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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Velhos hábitos na hora da sobremesa são apenas uma lembrança

Cafezinho continua firme, mas consumo de charutos e álcool perde força

Até pouco tempo atrás, quando alguém pensava em uma prazerosa sobremesa a identificava com um trio bem-conhecido: café, bebida alcoólica e charuto, elementos indispensáveis a esse agradável momento após o almoço.

Agora esse hábito está a ponto de ser esquecido. Por enquanto, não parece que o café esteja ameaçado, mas a bebida alcoólica e o charuto... Deste último, já quase não vale a pena falar: o fumante já é um ser perseguido e desprezado. Já não há charutos na sobremesa.

Quanto às bebidas alcoólicas, também vão pelo mesmo caminho. Com toda razão, as leis de trânsito restringem seu consumo. As pessoas, então, bebem menos. Em um almoço ou jantar a cota de álcool tolerável costuma, agora, corresponder ao vinho; que é mais difícil de ser dispensado depois de uma refeição.

Antes, a bebida da sobremesa por excelência era o conhaque ou o brandy, dois destilados procedentes do vinho. Há anos o consumo de ambos está em queda, substituído por outros tipos de aguardentes. Houve um tempo no qual as pessoas pensaram que o uísque se tornaria senhor nessa refeição; elas começaram a consumir uísques de malte e até mesmo a falar deles com bastante conhecimento de causa.

Outros destilados também mantiveram uma boa presença, embora bastante longe do uísque, como o brandy e o conhaque, procedentes do vinho ou, pelo menos, de sua polpa: as aguardentes de seu bagaço, como a grappa, que estiveram na moda, mas já não estão mais.

Veio depois o gim tônica de sobremesa, que ia contra o antigo hábito. Bebida longa, fresca, mais fácil, até que as pessoas, na tentativa de sofisticar os costumes, acabaram complicando consideravelmente a situação. Atualmente, no geral, não é tão fácil pedi-lo em um bar.

Antes o cliente terá que responder a um interrogatório: marca do gim, da água tônica, se quer limão ou não, se quer pepino... Agora estão divulgando o rum. Boa bebida, quente e saborosa. Mas chegou tarde. As pessoas bebem cada vez menos na sobremesa quando estão na rua, mas em casa, vale tudo.

No entanto, todos sabem que há bebidas que não têm o mesmo sabor em casa do que num bar. Todos acham agradável beber rum em casa em uma tarde chuvosa, perto da lareira e lendo um bom livro. Mas ninguém faz isso.

As pessoas preferem a falta de conforto do bar, junto com seus amigos. Mas, de qualquer forma, a bebida da sobremesa está morrendo. Pelo menos, se a pessoa tiver que voltar para casa ou para o trabalho em seu próprio carro: o álcool não é uma boa companhia na hora de dirigir.

Se em nome da saúde banimos o charuto; da segurança e da lógica, restringimos as taças e em nome da eficiência, reduzimos o almoço seguindo os costumes anglo-saxões, onde ficou a velha e querida sobremesa, incluindo o jogo de cartas? Em um café? Para essa viagem, claro, não é preciso malas... Nem sobremesa.

Fonte R7

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