/agenda/2015/0723.asp.
 
Como Desenvolver equipes Eficazes – 31 de julho e 1º de Agosto
Capacitar gestores e o pessoal técnico/administrativo para o desenvolvimento de trabalhos em equipe, com a adoção de conceitos como a racionalização e a sinergia dos esforços, e dessa forma contribuir para a execução da tarefa da maneira mais correta possível, melhorando os resultados. Esse é o objetivo desse curso, que tem carga horária de 16 horas.
 
Para outras informações acesse http://cbacred.org.br/agenda/2015/0731.asp.
 
Todos os cursos serão ministrados na sede do CBA, que fica na R. São Bento, 13, 4º andar, no Centro, Rio de Janeiro. Mais informações pelo telefone (21)3299-8202 ou ainda pelo email eventos@cbacred.org.br.
 
Assessoria de Imprensa
SB Comunicação, (21)3798-4357