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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Remédios antigos: Vapor-Ol - Ópio para asma

Cientistas acreditam ter descoberto como ocorre a metástase no organismo

Todo mundo, mesmo o mais saudável dos atletas, possui células cancerosas no organismo — mas, inteligente, o sistema imunológico trata de destruí-las, antes que se dividam em ritmo acelerado e comprometam tecidos e órgãos. Algumas vezes, porém, as próprias estruturas de defesa do corpo acabam contribuindo para a formação do tumor. Saber como isso ocorre é o primeiro passo para a cura do câncer, e foi exatamente o que conseguiu uma equipe de pesquisadores canadenses, da Universidade de Dalhousie, câmpus de Nova Escócia.

Em entrevista ao Correio, David Waisman, professor de bioquímica, patologia e biologia molecular, explica que, para que o tumor cresça e se torne maligno, primeiramente ele recruta células especializadas chamadas macrófagos. Essas células, normalmente, são “do bem”, pois cooperam com os linfócitos, destruindo seres estranhos que atacam o organismo. “Em contato com as cancerosas, porém, elas não só promovem o crescimento das ‘irmãs’ malignas como as tornam capazes de migrar para outros órgãos; ou seja, convertem essas células em metastáticas. Essa é a razão de alguns pacientes com tumores e que possuem uma grande densidade de macrófagos não responderem bem ao tratamento”, diz.

A questão principal, segundo Waisman, é saber como os macrófagos aproximam-se dos tumores. “A jornada deles desde a corrente sanguínea até o local do tumor requer que eles removam barreiras existentes entre o sangue e o câncer. Essas barreiras incluem uma substância que une os órgãos, chamada de cimento da matriz extracelular. Ele é composto por várias proteínas. Descobrimos que os macrófagos usam uma proteína existente em sua própria superfície, a S100A10, que ativa enzimas chamadas proteases. Uma vez ativadas, as proteases atuam como tesouras moleculares, ‘mascando’ toda a matriz extracelular. Se bloquearmos a ação da S100A10, os macrófagos não conseguirão atingir o tumor”, explica. Dessa forma, as células não crescem nem se tornam metastáticas.

“Os mecanismos de ação de várias drogas atualmente utilizadas contra o câncer focam o processo de divisão celular. Evitar que uma célula tumoral se torne duas é o primeiro passo para controlar, e até mesmo eliminar, a doença”, diz o oncologista Charles Pádua, diretor do Cetus-hospital dia, de Belo Horizonte. “Mecanismos de resistência tumoral às drogas, sensibilidade tumoral aos medicamentos, baixo índice de proliferação celular e toxicidade induzida pelo tratamento, entretanto, são exemplos de fatores que limitam o sucesso das terapias convencionais”, pondera.

O oncologista Bruno Carvalho Oliveira, do Grupo Acreditar, avalia, porém, que “a introdução das drogas de alvo molecular representa uma mudança de paradigma na oncologia clínica e na hematologia. Atualmente, testemunhamos a incorporação crescente dessas drogas ao arsenal terapêutico contra tumores sólidos e neoplasias hematológicas”.

Cautela
Uma nova abordagem terapêutica, portanto, poderia enfrentar as dificuldades com as quais os médicos e os pacientes lidam atualmente. David Waisman reconhece que a pesquisa chefiada por ele é um passo importantíssimo rumo ao que, um dia, seria a cura do câncer, mas ele alerta que mais estudos serão necessários. “A cura envolverá muitas outras técnicas, já que até o termo câncer pode ser considerado incorreto — há mais de 200 diferentes tipos de tumores malignos, cada um com características únicas. Até o mesmo câncer pode se comportar de maneiras diferentes, dependendo do paciente. Por isso, essa é uma tarefa tão desafiadora”, diz.

Para que a descoberta da equipe de Waisman torne-se uma realidade clínica, será necessário encontrar anticorpos que consigam bloquear a ação da proteína S100A10. “Se conseguirmos desenvolver uma estratégia efetiva para isso, então o próximo passo será encontrar parcerias na indústria farmacêutica”, conta o cientista. O oncologista Charles Pádua é otimista quanto aos progressos feitos até agora na luta contra o câncer. “A oncologia caminha a passos largos para uma nova forma de cuidar dos pacientes: a terapia personalizada”, acredita. “Vejo com otimismo que, em breve, poderemos proporcionar melhores taxas de respostas, o aumento da sobrevida e a cura para um maior número de pacientes”, afirma.

Fonte Correio Braziliense

Veneno de aranha mais potente que morfina, indica pesquisa realizada em MG

 (Fotos: Marcos Michelin/Em/D.A Press)
Pesquisa desenvolvida em MG indica que toxina da espécie armadeira é melhor que o derivado do ópio, mesmo em doses cinco vezes menores, para minimizar a dor. A substância também demonstra manter-se eficaz durante mais tempo

Uma descoberta importante para minimizar a dor de pacientes com câncer e Aids, por exemplo. Uma forma de equilibrar um coração com arritmia. Uma chance de proteger e recuperar as células atingidas por isquemias cerebral e na retina. Tudo isso são possibilidades surgidas do uso de toxinas das aranhas-armadeiras, animais peçonhentos que não fazem teia e se encontram facilmente em bananeiras e buracos na terra e debaixo de folhas secas ou entulhos de obra. Em estágio avançado, pesquisas feitas em Minas Gerais sobre o tema já foram patenteadas, receberam apoio de instituições renomadas do país e, em aproximadamente cinco ou seis anos, os testes passarão a ser feitos em humanos.

O trabalho para desvendar o veneno da Phoneutria nigriventer começou nos laboratórios da Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte. Aranhas de campo e algumas criadas em cativeiro são induzidas a liberar o veneno, usado especificamente para imobilizar suas presas ou para sua defesa em situações de risco. A cada dois meses, os técnicos anestesiam o aracnídeo com gelo seco e dão choques nas quelíceras das aranhas — articulações localizadas do lado da boca, onde ficam as garras, que servem para apanhar as presas e injetar o veneno —, conseguindo assim extrair 10 microlitros do composto.

Depois disso, a farmacêutica com doutorado em bioquímica Marta do Nascimento Cordeiro, que coordena o estudo, separa cada uma das substâncias até torná-las puras. O processo passa pelo congelamento do veneno para remoção da parte líquida (liofilização), desidratação semelhante àquela usada para preservar alimentos perecíveis. Assim, a parte sólida é examinada pelas máquinas, que fazem a leitura e o registro dos pelo menos 80 componentes do veneno. Para identificar a pureza, retira-se também o sal dessas substâncias.

A pesquisa começou em 1963, mas, à época, não era possível purificar as moléculas na quantidade necessária. Com equipamentos mais modernos, os estudos avançaram. “Nosso objetivo era saber qual componente evidenciava cada sintoma em casos de picada”, explica a pesquisadora. A lista dos efeitos da picada observados em animais e humanos é longa: dor pungente e imediata, que irradia; cãibras dolorosas; tremores musculares; convulsões; paralisia; sudorese; priapismo; perturbações cardíacas; e distúrbio visual.

“Essa é uma aranha errante, que precisa caçar porque não faz teia. Como todo animal peçonhento, a aranha só ataca para se alimentar ou ao se sentir ameaçada, para sua própria defesa. Houve um caso recente de um adulto picado em Campinas, em 2008. Ele foi atingido na nuca, uma área sensível, mas sobreviveu. Crianças e idosos são mais frágeis e, nesses casos, o risco é maior”, explica Marta.

Resultados
A primeira fase é essencial para as análises biológicas feitas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pelo Instituto de Ensino e Pesquisa da Santa Casa, colaboradores da pesquisa. Os testes em casos de dor mostraram que uma das toxinas da aranha é mais efetiva que a morfina — e em doses cinco vezes menores. Segundo o coordenador da pesquisa de toxicologia, Marcus Vinícius Gomez, os efeitos do veneno da aranha duram 24 horas, enquanto o efeito da morfina desaparece em apenas quatro. Outra vantagem é que as toxinas não desenvolvem tolerância, como a droga.

Os estudos sobre a Phoneutria nigriventer foram feitos paralelamente a um trabalho desenvolvido nos Estados Unidos e na Europa com o caramujo-marinho, e chegaram a conclusões muito parecidas. Desde 2006, as toxinas do caramujo já são usadas em medicamentos contra dor, cujo produto comercial chama-se Prialt, que chegou ao mercado quatro anos depois dos testes em humanos. De acordo com Gomez, as toxinas da aranha são ainda mais potentes que as do caramujo-marinho e, principalmente, apresentam menos efeitos adversos.

“Percebemos que elas pertenciam à mesma estrutura química (proteínas) e a toxina da aranha repetia os efeitos do caramujo. Então, resolvemos testá-la para dor também, e descobrimos que ela ainda é mais potente, mais capaz de reverter a dor, com menos efeitos adversos. Outro detalhe é que as toxinas não causam alergia e, por isso, podem ser testadas em humanos. Não tínhamos ilusões para aplicações terapêuticas, só queríamos saber como elas agiam nos canais de cálcio (canais iônicos encontrados em células excitáveis)”, conta o professor.

Três toxinas da aranha estão em estudo. Uma delas atua contra dores do câncer e de complicações da Aids, cirúrgicas e químicas; contrações abdominais; e contra o sofrimento relacionado à remoção do nervo ciático. As outras duas têm efeitos contra as isquemias cerebral e na retina e contra a arritmia. A dificuldade, segundo o pesquisador, é a obtenção e produção de grandes quantidades do veneno. Por isso, as moléculas estão sendo recombinadas (clonadas). Uma empresa em Campinas já trabalha na formação dessas mesmas cadeias em laboratório. Para o especialista, em quatro ou cinco anos já será possível pedir licença para usar as toxinas contra a dor nos testes em humanos.

Coração
As experiências em ratos e camundongos mostraram que a toxina age recuperando o equilíbrio na batida do coração. Avaliado in vitro, o coração fica isolado numa solução nutridora e sua artéria é amarrada com um pequeno fio. Quando ela é solta, o coração trabalha em desequilíbrio, mas a ingestão da toxina aumenta a liberação de acetilcolina, substância que atua como neurotransmissora e falta quando há arritmia. Até o fim do ano, os testes serão feitos em animais vivos. Nos casos de isquemia, as toxinas protegem as células, o que foi comprovado em testes in vitro e já nos animais vivos.

“Essa é a que tem mais potencialidade, por causa disso. Conseguimos comprovar que a toxina era capaz de proteger a região mais afetada no choque isquêmico até duas horas depois. Levamos para a retina e, nesse caso, o tempo é de 90 minutos. Só que ela consegue recuperar as células que já estavam morrendo. Simulamos uma isquemia cerebral com o hipocampo in vitro, sem oxigênio e glicose e, depois, nos ratos. Precisávamos clonar essas substâncias em grande quantidade, mantendo sua eficiência, e isso já está sendo feito”, diz. Ele comemora: “Já publicamos esse trabalho em revistas especializadas internacionais e os cientistas, em suas análises, chamam de ‘uso fascinante de toxinas com provável aplicação clínica’”. As pesquisas sobre as toxinas que atuam contra a dor estão patenteadas nos Estados Unidos, no Canadá, no Brasil e na Europa. Já as usadas para o controle das isquemias e taquicardia estão patenteadas no Brasil.

Papoula-do-orienteA morfina é uma substância com grande poder analgésico. Ela é originária da planta Papaver somniferum, conhecida popularmente como papoula-do-oriente. Ao se fazerem cortes na cápsula da papoula, quando ainda verde, obtém-se um suco leitoso, o ópio (a palavra ópio, em grego, quer dizer suco). Quando seco, esse suco passa a se chamar pó de ópio. Nele, existem várias substâncias com grande atividade. A mais conhecida é a morfina, palavra que vem do deus da mitologia grega Morfeu, o deus dos sonhos.

Fonte: Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo (Cebrid/Unifesp)

Correio Braziliense

Chá feito com folhas de yacón em excesso pode causar danos graves ao rim

A planta do yacón costuma ser usada para reduzir a glicemia em diabéticos. Pesquisadora da USP, no entanto, não recomenda sua utilização (Sidney Lopes/EM/D.A PRESs)
A planta do yacón costuma ser usada para reduzir a glicemia em diabéticos.
Pesquisadora da USP, no entanto, não recomenda sua utilização

Úteis à humanidade há milênios, as plantas medicinais, quando utilizadas de maneira incorreta, podem causar efeitos colaterais tão severos quanto os ocasionados pelo mau uso dos remédios sintéticos comprados nas farmácias. O costume popular de usar as plantas, especialmente sob a forma de chás, sem a orientação de um médico ou sem observar a procedência de raízes e folhas, é responsável por graves casos de intoxicação. Um novo estudo, realizados na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP), ligada à Universidade de São Paulo (USP), é um bom exemplo do perigo que esses produtos podem oferecer. Os pesquisadores concluíram que o chá feito com folhas de yacón — comercializadas em mercados e feiras do Brasil, do Japão e da Europa e usadas para reduzir a glicemia em diabéticos — pode causar lesões renais graves.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas administraram o chá de yacón  por via oral em ratos durante três meses, em uma dose que equivaleria a três xícaras por dia para um humano de 70kg. “Nessa dose, e ao fim dos 90 dias de tratamento, os ratos apresentaram um quadro de doença renal crônica, com inflamação e destruição dos tecidos filtrantes do rim”, aponta Rejane Barbosa de Oliveira, autora da tese de doutorado Atividades antidiabética, anti-inflamatória e toxicologia do yacón.

A planta é originária da região dos Andes e pertence à mesma família botânica de espécies como o girassol e a arnica. Sua batata ou raiz, no entanto, é muito usada pelos povos andinos (veja Palavra de especialista). O estudo realizado na FCFRP/USP demonstrou que o chá preparado a partir de suas folhas tem duas classes principais de substâncias químicas: as lactonas sesquiterpênicas (responsáveis pelo dano renal) e compostos denominados ACGs, que causam o efeito benigno de redução da glicemia. Segundo Rejane, que é também bióloga e doutora em ciências farmacêuticas pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, o estudo demonstrou que apesar de as substâncias terem o potencial de reduzir o percentual de açúcar no sangue, o chá das folhas do yacón não deve ser usado pela população.

“A toxicidade desses compostos inviabiliza o uso oral. Uma alternativa seria o uso tópico, o qual demonstrou bons resultados em animais de laboratório, contudo não foram feitos estudos toxicológicos sobre a utilização prolongada dos extratos nesse tipo de tratamento”, diz.

O velho ditado “se é natural, não faz mal” é combatido por especialistas que apontam riscos bem maiores que os benefícios no uso indiscriminado de plantas, ervas e fitoterápicos. Para se ter ideia, são registrados anualmente nos centros de controle de intoxicações do Brasil cerca de 2 mil casos de intoxicações por plantas, muitos levando ao coma e até mesmo à morte. Parte das internações ocorre devido ao uso inadequado das plantas. “Especialmente devido a erros na dosagem, na forma de preparo do extrato vegetal e também na forma errada de identificação da planta”, ressalta a pesquisadora.

Outro órgão muito afetado por algumas plantas utilizadas para fazer chás no Brasil é o fígado, ressalta o chefe do Serviço de Hepatologia do Hospital Universitário de Juiz de Fora, Aécio Flávio de Souza. Segundo ele, muitas vezes, os chás são preparados da forma errada, o que potencializa seu efeito tóxico. “Em alguns casos, a parte que deve ser usada é o caule, mas a população utiliza as folhas.”

A erva conhecida popularmente como sacaca, vendida como remédio para emagrecer especialmente no Norte do país, é responsável por complicações hepáticas tão graves que é capaz de levar a pessoa a depender de um transplante de fígado. Bebidas usadas livremente como o chá verde, confrei e compostos chineses também podem causar complicações hepáticas graves. Até mesmo o conhecido chá de poejo, usado para gripes, e a valleriana, tomada como calmante, podem prejudicar o órgão. “Antes de começar a fazer uso de um determinado chá, a população deve consultar o médico. Assim, pode ter uma avaliação hepática, fazendo o uso da bebida com segurança”, recomenda Souza.

O fato é que antes de comprar uma planta medicinal, que pode sim fazer mal como qualquer outro medicamento usado de forma inadequada, é preciso levar em consideração alguns fatores importantes. Além de ouvir um médico, é preciso ter certeza de que a identificação da planta está correta e avaliar a procedência do material. A pesquisadora Rejane Oliveira frisa ainda que as doses e o intervalo entre elas devem ser seguidos rigorosamente. “As plantas medicinais podem interagir com outros medicamentos, potencializando, exacerbando ou impedindo a ação deles”, lembra.

Mulheres grávidas devem ficar especialmente atentas ao uso de plantas medicinais, pois muitas podem causar abortos espontâneos. No momento de escolher o chá, o melhor mesmo é optar pelas plantas geralmente cultivadas em horta, como hortelã, capim-santo e camomila. “Essas são muito conhecidas, estudadas e usadas há séculos na medicina tradicional da Europa, de onde têm origem”, sugere a professora de fitoterapia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Maria das Graças Brandão.


Palavra de especialista
Raiz pode ser consumida
“Na região dos Andes, as raízes tuberosas do yacón são utilizadas pela população como alimento in natura, na preparação de sucos e geleias. Elas não têm as substâncias lactonas sesquiterpênicas presentes na folha e, por isso, não são tóxicas e podem ser consumidas sem risco. Essas raízes são um excelente alimento para pessoas diabéticas, visto que são ricas em oligofrutanos, açúcares que não aumentam os níveis glicêmicos do sangue e ainda contribuem para o bom funcionamento e a manutenção da microbiota intestinal.”

Rejane Barbosa de Oliveira , bióloga

Fonte Correio Braziliense

Desvende mitos e verdades sobre o bom funcionamento do intestino

Alimentação desregrada é a principal causa de problemas digestivos

Pode parecer estranho, mas é fato: o ser humano tem dois cérebros. O encefálico, que dá o poder de pensar, planejar e falar, e um segundo, localizado centímetros abaixo, no intestino. Isso mesmo. Tirando a ausência do intelecto, o funcionamento de ambos são bem parecidos e eles estão interligados.

É o intestino que separa o que é bom e o que é ruim para o corpo, protege e também ataca e sinaliza quando algo não está bem. Toda vez que um indivíduo é submetido a um estresse, medo ou ansiedade, por solidariedade, o cérebro intestinal também sofre reações e isso pode causar um conjunto de alterações no suco digestivo, como úlcera, gastrite, diarreia ou constipação.

Conforme Marcílio Hubner de Miranda Neto, diretor do Museu Dinâmico Interdisciplinar da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Paraná, os estudos sobre o Sistema Nervoso Entérico, localizado no aparelho intestinal, iniciaram há 30 anos. A partir desta descoberta, constatou-se que o intestino continha mais de 100 milhões de neurônios, sendo considerado a maior glândula do corpo, produzindo muito hormônio e uma variedade quase tão grande de neurotransmissores como o cérebro.

Para se ter uma ideia, 90% da serotonina é fabricada no intestino. Bioquimicamente falando, é a mesma serotonina produzida no encéfalo, só que não necessariamente é encaminhada ao cérebro, pois ela tem necessidade de uso local pelo próprio cérebro do intestino.

— No Sistema Nervoso Central, as serotoninas são produzidas pelos neurônios do circuito do prazer e da atenção. No intestino, funciona como neurotransmissor e tem a ver com o bem estar gástrico. Estudos dizem que uma pessoa feliz tem sono de qualidade, bom apetite e bom trânsito intestinal sem uso de remédio — garante Neto.

O mecanismo não é simples. O intestino transmite as sensações somáticas que o cérebro responde com dor ou desconforto, diz Marta Brenner Machado, coordenadora do Ambulatório de Doenças Inflamatórias Intestinais do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

— Você come e imediatamente os neurotransmissores localizados na parede do intestino mandam a informação, e o cérebro entende que iniciará o processo digestivo.

Tanto são as semelhanças, que até mesmo capacidade de "aprender" tem o intestino, pela mesma plasticidade neural contida no cérebro.

— Quem não tem tempo para evacuar, emite uma mensagem para o cérebro do intestino de que ele precisa diminuir os movimentos peristálticos (que empurram o alimento). As fezes saem mais secas e lentamente. Trata-se de um recurso para ajudar você a ir no banheiro menos vezes. Ao mesmo tempo, pode reaprender, caso a pessoa tenha métodos saudáveis e o reeduque a tomar as atitudes corretas — explica Marcílio Neto.

Baixa ingestão de líquido e fibras estão entre os vilões
A constipação sempre foi um problema no mundo ocidental e ocorre em qualquer idade, apesar de crianças e idosos serem os mais afetados. A maior vilã é a alimentação desregrada, tanto quanto a fatores psicológicos e ambientais. Mas, apesar do grande desconforto, não ir ao banheiro com frequência não traz grandes danos à saúde.

— O intestino se destende e volta ao normal com rapidez. Há, sim, uma piora na qualidade de vida — explica o diretor da Fundação Rio-grandense Universitária de Gastroenterologia em Porto Alegre (Fugast) Claudio Rolim Teixeira.

A melhor saída é lembrar que evacuar é tão importante como comer. Ambos fazem parte do mesmo processo: ingerir para absorver os nutrientes, e evacuar para eliminar os resíduos.

Ingerir pouco líquido faz com que o intestino tire o máximo de água das fezes para que não fique desidratado. O ideal é tomar 30 ml de água por quilo de peso corporal ao dia. Ou seja, quem tem 50 quilos deve ingerir 1,5 litro.

Para a gastroenterologista Marta Machado, 90% das pessoas constipadas, com menos de 40 anos, desenvolveram o problema ao mudar sua rotina de vida ou por ter hábitos inadequados. Dentre os vilões, estão a baixa ingestão de líquido e fibras.

Em situações de emergência — como em viagens — há algumas soluções que podem auxiliar. Conforme o nutricionista Gabriel de Carvalho, uma possibilidade é o uso de supositórios de glicerina, que não fazem mal. Não deve-se usar o óleo mineral, a não ser em último caso, pois ele compromete a absorção de várias vitaminas. O melhor é adotar uma alimentação mais regrada e, é claro, procurar orientação de especialistas, que irão propor a melhor solução em cada caso — diz Carvalho.

Mitos e verdades

::Mulheres têm mais prisão de ventre do que homens
Verdade. Pesquisas mostram que elas têm mais constipação do que os homens em uma frequência que chega a ser oito vezes maior. É uma questão hormonal. O estrógeno da mulher levaria a um movimento diminuído do intestino e à flacidez. Há também uma questão social, que é a inibição de utilizar banheiros públicos.

::Chás e produtos naturais não fazem mal à saúde
Mito. O uso de qualquer laxante, inclusive os chás, tem uma ação no intestino com pontos positivos e negativos. O lado bom é que tem uma evacuação imediata. Mas as moléculas da composição desses produtos têm uma ação dos nervos que estimulam o movimento do intestino. O uso crônico cria lesões nesses nervos.

::Sedentarismo agrava a constipação
Verdade. Está comprovado que a eliminação de endorfina que ocorre durante o exercício físico aumenta a motilidade (os movimentos) do intestino e agem em todo o aparelho digestivo. A vida moderna contribui para tornar a pessoa sedentária, e essa falta de movimentação leva à obesidade, à flacidez muscular e à diminuição do reflexo da evacuação — somados, tais problemas podem propiciar a constipação intestinal.

::Fazer força na hora de evacuar pode provocar hemorroidas
Verdade. Não é normal fazer força para evacuar. Se isso acontece é porque as fezes estão endurecidas ou com dificuldade para sair. Todos nós temos hemorróidas no intestino. Quando se faz muita força, esse plexo hemorroidal (conjunto de veias que temos desde o nascimento, localizado a dois centímetros da borda do ânus) é forçado a sair. Essas veias podem ficar dilatadas, e isso gera as hemorroidas.

::Estresse provoca dor abdominal
Verdade. O estresse é diretamente causa de constipação. Em algumas pessoas, esse estresse é um pouco danoso. Normalmente, em situação de estresse, é eliminado mais ácido gástrico no estômago, o que pode causar lesões, como gastrite ou a síndrome do intestino irritável. Ou seja, o estresse altera a motilidade do estômago e do intestino.

Fonte Diário Catarinense

Quem vai para o trabalho a pé ou de bicicleta se estressa menos

Trabalhadores que se deslocam de carro ou transporte público relatam mais cansaço

Pessoas que vão para o trabalho de carro, ônibus ou trem são mais propensas a sofrer de estresse e exaustão, de acordo com um estudo da Universidade de Lund, da Suécia. Entre os 12 mil empregados, de 18 a 65 anos, consultados na pesquisa, aqueles que iam trabalhar a pé ou de bicicleta relataram níveis mais baixos de estresse e cansaço.

O estudo identificou ainda que os danos à saúde aumentam quanto maior o tempo de deslocamento. No entanto, os pesquisadores ressaltam que são necessários mais estudos para ampliar o entendimento sobre o tema. Outras variáveis, como renda familiar e fatores ambientais, precisariam ser consideradas para comprovar os prejuízos à saúde.

Fonte Diário Catarinense

Pílula irá prevenir cabelos brancos

Laboratório deve lançar produto em 2015

Parece milagre, mas é um sonho que está prestes a se tornar realidade. A marca L'Oreal está desenvolvendo uma pílula que previne o surgimento de cabelos grisalhos.

O laboratório francês prevê que o produto estará no mercado em 2015. Os componentes ativos da fórmula não são divulgados em detalhes: só se sabe que a pílula é produzida a partir de "extrato de frutas" e outros itens.

A fórmula age impedindo que os folículos capilares fiquem cinzas. No entanto, os cabelos brancos já crescidos não vão deixar de existir: isso vale apenas para novos fios

Fonte Diário Catarinense

Genética pode ajudar no tratamento da obesidade

Teste genético utiliza saliva e sangue para identificar predisposição a doenças, tornando diagnóstico mais rápido e preciso

A resposta para uma série de dúvidas sobre o corpo humano está na genética. Desvendar esses segredos pode ajudar na prevenção e na cura de diversos males. E isso com tratamentos cada vez mais personalizados.

— Com a análise do gene, o médico pode compreender as características hereditárias do paciente e as interações entre a alimentação, os hábitos de vida e os genes — explica o nutrólogo Maximo Asinelli.

A Nutrigênomica, nome dado à ciência que utiliza dados do mapa genético para analisar sua relação com os nutrientes da comida, é capaz de identificar quais genes podem desencadear processos que levam ao surgimento de várias patologias ao serem ativados. Com base nisso, os alimentos podem ser usados para prevenir, controlar ou tratar doenças de todos os níveis de gravidade. Entre elas, a obesidade.

— Quem sofre com o excesso de peso, já fez de tudo para emagrecer e não obteve sucesso, pode encontrar a solução em seu código genético — diz o médico.

Atualmente existem testes de diagnóstico biomolecular que utilizam saliva ou amostra de sangue retirado da ponta do dedo do paciente para diagnosticar vários distúrbios ligados a Nutrigenômica ou a erros metabólicos.

Os testes biomoleculares podem identificar predisposição ao sobrepeso e à obesidade; doenças herdadas, como a Doença de Huntington; e distúrbios metabólicos da mitocôndria, como Diabetes Mellitus e surdez. Exames de Nutrigenômica já são aceitos pela sociedade médica para o tratamento de intolerância genética à lactose e doença celíaca.

Fonte Zero hora

Do chimpanzé para o homem: os caminhos da Aids

Em livro publicado em outubro deste ano, médico recupera a história do vírus

Nossa história começa ao redor de 1921, em algum lugar entre o rio Sanaga, em Camarões, e o rio Congo, no antigo Congo Belga. Ela envolve chimpanzés e macacos, caçadores e açougueiros, "mulheres livres" e prostitutas, seringas e vendedores de plasma, legisladores coloniais malvados e médicos coloniais decentes com as melhores intenções. E um vírus que, apesar dos obstáculos, conseguiu ser transmitido de um símio na selva da África central para um burocrata haitiano que ia do Zaire para o seu país natal, e depois para algumas dezenas de homens que frequentavam bares gays, antes mesmo de ser notado — cerca de 60 anos após o início de sua jornada.

A maioria dos livros sobre Aids começou a ser publicada em 1981, quando homens gays americanos começaram a morrer em decorrência de uma pneumonia rara. Em The Origins of AIDS, publicado recentemente pela Cambridge University Press, o Dr. Jacques Pepin, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Sherbrooke, em Quebec, realiza um feito memorável.

Pepin passa uma peneira na enxurrada de artigos científicos sobre Aids, acrescenta sua própria experiência em epidemiologia, suas próprias observações do tratamento de pacientes num hospital, seus estudos do sangue de anciãos africanos, e anos de investigação nos arquivos das potências coloniais europeias. Ele também desenvolve o caminho mais provável percorrido pelo vírus durante os anos em que quase não deixou rastros.

Trabalhando com dados a partir de 1900, ele explica como as políticas coloniais da Bélgica e da França levaram a um evento incrivelmente improvável: um frágil vírus que infectou uma pequena minoria dos chimpanzés entrou no sangue de alguns caçadores. Um deles colocou o vírus numa cadeia de "amplificadores" — campanhas de erradicação de doenças, bairros da luz vermelha, um centro de plasma haitiano e o turismo sexual gay. Sem esses amplificadores, o vírus não se tornaria o que é hoje: um peregrino sombrio no alto de uma montanha de 62 milhões de vítimas, mortas e vivas.

No começo da década de 1980, Pepin era um médico jovem que combatia uma epidemia de doença do sono num hospital em Nioki, no que antes se conhecia por Congo Belga, depois Zaire, e que hoje é a República Democrática do Congo. O vírus na época era desconhecido na África, mas seu trabalho lhe deu dicas que mais tarde o ajudariam a rastreá-lo.

Em 2005, Pepin iniciou estudos de campo. Ao coletar amostras de sangue de africanos de 55 anos ou mais, ele mostrou que aqueles que tinham recebido muitas injeções na juventude ou tinham passado por um ritual de circuncisão, no qual muitos garotos eram cortados com a mesma lâmina, muitas vezes tinham anticorpos para hepatite C ou HTLV, um vírus pouco conhecido que, assim como o HIV-1, vem dos chimpanzés e infecta as células CD4 do sistema imunológico, mas não é prejudicial. Essa era uma evidência de que o sangue e a seringa espalham outros vírus.

Amostras de sangue e tecido armazenadas em congeladores em hospitais africanos e europeus que tratam de africanos — algumas datando da década de 1950 — formam um mapa dos subtipos virais da Aids, que é surpreendentemente complexo. Por exemplo, sul-africanos brancos e negros possuem subtipos diferentes.

— Poucos homossexuais africâneres fazem sexo com zulus heterossexuais — nota Pepin.

O subtipo dos brancos é mais comum entre gays europeus e homens americanos; o subtipo mais comum entre os negros veio através do Zâmbia.

O vírus símio de imunodeficiência, que infecta macacos, é mapeado de forma similar; ele foi encontrado pela primeira vez em zoológicos, mas hoje é monitorado por equipes em selvas que extraem DNA de fezes.

O ancestral da Aids está em uma subespécie de chimpanzé, Pan troglodytes, que naturalmente vive apenas entre os rios Sanaga e Congo (os chimpanzés não sabem nadar). É uma mistura de vírus símios de mangabeys e guenons de bigode, pequenos macacos que os chimpanzés caçam e comem.

Em arquivos coloniais em Paris, Marselha, Bruxelas, Lisboa e Londres, Pepin investigou antigos registros de clínicas onde, a partir de 1909, prostitutas africanas deveriam comparecer para inspeções de doenças venéreas. Ele pesquisou em pilhas de jornas, como o Voix du Congolais, que escreveu extensivamente sobre poligamia e prostituição, e se debruçou sobre estudos de etnógrafos europeus (seu francês fluente foi crucial, obviamente).

Em resumo, seu relato da jornada épica é este:Na natureza, apenas 6% dos chimpanzés trogloditas são infectados. Dentro de um grupo, cada fêmea acasala com muitos machos, mas o acasalamento com animais de fora é raro. Assim, a maioria dos grupos fica intocada, enquanto alguns estão fortemente infectados.

Os quatro grupos genéticos do HIV-1, M, N, O e P, mostram que o salto do chimpanzé para o homem aconteceu pelo menos quatro vezes na história. Mas o grupo M corresponde a mais de 99 por cento de todos os casos.

Por que apenas um se espalhou? Datações moleculares mostram que o M chegou até os humanos em algum momento ao redor de 1921. Os chimpanzés são grandes e ágeis demais para serem caçados sem armas de fogo, que até o século 20 estavam quase inteiramente nas mãos dos brancos.

Usando dados dos censos nas colônias, pesquisas sobre como os caçadores modernos abatem animais, e índices de infecção entre enfermeiras picadas por agulhas sujas, Pepin calcula que, no começo do século 20, pode ter havido contato de sangue com sangue entre, no máximo, 1.350 caçadores e chimpanzés trogloditas. Apenas 6% dos chimpanzés — cerca de 80 — poderiam estar infectados, e menos de 4% dos caçadores feridos provavelmente poderiam ter se infectado. Isso sugeriria apenas três caçadores infectados, no máximo.

Devido à ineficiência da maioria dos contágios sexuais — em alguns casos, marido e mulher podem fazer sexo por meses sem a transmissão —, apenas o sexo não permitiria que os três caçadores, ou mesmo uma dezena, passassem seu vírus para os milhões de pessoas, ele argumenta. Deve ter havido um amplificador.

Estudos com viciados em heroína — ele cita exemplos da Itália, Nova York, Edimburgo e Bangcoc — mostram que o contagio pelo sangue é dez vezes mais eficiente que o sexual.

Na década de 1920, seringas de vidro produzidas por máquinas substituíram as caras seringas produzidas manualmente, e os belgas e franceses atacaram muitas doenças em suas colônias, tanto por paternalismo quanto para criar imunidade em massa para proteger os bancos. Os pacientes podiam receber até 300 injeções ao longo da vida. Outras doenças se espalharam dessa forma; uma campanha contra a esquistossomose no Egito terminou em 1980 depois de transmitir hepatite C a mais da metade de seus "beneficiários".

Assim, a infecção do grupo M de um caçador pode ter se transformado em dezenas. Aí o foco de Pepin se desloca para as cidades irmãs de lados distintos do Congo: Leopoldville (hoje Kinshasa) no lado belga, Brazzaville no lado francês. Elas são um berço epidêmico; a diversidade viral é maior nesses lugares. Além disso, a primeira amostra de sangue positiva foi encontrada ali, em 1959.

Na década de 1960, tudo mudou. A Segunda Guerra tinha inchado as duas cidades, que forneciam matéria-prima que os aliados perderam quando o Japão conquistou colônias asiáticas. Então, quando os brancos fugiram do caos da independência, a economia entrou em colapso. A pobreza era gritante.

Dezenas de bares-bordéis chamados "flamingos" se espalharam, a concorrência obrigou mulheres desesperadas a fazer sexo com até mil clientes por ano, e o tratamento de doenças venéreas secou. Deve ter havido uma explosão viral como aquela ocorrida 20 anos mais tarde num estudo envolvendo um grupo de prostitutas em Nairóbi: em 1981, 5% delas tinham o vírus; três anos depois, eram 82%.

O próximo elo da cadeia foi o Haiti. Como os belgas brancos jamais treinaram uma elite africana, apenas cerca de 30% dos congoleses não pertencentes ao clero tinham diploma universitário na época da independência.

Para preencher essa lacuna, as Nações Unidas contrataram burocratas e professores de fora. Cerca de 4,5 mil haitianos atenderam ao chamado; eles eram negros, instruídos, falavam francês e estavam dispostos a ganhar mais em seu país.

Cálculos de Pepin ficam um pouco mais especulativos O grupo M do HIV-1, por sua vez, se dividiu em subgrupos de A a K. A epidemia do Haiti, como a da América do Norte e da Europa Ocidental, é quase toda do subgrupo B. Mas esse subgrupo é tão raro na África central que causa menos de 1% dos casos.

Isso sugere que a Aids tenha cruzado o Atlântico com apenas um haitiano. Datações moleculares indicam que ela chegou ao Haiti aproximadamente em 1966.

Mais uma vez, Pepin argumenta que a rápida expansão apenas através do sexo é matematicamente impossível e que deve ter havido um amplificador. Ele acredita que o culpado foi um centro de plasma de Porto Príncipe chamado Hemo-Caribbean, que operou apenas de 1971 a 1972 e era conhecido por seus baixos padrões de higiene.

Os centros de plasma pegam o sangue, o fazem girar e devolvem as células vermelhas. Se um novo tubo não for usado para cada paciente, a infecção se espalha. Operações negligentes em centros de plasma causaram surtos de HIV no México, na Espanha e na Índia e, mais notavelmente, na China rural, onde 250 mil pessoas foram infectadas.

Um dos donos da Hemo-Caribbean era Luckner Cambronne, líder da temida polícia secreta Tontons Macoutes. Apelidado de "Vampiro do Caribe", Cambronne, que morreu no ano 2000, coletava o sangue de 6 mil pessoas que recebiam 3 dólares por dia, e exportava 6.057 litros de plasma para os Estados Unidos todo mês, segundo um artigo do The New York Times.

O Haiti também foi um grande destino do turismo gay para americanos. O guia de viagem Spartacus descrevia os valores que os jovens de lá esperavam receber. No começo dos 1980, o subgrupo B matava homossexuais americanos e hemofílicos, sugerindo que a doença chegou por ambas as rotas. E aí começou a história moderna da Aids.

Fonte Zero Hora

Venda de remédios no Brasil é seis vezes maior do que nos países ricos

Aumento da renda do brasileiro é um dos fatores apontados para chegar a esse índice

Os progressos na renda dos brasileiros e a decisão do governo de manter os gastos com a saúde fazem a festa das empresas farmacêuticas. O CEO da farmacêutica AstraZeneca e presidente da Federação Internacional da Indústria Farmacêutica, David Brennan, aponta que a taxa de crescimento das vendas de remédios no Brasil é hoje seis vezes superior ao desempenho dos mercados dos países ricos.

— No Brasil, estamos vendo uma expansão do mercado de remédios da ordem de 13% por ano. Nos países ricos, ela não chega a 2% — disse o executivo. Segundo ele, só as vendas na China batem as do Brasil.

Brennan tem duas explicações para o fenômeno. A primeira delas é a maior renda do brasileiro.

— Conforme a população vai saindo da pobreza e acumulando um salário melhor, a primeira coisa que as famílias buscam é melhor saúde e melhor educação — explicou.

Nesse cenário, ganha a venda de remédios no balcão. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 50% dos gastos no Brasil com remédios ainda vêm do bolso de cada cidadão.

Outra realidade é a manutenção dos gastos do governo com a saúde. Sem o problema da dívida, o governo brasileiro e os dos demais países emergentes continuam a gastar com saúde, o que também representa um amplo mercado para as farmacêuticas. Se Brennan aponta para a expansão do mercado brasileiro, ele alerta que a disputa por patentes no Brasil o obrigou a cancelar investimentos para a instalação de uma fábrica no País.

Outros não sofrem com esse problema e investem no Brasil. Há poucas semanas, a Novartis revelou planos de gastar US$ 300 milhões para abrir uma fábrica que produzirá vacinas no Brasil e deverá criar cerca de cem postos de trabalho, no maior projeto de investimento da companhia até hoje no País. Será o primeiro local de biotecnologia em escala industrial a ser construído no País pela empresa. A Novartis insiste que sua iniciativa que ficará pronta em 2014 ajudará o Brasil a reduzir sua dependência do fornecimento externo.

Mas dados de vendas mostram que levar a produção para locais próximos do consumo tem sido tendência entre várias empresas do setor. Na Roche, as vendas no Brasil e nos países dos Brics também vêm compensando a estagnação nos países ricos. Nos 11 primeiros meses do ano, a Roche registrou uma alta de vendas em dólares de apenas 6%.

Nos Estados Unidos, a expansão nesse período foi de apenas 1% e de 4% na Europa. No Japão, a empresa que produz o Tamiflu registrou uma contração de 2%. Nos países emergentes, a situação foi bem diferente. As vendas no Brasil aumentaram 16% e, na China, 28%. A francesa Sanofi também destaca a expansão do mercado brasileiro. Os lucros líquidos da empresa no terceiro trimestre do ano registraram queda de 3%. Mas, nos países do Brics, a expansão foi de 20,2%. A divisão de diabete da empresa também tirou proveito dos países emergentes e dos novos problemas enfrentados por essas sociedades.

Fonte Zero Hora

Por que é tão difícil disciplinar-se no exercício?

Precisamos perder saúde para algo mudar? Por que muitas vezes o comportamento é dominado por um alimento ou uma bebida calóricos

A resposta que tenho é que nos esquecemos do potencial de desenvolver outros caminhos de satisfazer emocionalmente o nosso cérebro. O alimento nos suborna, afinal, ele dá em troca o prazer momentâneo, o que nos faz literalmente um passageiro na vida, e não o condutor.

E o sentimento de culpa depois não é por acaso. Ele serve para nos conscientizar de que há algo de errado, que esta escolha não é a mais adequada e que em algum momento, isso pode ser um problema.

Curiosamente, é a mesma coisa com o sedentarismo. Ao decidir não treinar, você ganha o repouso e o breve prazer, mas é inundado por um sentimento de culpa. Em algumas pessoas isso acaba gerando um efeito inverso, movendo o corpo para o exercício, que receberá ao final do treino o magnífico sentimento de que “valeu a pena estar aqui”.

Então, observe: para fazer a escolha correta é preciso melhorar a comunicação com o nosso próprio EU. Por isso, recomendo que sempre pergunte a si mesmo:

• Esta escolha que estou fazendo é construtiva?

• Ela vai me elevar a um nível acima do que me encontro?

• Minha autoestima será elevada?

• Ganharei saúde?

• Terei uma felicidade verdadeira?

Não é necessário mais do que um segundo para esta consulta cerebral, e se a resposta não atender positivamente a estes quesitos, sabemos que estamos caminhando no sentindo contrário da felicidade, da qualidade de vida, da prosperidade e da produtividade.

O caminho da felicidade – prefiro assim chamar a vida – não é fácil. Assim como viver o caminho do comodismo é pequeno, deprimente, insatisfatório e pesado.

Observe a importância da comunicação interna com o EU, para identificar se não estamos viciados nos comportamento degenerativos e antinaturais (pois o sedentarismo é algo antinatural, lembre-se).

A nossa mente tende a carregar fardos do passado, como se fosse possível viver algo que aconteceu há um minuto, imaginando coisas de anos atrás. Mas o caminho para a felicidade é algo que só acontece daqui para frente. A felicidade não voa pra frente e depois volta para trás. Ela apenas decola e se mantém, batendo as asas.

A felicidade é como um pássaro, que usa os movimentos das suas asas, o equilíbrio, e deixa de lado pesos extras. As aves utilizam todos os seus sentidos – principalmente a visão – para voar. Afinal, a aterrissagem depende desses sentidos e das próprias escolhas do pássaro (de mais ninguém). A sua escolha, as suas asas e a sua visão garantem o sucesso de uma vida com mais exercícios físicos e, consequentemente, maior felicidade.

por Giulliano Esperança

Personal Trainer & Wellness Coach

Fonte O que eu tenho

Cerca de 4% dos brasileiros têm dislexia

90696 8669 300x225 Cerca de 4% dos brasileiros têm dislexia
De acordo com especialista, desconhecimento sobre este transtorno de aprendizagem faz que casos sejam confundidos com má alfabetização.

A dislexia é um transtorno de aprendizagem específico e persistente da leitura e da escrita. Tem origem neurofuncional e é caracterizado pelo baixo desempenho na capacidade de ler e escrever, mesmo com adequada instrução formal recebida, normalidade do nível intelectual e ausência de déficits sensoriais.

Estima-se que 4% da população brasileira tenha este transtorno, mas a falta de informação sobre o assunto torna o diagnóstico um desafio. Na realidade, como explica Ana Luiza Navas, presidente do Instituto ABCD e professora do Curso de Fonoaudiologia da Santa Casa de São Paulo, são problemas básicos como a falta de estimulação e a má qualidade do ensino nas escolas públicas que tiram a dislexia de pauta. “Muitas crianças são mal alfabetizadas ou têm perda auditiva, baixa de visão e tudo isso se confunde. Por isso existe tanta falta de informação, pois no meio de tantos problemas pelos quais passa nossa educação, a dislexia é o ‘menor’ deles”, diz.

De 31 de outubro a 6 de novembro é realizada no Reino Unido e em outros países da Europa a semana da divulgação sobre a dislexia, que visa a promover a disseminação de conhecimento sobre o assunto. Por aqui, a semana foi tema de uma palestra durante o 19º Congresso Brasileiro e o 8º Internacional de Fonoaudiologia, nos quais Ana Luiza falou sobre a atuação das organizações não governamentais neste setor e o papel do fonoaudiólogo.

De acordo com ela, em nosso país, o fonoaudiólogo é o profissional que mais tem se apropriado deste assunto. “Não é unânime, mas tradicionalmente a questão da dislexia e alterações de aprendizagem têm sido foco de interesse do fono. Ele tem um importante papel na equipe multidisciplinar que faz o diagnóstico da dislexia, ao lado do psicopedagogo e do neuropediatra. Cada um deles sozinho não consegue fechar o diagnóstico”, completa.

Tratamento é educacional e não há remédio
Com o diagnóstico fechado, tem início o tratamento. Nele, a criança irá desenvolver adaptações pedagógicas, com o apoio de atendimento especializado. “É importante ressaltar que o tratamento não prevê o uso de medicamentos. A dislexia se confunde muito com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Quando existe a comorbidade, a criança pode usar o medicamento para melhora do nível de atenção ou hiperatividade, mas só o uso de medicamento não melhora em nada a escrita ou a leitura”, ressalta.

Dislexia existe?
Justamente por se confundir com outros transtornos, alguns profissionais defendem que a dislexia não existe. Mas, para Ana Luiza, a afirmação não tem fundamento. “Não tem como refutar a evidência científica: no mundo inteiro existem legislações específicas para pessoas com dislexia. Há uma base genética importante na herança desse quadro. Pesquisadores estão convergindo para encontrar um grupo de genes comuns responsáveis pela dislexia. Existe um campo vastíssimo de investigação científica nessa área.”

Com base nessas evidências, países como Inglaterra, Finlândia e Estados Unidos investem hoje na intervenção precoce: filhos de pais com dislexia recebem acompanhamento educacional desde o início da alfabetização, mesmo antes de demonstrarem qualquer sinal que indique o transtorno.

“Há um programa nacional na Inglaterra em que as crianças passam por exames visuais, auditivos, entre outros, antes de entrar na alfabetização. E assim que começam a apresentar os primeiros sinais, recebem acompanhamento. Desta forma, a dislexia é identificada muito precocemente.”

Por lá, as empresas são obrigadas por lei a terem programas para recebimento de funcionários com dislexia. “As empresas devem ter recursos tecnológicos para ajudar o adulto com dislexia a se adaptar ao dia a dia da empresa.”

Sobre o Instituto
O Instituto ABCD tem por objetivo o fortalecimento de organizações que trabalham no diagnóstico e tratamento da dislexia no Brasil. “Ele foi idealizado para suprir necessidade de divulgação da informação científica e ajudar tecnicamente para que as organizações possam atender melhor e ajudar a fazer essa formação – tanto de professores como de profissionais da área da saúde”. Mais informações sobre a semana podem ser obtidas no site da instituição.

Fonte O que eu tenho

Chá-verde ajuda a reduzir ganho de peso

503537 57695898 300x200 Chá verde ajuda a reduzir ganho de peso
Um estudo realizado com modelos animais obesos mostra que o consumo de chá-verde pode ajudar a reduzir o ganho de peso.

Segundo os pesquisadores, os ratos obesos que foram alimentados com um composto encontrado no chá-verde – o EGCG – somado a uma dieta rica em gordura, tiveram um aumento de peso significativamente mais lento (45%) do que o grupo que não recebeu o suplemento.

Além de menor ganho de peso, os ratos alimentados com o suplemento de chá-verde mostraram um aumento de quase 30% em lipídios fecais, sugerindo que o EGCG diminui a absorção de gordura.

“Então são dois efeitos”, aponta Joshua Lambert, da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA. “Primeiro o EGCG reduz a capacidade de absorver gorduras e, em segundo lugar, aumenta a capacidade de usar a gordura.”

De acordo com o autor, o consumo do suplemento não afetou o apetite dos ratos. Ambos os grupos foram alimentados com a mesma quantidade e podiam comer a qualquer hora.

A pesquisa indica que uma pessoa teria de beber dez copos de chá-verde todos os dias para coincidir com a quantidade de EGCG utilizada no estudo. “No entanto, estudos recentes mostram que beber apenas algumas xícaras de chá-verde pode ajudar a controlar o peso”, finaliza.

Fonte O que eu tenho

Estudo mostra relação entre aptidão musical e habilidade para leitura

Um estudo realizado com crianças mostra que há uma relação entre memória auditiva, maior capacidade de leitura e aptidão musical. De acordo com os autores, este link tem bases biológicas.

Pesquisadores do Laboratório de Neurociência Auditiva da Universidade Northwestern, nos EUA, realizaram um teste com crianças no qual avaliaram sua capacidade de leitura e reconhecimento de palavras. Este foi comparado com a extensão de sua memória auditiva de trabalho (memorização de uma sequência de números e depois ser capaz de citá-los em sentido inverso), e de aptidão musical (tanto melodia quanto ritmo). A atividade elétrica dentro do cérebro das crianças também foi medida como resposta auditiva do tronco cerebral para ritmos ou sons da fala (sons aleatórios).

A equipe, liderada por Nina Kraus, descobriu que crianças com dificuldades de leitura apresentaram menos respostas neurais (atividade auditiva do tronco cerebral) aos sons rítmicos do que aos sons aleatórios em comparação às que liam melhor. De fato, o nível de aprimoramento neural para regularidades acústicas foi correlacionado com a capacidade de leitura, bem como para a aptidão musical. O teste de habilidade musical, especificamente o aspecto ritmo, também foi relacionado com a capacidade de leitura. Da mesma forma, uma boa pontuação na memória de trabalho auditiva foi relacionada a uma melhor leitura e para o aspecto ritmo de habilidade musical.

“Tanto a capacidade musical quanto a alfabetização estão correlacionadas com maiores sinais elétricos dentro do tronco cerebral”, explica Nina. De acordo com a autora, a modelagem de equações estruturais dos dados revelou que a habilidade musical, juntamente com a forma como o sistema nervoso responde a regularidades relacionadas à memória auditiva e à atenção auditiva, é responsável por cerca de 40% da diferença na habilidade de leitura entre as crianças.

“Estes resultados acrescentam peso ao argumento de que a música e a leitura estão relacionadas a uma mesma via de mecanismos neurais e cognitivos e sugerem um eficaz mecanismo para a melhoria na alfabetização trazida pela formação musical”, finaliza.

Fonte O que eu tenho

Tempo livre: falta ou excesso pode trazer infelicidade

O que é melhor: muito ou pouco tempo livre? De acordo com pesquisadores da Universidade de Cincinnati e da Universidade Baylor, nos EUA, o meio-termo é o suficiente para sermos felizes.

“Vivemos em uma sociedade onde o tempo é essencial. A percepção ou a pressão pela falta de tempo está associada a níveis mais baixos de felicidade. Ao mesmo tempo, a nossa cultura de consumo, caracterizada pelo materialismo e pela compulsão por comprar, também tem um efeito sobre a felicidade das pessoas: o desejo de posse materialista leva a uma menor satisfação com a vida”, escrevem os autores.

O estudo envolveu mais de 1,3 mil adolescentes de uma escola pública nos EUA. Por meio de entrevistas, os pesquisadores mediram a quantidade de tempo livre que os jovens acreditam ter e avaliaram seus valores, se eram materialistas ou se tinham tendências compulsivas de compra. Os jovens também autoavaliaram seus níveis de bem-estar e felicidade.

Quanto mais materialistas, menos felizes são os jovens

De acordo com os autores Chris Manolis e James Roberts, os resultados confirmam que o materialismo exerce um impacto negativo sobre a felicidade dos adolescentes. Quanto mais materialistas ou consumistas eram os jovens, mais baixos eram os níveis de felicidade.

O que chamou a atenção dos pesquisadores é que, entre os jovens deste grupo, a quantidade de tempo livre foi determinante na redução dos efeitos negativos do consumismo exacerbado. Ou seja, estar no meio-termo entre não ser nem muito ocupado ou ter muito tempo livre estava associado a níveis mais elevados de felicidade em adolescentes materialistas ou entre aqueles que são compradores compulsivos.

Para eles, o tempo livre os impulsiona a querer ou consumir mais, e a falta faz que estes jovens se sintam privados de consumir, o que traz a insatisfação e consequente infelicidade. “Por este motivo, o tempo equilibrado promove bem-estar não apenas diretamente, mas também no alívio de alguns dos efeitos negativos associados ao estilo de vida da nossa sociedade de consumo”, finalizam.

Fonte O que eu tenho

Mar Morto tem propriedades terapêuticas

Flutuar no Mar Morto é terapia / Stock.xchng
Sais e minerais auxiliam em tratamentos estéticos e terapêuticos

O Mar Morto, entre Israel e Jordânia, tem como um de seus grandes atrativos os benefícios estéticos.

A concentração de sal elevada e cerca de 21 minerais, tais como magnésio, o potássio e o cloreto de cálcio, fazem da lama um produto especial, usado por spas, clínicas de rejuvenescimento e produtos de beleza.

Como impossibilita a vida de microorganismos, devido alta salinização, ela é usada em uma série de recursos estéticos com propriedades curativas e terapêuticas.

Até mesmo os portadores de psoríase visitam o Mar Morto para achar alívio de suas manchas vermelhas grandes, que escamam a pele, coçam e às vezes até sangram e racham.

Os sais também podem ajudar aqueles que sofrem de eczema, acne e são usados em sais para banho, esfoliações, sabonetes e cosméticos.

Além de esfoliar a pele, ele tem o poder de limpar os poros, estimular a circulação sanguínea e eliminar as toxinas.

Fonte Band

Gel íntimo promete orgasmo de 15 minutos

O produto é vendido em lojas especializadas e chama a atenção pelas promessas milagrosas

R$ 69,90. Esse é o preço médio que você precisa desembolsar para conseguir ter orgasmos de 15 minutos de duração. Pelo menos é o que promete o Gel Orgasm, da Santo Cosméticos, feito com extratos fitoterápicos. O produto age por meio de uma oscilação do pH, que proporciona sensações na vagina ou na pele trazendo um toque de refrescância com uma leve sensação de formigamento.

Segundo instruções do fabricante, o gel deve aplicado em movimentos suaves de massagem na região íntima feminina (grandes lábios e vulva), provocando o aumento da libido da mulher, que pode estar sozinha ou acompanhada.

Ao saber do lançamento do gel, a transexual Monique Top se mostrou interessada. "Nunca usei, mas me parece uma boa sugestão. Me conte tudo", pediu antes de descobrir que a substância é destinada às mulheres. "Já usei vários produtos semelhantes, aqueles que esquentam na penetração, lubrificantes com sabores. Acho que é divertido. Apimenta e diferencia a relação, sai um pouco da mesmice. É sempre bom inovar quando se trata de sexo e só tende a somar", acredita.

Mas, para o sexologista e terapeuta sexual João Borzino, as promessas são enganosas e tudo isso não passa de uma grande balela para ganhar dinheiro. "É impressionante como tem gente com a cara de pau de produzir uma meleca dessa e prometer um absurdo desse tipo. O orgasmo é um fenômeno psíquico e depende da entrega de cada um ao desejo, não há como terceirizar", garante.

Ainda de acordo com o especialista, a mulher pode ter orgasmos múltiplos, sim, mas nenhuma mistura será capaz de levá-la ao clímax. "A mulher tem de vencer as barreiras da repressão sexual, do machismo e da restrição do prazer. Tem de aprender a valorizar e conhecer seu corpo para se entregar ao prazer intensamente. Só isso, sem gel nenhum", ressalta. "Isso é uma exploração, charlatanismo e abuso da fragilidade feminina, pois é sabido que as mulheres têm muitos problemas com o orgasmo", complementa.

Além de todas as promessas que podem não ser cumpridas, a dermatologista Thais Pepe alerta para os males que essas fórmulas causam à pele dependendo da forma de uso. "Elas podem dar dermatite de contato e causar um eczema na região. Se a paciente desenvolver alergia ao material, ela não deve usar de maneira alguma, pois não existe uma forma de proteção".

Fonte Band

Remédio para Parkinson está mais barato

No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Parkinson, cerca de 200 mil têm a doença

Medicamento utilizado para o combate do mal de Parkinson passará a ser produzido no Brasil através de um acordo entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o laboratório alemão Boehringer Ingelheim.

O pramipexol, remédio para o mal de Parkinson, é disponibilizado através do SUS (Sistema Único de Saúde). Porém, o governo possui um custo de em média R$ 8 mil por pessoa, por ano, comprando fora do país. Anualmente, são gastos cerca de R$ 40 milhões na aquisição desse remédio.

Segundo a fundação, com a produção feita aqui, o valor torna-se de custo. A partir de 2015, a Fiocruz passa a responder por 50% do pramipexol produzido e consumido no país. Em 2017, toda a produção do medicamento consumido pelos brasileiros será nacional.

Como conseguir:
Como adquirir o medicamento pelo SUS.

Cadastro:
O paciente precisa ter o Cartão Nacional de Saúde feito através na Secretaria de Saúde.

Retirada:
Para retirar é necessário a receita de um médico do SUS com o nome do princípio ativo e a dosagem.

Documentos:
Identidade e CPF e 2 laudos médicos específicos.

Mais informações:
Assistência Farmacêutica: telefone 2333-389.

Fonte Band

Saiba a importância do leite na alimentação

Alimento é importante para o crescimento e desenvolvimento infantil, além da contração muscular

Beber leite na infância já é algo natural, que faz parte do crescimento. Mas a partir do momento em que a criança para de ser amamentada pela mãe, fica a dúvida: qual tipo de leite é o mais indicado?

O Portal da Band entrevistou especialistas sobre a importância do leite. De acordo com a nutricionista Maria Gandini, o leite é um alimento único em termos de composição nutricional e variedade de aplicações. Pelo menos 80% dele é composto por água e o restante são nutrientes e outras substâncias.

A especialista também fala sobre a diferença entre os leites integral, semidesnatado e o desnatado. “O que difere é o teor de gordura, uma vez que todos os nutrientes são mantidos intactos”, afirma.

Maria diz que o leite integral mantém toda a gordura. Já o semi-desnatado e o desnatado são manejados para a retirada de parte ou de toda a gordura, por meio de um processo de centrifugação, onde é separada a gordura do restante do leite. No caso do leite semidesnatado, o teor de gordura deve manter-se entre 0,6 e 2,9%, enquanto que no desnatado é permitido um teor máximo de 0,5%.

“O desnatado possui menos colesterol que o semidesnatado, e o semidesnatado menor que o integral, enquanto que as gorduras ‘boas’ como o ômega 3 está presente em maiores quantidades no leite integral”, completa.

Importância dos nutrientes
O leite e os derivados (queijo, iogurtes e coalhadas) são a principal fonte alimentar de cálcio. Esse mineral é o mais abundante no corpo humano, sendo responsável por 1-2% do peso corporal de um adulto. Sua grande maioria (99%) está depositada nos ossos e dentes. Por isso, segundo a nutricionista Maria Gandini, o leite é extremamente importante para o crescimento e desenvolvimento infantil, além da contração muscular.

Outros minerais como o selênio, o zinco, o magnésio, vitaminas A, B12 e E também estão presentes neste alimento, tornando seu consumo uma excelente estratégia para a ingestão adequada de micronutrientes. As proteínas também estão presentes no leite em quantidade importante, auxiliando na complementação do consumo deste nutriente, que é obtido também a partir de carnes, peixes, aves, ovos e leguminosas.

Recomendação
Sabendo a importância do leite em sua alimentação, deve-se ingerir pelo menos três porções ao dia, sempre associado a uma alimentação equilibrada, que irá contribuir de maneira positiva para a ingestão de todos os nutrientes necessários.

O Guia Alimentar para a População Brasileira indica o consumo de leite integral às crianças, aos adolescentes e às gestantes; e aos adultos o leite desnatado. Entretanto, segundo a nutricionista, é recomendada uma avaliação individualizada levando em consideração a idade, o sexo, o estado nutricional, o estado de saúde e o nível de atividade física para se estabelecer o melhor leite a ser consumido sem provocar alteração do peso corporal.

Produção NacionalDe acordo com a Associação Brasileira dos Produtos de Leite, na produção, o leite de vaca representa 99,5%. O restante é de búfala, cabra e outros.

Fonte Band

Universidade de São Paulo - USP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas

A Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo realiza concurso para provimento de vaga para Professor.

Inscrições:
Até 5 de março de 2012, na Assistência Acadêmica da Faculdade, andar superior do Bloco 13A, Avenida Lineu Prestes, nº 580, na Cidade Universitária "Armando de Salles Oliveira”.

Remuneração:
R$ 11.802,81.

Provas:
Haverá Julgamento de Títulos, Prova oral e Prova de Argüição.

Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia

A Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (www.fmvz.usp.br) realiza concurso provimento de 2 vagas para Professor Titular.

Inscrições:
Até 28 de fevereiro de 2012, no Serviço de Apoio Acadêmico da FMVZ, Avenida Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, nº 87, Butantã-SP.

Remuneração:
R$ 11.802,81.

Provas:
Haverá Julgamento dos Títulos, Prova Oral e Prova de Argüição.

Tribunal Regional Eleitoral do Paraná - TRE/PR

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR) realiza concurso para provimento de vagas.

Inscrições:
De 23 de novembro a 15 de dezembro, pelo www.concursosfcc.com.br.

Valor:
De R$ 65,00 a R$ 80,00.

Cargos:
Analista Judiciário - Judiciária, Administrativa, Administrativa (Contabilidade) e Apoio Especializado (Biblioteconomia e Odontologia) e Técnico Judiciário - Administrativa e de Apoio Especializado (Enfermagem).

Remuneração:
De R$ 4.052,96 a R$ 6.611,39.

Provas:
Provas objetivas e de redação: 5 de fevereiro de 2012.