Os utentes do Seixal prometem continuar a lutar pela construção da nova unidade hospitalar |
Apopulação do Seixal saiu ontem de manhã à rua para exigir celeridade na construção do novo hospital no concelho, um processo que se arrasta há uma década. Inconformados com o "autismo" do Ministério da Saúde, os utentes ameaçam levar os protestos a Lisboa.
"Em 2009, a então ministra da Saúde, Ana Jorge, assinou um protocolo que previa que a construção do novo hospital estivesse concluída em 2012. No entanto, o concurso para a construção da infra-estrutura não foi aberto, e o Governo diz que vai reavaliar o processo. Ora, já são reavaliações a mais", explicou José Sales Luís, da Comissão de Utentes do Seixal. "Queremos um hospital rapidamente no Seixal. Se for preciso, vamos a Lisboa protestar", garantiu, perante as centenas de pessoas reunidas em torno do ‘hospital de campanha’ montado junto à baía do Seixal.
Para o presidente da câmara local, Alfredo Monteiro, "esta é a pior situação de saúde do País". "O Hospital Garcia de Orta [Almada] foi criado para servir 150 mil habitantes e neste momento recebe mais de 400 mil pessoas, de Sesimbra, Seixal e Almada". A situação é "preocupante": só no Seixal, mais de 50 mil utentes não têm médico de família, tendo o horário de funcionamento do Serviço de Atendimento Permanente do Centro de Saúde sido reduzido.
"É mais caro não fazer este hospital. Só o dinheiro que envolveu o caso BPN daria para construir 80 hospitais iguais àquele que deveria existir no Seixal", acrescentou.
Contactado pelo CM, o Ministério da Saúde explicou que, "por força do contexto económico--financeiro, e de acordo com os compromissos assumidos no Memorando de Entendimento, todas as grandes obras e Parcerias Público-Privadas se encontram em avaliação".
Fonte Correio da Manhã
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