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Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 40% da população adulta do país possui taxas elevadas desta gordura produzida naturalmente pelo corpo, causadas, principalmente, por uma alimentação rica em alimentos gordurosos, sedentarismo e tabagismo. Uma vez com acúmulo de colesterol nas paredes arteriais, uma pessoa tem mais chances de sofrer de doenças cardiovasculares, que fazem mais de 17 milhões de vítimas por ano - segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, algumas mudanças simples no estilo de vida podem mudar esse quadro, e a dra. Emanuela Cavalari, endocrinologista e integrante do corpo clínico do Alta
Excelência Diagnóstico, compartilha dicas para manter o colesterol controlado.
Evite alimentos processados e adote uma dieta saudável
A obesidade é um dos fatores relacionados à alta do colesterol no sangue, isso porque muitos alimentos ingeridos são ricos em gordura e aumentam ainda mais a quantidade de placas e depósitos nas paredes das artérias. Para reverter esse quadro, é indicado que o paciente consuma o mínimo de gordura trans (como
margarinas e gorduras hidrogenadas) pois estão relacionadas ao aumento de doenças cardíacas. Carnes processadas, como presunto, salsicha, mortadela e salames industrializados são ricos em colesterol e seu consumo deve ser evitado, principalmente por estarem associados ao aumento da mortalidade. Queijos,
requeijões e leites também devem ser substituídos por suas versões mais magras em quem tem colesterol elevado. Por outro lado, o consumo prolongado de alimentos ricos em gorduras boas, contendo omega-3, reduz o risco de doenças cardiovasculares e uma alimentação rica em fibras, frutas e grãos integrais
contribui para o melhor controle do colesterol. Para avaliar a melhor forma de inserir os alimentos ideais na rotina, é importante consultar um nutricionista.
Porém, atenção: uma pessoa considerada magra também pode sofrer com o aumento colesterol. Segundo a dra. Emanuela, as dislipidemias podem ser divididas em primárias - que são de causa genética -, e em secundárias, que decorrem devido a outras doenças ou condições como obesidade, hipotireoidismo, diabetes, alcoolismo bem como pelo uso de certos medicamentos que podem elevar o colesterol. As dislipidemias de causa genética e familiar podem afetar mesmos aqueles pacientes que tenham uma alimentação com pouca ingestão de gorduras e um estilo de vida saudável, devendo ser acompanhadas de perto por um endocrinologista.
Faça exercícios de forma regular
Além de ajudar no bem-estar e na qualidade de vida, combater o sedentarismo com exercícios físicos regulares também é uma maneira eficaz de aumentar a queima de gordura corporal, reduzir os níveis de triglicerídeos e aumentar o colesterol bom (HDL), conhecido como lipoproteína de alta densidade que
tem efeito protetor contra doenças cardiovasculares. O condicionamento físico cultivado pelos exercícios fortalece o coração, impedindo que ele venha a sofrer uma sobrecarga diante de pouco esforço. Também ajuda no controle da pressão e, claro, na diminuição de peso do paciente
Abandone o tabagismo
“Muitas pessoas não sabem, mas o fumo também é listado como um dos responsáveis pelo processo de aterosclerose. Isso acontece porque o endotélio, tecido que faz o revestimento interno das artérias, também acaba se deteriorando com a presença do tabaco, favorecendo o acúmulo de placas de gordura. A
médio e longo prazo, acabam formando placas ateroscleróticas que começam a obstruir os vasos sanguíneos, impedindo que o sangue chegue aos principais órgãos, como o cérebro e o coração”, explica a dra. Emanuela.
Essa obstrução do fluxo sanguíneo causado pelo acúmulo de colesterol nas artérias pode gerar má circulação e diversas complicações, como infarto e acidente vascular cerebral. Então, abandonar o fumo também contribui para manter um estilo de vida mais saudável e ajudar no controle do colesterol.
Converse com o seu médico sobre quais são os seus níveis ideais de colesterol
A medicina é individualizada e, no tratamento da dislipidemia, isso é cada vez mais notório. Não existe um valor único ideal que pode ser usado para toda a população, cada paciente deve ser avaliado conforme seu histórico de saúde, seus antecedentes familiares, seus níveis atuais de colesterol e o risco individual de desenvolver doenças cardiovasculares no futuro. Por isso, faça exames regulares, tenha conhecimento de como estão seus níveis de colesterol, quais os níveis ideais para você e procure mantê-los dentro da meta. Prevenir ainda é o melhor remédio - reforça a endocrinologista Emanuela Cavalari.
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Saúde em Pauta
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