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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Quatro técnicas não invasivas contra a dor

Foto: Reprodução/Twitter
Calor e frio
Estes dois métodos ainda são os pilares de alívio da dor para certas lesões. Se uma bolsa caseira de água quente ou gelo não funcionar, peça a um fisioterapeuta ou quiroprático suas versões de um desses tratamentos, que podem penetrar mais profundamente no músculo e no tecido.
 
Exercícios
Atividade física tem um papel crucial na interrupção do "círculo vicioso" de dor e redução de mobilidade características de algumas condições crônicas, como artrite e fibromialgia. Tente opções aeróbicas suaves, como caminhada, natação ou ciclismo.
 
Técnicas mente-corpo
Meditação e exercícios de respiração ajudam a restaurar o senso de controle sobre o corpo e interrompem reações emocionais que podem agravar a tensão muscular e a dor crônica. Ioga e tai chi também são ótimas escolhas e reúnem exercício, respiração e controle mental.
 
Musicoterapia e massagem
Estudos mostram que a música pode ajudar a aliviar a dor antes e durante o parto - especialmente a música clássica, mas não faz mal usar sua seleção preferida. Ouvir qualquer música ajuda a distrair da dor e do desconforto. E a massagem ajuda a aliviar a tensão muscular e das articulações.
 
Leia mais sobre musicoterapia:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Globo

Governo quer conter uso de Ritalina por crianças

O Ministério da Saúde recomendou a Estados e municípios aumentar o controle sobre a prescrição e a distribuição de um medicamento indicado para tratar crianças e adolescentes com déficit de atenção e hiperatividade
 
O documento, ao qual a Folha teve acesso, visa coibir um possível uso abusivo de metilfenidato, conhecido pelos nomes de Ritalina e Concerta, e evitar a “medicação excessiva” de crianças. Segundo o ministério, a medida ocorre diante da “tendência de compreensão de dificuldades de aprendizagem como transtornos biológicos a serem medicados” e de um “aumento intenso” no consumo do psicotrópico.
 
Dados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) apontam crescimento de 21,5% na venda do metilfenidato em quatro anos – de 2,2 milhões de caixas em 2010 para 2,6 milhões em 2013 (último dado disponível).
 
O ministério cita ainda as estimativas “bastante discordantes” sobre a ocorrência de TDAH (Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade) em crianças e adolescentes – de 0,9% a 26,8%.”Parece evidente que tem muitas crianças no Brasil utilizando de maneira desnecessária o medicamento”, afirma o coordenador de saúde da criança no ministério, Paulo Bonilha. “São múltiplas as variáveis que influenciam no processo de aprendizagem e concentração. Olhar como se isso fosse sempre uma doença da criança é reducionista.”

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Isso não significa, porém, que o diagnóstico de TDAH não possa ocorrer, defende ele. “O que se recomenda é que seja mais criterioso, feito por equipe multiprofissional e não apenas pelo médico, com a presença de psicólogo e pedagogo.”
 
Municípios
Agora, a ideia é fazer com que mais municípios elaborem protocolos para prescrição e distribuição do remédio, assim como fizeram as prefeituras de São Paulo e Campinas (SP) nos últimos anos.
 
O metilfenidato não é distribuído diretamente pelo governo federal. Secretarias da Saúde têm autonomia para comprar e ofertar o remédio –em geral, liberado com a apresentação de uma receita especial para psicotrópicos. A Prefeitura de Campinas passou a exigir a avaliação de uma equipe multidisciplinar.
 
Em São Paulo, a adoção do protocolo no ano passado reduziu o consumo do remédio na rede pública: de 54 mil comprimidos distribuídos em setembro de 2014 para 25 mil no mesmo mês deste ano.
 
“Não há sentido em se depositar na mão de pessoas estranhas à categoria médica a determinação de se um diagnóstico está correto e se a pessoa deve receber o remédio”, afirma o diretor da AMB (Associação Médica Brasileira), Miguel Jorge. Ele defende, porém, a adoção de critérios para diagnósticos mais precisos.
 
Folha de São Paulo

Como os medicamentos são nomeados

O processo complexo da denominação de medicamentos no setor farmacêutico
 
O nome de um remédio é uma questão quase irrelevante em comparação com sua formulação e eficácia. Mas muitos fatores estão em jogo na escolha das denominações: prescrições incorretas são responsáveis pela maioria dos erros médicos.
 
O processo de atribuição de nomes de medicamentos é um trabalho gradual; quando os remédios distanciam-se de suas aplicações espirituais e religiosas iniciais, é evidente que é preciso tratá-los com o maior rigor, tanto em sua preparação quanto na catalogação.
 
A elaboração do catálogo oficial de fórmulas e descrição de remédios conhecidos é, em primeira instância, uma tarefa realizada no âmbito do governo local, em seguida nacional e, agora, por um trabalho transnacional coordenado. Então, como é o processo de atribuição de nomes aos medicamentos? 
 
Um remédio, em sua vida útil, tem diversas denominações. A primeira é dada pelas empresas farmacêuticas em geral com uma designação codificada de uso interno. Mas como essa designação não tem significado para um químico, o medicamento recebe também um nome formal referente à sua composição química, segundo as normas estabelecidas pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC). No entanto, nenhum dos dois nomes preenche os requisitos comerciais e médicos. Um medicamento precisa ter uma denominação de consenso, para que os médicos e os farmacêuticos possam usá-la com facilidade.
 
O nome genérico tem como objetivo dar alguma indicação quanto à aplicação e ao efeito do remédio. Existe uma lista abrangente de sufixos e infixos que indicam os seguintes tipos de medicamentos: denominações genéricas que terminam em -vir, por exemplo, indicam remédios antivirais. As que terminam em -mab designam anticorpos monoclonais; e o sufixo -onide refere-se a um esteroide de uso tópico.
 
As empresas farmacêuticas escolhem um nome que segue essas convenções e o submetem à aprovação do órgão normativo de seus países e à Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, essas entidades trabalham em conjunto para criar uma coerência entre as denominações, com o objetivo de evitar que o mesmo remédio tenha vários nomes genéricos. Os órgãos normativos também excluem a possibilidade de o nome sugerido ser confundido facilmente com a pronúncia ou a grafia de algum remédio existente.
 
Quando a patente de um medicamento expira ele mantém a denominação genérica aprovada pelos órgãos normativos. Porém, em seguida, ele é comercializado sob outro nome criado pelo dono da patente. Esse nome comercial pode indicar alguns componentes químicos usados em sua formulação, mas em geral são denominações influenciadas pelo fator psicológico e de estratégia de marketing. Nomes comerciais como Viagra indicam com sutileza seus efeitos, mas sem muita ênfase.
 

CCJ deve alterar lei de patentes de medicamentos para conter “abusos”

Após uma audiência pública que discutiu uma modificação na Lei de Patentes (Lei 9.279/96), a maioria dos deputados se manifestou por uma solução que possa ao mesmo tempo preservar o sistema atual de registro de patentes no Brasil, mas mudar o entendimento quanto à renovação de patentes na área de medicamentos
 
O próprio relator da proposta, deputado Andre Moura (PSC-SE), disse que a intenção é buscar um reequilíbrio do sistema de patentes, porque há abusos sendo cometidos no Brasil. “O monopólio em área de saúde é muito danoso, é preciso minimizar a possibilidade de renovar patentes além dos 20 anos que estão previstos em lei”, disse.
 
A proposta principal é o PL 139/99, mas de acordo com o deputado Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), nem mesmo o autor original da proposta, o ex-deputado Alberto Goldman, hoje vice-governador de São Paulo, tem certeza de que seja uma solução aceitável. O ex-deputado Newton Lima organizou um seminário sobre o tema e apresentou uma proposta sobre o tema, o PL 5402/13, que é a base do relatório atual de André Moura.
 
O problema, segundo Felipe de Carvalho, representante da campanha de acesso a medicamentos da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), é que existe um “abuso” no registro de patentes. Atualmente, a lei prevê que uma patente dure no máximo 20 anos, e existem casos previstos para extensão do prazo. São abusos dessa extensão que Moura tenta não permitir em seu relatório.
 
“Em vez de buscar novas moléculas e tratamentos, buscam novos usos para os mesmos medicamentos, como forma de estender as patentes e gerar um monopólio que fere a concorrência, gerando preços mais altos, exclusão dos mais pobres, e em última instância, a morte”, afirmou Felipe Carvalho.
 
Carvalho elogiou a decisão brasileira que possibilitou a criação dos medicamentos genéricos, e exemplificou com o custo de medicamentos para o combate à aids, em que o MSF trabalha em quase todos os países da África. A patente do AZT, um dos medicamentos eficazes contra o avanço da doença, já tem 54 anos – termina em 2017 – o que ele classificou como monopólio.
 
A mesma posição foi defendida pelo vice-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Jorge Bermudez. Ele explicou que, quando se faz a patente de um medicamento, a patente deve ser protegida por 20 anos, mas os pedidos de extensão para outros usos são usados como forma de protelar essa posse. “E o que aconteceu com a aids está acontecendo com a hepatite C e o câncer, em que produtos podem chegam a 100 mil dólares por ano de tratamento”, disse.
 
Embora concorde com as preocupações de deputados e da área de saúde, o secretario executivo da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento as Empresas Inovadoras (Anpei), Naldo Dantas, ponderou que como está escrito nesse momento, o projeto pode ter um efeito ruim sobre o ambiente de investimento em novas pesquisas no Brasil. “Essas pesquisas só serão viáveis se competirem com o mundo, e para isso é preciso um sistema de patente que dialogue com outros países. Não são apenas nossos cientistas que serão afetados, uma empresa estrangeira não vai desenvolver uma tecnologia aqui se ela não puder ser protegida”, disse.
 
O complicador é que a lógica da pesquisa é incremental, segundo Dantas, e novos usos e renovações de patentes fazem parte do desenvolvimento de vários setores. “Respeito a causa da melhoria da saúde, mas nós corremos o risco de acabar com várias cadeias produtivas. Isso porque o único setor em que a inovação, a patente, a tecnologia e o produto são um só é o setor de medicamentos. Em outros setores, um produto, como um motor, pode ter de 15 a 30 patentes”, analisou.
 
O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Marcus Vinícius de Souza, também salientou que embora o governo não tenha ainda uma posição sobre a mudança na legislação, a área de medicamentos significa apenas 1,2% das patentes no Brasil. “Saúde é algo importante, mas não pode ser tratada como se fosse a única peça dessa equação. O ministério tem investimentos do BNDES e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que são focados em inovação e patentes, e que seriam prejudicados, por exemplo”, disse.
 
A coordenadora de Fitoterápicos e Propriedade Intelectual da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina), Ana Claudia Oliveira, disse que a falta de regras impede a inovação sustentável, mas o excesso de regras acaba com a concorrência. A associação, que tem muitas empresas de genéricos, mas também tem empresas com patentes proprietárias, defende a mudança para evitar essas formas abusivas de estender o direito de propriedade intelectual, que gera monopólio em cima de medicamentos conhecidos.
 
INPI
Debatedores e deputados foram unânimes em afirmar que é preciso reforçar o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Naldo Dantas, da Anpei, chegou a dizer que apenas o reforço do órgão já resolveria todos os problemas levantados, porque o abuso da renovação de patente já está previsto em lei.
 
O secretário-executivo do MDIC admitiu que o INPI tem problemas estruturais, e fez um apelo pela convocação dos concursados que já podem assumir mas estão com suas nomeações suspensas. “Os deputados podem nos ajudar a convencer o Ministério do Planejamento para que saia essa nomeação”, disse.
 
Atualmente o prazo médio para que uma patente seja concedida no Brasil tem sido de 12 anos, e há um acúmulo de 49 mil processos pendentes de análise no INPI. Pelos dados da Associacao Brasileira de Propriedade Intelectual (ABPI), a média mundial é de 2 anos, e no Brasil cada examinador precisa lidar com 8 ou 9 vezes mais trabalho que em outros países. “Não estou falando da alemanha ou dos EUA, mas da Colômbia e do Chile, nossos vizinhos”, afirmou a presidente da ABPI, Elisabeth Fekete, que também foi contrária à mudança na legislação.
 
 Câmara dos Deputados

Logística: As etapas da distribuição de medicamentos

Regulamentações visam garantir segurança do produto até a farmácia 

O setor de transporte de medicamentos e produtos farmacêuticos teve seu marco regulatório em 1998, com a publicação da Portaria 802/1988, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que instituiu o sistema de controle e fiscalização em toda a cadeia de produtos farmacêuticos. Este sistema abrange as etapas da produção, distribuição, transporte e dispensação. Mas, desde então, muita coisa mudou, principalmente na relação entre distribuição e varejo.

A execução do pedido de uma mercadoria é o primeiro ponto de interação entre esses elos da cadeia. Há uma década, os contatos relacionados a pedido de mercadoria eram feitos, em sua maioria, pelo telefone, de uma maneira mais lenta e manual. Atualmente, a venda de medicamentos e produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos é feita por meio do uso de softwares de compras, que vêm se mostrando mais ágeis quando se necessita repor certa mercadoria com rapidez, para que não ocorra ruptura. Os sistemas eletrônicos permitem que os pedidos sejam feitos diretamente pelos gestores das farmácias, pois são capazes de se integrar com a tecnologia utilizada nos pontos de venda.
 
Atualmente, todas as grandes empresas oferecem essa possibilidade aos clientes varejistas. Basta a farmácia contar com sistema informatizado de gestão de estoque, para que consiga detectar a necessidade de reposição de determinada mercadoria e encomendá-la diretamente por meio de um sistema integrado à distribuidora.
 
Recebido o pedido, a distribuidora inicia a etapa de picking – localizar o produto desejado dentro do armazém e separá-lo para envio. A tecnologia também entra neste momento, indicando ao operador logístico a localização exata de determinada caixa.
 
Quando o material é separado para envio, começa a preocupação com o transporte, cercado de exigências, principalmente, em relação aos medicamentos de alta complexidade, como os biológicos, que necessitam de condições especiais de transporte e armazenamento. Há regulamentações que envolvem o transporte e armazenamento dos medicamentos a fim de garantir a segurança e eficácia do produto.

Quando as características de temperatura não são levadas em consideração durante o transporte de uma vacina, por exemplo, corre-se o risco do frasco congelar aumentando a probabilidade de ocorrer trincas no vidro. Consequentemente, perde-se a esterilidade do produto, permitindo a entrada de micro-organismos, como bactérias. O grande problema é que a injeção desse material contaminado no organismo pode causar septicemia e até a morte do paciente.
 
Os medicamentos comuns não precisam de cuidados tão específicos no transporte, mas quando chegam às farmácias por meio do distribuidor, também merecem atenção. Com a aprovação da Lei 12.012/14, que determina que as farmácias são estabelecimentos de saúde, que devem prestar atenção farmacêutica ao cidadão, esta responsabilidade fica ainda mais evidente. O farmacêutico ou balconista deve estar preparado para tirar possíveis dúvidas em relação ao uso do medicamento ou problemas de adesão ao tratamento e, assim, encerrar de maneira positiva o clico do medicamento.
 
Guia da Pharmacia

Por que investir em treinamentos da equipe?

Em tempos de incertezas econômicas, é preciso contar com profissionais comprometidos e altamente qualificados
 
Autor: Geraldo Monteiro - diretor executivo da Abradilan

Diante das turbulências do setor e incertezas do mercado, muitos gestores têm se perguntado se vale mesmo a pena investir em treinamentos, considerando principalmente que os empregados nos dias de hoje não têm pela empresa o mesmo nível de comprometimento que antigamente.
 
Percorrer caminhos tão incertos exige profissionais comprometidos e altamente qualificados. 
 
A empresa que não implementa a cultura do treinamento constante corre graves riscos de perder seus melhores empregados para a concorrência. Além de não ser capaz de atrair e reter novos talentos, a empresa que não implementa a cultura do treinamento constante está condenada a ficar apenas com os empregados que permanecem em seus quadros apenas por pura falta de opção.
 
Alguns gestores têm medo de investir no treinamento de seus empregados e estes deixarem a empresa. Ótimo! Você pode optar por não treinar e só manter na empresa profissionais despreparados, cheios de vícios ocupacionais que desenvolvem as mesmas funções, seguindo as mesmas rotinas, cometendo os mesmos erros e pagar um preço muito maior do que aquele gasto investindo em qualificação da mão de obra.
 
Se o único atrativo que a empresa oferece é o salário, na hora em que o seu melhor empregado conseguir uma oferta de mais dinheiro, ele deixará a empresa. Além disso, muitas pessoas hoje preferem ganhar menos em uma empresa onde elas têm tranquilidade, paz de espírito e se sentem valorizadas do que permanecer em uma empresa onde elas não sentem a menor vontade de trabalhar.
 
O gestor de hoje precisa estar alinhado com uma visão clara do presente e do futuro. Precisa conhecer cada um dos seus colaboradores, suas qualidades e fraquezas para ter sempre a pessoa certa para a tarefa certa. Deve oferecer meios para que os seus melhores empregados alcancem a excelência e oferecer a oportunidade e o incentivo de crescimento. Quando a empresa investe em treinamento, está investindo nela mesma.
 
Pesquisas mostram que sai muito mais caro para a empresa contratar novos empregados, por mais bem treinados que pareçam, do que investir no treinamento dos seus atuais empregados.
 
O colaborador que é treinado dentro da empresa, que se sente valorizado e reconhecido, desenvolve o senso de lealdade que é o grande diferencial entre o empregado que comparece todos os dias para cumprir uma rotina e facilmente troca o seu emprego por um salário melhor e aquele que veste a camisa, que faz o que gosta e gosta do que faz.
 
Guia da Pharmacia

Anvisa concede quatro novos registros para produção de genéricos na Hipolabor

Previsão é colocar os novos itens no mercado até o primeiro semestre de 2016

A Hipolabor Farmacêutica, com sede em Sabará, Minas Gerais, recebeu, neste mês, quatro novos registros de medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A empresa mineira está apta a iniciar a produção dos genéricos Azitromicina Di-hidratada em comprimidos de 500mg, caixas com 300 e 600 comprimidos; Maleato de Enalapril em comprimidos simples de 10mg e 20mg, caixa com 500 comprimidos; Fenobarbital em solução oral de 40mg/mL nas apresentações, caixas com 50 e 200 frascos. Além disso, a Hipolabor vai fabricar duas novas apresentações do Bromoprida gotas e xarope, ambos voltados para a linha hospitalar.

Os novos medicamentos reforçam a posição da Hipolabor como a empresa com o maior número de registros em Minas Gerais e a 13ª colocação no País no ranking da Anvisa. A previsão da empresa é colocar todos os novos itens no mercado com produção regular até o primeiro semestre de 2016.
 
R7

Verão acima da média demanda maior cuidado com insulina

Confira dicas para manter a qualidade e eficácia do medicamento
 
O verão 2015-2016 será um dos mais quentes da história, com temperaturas até 4º C acima da média, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden). Por essa razão os cuidados com o transporte de medicamentos biológicos, como a insulina, devem ser redobrados.

“Por ser produzida a partir de células vivas, a insulina precisa ser armazenada entre 2º e 8° C. De outra forma, perde totalmente o efeito. Além disso, se o medicamento congelar ou ficar exposto a altas temperaturas, também pode apresentar mudanças na cor e criar grânulos que causarão dificuldade para a aplicação”, explica a farmacêutica e auxiliar técnica do Grupo Polar, Nathalia Lima.
 
Confira dicas para manter a qualidade e eficácia da insulina durante seu transporte e armazenamento e oriente os consumidores deste medicamento:
 
Transporte:
1 - Se o transporte for rápido, no máximo de três a quatro horas, a insulina pode ser transportada em bolsa térmica ou em caixas de EPS (isopor® ) – sempre mantendo o cuidado de, logo após a chegada ao local desejado, armazená-la imediatamente na geladeira.

2 - Nunca deixar o medicamento dentro do carro, principalmente no porta-luvas, pois é um local que atinge temperaturas muito altas.

3 - Em caso de viagens, utilizar a bolsa térmica ou a caixa de EPS (isopor® ) com um elemento refrigerante (gelo) para garantir a manutenção da temperatura. No entanto, é necessária a utilização de um isolante térmico para envolver o medicamento e evitar o contato direto da insulina com o gelo, pois se isso acontecer ela pode congelar. O ideal é que o consumidor utilize a embalagem e o elemento refrigerante recomendados pelas empresas fabricantes do medicamento.

4 - Em viagens de avião, sempre levá-la na bagagem de mão, uma vez que o compartimento de cargas não apresenta controle de temperatura.
 
Armazenamento:
1 - Na geladeira jamais deixar a insulina na porta – onde há mais troca de temperatura com o ambiente – ou perto das paredes do refrigerador, onde pode sofrer picos de temperaturas abaixo de 2° C e até mesmo congelar. O local ideal é na gaveta de verduras.

2 - O medicamento também é sensível à luz, por isso é imprescindível que seja mantido em sua embalagem original, para que não se degrade.

3 - A insulina em uso pode ser acondicionada em temperatura ambiente de 15º a 30° C, porém seu período de validade é reduzido.

4 - Em cidades muito quentes, é aconselhável que a medicação seja sempre armazenada dentro da geladeira.
 
Saúde Business

Novo remédio sabe se foi ou não ingerido

proteus
Sistema Proteus, composto por comprimido, sensor e app

A novidade já chegou cheia de polêmicas. Saiba mais sobre a pílula inteligente e suas implicações na vida de médicos e pacientes
 
A pílula inteligente contém um transmissor eletrônico, que tem o tamanho de um grão de areia.
 
Depois de ser engolida, ela vai para o sistema digestivo e é dissolvida pelo suco gástrico (como qualquer remédio). Quando isso acontece, os ácidos presentes no suco entram em contato com o transmissor eletrônico - que é feito de cobre e magnésio. Isso gera uma reação de oxirredução, em que o magnésio doa elétrons para o cobre, criando uma corrente de energia, conduzida pelo meio ácido.

O transmissor entra em ação e envia pulsos elétricos para um sensor - um pequeno adesivo, que a pessoa deve colar na barriga. O sinal é verificado e enviado para o smartphone do paciente e do seu médico, avisando se a pílula foi tomada. 
 
A nova tecnologia, que se chama Proteus e ainda aguarda aprovação da FDA (a Anvisa norte-americana), parece ser um ótimo meio de garantir que os pacientes realmente estão ingerindo os medicamentos com a frequência recomendada, já que estudos apontam que aproximadamente metade das pessoas não toma os remédios de acordo com a orientação médica (toma em horários errados ou em quantidades diferentes do prescrito, por exemplo). Se você se esquecer de tomar o remédio, o sistema avisa. 
 
Mas esse controle sobre o que alguém ingere ou deixa de ingerir é controverso. Críticos do Proteus temem que ele possa ser usado como ferramenta em decisões judiciais, para obrigar um indivíduo a ingerir determinado remédio.  O especialista em bioética da Universidade de Nova York, Arthur Caplan, disse em entrevista: "A tentação dentro do sistema legal em dizer 'Podemos te monitorar e ter certeza de que você não é uma ameaça' será enorme. (...) Talvez isso seja bom, talvez seja ruim, mas é uma situação bem diferente de o paciente aceitar tomar as pílulas".
 
Um juiz poderia determinar, por exemplo, que alguém condenado por agressão fosse obrigado a tomar calmantes. Se a pessoa pulasse uma dose, as autoridades ficariam sabendo disso, e imediatamente prenderiam aquele indivíduo.  Ou seja, a Justiça poderia exigir -e monitorar, em tempo real- o uso de remédios. Eventuais questões éticas e sociais não estão nas mãos da FDA, que irá analisar apenas a segurança e a eficácia do produto. 
 
Se aprovado, o Proteus entrará no mercado experimentalmente com a Abilify, um antipsicótico usado em pessoas com problemas mentais, como esquizofrenia e transtorno bipolar.  
 
Super Interessante

10 doenças que podem dar os primeiros sinais na boca

Anemia, leucemia e até mesmo sífilis são condições que podem dar indicativos na região bucal; lesões devem sempre ser analisadas por um profissional
 
Examinar a língua, os lábios e a gengiva periodicamente é tão importante quanto prestar atenção em qualquer outra parte do corpo. Algumas doenças graves podem se manifestar dando sinais na região bucal. Ao primeiro indicativo de algo errado, é preciso procurar um dentista que fará uma avaliação e, se necessário, encaminhará para um estomatologista, médico especialista que cuida de doenças bucais.
 
A doutora em ciências da saúde e mestre em estomatologia Ana Paula Ribeiro Braosi diz que muitas doenças se manifestam primeiramente na boca. Entre elas, estão problemas que vão desde câncer a doenças autoimunes.
 
Veja abaixo relação de doenças que começam pela boca:
 
Doenças autoimunes
O lúpus eritematoso sistêmico e o eritema multiforme podem se manifestar pela boca. “Podem aparecer lesões ulcerativas na boca, feridas abertas que doem e incomodam”, explica Ana Paula sobre o lúpus.
 
A estomatologista membro da Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral Cíntia Maria Remondes explica que, geralmente, a doença se manifesta na mucosa bucal de forma assemelhada aos sinais corporais.
 
Sífilis
Cíntia explica que a sífilis pode causar lesões granulomatosas na cavidade oral. “Forma um pequeno tumor e, no centro desse tumor, há uma ferida aberta que muitas vezes demora para cicatrizar. É o primeiro sinal que a sífilis dá”, explica a estomatologista.
 
Anemia
“Quando há um despapilamento da língua, ela fica ‘careca’, com aspecto liso, brilhante e muitas vezes com secura. Isso pode significar que a pessoa está anêmica”, diz Ana Paula.
 
Leucemia
Esse tipo de câncer sanguíneo também dá sinais na boca. “A leucemia se manifesta por lesões ulcerativas e por áreas necrosadas. Muitas vezes, há o aumento da gengiva e um sangramento espontâneo, que não existia anteriormente”, diz Ana Paula.
 
Sapinho (candidíase pseudomembranosa)
“O sapinho pode formar pseudo-membranas”, diz Ana Paula. Essas membranas são esbranquiçadas e ficam aderidas na mucosa bucal. O aspecto pode se assemelhar a pequenas feridas.
 
HPV
“Muitas vezes, o mesmo subtipo do HPV que causa câncer no colo do útero pode se manifestar na boca”, diz Ana Paula. “Aparecem pequenas verrugas – ou apenas uma. O quadro pode evoluir para um câncer”, alerta.
 
Pericardite
Cíntia Maria explica que as bactérias que ficam na boca podem até mesmo causar uma infecção no coração. “Por causa de gengivite, doenças gengivais avançadas ou de um canal não realizado essas bactérias da boca podem cair na corrente sanguínea e se alojar em tecidos cardíacos, causando uma infecção”, alerta a estomatologista.
 
“Isso pode até levar à morte, quando não se toma antibiótico de forma adequada ou quando a pessoa já tem algum problema cardíaco prévio”, diz. No entanto, é um mal possível de prevenir: a visita periódica ao dentista consegue identificar problemas gengivais, corrigir a higiene bucal e evitar que o pior aconteça.
 
Refluxo gastroesofágico
Além da falta de escovação dos dentes, da língua e da presença de cáries, o mau hálito pode indicar que a pessoa está com refluxo gastroesofágico. “O conteúdo do estômago acaba subindo e pode causar mau hálito”, diz Ana Paula. Portanto, atenção a esse sinal.
 
Câncer de boca
Esse tipo de malignidade pode acontecer na boca. “Normalmente, o sinal é quando uma ferida não cicatriza em até 15 dias”, diz Cíntia Maria. “Pode se assemelhar com uma afta, mas geralmente é indolor”. Segundo a estomatologista, é preciso procurar um dentista e fazer uma biópsia para ver se é câncer.
 
“O câncer de boca pode ser um tumor primário ou secundário. O primário nasce na boca, já o secundário é reflexo de outro tumor no corpo do paciente”, diz a especialista. “Não dá para dizer de onde o câncer veio, é uma gama enorme de possibilidades”.
 
Câncer infantil
Rhoner Gonçalves alerta para um tipo de câncer infantil que se manifesta na boca, o linfoma de Burkitt. “Esse tumor maligno cresce muito rápido, chega a dobrar de tamanho a cada semana e pode impedir que a criança feche a boca”, alerta o estomatologista. “Normalmente, ele se manifesta na região da gengiva, no fundo da boca, na parte de baixo”.
 
iG