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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Calor pode provocar queda de pressão e confusão mental

Dica básica para evitar problemas de saúde é ingerir bastante água
 
Boa parte do Brasil vem enfrentando dias de forte calor. Os termômetros da cidade São Paulo, por exemplo, marcaram mais de 35ºC nesta quinta-feira (15). As temperaturas elevadas que levam muita gente às praias e piscinas podem também provocar problemas à saúde.
 
O principal deles é a desidratação, quando o corpo elimina mais água do que ingere.
 
Os principais sintomas são queda de pressão arterial, tontura, confusão mental e perda da consciência. Portanto, o ideal é consumir, em média, cerca de dois litros diários de água, sucos, chás e água de coco, além de evitar bebidas alcoólicas, de acordo com Sérgio Colenci, geriatra do Hospital Alvorada.
 
O especialista ainda alerta que é necessário, nesses dias quentes, dar uma atenção especial aos idosos.
 
— Com o envelhecimento, a sensação de sede diminui. Então, é importante lembrar-se de consumir líquidos sempre, mesmo sem vontade.
 
  Nos dias quentes, também é comum a hipertermia, que é quando a produção de calor pelo corpo excede a capacidade de dissipação.

O médico ainda alerta diz que o problema pode ocorrer quando há a exposição excessiva ao sol, na permanência, durante longos períodos, em ambientes abafados  e, até mesmo, com o uso de roupas pesadas ou muito “fechadas” em dias muito quentes. Os principais sintomas são respiração e suor intensos, câimbras, náuseas e vômitos.

— Vale lembrar que o sol é importante para o idoso, pois ele precisa dos raios ultravioleta para a conversão da vitamina D (na sua forma ativa) na pele. Além disso, a exposição ao sol ajuda na prevenção e no tratamento dos sintomas depressivos e na regulação do sono.

  Porém, o tempo de exposição não deve exceder 20 a 30 minutos e deve ser evitado entre 10h e 16h, quando o calor é mais intenso.

O ar seco e a poluição também prejudicam a saúde. Atrapalham o funcionamento respiratório, o que predispõe a infecções dos brônquios e pulmões, causando pneumonia e sinusite. A dica nesta situação é recorrer ao umidificador de ar.

R7

Inmetro proíbe customização de chupetas e mamadeiras

Riscos de asfixia pela aspiração ou ingestão de partes pequenas adicionadas aos produtos são os principais riscos para as crianças
 
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) proibiu a confecção, importação, distribuição e a comercialização de chupetas, mamadeiras e bicos customizados. Não poderão ser alteradas as características originais do produto certificado com a fixação de partes pequenas como cristais, pérolas, miçangas e adereços em geral.
 
Também está proibida a pintura de elementos decorativos e alteração da cor do produto. Os fornecedores responsáveis deverão recolher os itens customizados do mercado. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União e entra em vigor nesta quinta-feira (15/10) em todo o país.

Segundo o Inmetro, os processos de customização podem comprometer a segurança dos usuários, expondo-os a potenciais riscos de asfixia pela aspiração ou ingestão de partes pequenas adicionadas aos produtos.

Toda chupeta, mamadeira e bico de mamadeira comercializados no país devem atender aos requisitos mínimos de segurança definidos em regulamentação técnica. A dificuldade de antever todos os possíveis riscos decorrentes de inovações tecnológicas e alterações na forma de comercialização levou o órgão a proibir a fabricação dos produtos com essas partes pequenas.

Para a edição da portaria, em maio, o Inmetro abriu consulta pública e colheu relatos e contribuições sobre o uso desses produtos. Segundo o instituto, os estabelecimentos (lojas físicas e virtuais) onde forem encontradas irregularidades estarão sujeitos às penalidades previstas na lei, com multas que variam de R$ 100 a R$ 1,5 milhão.
 
Agência Brasil

Anvisa libera o uso do canabidiol

Substância deixa de ser proibida no país e passa a integrar lista de medicamentos aprovados para uso terapêutico, mas sujeitos a controle
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta quarta-feira liberar o uso terapêutico do canabidiol no Brasil. O composto deixará de fazer parte da lista de substâncias proibidas pela agência e passará para a categoria C1, de uso terapêutico permitido, mas sujeito a controle.
 
A mudança na classificação do canabidiol foi aprovada por unanimidade pela diretoria da Anvisa, em reunião realizada em Brasília. Segundo a agência, a decisão “abre caminho para pesquisa mais ampla, com vista a desenvolver medicamentos com esta substância no país”.
 
O canabidiol é um dos 480 compostos da maconha. Extraído do caule e das folhas da planta, a substância não é psicoativa nem tóxica. O que promove o efeito alucinógeno é o tetraidrocanabinol (THC), substrato da resina e da flor da Cannabis sativa. É ele o responsável pela alteração de raciocínio, lapsos de memória, perda cognitiva e dependência.
 
Apesar da exclusão do canabidiol da lista de substâncias proibidas no Brasil, o processo para importar produtos à base do composto em associação a outras substâncias derivadas da maconha permanece o mesmo e exige autorização excepcional. Mas, de acordo com o diretor-presidente interino da Anvisa, Jaime Oliveira, o procedimento deve ser revisto e simplificado em um prazo de até 40 dias.
 
“Essa reclassificação não muda nada, porque os produtos que são trazidos hoje e importados não contêm apenas o canabidiol, contêm outros canabinoides também, entre eles, o THC, que continua sendo um produto proibido porque gera efeitos psicotrópicos”, disse.
 
Efeitos
Estudos consistentes têm demonstrado o potencial da substância em diminuir a frequência de crises convulsivas entre pacientes com doenças neurológicas graves que não respondem ao tratamento convencional. Hoje, no Brasil, 600 000 crianças são portadoras de epilepsia grave, refratária aos anticonvulsivantes tradicionais. Cerca de 400 famílias usam o canabidiol. Outras pesquisas apontam que a substância também pode ajudar pessoas com doenças como Parkinson, esquizofrenia, insônia e ansiedade.
 
Nos Estados Unidos, o composto é liberado em 21 estados, como suplemento alimentar. Sob a forma de pasta, cristais, spray ou gotas, o canabidiol é vendido em farmácias de manipulação ou diretamente com fabricantes. São os próprios produtores que controlam a qualidade de seus produtos. Todos, porém, têm de seguir a regra de não ultrapassar a quantidade de 0,6% de THC nos produtos com canabidiol, de modo a não oferecer riscos ao paciente.
 
A liberação do canabidiol é uma reivindicação de familiares de crianças e adolescentes que têm crises repetidas de convulsão. Enquanto a substância era proibida pela Anvisa, aqueles que desejavam importar medicamentos contendo o composto precisavam fazer um pedido especial no órgão, desde que munidos de receita médica. No mês passado, o Conselho Federal de Medicina já havia autorizado neurocirurgiões e psiquiatras a prescrever remédios à base de canabidiol para crianças e adolescentes com epilepsia.
 

Aplicativo lembra usuário de comer a cada três horas e beber água

Quem leva uma vida agitada nem sempre consegue manter hábitos saudáveis no dia a dia
 
 
Pensando nisso, o médico Ícaro Alcântara criou um aplicativo gratuito que ajuda o usuário a lembrar de comer de três em três horas, beber água a cada hora e a respirar profundamente.
 
O aplicativo Gerenciador de Saúde – Dr. Ícaro é gratuito e pode ser baixado tanto para quem tem Android quanto iOS.
 
Agência Brasil

Tem remédio vencido em casa? Jogar no lixo é uma péssima solução

Na caixa de remédios da sua casa tem uma cartela de comprimidos ou aquele frasquinho usado durante a virose, mas esquecido depois da doença, que acabou ficando lá guardado durante muito tempo. Quando chega a hora da faxina, você percebe que eles atingiram a data de validade, e então surge a dúvida: qual a melhor maneira de jogá-los fora?
 
Se você pensou no lixo ou na privada, está enganado.
 
O remédio é um produto químico capaz de contaminar solos, água e colocar em risco a vida de pessoas que manuseiam resíduos nos aterros sanitários. A maneira correta de descartar medicamentos vencidos é incinerá-los.
 
Mas, provavelmente você não conseguirá fazer isso na sua casa. A boa notícia é que tanto o poder público como algumas redes de farmácias oferecem este serviço, enquanto o descarte não é regulamentado pelo governo.
 
Segundo a Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), um total de 704 farmácias, em 120 municípios de 12 Estados da federação, oferece o serviço do descarte correto de medicamentos. Dentre elas estão os estabelecimentos da rede Droga Raia, Drogaria São Paulo, Drogaria Carrefour, e as farmácias do Hipermercado Extra. Mas, é preciso checar se as lojas da sua cidade aceitam o medicamento, porque o serviço não é oferecido em todas as unidades.
 
Farmácia ou UBS?
O UOL entrou em contato com quatro prefeituras para saber como o cidadão comum pode descartar o seu medicamento, já que ainda não existe uma política nacional voltada para a questão: Birigui (SP), São Paulo (SP), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ). Das quatro, três possuem programas próprios de descarte de medicamentos.
 
Os paulistanos podem levar seus remédios vencidos para qualquer UBS (Unidade Básica de Saúde) da cidade. A Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana) tem contratos com duas empresas que recolhem resíduos dos estabelecimentos de saúde.
 
Em 2014, foram coletados e incinerados 1.168 toneladas de medicamentos na capital paulista. A Amlurb informa ainda que as cinzas resultantes da incineração são encaminhadas para aterros licenciados para receber resíduos de serviços de saúde.
 
No Recife, os cidadãos também podem levar seus remédios às UBSs da cidade. A Emlurb (Empresa Municipal de Limpeza Urbana) tem um contrato com uma empresa que recolhe o material para ser incinerado. Além disso, o órgão afirmou realizar campanhas educativas para orientar a população sobre a importância de se descartar, de maneira correta, os medicamentos sem uso. "Os usuários de insulina, por exemplo, são orientados a depositar as seringas utilizadas em garrafas pet que devem ser entregues nas unidades de saúde ou nas farmácias da família", informou.
 
Não é apenas nas cidades grandes que esse esquema funciona. A Secretaria Municipal de Saúde de Birigui, no interior de São Paulo, também descarta medicamentos, mas apenas os distribuídos pela Farmácia Municipal e pelas nove UBSs do município. Os remédios são coletados por uma empresa contratada e incinerados. Mais de 32 quilos de medicamentos vencidos foram incinerados em 2014. No caso de medicamentos que não foram distribuídos pelo SUS, a gestão municipal aconselha os cidadãos a levar os remédios à Droga Raia do município.
 
O Rio de Janeiro não possui programas de recolhimento de medicamentos nas suas unidades de saúde. A Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) aconselha os cariocas a devolver "voluntariamente medicamentos no mesmo local onde comprou" e também lista algumas redes de farmácia que recebem o produto.
 
Remédio é um produto químico
Quando é jogado na privada, o remédio cai na rede de esgoto doméstico, que mesmo tratado, não consegue eliminar necessariamente produtos químicos, já que o tratamento é mais focado na eliminação de contaminantes orgânicos.
 
Estima-se que a cada quilo de medicamento que deixa de ser lançado na rede de esgoto, 450 mil litros de água deixam de ser contaminados.
 
Para citar um exemplo, estudos já mostraram que pílulas anticoncepcionais ao serem descartadas pelo esgoto chegam aos rios de água doce e podem dar traços femininos a peixes machos. Uma pesquisa realizada por especialistas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) em 2013 mostrou peixes machos que perderam a capacidade de fecundar óvulos e, em casos mais graves, até desenvolveram ovas, característica do gênero feminino da espécie, por causa das substâncias contidas nesses medicamentos.
 
Se você joga no lixo, saiba que isso pode trazer risco para adultos e crianças que vivem nas áreas de lixões e aterros. No caso dos pequenos, as cores, a textura e até o gosto de muitos medicamentos podem ser confundidos com doces ou balas.

UOL

Sem pesquisa clínica, fosfoetanolamina não pode ser considerada medicamento

De acordo com levantamento realizado pela Anvisa, nenhum processo de registro de medicamento foi apresentado à Agência para que a fosfoetanolamina possa ser considerada um medicamento
 
A etapa é fundamental para que a eficácia e segurança do produto possa ser avaliada com base nos critérios científicos aceitos mundialmente.
 
Segundo a Nota Técnica publicada pela Agência também não há nenhum protocolo de pesquisa sobre o produto, etapa que antecede o registro de qualquer medicamento.
 
Confira a Nota Técnica da Agência sobre a fosfoetanolamina
 
ANVISA

Humor: SOS

Sindicato diz que atendimento da Santa Casa de SP será prejudicado por demissões

O presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, Eder Gatti Fernandes, disse hoje (15) que a demissão de mais de 1,3 mil trabalhadores da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo afetará o atendimento à população. Segundo Eder, em uma das unidades administradas pela Santa Casa, o Hospital São Luiz Gonzaga, localizado no Bairro do Jaçanã, a queda no efetivo de trabalhadores chega a 25%
 
“Provavelmente alguns ambulatórios serão prejudicados pela falta de profissionais especializados.
 
Alguns procedimentos cirúrgicos também serão prejudicados. É um nível de especificidade que só tem ali. Temos hospitais, como o São Luiz Gonzaga, que perdeu 25% do seu corpo clínico e que hoje funciona completamente deficitário. Quem vai sentir isso é a população.”
 
Na terça-feira (13), a Santa Casa iniciou a dispensa de 1.397 funcionários, entre médicos, profissionais de saúde, técnicos de segurança e psicólogos. O corte representa uma redução de 12% no quadro de empregados. Hoje, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) autorizou a demissão de 184 médicos, que estava suspensa por liminar.
 
O TRT liberou as dispensas desde que cumpridas exigências como a não contratação de pessoas jurídicas em substituição aos demitidos, além do comprometimento de não desligar mais funcionários.
 
Para o presidente do sindicato, a origem do problema é a gestão da instituição. "Gestores estão sendo investigados e com bens bloqueados, em decorrência dessa dívida milionária. É uma dívida que se acumula, principalmente por má gestão. Agora, quem vai pagar a conta são dois grupos: os trabalhadores, que estão perdendo seus empregos, e a população, que terá assistência prejudicada.”
 
A liberação das demissões dos médicos pelo TRT está condicionada ainda à exigência de prioridade aos dispensados em novas contratações, caso elas ocorram dentro de 24  meses. O tribunal também propôs a forma como será feito o pagamento dos direitos trabalhistas aos demitidos. A proposta será apreciada amanhã (16), durante assembleia do Sindicato dos Médicos.
 
“O serviço continua sem interrupção em nenhuma das especialidades. Não existe previsão ou intenção de paralisar qualquer serviço. O nível de atendimento continua o mesmo. Estamos muito confortáveis em relação a isso”, informou o superintendente da Santa Casa, José Carlos Villela.
 
“O serviço que a Santa Casa presta é para o Sistema Único de Saúde. Tenho um contrato que tenho de cumprir. Não é promessa vazia de uma diretoria que está fazendo corte de custo para aumento de lucro. Essa mensagem tem de chegar à população. É um caso de sobrevivência. Estamos brigando para manter nove mil empregos. Esse foco não vamos perder.”
 
A instituição enfrenta dificuldades financeiras desde 2014, quando uma auditoria das secretarias estadual e municipal de Saúde de São Paulo, Ministério da Saúde e Conselho Estadual de Saúde revelou que a dívida da Santa Casa alcançava R$ 433,5 milhões.
 
Uma apuração externa mostrou que o montante devido pela instituição é superior a R$ 773 milhões. O valor total das rescisões anunciadas é de aproximadamente R$ 60 milhões.
 
Agência Brasil

Greve nos hospitais do DF piora atendimento e pacientes sofrem com a demora

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Greve: Margarida de Aguiar foi ao Hospital Regional da
Ceilândia, mas não conseguiu ser atendida pelo ortopedista
Apesar da pouca idade, a secretária Rose Evangelista, 33 anos, aguarda ansiosa pelo momento em que se tornará avó. A filha dela, de 16 anos, está internada na maternidade do Hospital Regional de Samambaia desde a madrugada de ontem (15), mas Rose não tem notícias se o parto já aconteceu e tenta conseguir algum tipo de informação por meio do rádio dos seguranças
 
“Há quase duas semanas, eu e minha filha temos ido de hospital em hospital, quase todos os dias, para tentar uma internação. Com a greve, não conseguíamos nada. Hoje, como a bolsa estourou e ela já chegou com cinco centímetros de dilatação, tiveram que interná-la. Só que o hospital não aceita acompanhante e não há funcionário para trazer informação pra gente”, queixa-se Rose.
 
Sentada ao lado de Rose na porta do hospital, a vendedora Jane Ferreira Mattos, 25 anos, também aguarda notícias da irmã, internada quinta (14), na mesma maternidade, com 41 semanas de gestação. Segundo Jane, há um pedido expresso de cesariana por parte do obstetra que fez o pré-natal da irmã, mas a cirurgia só poderá ser feita hoje (16) pela manhã.
 
“Eles só fazem cesárea em último caso. Agora, com a greve, a coisa ficou ainda mais difícil. Mesmo com indicação do obstetra, não conseguimos a cirurgia ainda. Tenho andado com ela há três dias em busca de um bom hospital. Falaram para mim que o atendimento aqui era bom, mas todos os telefones estão cortados e não tenho informação sobre a saúde dela e do bebê”, reclama Jane.
 
No Hospital Regional de Taguatinga, o saguão do pronto-socorro permanece cheio, mesmo sem nenhuma previsão para atendimento. Pela manhã, alguns pacientes que tentavam fazer a ficha de cadastro foram orientados a voltar para casa, já que o número reduzido de profissionais fez com que apenas casos graves fossem aceitos no local. Mesmo em meio a uma crise de asma, o filho de oito anos da manicure Ludmilla Pereira, 27 anos, encontrou dificuldade para ser atendido.
 
“Ele já chegou a ficar internado duas vezes – uma delas por 15 dias. Tudo por causa da asma. Já faltou à escola ontem e hoje. Fomos à UPA [Unidade de Pronto Atendimento] mais próxima de casa, mas lá também não tinha médico atendendo. Meu filho já perdeu dois dias de escola. A nebulização que faço em casa não está dando conta de ajudá-lo. Só saio daqui hoje depois de ser atendida”, reclamou Ludmilla.
 
Na porta do mesmo hospital, a professora Ana Maria Oliveira, 53 anos, tentava convencer a equipe médica a internar a sobrinha grávida que sofre com um quadro de vômitos e diarreia: “Ela já está em trabalho de parto. O bebê está em sofrimento fetal e temos uma ecografia que mostra isso. O obstetra disse que ela não tem força para um parto normal em razão do quadro de desidratação. Se isso não configura emergência, o que mais é uma emergência?”, questionou a professora.
 
A equipe de reportagem da Agência Brasil também esteve no pronto-socorro do Hospital Regional de Ceilândia, onde um único funcionário informava a quem chegava que diversos profissionais aderiram à greve e que não há atendimento no local. Em meio a diversos pacientes, apenas um rapaz, que sofreu um acidente de trabalho grave, conseguiu ser encaminhado para atendimento com um cirurgião.
 
Com o braço engessado há quase 40 dias, a dona de casa Margarida de Aguiar, 69 anos, não se conforma com a falta de médico no local: “Era para eu ter tirado um raios-X cerca de 15 dias após a minha queda, mas até hoje não consegui. Não há ortopedista atendendo. Estão todos de greve. Não sei o que vou fazer. Não sei que dia eles voltam a trabalhar. Só Deus sabe. Parece que, quanto mais velho a gente fica, mais abandonado a gente se sente. Ninguém tem respeito pelas pessoas de mais idade”.
 
A assessoria de imprensa do Sindicato dos Médicos dos Distrito Federal informou que a categoria realizou assembleia na última terça-feira (13) e decidiu pela manutenção da greve, iniciada no último dia 8. Eles aguardam agora um posicionamento por parte do governo para iniciar as negociações.
 
O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal informou que a categoria aprovou, em assembleia na manhã de ontem, o endurecimento da paralisação. Uma nova assembleia foi marcada para a próxima terça-feira (20) em frente ao Hospital de Base.

Agência Brasil

Anvisa publica guias sobre medicamentos e produtos biológicos

Já estão disponíveis, no site da Anvisa, três guias relacionados a medicamentos e produtos biológicos. Os documentos expressam o entendimento da Agência sobre procedimentos e métodos considerados adequados ao cumprimento de requisitos exigidos pela legislação
 
Os guias tratam dos seguintes temas: “Elaboração do Relatório Sumário de Validação de Processo de Fabricação de Medicamentos”; “Qualificação de Transporte dos Produtos Biológicos” e “Desfechos para Estudos Clínicos de Medicamentos Oncológicos”.
 
A adoção dos guias como instrumento regulatório foi decidida durante a reunião da Diretoria Colegiada do dia 30 de junho deste ano. O objetivo é de permitir que a Agência tenha a opção de tratar de temas de interesse sanitário de forma complementar ou mesmo alternativa às medidas de regulamentação tradicionais. Com isso, a Anvisa busca trazer harmonização e segurança jurídica aos seus processos regulatórios.
 
Conforme o fluxo aprovado pelos diretores, os guias tornam-se vigentes a partir da publicação no portal da Anvisa, porém ficam sujeitos ao recebimento de contribuições por período determinado em sua aprovação.
 
Um link específico foi criado para disponibilizar estes Guias e os futuros no Portal da Agência.

Clique aqui e obtenha outras informações sobre o tema.
 
ANVISA