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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Pouca saliva pode ser sinal de inflamações ou tumores

Reprodução
Saliva é responsável por auxiliar o processo digestivo e proteger a boca
 
A saliva protege a cavidade oral, cuida da umidade da boca, facilita a fala, auxilia o paladar, a mastigação, a digestão e ainda ajuda a evitar o mau hálito. As glândulas salivares guardam funções de extrema importância na manutenção da saúde, mas podem ser foco de uma série de problemas que muita gente desconhece, desde que tudo pareça bem.
 
Um exemplo, a boca seca — geralmente um sintoma de que alguma coisa vai mal ou uma sequela de algum tipo de tratamento ou medicamento — pode ser mais incômodo do que se pode imaginar. Tanto que existem medicamentos usados para amenizar o desconforto da saliva escassa. São três pares principais de glândulas e outras centenas de pequenas versões espalhadas pela boca que, juntas, produzem até 1,2 litro de saliva por dia — até que alguma coisa vá mal.

Segundo Gustavo Maluf, dentista especializado em periodontia e pós-graduado em oncologia oral, os problemas que afetam as glândulas produtoras de saliva se dividem entre os inflamatórios — a caxumba é o mais conhecido deles — e os tumores. “Mas eles são raros, representam apenas 3% dos tumores de cabeça e pescoço”, tranquiliza. Nesse último caso, o diagnóstico costuma ser simples.
 
“Geralmente, eles não dão dor, mas são fáceis de serem detectados. O principal sinal é o aumento de volume na região. Mas, como o nódulo não dói, as pessoas não procuram tratamento”, alerta Maluf. Ainda de acordo com o especialista, quando diagnosticados no início, as chances de cura completa são altas. “Mas, quanto maior o tumor, pior o prognóstico”, reforça.
 
O diagnóstico pode ser feito por um médico, mas, como os pacientes costumam ter maior contato com os seus dentistas, também cabe a eles detectarem o problema e fazerem uma biópsia para saber se o caroço é maligno ou benigno.

Saúde Plena

Teste de pele detecta Parkinson e Alzheimer

Biópsia realizada na epiderme detecta elevados níveis de proteínas anormais, comuns às duas enfermidades
 
Cientistas da Academia Americana de Neurologia apresentaram, no encontro da agremiação, um teste de pele que pode ajudar no diagnóstico de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson. Uma biópsia realizada na epiderme detecta elevados níveis de proteínas anormais, comuns às duas enfermidades.

“Até agora, a confirmação patológica não era possível sem a biópsia do cérebro. Então, essas doenças geralmente ficam sem reconhecimento mesmo depois de terem progredido”, afirmou Ildefonso Rodriguez-Leyva, autor do estudo e pesquisador da Universidade de San Luis Potosi, no México. Ele diz que partiu da hipótese de que, como a pele tem a mesma origem que o tecido cerebral na fase embrionária, ambos os órgãos exibiriam os marcadores das doenças neurológicas. “Esse novo teste oferece um biomarcador que poderá ajudar os médicos a identificar e diagnosticar as doenças precocemente.”

Para o estudo, foram feitas biópsias da pele de 20 pessoas com Alzheimer, de 16 com Parkinson e de 17 com demência causada por outras condições. Os cientistas compararam as amostras com as de 12 indivíduos saudáveis e da mesma faixa etária. Eles testaram o material para ver se tipos específicos de proteínas alteradas seriam encontradas — em caso positivo, indicariam o Alzheimer e o Parkinson.

Quando comparados às pessoas saudáveis e àquelas com demência causadas por outras condições, os pacientes com os dois males neurodegenerativos exibiram níveis sete vezes mais elevados da proteína tau, um indicativo de ambas enfermidades. Os doentes de Parkinson também tinham taxas oito vezes maiores da proteína alfa-sinucleína que os voluntários saudáveis.

“São necessárias mais pesquisas para confirmar esses resultados, mas as descobertas são empolgantes porque podemos começar a usar biópsias de pele de pacientes vivos para estudar e aprender mais sobre essas doenças. Isso também significa que os tecidos estarão disponíveis para os cientistas muito mais rapidamente e em maior número”, disse Rodriguez-Leyva. Segundo ele, o procedimento poderá ser útil para estudar outras doenças neurodegenerativas.

Correio Braziliense

Santa Casa aprova intervenção do poder público em sua administração

O hospital passa por uma crise financeira desde o ano passado,
quando parte dos funcionários não recebeu o 13º salário
Reunião da mesa administrativa realizada na quarta-feira  (25) votou a favor de sugestões do MP  
 
Os membros da mesa administrativa da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo votaram a favor das sugestões do Ministério Público Estadual que preveem a criação de uma comissão de representantes do poder público para o acompanhamento da gestão do hospital. A aprovação da medida ocorreu em reunião realizada nesta quarta-feira (25) pela manhã.
 
Segundo informou a assessoria de imprensa da Santa Casa ao R7, a comissão a ser criada será composta por representantes da Secretaria Municipal da Saúde, Secretaria Estadual da Saúde e Ministério da Saúde. O grupo terá a função de acompanhar e fazer consultorias à gestão administrativa do hospital.
 
Na terça-feira (24), durante reunião da Comissão de Saúde da Alesp (Assembléia Legislativa de São Paulo), David Uip, secretário estadual de Saúde, disse que a dívida da Santa Casa chegou a R$ 828 milhões em 2014. 
 
Uip falou que apresentação de documentos que afirmam que o prédio do hospital vale R$ 72 milhões, faz com que o governo estude a liberação de novo repasse. 
 
Gestão aberta 
Há duas semanas, o MP encaminhou à Santa Casa um documento no qual recomendava uma gestão mais aberta e a criação de uma comissão externa para o controle da administração.
 
A proposta foi apresentada primeiro em reunião fechada na qual estavam médicos do movimento Santa Casa Viva. Eles teriam procurado o auxílio do Ministério Público para a superação da crise financeira pela qual passa o hospital desde o ano passado, quando parte dos funcionários não recebeu o 13º salário.
 
Segundo um membro do movimento, que prefere não se identificar, a comissão externa sugerida pelo MP funcionaria em conjunto com os membros internos da chamada irmandade da Santa Casa e teria o controle do hospital, incialmente, por 180 dias prorrogáveis.
 
Além disso, o documento do MP previa a criação de um portal de transparência que teria como público alvo as pessoas interessadas a fazer doações à Santa Casa.
 
— Os membros do Santa Casa Viva se reuniram com Ministério Público antes do Carnaval. O pessoal tem chamado essas sugestões do MP de uma ‘intervenção branca’, já que eles deixaram a critério da Santa Casa aderir ou não às recomendações.
 
Segundo ele, a expectativa dos médicos é que a mesa administrativa faça adesão aos termos do documento do MP.
 
— Se eles não aceitassem a proposta teriam de explicar o porquê e falar o que eles vão fazer para com que continuemos a receber. Afinal, continuamos sem receber o décimo terceiro e quem teve férias desde novembro não recebeu essas férias.
 
Segundo o funcionário, 8% dos trabalhadores do hospital que ganham salários maiores, a partir de R$ 6.800, ainda estão sem receber.
 
R7

Ministério da Saúde recruta jovens para fiscalizar ações de controle do HIV no país

Gay,s travestis, transexuais e pessoas que usam drogas são
 a prioridade para o grupo que o Ministério quer formar
A epidemia cresceu nos últimos dez anos entre jovens de 15 a 24 anos
 
O Ministério da Saúde está selecionando 50 jovens com idade entre 18 e 26 anos para acompanhar e fiscalizar as políticas públicas de saúde voltadas para o combate ao HIV e à aids. De acordo com a pasta, serão priorizados jovens de populações consideradas chave, como pessoas que vivem com HIV, gays, travestis, transexuais, profissionais do sexo e pessoas que usam drogas.
 
A ideia é formar uma turma para participar do Curso de Formação de Novas Lideranças das Populações-Chave Visando o Controle Social do Sistema Único de Saúde no âmbito do HIV/aids, que será realizado em Brasília de 7 a 11 de maio deste ano.
 
Pessoas interessadas em participar da iniciativa podem fazer a inscrição no curso por meio de formulário eletrônico até o dia 8 de março. O curso terá carga-horária de 36 horas e será realizado pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais em parceria com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
 
O Ministério informa que a razão para a escolha das populações-chave para a capacitação deve-se ao fato de que esses segmentos da população possuem comportamentos específicos que os colocam em maior risco de infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis.
 
Dados divulgados pela pasta indicam que, desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de aids no Brasil. A epidemia no país é considerada pelo governo como estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos para cada 100 mil habitantes. O número representa cerca de 39 mil novos casos de aids ao ano. A faixa etária em que a epidemia mais cresceu nos últimos dez anos abrangeu jovens de 15 a 24 anos de idade.
 
R7

Menstruação irregular e aparecimento de pelos e acnes podem ser sinais de ovário policístico


Irregularidade menstrual e infertilidade são sintomas da
síndrome do ovário policístico
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 20% a 30% das mulheres apresentam a disfunção
 
Irregularidade na menstruação, aparecimento de pelos e acnes e aumento de gordura abdominal podem ser sinais de síndrome dos ovários policísticos. De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que 20% a 30% das mulheres apresentam a disfunção no País.
 
De acordo com a ginecologista e professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Sônia Tamanaha, as portadoras costumam apresentar também infertilidade, maior produção de hormônios androgênicos, e maior risco de desenvolver obesidade, diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e alguns cânceres.
 
A síndrome do ovário policístico é um distúrbio endócrino caracterizado por alterações hormonais e funcionais dos ovários que, via de regra, apresenta múltiplos e pequenos cistos.
 
— A detecção dessa síndrome é feita por meio de um conjunto de critérios clínicos, laboratoriais e ultrassonográficos, que podem revelar os múltiplos cistos ovarianos.
 
Apesar do desenvolvimento do distúrbio ocorrer durante toda a vida, o período em que a síndrome mais acomete as mulheres é a idade reprodutiva. Geralmente, as primeiras manifestações começam ainda na adolescência — após dois anos da primeira menstruação — com persistência de atrasos ou ausência dos ciclos menstruais, estendendo-se até o início do período da transição para a menopausa. Cerca de 6 a 10% da população feminina entre 18 e 45 anos apresentam a disfunção.
 
— Por outro lado, é importante destacar que são mulheres jovens que têm a possibilidade de adotar mudanças no seu estilo de vida, receber intervenções terapêuticas efetivas e minimizar as possíveis repercussões negativas — se diagnóstico e tratamento forem realizados precocemente.
 
Segundo a professora, o tratamento é direcionado às necessidades particulares de cada mulher, dependendo do desejo ou não de engravidar e na prevenção de futuras complicações em virtude da frequente associação com outras doenças.
 
— Nesse sentido, a orientação nutricional e estímulo à atividade física são as primeiras recomendações - especialmente para aquelas com excesso de peso. Além disso, podem ser necessárias orientações cosméticas, incluindo depilação a laser, medicações para normalizar a função menstrual, controlar o hiperandrogenismo, associação de tratamentos clínicos e da infertilidade.
 
R7

Pesquisa contesta mito de que fumar ajuda a manter o peso

Cerda de 20% das fumantes no Reino Unido – cerca de 900 mil mulheres – atualmente usam o cigarro como uma forma de manter o peso
 
Sabe aquela sua amiga que não para de fumar mais por medo de engordar do que por força de vontade? Pois é, um estudo americano, feito com mulheres e publicado pelo site do jornal britânico Daily Mail, contesta essa crendice. 
 
Muitas pessoas acham que o cigarro pode ajudar a manter o peso, acreditando que a nicotina diminui o apetite. Mas de acordo com a pesquisa, é justamente o contrário que faz sentido: largar o cigarro é que poderia fazer as pessoas a emagrecerem.
 
Os pesquisadores concluíram que o hábito de fumar pode aumentar a vontade por doce e alimentos gordurosos. A explicação é que, em algumas pessoas, o cigarro entorpece o gosto do doce e do açúcar, fazendo com que o consumo destes itens seja maior.
 
Foram feitos testes com diferentes grupos de mulheres, de 21 a 41 anos, que provaram pudins de baunilha com quantidades diferentes de gordura. Em seguida, elas foram convidadas a classificá-los por sua quantidade de açúcar.
 
Os grupos eram compostos de mulheres obesas e fumantes; obesas e não fumantes; fumantes com peso normal e não-fumantes com peso normal. “Comparadas com os outros três grupos, as fumantes que eram obesas percebiam menos a cremosidade e a doçura”, observou Yanina Pepino, professora assistente da Escola de Medicina da Universidade de Whashington.
 
Ela pontua que, a partir desta menor percepção, este grupo de mulheres precisava comer mais. “Uma vez que o tabagismo e a obesidade são fatores de risco cardiovascular e de doenças metabólicas, comer mais gordura e açúcar pode ser prejudicial à saúde”, completou.
 
Cerda de 20% das fumantes no Reino Unido – cerca de 900 mil mulheres – atualmente usam o cigarro como uma forma de manter o peso. Muitas afirmam ter medo de engordar ao parar de fumar, e é essa é uma das principais barreiras para abandonar o hábito.
 
Estudos anteriores já mostraram que fumantes consomem mais carne, gorduras saturadas e álcool do que não-fumantes, além de consumirem menos vitamina C.
 
A especialista afirma ainda que as mulheres são muito mais propensas do que os homens a manterem o vício como forma de controlar o peso. “Mas não existem evidências de que isso ajuda a manter um peso saudável a longo prazo”, reforça.
 
O professor Robert West, da Universidade de Londres, acrescenta que geralmente os fumantes têm desejos de açúcar e gordura várias vezes ao dia, porque a nicotina sai do corpo muito rapidamente.
 
“Durante estes períodos, você terá os níveis de serotonina do cérebro empobrecidos, o que está associado a um aumento no desejo para lanches e alimentos açucarados”, explica.
 
Terra

Malária-Fone e atenção aos sintomas são orientações da Fiocruz para monitorar a doença

Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, podendo ser
 acionado 24h por dia para casos específicos de emergência
 médica (paciente febril com suspeita da doença).
Contato: (21) 99988-0113.
Instituto Oswaldo Cruz publicou em seu site esclarecimento sobre casos diagnosticados na Região Serrana do Rio
 
Rio - A Fiocruz divulgou em seu site um esclarecimento sobre os casos de malária na Região Serrana do Rio, conforme noticiou O GLOBO. Catorze casos foram confirmados por especialistas da Fiocruz, que atua como referência em malária para a região extra-Amazônica, a maioria moradores da Zona Sul do Rio, em férias nos municípios de Petrópolis, Friburgo, Lumiar, Sana e Guapimirim.
 
O imunologista Cláudio Tadeu Ribeiro, chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e coordenador do CPD-Mal da Fiocruz, explica que o diagnóstico rápido e correto é importante para aliviar os sintomas do paciente e também para impedir que o número de infectados aumente. O Malária-Fone é uma linha exclusiva para fornecimento de informações sobre a doença, inclusive sobre os locais para diagnóstico e tratamento. Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, podendo ser acionado 24h por dia para casos específicos de emergência médica (paciente febril com suspeita da doença). Contato: (21) 99988-0113.
 
Pacientes com suspeita de malária fora da região endêmica devem ser encaminhados para um centro especializado no diagnóstico e tratamento, mesmo que não haja confirmação da doença nos primeiros exames diretos ou no teste rápido. O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) tem equipe especializada no diagnóstico e tratamento da malária e é referência do Ministério da Saúde para os casos na Extra-Amazônia (Av. Brasil, 4365 – Manguinhos – Rio de Janeiro).
 
“Na região amazônica, cerca de 60% dos casos são identificados nas primeiras 48 horas de infecção.
 
Muito diferente do que ocorre na região Extra-Amazônica, onde, na maioria das vezes, o médico não considera a malária como uma das possibilidades diagnósticas e menos de 20% dos casos são tratados nesse período inicial da doença. Nessa região, em geral, e neste momento em particular, é preciso informar os profissionais de saúde, turistas e a população dessas localidades”, reforça o pesquisador no site da Fiocruz.
 
Médicos devem ficar atentos à presença de síndrome febril e à história de deslocamento às localidades onde os casos foram registrados, segundo especialistas da Fiocruz. Na forma clássica da doença, o principal sintoma é a febre, que pode ser constante nos primeiros dias, para depois ocorrer de forma intermitente, a cada dois ou três dias. Os pacientes também podem apresentar calafrios, suor e dor de cabeça, embora a ausência desses sintomas não exclua a possibilidade de malária. A malária da Mata Atlântica costuma ter poucos sintomas e raramente é motivo de internação hospitalar.
 
O Globo

Avanços no registro de radiofármacos no Brasil

SBMN esclarece medida que irá revolucionar o cenário da especialidade no País

A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), participou no dia 5 de fevereiro da reunião da Gerência-Geral de Produtos Biológicos, Sangue, Tecidos, Células e Órgãos (GGPBS) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Realizado na sede da instituição, em Brasília (DF), o encontro contou ainda com a presença dos principais produtores de radiofármacos do País, tanto da esfera privada quanto pública. Estiveram presentes cerca de 30 pessoas.

Conduzida por Marcelo Moreira, da GGPBS, a pauta central foi o estabelecimento de critérios e o esclarecimento quanto ao processo de regulamentação do registro de radiofármacos no Brasil, conforme previsto na Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº. 70, de 22 de dezembro de 2014. Segundo Moreira, a RDC 70/2014 foi elaborada após criteriosa avaliação e com o objetivo de normatizar os produtos já comercializados e utilizados no País antes de 23 de dezembro de 2014, equiparados como radiofármacos consagrados quanto aos requisitos para Registro no Brasil. Ao todo se estima que mais de 50 radiofármacos venham a ter o seu registro sanitário publicado.

Com isso, a Anvisa passou a aceitar como um dos critérios para registro a utilização de estudos clínicos publicados na literatura para validar a utilização e a eficácia clínica dos radiofármacos, sendo dispensadas para as substâncias com amplo histórico de uso clínico, as pesquisas de efetividade e não-inferioridade, de acordo com o preconizado pela RDC 70/2014. É fundamental, entretanto, que estejam em conformidade com as Boas Práticas de Fabricação (BPF) e possuam certificado de comprovação ou estejam em vias de obtenção desta certificação.

Em nome da SBMN, o presidente declarou durante a reunião que a entidade está à disposição para apoiar no processo. Vale ressaltar que todos os radiofármacos que já estavam em comercialização no Brasil na data de publicação da RDC 70/2014 terão que ter o seu registro peticionado em até 180 dias da publicação da referida RDC. Aqueles que não o fizerem não poderão mais ser comercializados. 

Guia da Farmácia

Cade aprova negócio bilionário entre Novartis e Glaxo, mas impõe restrição

O aval foi concedido após acordo para venda de ativos da GSK

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou com restrições a parceria bilionária entre as farmacêuticas Novartis, de origem suíça, e a britânica GlaxoSmithKline (GSK). No Brasil, transação realizada em nível mundial, traria problemas concorrenciais principalmente no mercado de terapia de substituição de nicotina, segundo avaliação do conselheiro do Cade, Márcio de Oliveira Júnior.

Por isso, órgão antitruste impôs Acordo em Controle de Concentrações (ACC) como condição para aprovar os termos da transação. O termo prevê que a GSK se desfaça de ativos relacionados ao mercado de antitabagismo.

Oliveira destacou que o desinvestimento não envolve plantas ou fábricas, mas apenas estoques, direitos, licenças, autorizações e contratos do mercado em questão. A britânica ficaria responsável pela continuidade do negócio no Brasil, de forma que a concorrência seja mantida.

A decisão do Cade pela aprovação do negócio mediante a assinatura do ACC foi unânime. "Acho que o acordo vai resolver as preocupações decorrentes dessa operação", disse o presidente do órgão, Vinicius de Carvalho.

Após a obtenção da aprovação, a GSK comunicou ainda nesta quarta-feira (25/03) que espera concluir a troca de ativos com a Novartis na semana que vem.

DCI

Mais de 80% dos usuários preferem manter prescrição médica

Valor do medicamento prescrito não interfere na escolha do consumidor
 
De acordo com estudo recente da Drogaria Nova Esperança, um dos principais varejistas de e-commerce do setor, mais de 80% dos usuários afirmaram preferir manter a prescrição médica mesmo com a variação de preço dos medicamentos genéricos.

Os produtos são divididos em duas categorias: referência, genéricos e similares. Segundo levantamento da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), o  valor de um mesmo medicamento genérico pode variar em até 421,16%.

Os genéricos garantem ao consumidor uma economia de 35%, dependendo do estabelecimento. E os similares saem até 50% mais em conta na hora da compra. Entretanto, o preço mais acessível não tem incentivado o consumidor a trocar um medicamento prescrito por um mais barato.

Segundo o diretor da Drogaria Nova Esperança, Marcos Dávida, o cliente prefere comprar o que está prescrito na receita médica. “O consumidor está mais preocupado em comprar o que o médico receitou, independente do valor a ser desembolsado”, ressalta.

Guia da Farmácia

Pagamento por Performance: Desafio de responsabilizar o médico pelos resultados

A avaliação de desempenho dos profissionais de saúde é um caminho que não tem mais volta nas instituições de saúde. Os hospitais são demandados pelas acreditadoras para avaliar o desempenho de seu corpo clínico
 
As operadoras, conhecedoras de seus desafios, perceberam a necessidade de rever o modelo de remuneração e, com isso, vincular parte do pagamento de seus prestadores à qualidade da assistência centrada no paciente. Ficou claro que isso, além de ser uma tendência mundial, é uma necessidade.
 
A partir daí, o desafio está no que medir.
 
Quando o assunto é pagar por performance, nos EUA a maior preocupação dos médicos está no fato que eles serão responsabilizados por métricas, cujo desfecho eles não podem controlar, sem receber qualquer crédito para aspectos do cuidado que demonstram impacto em longo prazo na melhoria dos resultados, tais como a coordenação do cuidado e a educação do paciente e da família (2014 Survey of U.S. Physicians, Deloitte).
 
Preocupação extremamente procedente. Responsabilizar somente o médico pelo resultado do tratamento é, no mínimo, injusto. Sabemos que várias são as influências sobre um tratamento prescrito. Este fato tem sido a causa do porque muitos estudos sobre os resultados de programas de pagamento por performance não foram tão adequados como o esperado. O erro residia nas métricas utilizadas. Não é o P4P que não funciona, mas sim, a metodologia aplicada para medir adequadamente o desempenho de um profissional ou serviço de saúde.
 
Atualmente estamos com mais de 30 programas de avaliação de desempenho de profissionais e serviços de saúde em acompanhamento. O modelo preconizado trabalha com a composição de indicadores considerando os aspectos mais relevantes da qualidade, tais como: estrutura (e.g. formação profissional), eficiência (i.e. processos e custo), efetividade (desfecho preferencialmente intermediários) e a experiência do paciente com a atenção recebida. Assim o foco passa ser do todo, mas sempre tomando o cuidado para medir, ou dar mais relevância, aquilo que o profissional tem governança.
 
No entanto, como qualidade é um conceito multidimensional, ela também é “multi-estruturada”, isto é, para melhorar a qualidade ou gerar valor ao paciente, todas as estruturas e profissionais envolvidos na atenção devem estar alinhados e adequadamente responsabilizados. Esta afirmação suporta a teoria de que se os médicos estão focados ativamente nos objetivos fundamentais da assistência baseada em valor (prover qualidade a um custo aceitável), então os processos do cuidado e sistemas precisam estar alinhados com as equipes de saúde, estruturas organizacionais e informações para apoiar a análise e o processo de mudança tanto do ponto de vista clínico como financeiro.
 
Saúde Web

O que os melhores hospitais têm em comum?

O pólo de saúde no Brasil gira em torno de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, e nos Estados Unidos?
 
Pesquisa do Healthgrades responde a pergunta ao trazer uma lista de hospitais norte-americanos considerados top. O ponto em comum entre eles é que todos têm uma mistura de visão, colaboração e tomam decisões baseadas em evidências. Apenas vale o lembrete de que o Saúde Business Forum deste ano será norteado pelo tema “Partner to Win”, ou seja, Parcerias para a Vitória, abordando fortemente o conceito de colaboração.
 
A lista do Healthgrades anual traz os 50 mais tops, e estes representam 1% dos hospitais norte-americanos considerados excelentes no atendimento clínico e na consistência de suas condições e procedimentos por pelo menos seis anos consecutivos. Os 100 mais tops fazem parte de 2% dos prestadores do País caracterizados como excelentes pelos últimos três anos.
 
O Estado da Califórnia lidera o ranking, com 22 na lista dos 100 melhores hospitais e 8 na lista dos 50, seguido pelo estado de Nova York, com nove e 5 respectivamente.
 
O estudo estima que se todos os hospitais, entre 2011 e 2013, desempenhassem de maneira similar aos 100 mais tops, aproximadamente 173 mil vidas poderiam ter sido salvas.
 
Os pacientes dessas instituições de excelência têm risco de morte menor em 26.4% quando comparado a 19 condições classificadas. De acordo com o Healthgrades, o resultado foi melhor do que o percentual de 24.53% do ano passado.
 
Em geral, os hospitais de alto escalão superam os outros em seis condições: insuficiência cardíaca, insuficiência respiratória, sepse, derrame e ataque cardíaco.
 
O relatório também encontrou três características em comum entre os listados no ranking: cultura e prática que vão além das medidas fundamentais exigidas pelos centros Medicare e Medicaid; práticas e decisões baseados na análise de dados; alto nível de colaboração e ampla cooperação entre os departamentos e unidades. A liderança é fator essencial para a manutenção desse alto desempenho.
 
Saúde Web

Hospitais privados participarão de projeto de incentivo ao parto normal

Um projeto-piloto de incentivo ao parto normal vai ser implantado em 20 hospitais privados de todo o país
 
Os hospitais e as operadoras de planos de saúde interessados têm até o dia 11 de março para aderir ao projeto e até o dia 24 será divulgada a lista dos selecionados. O objetivo é incentivar a redução de cesáreas desnecessárias, que atualmente chegam a 84% dos partos, segundo o Ministério da Saúde.
 
O tema foi discutido na quarta-feira  (25) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) com mais de 130 representantes de hospitais e operadoras de planos de saúde. O trabalho é uma parceria entre a ANS, o Hospital Israelita Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement.
 
O projeto vai utilizar três modelos de atendimento: o parto feito por uma equipe de plantonistas, por enfermeiras obstetras e por uma equipe de médicos que se reveza na atenção pré-natal. Cada hospital escolhe o modelo que mais se adequar à sua realidade e também pode propor outras estratégias.
 
De acordo com a presidenta interina da ANS, Martha Oliveira, a questão vem sendo estudada desde 2005, mas sempre focando em apenas uma parte da cadeia do procedimento, como o aumento da remuneração para partos normais, o que não resolve o problema. Ela explica que, pela primeira vez, serão trabalhados todos os elementos que o parto envolve.
 
“A proposta é dar informação qualificada à mulher sobre o que significa o parto normal e a cesárea; é a gente poder treinar e qualificar; reorganizar a prestação do serviço médico de saúde; poder aprimorar e trabalhar cada vez mais com equipe multiprofissional, com médico e enfermeira; é a gente reorganizar a prestação de serviços dos hospitais, porque hoje esses hospitais se prepararam e se organizaram para oferecer o serviço de cesariana”, detalhou Martha.
 
A coordenadora da maternidade do Albert Einstein, Rita Sanchez, explica que o projeto vai discutir o treinamento dos profissionais e o financiamento do modelo, já que é necessária uma readequação da estrutura dos hospitais mais acostumados a fazer cesarianas, que exigem duas ou três horas de centro cirúrgico, com hora marcada, [menos] do que um trabalho de parto normal, que pode demandar de 12 a 15 horas de atenção médica.
 
“A gente vai ter que [contratar] mais enfermagem para cuidar das pacientes, um plantonista para ficar lá enquanto o médico escolhido não vem. O segundo braço é o treinamento das equipes, porque se nós estamos fazendo 84% de cesarianas no setor privado, o pessoal está mais treinado para fazer esse tipo de parto do que o normal. Então, a gente vai treinar novamente todo mundo e definir as diretrizes a serem utilizadas para se conseguir o parto normal”, disse Rita.
 
Na rede pública, o índice de cesáreas está em torno de 40%. O ministério lembra que a cesariana sem indicação médica aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe.
 
A recomendação da Organização Mundial da Saúde é que até 15% dos partos sejam cesárias. Rita diz, no entanto, que esse indicador é antigo, e a comunidade médica tem apontado que 30% de cesáreas com indicação correta seriam o mais adequado. Esse é o percentual alcançado por países como os Estados Unidos. A médica ressalta que é preciso mudança de cultura, tanto dos médicos quanto das pacientes, para reduzir o número desse tipo de parto no país.
 
“O médico não pode deixar a paciente com medo. Se ele tiver mais segurança de fazer parto normal, vai conduzir para o parto normal. Ele tem que esclarecer à paciente que ela não terá muita dor, porque tem analgesia. Existe também uma coisa de comodidade, tanto da paciente quanto do médico. A gente tem muitas executivas que querem saber a data certinha porque tem projetos, têm uma série de coisas. Então, isso foi aumentando ao longo de décadas, até começar essa movimentação por parto normal de novo”, acrescentou.
 
O número de partos normais no Brasil ainda é baixo, mas cresceu cerca de 20% de 2011 para 2012, considerando partos por planos e seguros de saúde. Essa expansão reflete diretamente o apoio das operadoras associadas às políticas de incentivo ao parto normal. Existe, inclusive, um Guia da Gestante, lançado no ano passado, que traz 46 perguntas e respostas sobre contratação do plano de saúde, coberturas, gestação, tipos de parto e nascimento do bebê.
 
Agência Brasil

Conheça o afrodisíaco da moda nos Andes

Cientistas afirmam que a raiz beneficia a memória e a fertilidade, além de diminuir a ansiedade
Promperu: Cientistas afirmam que a raiz beneficia a memória
 e a fertilidade, além de diminuir a ansiedade
A maca peruana saiu das montanhas peruanas para se tornar o novo "superalimento" do momento
 
Impulsionada pela moda dos chamados "superalimentos", a maca peruana, também conhecida como "ginseng andino", tem se tornado um dos principais produtos de exportação do país.
 
As propagandas mais exaltadas a anunciam como uma "resposta natural ao Viagra", apesar de nenhum benefício em termos de potência sexual ter sido confirmado pela ciência.
 
O que sim, se sabe, é que a maca tem propriedades energizantes e benefícios comprovados que incluem o favorecimento da memória e da aprendizagem.
 
A raiz é cultivada na região andina, principalmente no Peru, mais de 4 mil metros acima do nível do mar. Segundo registros históricos, ela é consumida pelos nativos desde o século 17, mas de acordo com pesquisadores é conhecida desde o ano 8.000 a.C.
 
Hoje em dia, é comum encontrá-la em pó ou em cápsulas, em lojas de produtos naturais ou na internet, onde é vendida a preços entre US$ 25 e US$ 35 (o pacote de 500 gramas).
 
Só entre 2013 e 2014 as exportações de maca peruana saltaram 109% – no ano passado, as vendas renderam US$ 28,7 milhões aos cofres do país.
 
O pó de maca é o formato cuja exportação teve maior crescimento em 2014 – 111% em relação ao ano anterior. Estados Unidos, Hong Kong, China e Japão são os maiores compradores do "superalimento".
 
O crescimento levou as autoridades peruanas a criar a Promaca, uma entidade com o objetivo de profissionalizar os produtores, aumentar a oferta internacional e incentivar o processo de industrialização da raiz.
 
"Como setor, assumimos o compromisso de apoiar o desenvolvimento e a promoção internacional da maca, nosso principal produto", disse, no início de fevereiro, a ministra do Comércio Exterior peruana, Magali Silva Velarde-Álvarez, após assinar um convênio de cooperação institucional em prol da maca.
 
Energizante e ansiolítico
"Estudamos a maca há 15 anos e, em 2001, descobrimos que ela melhorava a fertilidade, tanto feminina como masculina", diz o biólogo e endocrinologista da Universidade Peruana Cayetano Heredia, Gustavo F. Gonzales Rengifo, especialista nas propriedades da planta.
 
"E em 2005 percebemos que a cada uma das diferentes variedades e cores da raiz, correspondiam diferentes propriedades."
 
Segundo Rengifo, a maca negra favorece a memória e a aprendizagem, aumenta a quantidade de espermatozóides e sua mobilidade, tem propriedades energizantes e, em geral, diminui os estados de ansiedade. Já a maca vermelha pode ajudar a reverter a osteoporose.
 
O especialista esclarece, no entanto, que os experimentos com a maca foram realizados em animais, "apesar de que outros, feitos em humanos em diversas partes do mundo, deram resultados semelhantes".
 
Em 2010, um estudo com mil habitantes da região dos Andes Centrais do Peru – onde se produz a planta – comparou a saúde dos que consumiam a maca com a dos que não a consumiam.
 
A pontuação alcançada nos testes pelos consumidores habituais com mais de 75 anos foi tão surpreendente que parecia que eles não tinham envelhecido, diz Rengifo.
 
A raiz é exportada principalmente para Estados Unidos, Hong Kong, China e Japão
Promperu: A raiz é exportada principalmente
para EUA, Hong Kong, China e Japão
Diferente do Viagra
Com base nestes estudos, e segundo sua própria experiência, diversos naturistas e médicos tratam seus pacientes com maca. Alguns a receitam contra a insônia, a fadiga ou a ansiedade. Ou ainda como complementar das terapias hormonais durante a menopausa ou para aumentar a libido.
 
"Descobrimos que (a planta) melhora o desejo sexual, mas não encontramos nenhum benefício para a disfunção erétil, como muitas vezes se diz", afirma Rengifo. O "Viagra andino", portanto, não passa de propaganda.
 
Estudos feitos desde 2005 pela FDA, agência reguladora de substâncias e medicamentos dos Estados Unidos, também afirmam que a raiz não é tóxica nem para animais, nem para humanos.
 
Os habitantes dos Andes centrais, de acordo com Rengifo, são prova viva. "Eles consomem até 40 ou 50 gramas da raiz por dia, 30 vezes mais do que qualquer um que tome cápsulas de extrato de maca ou consuma a raiz em pó."
 
As contraindicações geralmente assinaladas por médicos peruanos – eles dizem que mulheres grávidas, crianças ou hipertensivos não podem consumir a raiz, por exemplo – também não foram confirmadas cientificamente, de acordo com o especialista.
 
"Muitas das coisas tidas como certas sobre maca não foram comprovadas pelas pesquisas. Até o ano 2000 se dizia que hipertensos não poderiam consumi-la, mas descobrimos que, na verdade, ela diminui a pressão arterial", afirma Rengifo.
 
Os pesquisadores acreditam que as virtudes da planta se devem às condições em que ela cresce. "A maca nasce a quatro mil metros, onde nada cresce, e é cultivada há pelo menos 2.600 anos. Ela desenvolveu substâncias químicas que a permitiram sobreviver todo esse tempo."
 
iG

Casos de dengue quase dobram no início deste ano em São Paulo

Cidade de São Paulo registrou 2.708 casos de dengue nas seis primeiras semanas do ano; zona norte foi a mais afetada
 
A cidade de São Paulo registrou 2.708 casos de dengue nas seis primeiras semanas do ano, número quase duas vezes superior ao que foi registrado no mesmo período do ano passado, quando ocorreram 1.440  casos. Em casos autóctones (quando a doença é contraída no município), a cidade registrou 563 casos, valor quase duas vezes e meia maior do que o registrado no ano passado (214 casos). 
 
Ainda não houve confirmação de óbitos, mas a morte de uma mulher no dia 28 de janeiro está sendo investigada. O balanço foi apresentado na tarde desta quinta-feira (26), na sede da prefeitura paulistana, pelo secretário-adjunto de Saúde, Paulo Puccini.
 
 “Como era esperado, a ocorrência de dengue está mais intensa do que no ano passado”, disse o secretário, em entrevista coletiva. “As piores semanas ainda estão por vir. No ano passado, o pico foi na décima sexta semana. E esta é uma tradição no município de São Paulo. Mas este ano pode haver uma antecipação”.
 
A razão disso, segundo Puccini, é dupla: uma climática, pelo calor muito intenso, que favorece e intensifica a reprodução do mosquito; a outra, é a falta de água, pois há o armazenamento inadequado, sem tampar adequadamente o recipiente “, disse o secretário.
 
A maior incidência da doença ocorre na zona norte da capital, principalmente na região do Jaraguá (com 92 casos registrados), seguindo-se Brasilândia (82 casos) e Limão (40 casos). O fato de a doença ter sido maior na zona norte, pode ter sido provocado, segundo o secretário, pela falta de água. “Há uma coincidência [o fato de esta ser uma das regiões que mais tem sofrido com falta de água no município]. Por isso essa é uma hipótese, de que isso [a falta de água] possa ter contribuído de forma significativa”, disse ele, acrescentando que o fato está sendo estudado pela prefeitura.
 
“Temos um estudo de campo, que devemos apresentar nos próximos dias, identificando e mapeando os lugares em que está ocorrendo a maior reprodução do mosquito. Em geral, são intradomiciliares, dentro das casas, com presença de reservatórios de água com larvas”, segundo o secretário.
 
Para combater a dengue, disse Puccini, a prefeitura tem feito ações de nebulização e prevenção. No entanto, ressaltou, é preciso que a população contribua, já que a maioria dos criadouros do mosquito estão dentro de casa. “Armazenar água é um direito da população diante de um sofrimento que é a falta de água. Mas, seja qual for o recipiente em que for fazer isso, proteja-o, telando [colocando tela] ou tampando-o adequadamente”.
 
Caso sejam identificadas larvas dentro destes recipientes, disse o secretário-adjunto, é importante tirar toda a água e também lavá-lo pois  “às vezes os ovos ficam colados nas paredes dos recipientes”. A prefeitura também pode ser notificada por meio do telefone 156.
 
A estimativa da secretaria é de que, até o final deste ano, o município registre 90 mil casos de dengue, número bastante superior ao registrado no ano passado, com 28.995 casos. “É muita dengue. É uma taxa de incidência elevada, mas não será, certamente, das maiores do país e nem do estado de São Paulo”, acrescentou o secretário.
 
Quanto ao vírus chikungunya, Puccini informou que nenhum caso autóctone da doença foi registrado em São Paulo, mas apenas quatro importados, de países da América Latina. “Preocupa muito a possibilidade de ocorrência de chikungunya. É o mesmo mosquito que está circulando e falta ele picar uma pessoa com chikungunya para se habilitar a transmitir a doença. Esta é uma doença mais dolorida para a pessoa e que pode se prolongar por seis meses ou mais. A gravidade é muito semelhante à da dengue, mas ela tem essa particularidade, que é uma dor prolongada, com grande sofrimento para o doente”.
 
Agência Brasil

Baixar a pressão arterial pode reduzir os riscos do diabetes

Baixar a pressão arterial pode reduzir de forma significativa o risco de complicações do diabetes tipo 2. Essa foi a descoberta de uma análise de dados de 40 experimentos que envolveram 100 mil pessoas com diabetes
 
Os diabéticos ficam mais vulneráveis aos efeitos da hipertensão do que quem não tem a doença. Orientações médicas recentes sugerem que seja bom manter a pressão sistólica (maior valor verificado durante a medição) de pessoas com diabetes abaixo de 140 milímetros de mercúrio. Todavia, um novo estudo descobriu que talvez seja melhor manter a pressão a 130 ou menos.
 
Publicada no periódico JAMA, a análise descobriu que a diminuição de 140 para 130 foi associada a uma redução de 13 por cento no risco de morte. Foi mostrado que essa redução diminui o risco de doença arterial coronariana em 12 por cento e de derrame em 26 por cento.
 
Ela também foi associada à diminuição do risco de retinopatia (doença causadora de cegueira em diabéticos) em 13 por cento e de albuminuria (condição que indica problemas renais) em 17 por cento.
 
O Dr. Kazem Rahimi, um dos autores do estudo e professor adjunto de Medicina Cardiovascular da Universidade de Oxford, afirmou desconhecer que exista algum benefício em manter o valor abaixo de 130 milímetros de mercúrio. Todavia, “o diabético com leitura de 135 que não toma medicamentos para pressão alta provavelmente obterá benefícios se tomá-los”, afirmou.
 
O custo da deficiência de vitamina D
A deficiência de vitamina D na infância pode estar associada ao enrijecimento das artérias em pessoas de meia-idade, de acordo com as descobertas de um estudo finlandês.
 
O estudo, publicado no periódico The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, iniciou nos anos 80, quando as 2.148 crianças e jovens inscritos tinham de 3 a 18 anos. Todos realizaram exames físicos periódicos, incluindo medições dos níveis de vitamina D, pressão arterial, níveis de lipídios, dieta, tabagismo e atividade física, e foram acompanhados até a idade de 45 anos. Os médicos usaram ultrassom para examinar as artérias, inclusive a carótida do pescoço. O espessamento desses vasos é considerado um marcador do aumento de risco cardiovascular.
 
Os níveis que variam de 30 a 50 são geralmente considerados adequados. A probabilidade de espessamento da artéria carótida quase dobrou para as crianças com níveis de vitamina D posicionados no último quartil, aproximadamente 15 nanogramas por mililitros, em comparação com as crianças com níveis em outros quartis. A associação persistiu após o controle das variáveis idade e sexo, bem como outros fatores de risco cardiovascular.
 
“Há muitos dados demonstrando que a insuficiência de vitamina D é ruim para a saúde. Descobrimos evidências de que ela também está associada à saúde das artérias”, afirmou o Dr. Markus Juonala, professor de Medicina Interna da Universidade de Turku, na Finlândia.
 
Os autores reconhecem que as associações estão apenas relacionadas com a condição das artérias não com problemas cardíacos ou derrame. “As descobertas não dizem nada sobre doenças cardiovasculares. Ainda não temos informações a esse respeito”, afirmou Juonala.
 
Parto prematuro associado a risco cardíaco para a mãe
O parto prematuro está associado ao aumento do risco de problemas cardíacos para a mãe, de acordo com as descobertas de uma análise de estudos.
 
As complicações da gravidez como a pré-eclampsia, hipertensão induzida pela gestação e o diabetes gestacional são fatores de risco de doenças cardiovasculares conhecidos para a mãe. Todavia, essa análise, publicada no periódico The European Journal of Preventive Cardiology, descobriu que o parto prematuro em si também aumenta o risco.
 
Os pesquisadores analisaram 10 extensos estudos de gestação que envolveram de 3.706 a 923.686 mulheres com períodos de acompanhamento que variaram de 12 a 35 anos. Todos os estudos compararam gestantes de partos prematuros de origem espontânea – antes de 37 semanas de gestação e sem a indução do parto por razões médicas – com as que deram a luz no tempo certo. Todos os estudos excluíram os casos de pré-eclampsia e restrição de crescimento intrauterino ou adequaram as variáveis hipertensão e pré-eclampsia.
 
Para as mulheres com histórico de parto prematuro o risco de desenvolver uma cardiopatia isquêmica é duas vezes maior em comparação com as que não o possuem e a associação não dependia de outros riscos. As razões para isso permanecem incertas.
 
“Não quero assustar as gestantes que dão à luz bebes prematuros. Todavia, é importante que saibamos quem são essas mulheres. Não estamos afirmando que elas terão incidentes cardíacos”, afirmou Dr. Karst Y. Heida, principal autor do estudo e ginecologista residente do Centro Médico da Universidade de Utrecht.
 
UOL