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terça-feira, 31 de maio de 2011

Remédios antigos - Pílulas de Lussen

Governo apoia projeto para banir cigarro em locais fechados em todo o país

Ministro da Saúde disse todos os projetos de restrição do fumo têm apoio do governo

O governo federal apoia a vai trabalhar na articulação no Congresso para aprovar o Projeto de Lei Suplementar (PLS 315/08), que proíbe o fumo em locais fechados em todo o país. A proibição do fumo em locais fechados já acontece em alguns locais como São Paulo, Recife e Porto Alegre, por meio de legislação municipal ou estadual.

A defesa do projeto foi feita nesta terça-feira (31) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em evento da programação do Dia Mundial sem Tabaco.

- O ministério da Saúde tem parecer positivo sobre esse projeto, e apoia todas as medidas, inclusive regulatórias, que estejam dentro da lei, que façam com que você restrinja o hábito de fumar. Um exemplo dessas mudanças é você impedir de fumar nos espaços fechados. O Ministério da Saúde já apóia esse projeto e trabalha junto com senadores e deputados para aprová-lo.

O ministro lembrou que foi positiva a proibição do fumo em ambientes de trabalho fechados e disse que o governo também apoia os projetos para restrição do fumo em ambientes de trabalho abertos.

- Há projetos apresentados no Congresso que pensam em como agir com o hábito de fumar em espaços de trabalho que são abertos. Foi positivo restringir o hábito de fumar nos ambientes de trabalho. Isso ajudou a reduzir o hábito de fumar na nossa população. Mas e quem trabalha fora de espaços fechados? Na construção civil, na limpeza pública, no comércio público, na rua?

Preocupação

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o hábito de fumar caiu pela metade entre os homens brasileiros de 1989 até agora. Mas o fumo entre as mulheres não teve a mesma queda. Elas, portanto, são um dos focos de preocupação do governo no combate ao tabagismo.

- O hábito de fumar se reduziu pela metade entre os homens, mas ainda se mantém estável entre as mulheres, apesar de as mulheres ainda fumarem menos que os homens. Além disso, nos preocupa muito fato de que entre as pessoas que têm menos de oito anos de escolaridade, 18% tenham o hábito de fumar, acima da média nacional que é 15%. Quem tem mais de 12 anos de escolaridade cerca de 10% fumam, ou seja, abaixo da média nacional.

Com isso, as ações do Ministério da Saúde devem de concentrar nas mulheres, e nos homens e mulheres com escolaridade de menos de oito anos.

No Brasil, de cada dez homens que morrem por doença respiratória crônica, oito são fumantes

Índice é superior à média mundial, de cinco em dez

Oito em cada dez mortes de brasileiros por doenças respiratórias crônicas têm relação com o uso prolongado do cigarro.

O índice é superior à média mundial, em que cinco em dez mortes têm relação com o tabaco. A informação é do Inca (Instituto Nacional de Câncer), que lançou nesta terça-feira (31), Dia Mundial sem Tabaco, um estudo especial com dados da Pesquisa de Tabagismo (suplemento da saúde dentro da PNAD 2008).

O estudo também revelou que um milhão de brasileiros, de ambos os sexos, jovens e idosos, têm alguma doença respiratória crônica relacionada ao ato de fumar. Entre as mulheres, seis em cada dez mortes por doenças respiratórias crônicas têm relação com o tabaco.

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os dados apresentados pelo Inca mostram que o tamanho do impacto do tabaco no Brasil.

- Esse dado mostra que por mais que a gente tenha conseguido reduzir pela metade número de fumantes no Brasil, o impacto do tabaco ainda é enorme.

Entre os adultos com mais de 30 anos, os fumantes sofrem 40% mais com doenças respiratórias crônicas quando comparados aos não fumantes.

As doenças respiratórias crônicas representam hoje a terceira maior causa morte no Brasil, ficando atrás apenas dos problemas cardiovasculares e dos diversos tipos de câncer. No ano de 2008, quatro brasileiros morreram por hora em decorrência de complicações respiratórias crônicas.

Para o presidente do Inca, Luiz Antonio Santini, o estudo mostra que o tabagismo não está relacionado apenas ao câncer, mas a diversas outras doenças, que deixam os pacientes incapacitados.

- O grande prejuízo é a perda de vidas e também a incapacitação. O cigarro também é incapacitante. As doenças pulmonares crônicas, por exemplo, levam a pessoa a uma incapacidade geral, com dificuldade de locomoção, insuficiência respiratória e é uma doença intimamente associada ao tabagismo.

Indiano de 10 anos é o mais jovem a fazer cirurgia de redução de estômago

Ksithijj Jindger pesava 127 kg e depois de um ano chegou aos 69 kg

Richard Grange/ Barcroft India

O garoto indiano Ksithijj Jindger pode ser a pessoa mais jovem a ter feito a cirurgia de redução de estômago. Ele estava tão acima do peso – pesava 127 kg até 2009 - que seus pais resolveram tomar uma medida drástica e pagar pela cirurgia.

Aos três anos, o morador de Chennai, na Índia, Ksithijj já pesava 50kg, resultado de uma dieta rica em gorduras.

Segundo os médicos que o operaram, a cirurgia nunca havia sido realizada em alguém tão jovem antes. Apesar do possível perigo, eles se surpreenderam com o sucesso. Um ano depois da cirurgia Ksithijj, pesa 69 kg, aos 11 anos de idade.

- Estamos muito satisfeitos; Ele costumava ser tão acima do peso, ficamos preocupados que ele pudesse morrer antes de ver seu 11 º aniversário, disse a mãe ao Daily Mail.

Anvisa aumenta controle sobre bancos de embriões

Clínicas de reprodução assistida devem informar à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o número de óvulos captados e de embriões transferidos para as pacientes. Atualmente, o estabelecimentos só têm que indicar quantos embriões estão guardados.

A medida está prevista em atualização de uma resolução de 2006 da agência sobre o funcionamento dessas clínicas. Desde então, a resolução deve ser revista a cada dois anos.

A Anvisa também determinou que o termo de consentimento da paciente que receberá óvulos doados contenha mais um item, sobre o risco de contrair doenças infecciosas durante o procedimento.

Espanha estuda pedir indenização por acusação na "crise do pepino"

O governo espanhol avalia a possibilidade de solicitar "algum tipo de indenização" pelas acusações "precipitadas e sem fundamento" divulgadas após o surto infeccioso detectado na Alemanha e do qual as autoridades alemãs culparam inicialmente uma remessa de pepinos espanhóis, já conhecida como "crise do pepino".

O secretário de Estado para a União Europeia, Diego López Garrido, adiantou nesta segunda-feira que "existe a possibilidade de pedir à União Europeia algum tipo de indenização. Isso é o que estamos analisando neste momento".

Garrido acrescentou, entretanto, que é necessário esperar pelos resultados das análises sobre a origem do surto infeccioso intestinal antes de adotar qualquer medida.

Ele detalhou que as empresas espanholas afetadas poderiam iniciar "procedimentos de responsabilidade civil", embora nesse caso caiba à própria companhia "tomar a iniciativa".

O secretário de Estado para a União Europeia reiterou que as medidas adotadas por países como Alemanha, Áustria e Bélgica para bloquear a importação de produtos espanhóis "não estão justificadas no direito europeu".

"Europa se sustenta no mercado único, sobre a livre circulação de pessoas, de mercadorias, de capitais. E, portanto, não é permitido restringir essa liberdade salvo com uma razão fundamentada, objetiva, justificada. E neste caso não há", afirmou Garrido.

No julgamento do secretário de Estado para a UE, "não existem fundamentos cientificamente comprovados que essas doenças, que ocorreram na Alemanha, tenham sido causadas por um produto espanhol".

"É uma medida desproporcional como foi desproporcional a acusação temerária, sem provas, sobre que a origem estava em produtos espanhóis", acrescentou.

Garrido explicou que não é possível saber ainda dentro de que prazo será possível conhecer os resultados das análises em estudo pelas autoridades de saúde europeias.

Adiantou que a ministra de Agricultura espanhola, Rosa Aguilar, abordará a crise com a ministra alemã da mesma pasta no conselho informal desta terça-feira (31) na Hungria.

Em Madri, Rosa anunciou que vai pedir à UE ajudas ao setor hortifrutigranjeiro espanhol por causa da "crise do pepino", cujos danos chegam a 200 milhões de euros, calculam os produtores.

Rosa fez o anúncio depois de reunir-se nesta segunda-feira em Madri com representantes do setor para analisar a situação.

MORTES

Pelo menos 12 pessoas morreram na Alemanha em consequência de uma bactéria que foi encontrada em pepinos importados, informaram as autoridades nesta segunda-feira.

A última vítima é uma mulher de 87 anos, da região de Parchim (nordeste da Alemanha), que foi hospitalizada na quarta-feira, segundo autoridades regionais de saúde de Rostock.

A mulher morreu no sábado.

Das 12 vítimas fatais, 11 eram mulheres, e todas do norte de Alemanha.

As autoridades sanitárias atribuem a transmissão a vegetais contaminados, e os principais suspeitos são pepinos importados da Espanha.

As mortes foram provocadas por uma complicação associada à bactéria, a síndrome hemolítico-urêmica, que reduz o número de plaquetas no sangue e leva à insuficiência renal aguda. Segundo representantes do Ministério da Saúde alemão, é o maior surto da síndrome no mundo.

Já há 300 casos registrados da doença. O ministro da Agricultura e Proteção ao Consumidor alemão disse ontem que especialistas de seu país e da Espanha ainda não conseguiram identificar totalmente a origem da contaminação, por isso a recomendação é evitar o consumo de outros vegetais, além do pepino.

Alguns produtores locais de verduras estão destruindo suas plantações, para evitar que a epidemia se alastre.

IMPORTAÇÕES

A Rússia proibiu as importações de verduras espanholas e alemãs e poderá ampliar esta medida a toda a União Europeia devido a pepinos espanhóis supostamente contaminados pela bactéria, anunciou nesta segunda-feira o chefe do serviço de saúde russo.

"Demos uma ordem à autoridade alfandegária para que proíba [as importações]", declarou Guenadi Onichshenko, chefe do serviço de saúde, citado pela agência Interfax.

"Se a situação não mudar, vamos proibir toda a produção europeia de verduras", acrescentou.

Em reação, a Espanha indicou nesta segunda-feira por meio de sua ministra da Agricultura, Rosa Aguilar, que pedirá "uma resposta" da União Europeia pelos danos provocados pela suspeita lançada sobre os pepinos espanhóis.

"Isso está danificando a imagem da Espanha, está danificando o setor produtor espanhol e o governo espanhol não está disposto a permitir esta situação", declarou a ministra em uma entrevista coletiva à imprensa.

"Os danos ao setor espanhol são altíssimos", acrescentou, assegurando que trata-se de "danos irreversíveis".

"Ativaremos rapidamente todos os mecanismos de ajuda previstos pela OMC", indicou a ministra.

"Solicitaremos logicamente à União Europeia uma resposta pelas perdas e danos, e pediremos também que a Alemanha assuma a responsabilidade a respeito" acrescentou.

As autoridades alemãs buscam a origem exata da contaminação, que pode ser encontrada em pepinos produzidos na Espanha, mas também durante a cadeia de distribuição.

OUTROS PAÍSES

Na Áustria, a Agência de Vigilância Sanitária pediu o recolhimento de pepinos, berinjelas e tomates orgânicos de origem espanhola, que eram distribuídos por 33 lojas austríacas.

Casos da síndrome já foram registrados na Áustria, Suécia, Dinamarca, Holanda e Reino Unido. Todos os casos foram relacionados a viagens à Alemanha.
Sobe para 12 mortos por bactéria em verduras na Alemanha

Pai de vacina sintética contra malária lamenta falta de apoio à ciência

O colombiano Manuel Elkin Patarroyo, que criou a primeira vacina sintética contra a malária, lamentou nesta segunda-feira "a ausência" de políticas de Estado para impulsionar a ciência na América Latina.

"Ficamos 40 anos movimentando a ciência na Colômbia. Quarenta anos! Comecei muito cedo, mobilizando o país inteiro: 'Olhe, a ciência é útil, é produtiva, não é uma questão de loucos. Isto é algo que realmente conta para a humanidade, para o país, para as pessoas'", relatou.

"Eu não digo que seja indiferença, eu diria que é ausência de políticas de Estado para impulsionar a ciência", avaliou o pesquisador em entrevista à Agência Efe em Madri.

Nesta terça-feira, ele receberá o prêmio Príncipe de Viana da Solidariedade em Navarra, no norte da Espanha.

"Na América Latina, há dois países que se sobressaem, que são México e Brasil, e só", lamentou Patarroyo, que acaba de apresentar a descoberta de princípios químicos a partir dos quais é possível criar vacinas sintéticas contra praticamente todas as 517 doenças infecciosas conhecidas.

A descoberta, "resultado de 33 anos de trabalho", são "regras de jogo definidas" que servirão para prevenir doenças, entre elas a malária, a tuberculose, a hepatite e a dengue, que causam milhões de mortes no mundo.

VACINAS EM DESENVOLVIMENTO

O cientista trabalha agora na segunda geração desta vacina, denominada Colfavac, que deve começar a ser testada em junho de 2012 em humanos, após obter "pouco mais de 90%" de proteção em macacos, o "mesmo resultado" que Patarroyo acredita que obterão em homens e mulheres.

"Nós não estamos pulando do rato ou do coelho aos humanos. Estamos pulando de um único animal, que tem um sistema de defesa praticamente idêntico ao humano, ao humano", explicou.

O cientista revelou que não vai ceder sua nova vacina contra malária à OMS (Organização Mundial da Saúde), como fez com a primeira, "porque a OMS a arquivou, simples e ingenuamente".

Ele afirmou que conta com o apoio de um grupo de pessoas que "está querendo criar um consórcio para produzir a vacina e entregá-la de graça ou a baixo custo à humanidade".

Os testes da nova vacina demandarão "de dois a três anos", o que proporcionará tempo para que trabalhe em outras vacinas.

"Já estamos trabalhando fortemente em tuberculose. É a próxima", relatou Patarroyo, que, apesar das conquistas alcançadas, destacou que "há muito" por fazer até que "se consiga vacinar todas as pessoas".

Bactéria em verduras causa 14 mortes na Alemanha

Uma bactéria que se propaga com o consumo de hortaliças cruas já custou a vida de 14 pessoas na Alemanha. As suspeitas recaem sobre os pepinos procedentes da Espanha, que nega ser a origem do foco.

O registro chegava nesta segunda-feira a 14 mortos na Alemanha após a morte de duas pessoas por hemorragias provocadas pela bactéria E.coli enterohemorrágica (Eceh), uma no oeste e outra no norte do país.

Verduras são destruídas em Hanover, Alemanha, que vive surto de infecção alimentar

O RKI (Instituto Rupert Kock), encarregado do controle sanitário e do combate a doenças na Alemanha, reconhece até o momento três mortes diretamente atribuídas à bactéria. Mas "no total cerca de dez pessoas morreram", segundo informações das autoridades regionais, declarou à imprensa o diretor do centro, Reinhard Burger.

Segundo Burger, há 352 pacientes infectados que apresentam problemas renais severos, conhecidos como SHU (Síndrome Hemolítico-Urêmica), potencialmente mortal. "O número real é provavelmente muito mais alto", advertiu.

Esta contaminação pela Eceh, a maior já registrada na Alemanha e uma das mais graves no mundo, não atingiu seu pico, devido ao espaço de tempo existente entre a incubação e sua manifestação.

Enquanto as autoridades sanitárias buscam a origem do foco de E.coli, seus efeitos atingiram o setor agrícola espanhol após as primeiras declarações que apontavam para os pepinos cultivados na Andaluzia, embora não tenha sido descartado que tenha ocorrido uma contaminação durante o processo de distribuição.

Em reação a esses fatos, a Espanha indicou nesta segunda-feira por meio de sua ministra da Agricultura, Rosa Aguilar, que pedirá "uma resposta" da União Europeia pelos danos provocados pela suspeita lançada sobre os pepinos espanhóis.

"Isso está danificando a imagem da Espanha, está danificando o setor produtor espanhol e o governo espanhol não está disposto a permitir esta situação", declarou a ministra em uma entrevista coletiva à imprensa.

À espera dos resultados das análises que estão sendo realizadas, que, segundo a Espanha, só serão revelados na quarta-feira, a Bélgica proibiu nesta segunda a importação de pepinos espanhóis e a Rússia fez o mesmo com as verduras espanholas e alemãs e ameaçou estender a medida para toda a UE.

Na Áustria, a Agência de Vigilância Sanitária pediu o recolhimento de pepinos, berinjelas e tomates orgânicos de origem espanhola, que eram distribuídos por 33 lojas austríacas.

Casos da síndrome já foram registrados na Áustria, Suécia, Dinamarca, Holanda e Reino Unido. Todos os casos foram relacionados a viagens à Alemanha.

Uma em cada seis mortes por cigarro no mundo acontece na China

A OMS (Organização Mundial da Saúde) informou nesta segunda-feira em Pequim que a China, maior consumidor e produtor de tabaco, concentra um sexto das 6 milhões de mortes relacionadas ao tabagismo no mundo todo.


"O uso do tabaco é a principal causa de morte evitável no mundo e na China. A cada ano, 1 milhão de pessoas morrem no país por doenças relacionadas ao tabagismo", afirmou o representante da OMS no país asiático, Michael O'Leary.

Os males relacionadas, no caso, são ataques cardíacos, câncer e doenças pulmonares, entre outros, sem incluir o enorme número de fumantes passivos, dos quais as crianças representam 25% do total, acrescentou O'Leary.


Por esta razão, a OMS solicitou nesta segunda-feira ao governo chinês que aproveite o monopólio estatal no setor do tabaco para prevenir o contínuo aumento de mortes por tabagismo, em um país com mais de 300 milhões de fumantes --maior número de viciados em nicotina do planeta-- e que lidera a produção mundial de cigarros.

"A indústria chinesa do tabaco é 100% estatal. E isto significa uma tremenda oportunidade para que o governo a ponha sob controle", afirmou a doutora Sarah England, da OMS em Pequim, lembrando que nesta terça-feira (31) será celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.

Segundo os últimos dados da OMS, mais de 60% dos homens do país mais populoso do mundo são fumantes, com um consumo estimado em 2009 de 2,3 milhões de cigarros, um aumento de 40% em relação a 2002.

Embora a China tenha ratificado em 2003 o Convênio Marco da OMS para o Controle do Tabaco (FCTC, sigla em inglês), sua implementação depende de um grupo de trabalho que inclui o Monopólio Estatal do Tabaco, a instituição reguladora responsável por tramitar a Corporação de Tabacos da China, maior fabricante de cigarros do mundo.

Em declarações à agência de notícias "Xinhua", a doutora England afirmou que "a indústria chinesa do tabaco está atuando contra os princípios da saúde pública, e as diretrizes do FCTC deixam claro que o setor do tabaco não deveria ter influência sobre as políticas de controle" do tabagismo.

Neste sentido, um relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China informou em janeiro que o limitado progresso no controle do tabagismo no país asiático se deve à interferência de representantes das tabacarias na implementação das políticas oficiais.

O setor do tabaco gera na China 7% da receita anual do governo, mas os especialistas asseguram que este número é obscurecido pela baixa produtividade e os custos médicos acarretados pelas mortes e doenças por tabagismo.

Propagandas antigas - Motor humano - Globeol



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30 de novembro de 1918.

Na Austrália, 60% da população luta contra sobrepeso

Mais de 60% da população adulta tem problemas de sobrepeso na Austrália, que gasta quantias milionárias em fast-food e registra um dos índices de obesidade mais altos do mundo.


Corpos esculturais, como o do campeão mundial e olímpico de natação Ian Thorpe, e figuras esbeltas, como a estrela de Hollywood Nicole Kidman, contrastam com as volumosas formas de 24% das pessoas com mais de 18 anos.

Segundo dados divulgados pelo Escritório de Estatísticas nesta semana, a população de adultos obesos na Austrália aumentou 5% entre 1995 e 2008 --último ano de referência--, até alcançar quatro milhões de pessoas, número superado apenas por México, Nova Zelândia, Reino Unido e, é claro, Estados Unidos.

Além disso, outros estudos revelam que 37% dos australianos estão acima do peso, índice igual ao de cidadãos com massa corporal normal.

A falta de dinheiro, educação e exercícios físicos são fatores cruciais para entender a obesidade na Austrália, um país onde os pratos tradicionais são elaboradas a base de carne, salsichas e verduras cozidas, ou pescados e mariscos acompanhados de batatas fritas.

De acordo com a última apuração disponível, 33% dos adultos obesos vivem em áreas pobres ou rurais, quase o dobro do índice entre os que moram em zonas com mais recursos ou urbanas.

A estimativa é que os australianos gastem em 2011 cerca de 37 bilhões de dólares australianos (27,75 bilhões de euros) em fast-food, 3 bilhões de euros mais que em 2008.

Com este valor, equivalente à ingestão anual de 343 hambúrgueres por habitante, a Austrália é o 11º maior consumidor deste tipo de alimento, sustentam dados da empresa de consultoria Euromonitor.

Hoje há na Austrália e na Nova Zelândia --país vizinho que também tem graves problemas com a obesidade-- 1.250 restaurantes da rede Subway, 845 franquias da pizzaria Domino's, 780 McDonald's, 300 Hungry Jack's e 600 KFC.

No começo do ano, a Fundação Nacional de Saúde da Austrália alertou que as crianças do país viverão menos que a geração de seus pais se persistirem os maus hábitos alimentares e a falta de exercícios.

Meninas mais pobres estão menstruando mais cedo, diz estudo britânico

Meninas de nível econômico mais baixo têm maiores chances de começar a menstruar mais cedo, o que aumenta os riscos de que desenvolvam câncer de mama, dizem especialistas britânicos.


Os pesquisadores basearam suas conclusões em um estudo de longo prazo do qual participam 90 mil mulheres britânicas e cujo objetivo é investigar que fatores genéticos, ambientais e outros relativos a estilos de vida, estariam associados ao câncer.

O estudo, intitulado Breakthrough Generations Study, iniciativa da entidade britânica de fomento a pesquisas Breakthrough Breast Cancer, terá a duração de 40 anos. Alguns dos resultados foram publicados na revista científica Paediatric and Perinatal Epidemiology.

Eles indicam que meninas mais pobres, com dietas alimentares também mais pobres, tendem a menstruar pela primeira vez por volta dos 12,1 anos de idade, em comparação com meninas mais ricas, que tendem a ter sua primeira menstruação aos 12,5 anos.

O risco de câncer entre as meninas mais pobres seria maior porque elas estariam produzindo o hormônio estrogênio durante mais tempo.

Além da idade da primeira menstruação, outros fatores que, acredita-se, estariam associados ao câncer de mama, seriam a idade da mulher, consumo de álcool, peso, uso de terapias de reposição hormonal e da pílula anticoncepcional.

QUEDA PROGRESSIVA

No início do século 20, a primeira menstruação em mulheres britânicas ocorria, em média, aos 13,5 anos de idade. Por volta da década de 1940, a média caiu para 12,5 anos. Houve poucas mudanças nas quatro décadas subsequentes.

No final da década de 1980, a média caiu novamente, para os 12,3 anos.

A idade da primeira mentruação está vinculada ao peso da menina. Portanto, o aumento nos índices de crianças obesas na Grã-Bretanha, particularmente em classes sócio-econômicas mais baixas, poderia talvez ajudar a explicar a mudança.

No passado, meninas de nível sócio-econômico mais alto, com dietas mais ricas e peso maior, tendiam a menstruar mais cedo.

"Não sabemos as razões por trás (da queda na idade da primeira menstruação), mas alterações na dieta podem ter cumprido algum papel", disse a autora do estudo, Danielle Morris, do Institute of Cancer Research, no condado de Surrey, Inglaterra.

"Essa queda é importante porque a idade na qual uma menina começa a menstruar pode influenciar suas chances de desenvover câncer de mama mais tarde".

EFEITO ESTROGÊNIO

Estudos anteriores demonstraram que o hormônio feminino estrogênio está associado ao crescimento de tumores nas mamas.

Meninas que menstruam mais cedo tendem a sofrer maior exposição ao hormônio mesmo quando deixam de menstruar, explicou a pediatra Tabitha Randall, do Nottingham Children's Hospital, em Nottingham, Inglaterra.

"As meninas que começam a menstruar mais cedo estão produzindo estrogênio por períodos mais longo de tempo", disse Randall. "E embora mulheres que começam a menstruar antes normalmente deixam de menstruar mais cedo, elas podem começar a usar terapia de reposição hormonal", explicou a pediatra.

Níveis de estrogênio no organismo também são influenciados pela dieta e, portanto, peso.

"A dieta é importante porque o tecido adiposo transforma o hormônio masculino em estrogênio", acrescentou Randall.

HEREDITARIEDADE

A incidência de câncer de mama na família também aumenta os riscos de que uma mulher desenvolva a doença.

Um outro especialista envolvido no Breakthrough Generations Study, Anthony Swerdlow, disse que índices de câncer de mama vêm aumentando na Grã-Breanha.

"Achamos que essas mudanças ocorreram por uma combinação de fatoers que, individualmente, fazem uma pequena diferença".

"A compreensão de como esses fatores influenciam os riscos de uma mulher de desenvolver cãncer de mama pode permitir que desenvolvamos estratégias para prevenir a doença no futuro".

O número de casos de câncer de mama diagnosticados na Grã-Bretanha aumentou 50% nos últimos 25 anos. Segundo estatísticas mais recentes, quase 48 mil novos casos foram identificados em 2008.

Chá do Daime faz imagem mental tão vívida que se iguala à real

Não é de admirar que os usuários da ayahuasca, chá empregado por grupos religiosos como o Santo Daime, afirmem ter visões. Um novo estudo indica que, no cérebro, a bebida provoca efeitos tão vívidos quanto os de uma imagem externa real.

A pesquisa, já aceita para publicação na revista científica "Human Brain Mapping", foi coordenada por Draulio Barros de Araujo e Sidarta Ribeiro, do recém-criado Instituto do Cérebro da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

"Ao aumentar a intensidade de imagens recordadas, fazendo com que atinjam um nível idêntico ao de uma imagem natural, é como se a ayahuasca emprestasse um status de realidade a experiências internas", escrevem.

O fenômeno é resultado do peculiar coquetel bioquímico presente no chá. Para começar, ele é derivado da mistura de duas plantas bem diferentes, o arbusto Psychotria viridis e o cipó Banisteriopis caapi. É a combinação de substâncias nas plantas que leva ao efeito sobre a mente e cria as chamadas "mirações" (visões rituais).

No cérebro, a mistura atua sobre um subgrupo de neurotransmissores, os mensageiros químicos do órgão. A ação desses neurotransmissores fica mais forte e, ao mesmo tempo, menos deles são retirados de circulação depois de certo tempo, o que potencializa ainda mais os seus efeitos sobre o cérebro.


EXAMINADOS

Os pesquisadores da UFRN observaram o resultado disso tudo analisando a atividade cerebral de dez pessoas que usam a ayahuasca com frequência (metade homens e metade mulheres, com idades entre 24 anos e 48 anos).

No aperto do aparelho de ressonância magnética, onde a análise aconteceu, os voluntários tinham, primeiro, de observar imagens normais, de pessoas, animais ou árvores, sem estar sobre o efeito da droga.

Depois, cada um tomou entre 120 ml e 200 ml (um pouco menos que uma latinha de refrigerante) da bebida. Os cientistas esperaram 40 minutos (tempo considerado apropriado para o que o chá faça efeito) e pediram que as pessoas fechassem os olhos e tentassem gerar mentalmente a mesma imagem que tinham visto antes.

Em parte, o resultado foi o equivalente ao que diz o título do artigo científico da equipe: "Seeing with the eyes shut" (ou seja, vendo com os olhos fechados).

A intensidade desse processo do cérebro, bem como certas áreas ativadas nele, foram equivalentes ao que acontece numa experiência visual de verdade ""um "olho da mente" extremamente ativo, por assim dizer.

Há, no entanto, diferenças. Talvez a mais importante dela tenha a ver com a mudança da rede de interações entre as várias partes do cérebro quando a droga é consumida, o que explica sua ação alteradora da consciência.

No Brasil, o uso da droga é legalizado em contextos religiosos, como os do Santo Daime e da União do Vegetal. Há efeitos colaterais potentes ligados ao uso, como fortes vômitos e diarreia. Também há aumento da pressão arterial.

Novo método tem maior taxa de sucesso contra o cigarro

Um novo modelo de tratamento do tabagismo desenvolvido no InCor (Instituto do Coração) tem feito mais pessoas pararem de fumar, com menos chances de recaídas.

Cerca de 25 milhões de brasileiros acima de 15 anos são fumantes, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Chamado de PAF (Programa de Assistência ao Fumante), O modelo envolve três etapas: um diagnóstico mais preciso do grau de dependência, uma combinação de medicamentos e o uso de uma escala em que o médico vai medindo e tratando o desconforto causado pela abstinência do cigarro.

A cardiologista Jacqueline Scholz Issa, criadora do método, que está há 18 anos à frente do ambulatório de tratamento do tabagismo do InCor, diz que a taxa de eficácia do programa, no período de um ano, é de 55% -contra 34% da que existia cinco anos atrás. Os índices de desistência e de recaída caíram de 40% para 26%.

Esses primeiros resultados, obtidos a partir de 400 pacientes atendidos, foram apresentados à comunidade científica internacional em congresso no Canadá.

Eles também serviram de base para a elaboração de um software, que pode ser acessado via internet por médicos de todo o país. Centros públicos terão acesso grátis.

EMOÇÕES

O sistema permite saber quantos fumantes desistiram do tratamento, quantos sofreram efeitos colaterais dos remédios, quantos tiveram sucesso ou recaídas e quais as causas dos insucessos.

Ele também permite que o médico avalie melhor o grau de dependência do tabaco, levando em conta não só o número de cigarros fumados, mas também as emoções (prazer, ansiedade, tristeza) associadas a ele.

A partir desses dados, Issa desenvolveu uma metodologia de tratamento que considera, entre outras coisas, o grau de desconforto do paciente durante o período de abstinência.

"É a partir disso que se associa ou não medicamentos.

O tratamento vai sendo ajustado de acordo como grau de desconforto e é totalmente individualizado", explica.

As drogas mais utilizadas são a vareniclina (Champix) e a bupropiona (Zyban), além de adesivos e gomas de nicotina.

Antidepressivos também podem ser usados.

TERAPIA

O programa não envolve abordagens de terapia cognitiva comportamental -o que é recomendado em programa do governo federal. Segundo Issa,uma boa relação entre o Médico e o paciente já garante o suporte necessário na fase de abstinência.

O tratamento dura, em média, três meses e demanda de quatro a cinco consultas. "O follow up [acompanhamento] também pode ser feito por telefone ou por e-mail", diz.

Médicos que trabalham com tratamento de tabagismo dizem que as taxas de sucesso do PAF são superiores às verificadas em outros centros, entre 30 e 40%.

"Os resultados são maravilhosos", resume a psiquiatra Analice Gigliotti, chefe do setor de dependência química da Santa Casa do Rio.

O pneumologista Ricardo Meirelles, do Inca (Instituto Nacional do Câncer), diz ter gostado da proposta do PAF e do fato que ela considera que, mesmo pessoas que fumam pouco, podem ter alto grau de dependência.

Ambos acreditam, porém, que as chances de a pessoa abandonar o vício são maiores quando o tratamento inclui, além da medicação, abordagens de terapia cognitiva comportamental -técnica através da qual a pessoa tenta entender melhor suas emoções e modifica seu modo de agir.


Maioria dos brasileiros apoia proibição de sabores em cigarro

A cabeleireira Lara K., 26, diz que não consegue abandonar o cigarro mentolado por uma razão meio infantil """o frescorzinho" que ele provoca na boca. "Já ouvi que cigarro mentolado é mais nocivo, mas não consigo parar. Fazer o quê?"

desconforto de Lara com a dependência do aroma não é uma exceção. Pesquisa Datafolha feita para a Aliança de Controle do Tabagismo mostra que 75% dos brasileiros aprovam a proibição de aditivos como menta e chocolate em cigarros.

A pesquisa foi feita para aferir quais são as melhores medidas para reduzir o consumo de cigarro entre jovens e adolescentes.

O aumento de imposto para cigarros teve apoio de 76% dos entrevistados, e o fim da publicidade em bares e outros pontos de venda, de 78%.

Os aromas de menta, chocolate e morango são adicionados ao cigarro com um único objetivo, segundo Agenor Álvares, diretor da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária): "Como o tabaco tem um gosto ruim, esses aromas facilitam a iniciação ao cigarro. O aditivo é um truque sujo para conquistar os jovens".

A Souza Cruz nega que o alvo sejam os jovens.

A Anvisa faz uma consulta pública sobre o tema, com vistas a proibir os aditivos.


O mentol, o mais comum deles, diminui o desconforto da nicotina ao reduzir a irritação na garganta, por conta de seu efeito anestésico.

Nos cigarros com teores mais baixos, ele tem uma função adicional: aumenta a potência da nicotina, segundo pesquisas da FDA, agência do governo do EUA que cuida de drogas e tabaco.

JOVENS

Estatísticas no Brasil e nos EUA comprovam que os jovens são os maiores consumidores desse tipo de fumo.

Entre 2002 e 2005, o Inca (Instituto Nacional de Câncer) e pesquisadores da Universidade John Hopkins ouviram 13 mil estudantes em dez capitais brasileiras e descobriram que 44% deles usam cigarros com aroma. O índice é o dobro dos fumantes na população em geral (22%), segundo a pesquisa.

Nos EUA, os levantamentos mostram que, enquanto o percentual de fumantes está em queda, o índice dos que consomem cigarros mentolados só cresce.

Entre os jovens de 18 a 24 anos, os fumantes de cigarro mentolado representam 40%. Na população acima de 26 anos, esse índice cai para 32%, segundo a FDA.

O órgão recomendou a proibição do mentol em fevereiro, mas o Congresso não aprovou a sugestão.

A facilidade na iniciação não é o único problema com os aromatizantes, de acordo com a FDA. É mais difícil largar um cigarro com menta ou tuti-frutti do que um sem.

No Brasil, não há pesquisas sobre a dificuldade de abandonar os mentolados ou congêneres, mas a médica Stella Martins, diretora do Programa de Atenção ao Tabagista do Cratod (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas), órgão do governo paulista, diz que a percepção do usuário desse tipo de fumo é diferente.

"O problema dos que fumam cigarro com sabor é que eles acham que esse tipo de cigarro não é um problema".

Um levantamento feito pela entidade sobre o uso de derivados do tabaco nos cinco primeiros meses deste ano mostra que o cigarro com sabores ocupa a segunda posição na preferência. Segundo a consulta, 22% dizem ter fumado cigarro com sabor nos últimos 12 meses. O uso de narguilé foi relatado por 28%.

Restaurantes de Buenos Aires retiram saleiros de suas mesas

Os restaurantes de Buenos Aires se comprometeram nesta segunda-feira a retirar os saleiros de suas mesas como uma forma de combater a hipertensão arterial.

Restaurantes de Buenos Aires se comprometeram a retirar os saleiros das mesas para combater a hipertensão arterial

Trata-se de uma iniciativa do Ministério da Saúde local, estabelecida em um acordo referendado por empresários do ramo da gastronomia e pelo sindicato de padeiros da província, que passaram a produzir alimentos com baixo teor de sódio.

Cerca de 20% da população de 15,6 milhões de Buenos Aires sofre de hipertensão, primeira causa de AVC (acidente vascular cerebral) e um dos principais fatores de risco de doenças cardiovasculares, informou nesta segunda-feira o Ministério da Saúde.

Segundo o acordo assinado com a FEHGRA (Federação Empresária Hoteleira Gastronômica da República Argentina), os estabelecimentos só disponibilizarão o saleiro caso seja solicitado pelos clientes, e sempre após terem provado o prato.

"Em média, cada argentino consome 13 gramas de sal por dia quando, segundo a Organização Mundial da Saúde, é recomendável consumir menos de cinco gramas. Se na província pudéssemos diminuir para três gramas o consumo diário, evitaríamos cerca de 2.000 mortes por ano, sobretudo, por AVC", disse o ministro da Saúde, Alejandro Collia.

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/922986-restaurantes-de-buenos-aires-retiram-saleiros-de-suas-mesas.shtml

Instituto do Câncer lidera ranking de hospitais de SP

Pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo sobre a satisfação do usuário apontou o Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) como o melhor hospital público do Estado.

Realizada pela terceira vez, a pesquisa foi feita com mais de 204 mil pacientes do SUS atendidos em 630 instituições de saúde de São Paulo, entre julho e dezembro de 2010.

Os pacientes avaliaram, em questionários, itens como tempo de espera para internação, atendimento oferecido por funcionários, qualidade das instalações e a maneira como seus acompanhantes foram recebidos.

A classificação dos dez primeiros colocados foi anunciada ontem em cerimônia no Masp (Museu de Arte de São Paulo). Além dos melhores hospitais, foi divulgado o ranking das maternidades mais bem avaliadas. A novidade, neste ano, foi a inclusão da categoria "procedimento de alta complexidade", na qual o Hospital do Câncer de Barretos ficou em primeiro lugar.

MODELOS DE SAÚDE

Segundo o secretário da Saúde, Giovanni Cerri, os dados, além de estimularem a melhoria dos serviços, servem para verificar quais são os aspectos mais valorizados pelos pacientes e se os hospitais estão adotando as medidas de humanização preconizadas pelos SUS.

"Hoje há uma discussão grande sobre os modelos de saúde a serem seguidos, e essas informações [da pesquisa] podem sinalizar o que está dando certo", afirma Paulo Hoff, diretor do Icesp.


Feira de saúde em São Paulo lança ultrassom de bolso

Um ultrassom de bolso, pouco maior que um smartphone, é uma das novidades em equipamentos para a saúde da feira Hospitalar 2011.

Carla Fogaccia, gerente de produtos, mostra ultrassom de bolso que custa R$ 22 mil, em SP

A 18ª edição do evento,que reuniu 1.250 expositores no Expo Center Norte, em São Paulo, terminou na última sexta (27). O miniultrassom, que tem 13,5 cm de altura e pesa menos de um quilo, foi desenvolvido para atendimentos de emergência,como em ambulâncias, e em lugares de difícil acesso.

Ele pode ser usado nas áreas de obstetrícia e cardiologia e para ver imagens torácicas. A tela é de alta definição e o fluxo sanguíneo aparece em cores.

A fabricante, a GE Healthcare, afirma que o produto também pode ser comprado pelo consumidor final, como grávidas que queiram acompanhar o desenvolvimen todo bebê -caso haja alguma disposta a desembolsar R$ 22 mil pelo aparelho.

Ouso caseiro não é perigoso para a mãe ou para o bebê, diz César Fernandes, presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo.

"O problema é interpretar as imagens. É preciso ter conhecimentos de anatomia e das fases da gravidez para ligar as figuras a qualquer alteração." A portabilidade também aparece em prontuários eletrônicos que podem ser acessados via iPhone, iPad e equipamentos com sistema operacional Android.

É o caso do My Alert, apresentado na feira. No programa, o usuário inclui suas informações médicas e insere dados sobre consultas, receitas, exames e remédios e vacinas que devem ser tomados. O programa pode ser baixado em lojas de aplicativos para celulares e custa R$ 50 por ano. Pode ser de uso pessoal ou familiar -nesse caso, alguém fica responsável por gerir as informações.

O médico também pode acessar o histórico do paciente no portal do programa e monitorar informações sobre o controle de diabetes, obesidade e hipertensão.

Depressão 4ª e Última Parte


O doutor entevistado comenta sobre o aumento de 40% no consumo de calmantes no Brasil entre 2006 a 2010. E fala sobre o caso da escritora Cátia Moraes que publicou um livro chamado "Eu tomo antidepressivo, graças a Deus!".

Depressão Parte 3


Wagner diz que a depressão pode ocorrer com indivíduos jovens e atingir todas as idades. Segundo o especialista, o que muda um pouco é o que se chama de patoplastia, o colorido da depressão. Ou seja, manifestações relacionadas a personalidade do doente, principalmente de acordo com cada cultura.

Depressão Parte 2


O doutor alega que problemas financeiros, vícios, desemprego e luto podem desencadear a depressão e não causar. De acordo com Wagner, para que a doença depressiva apareça, é necessário que o indivíduo tenha uma pré-disposição genética e hereditária para ela.

Canal Livre: Depressão será doença mais comum do mundo, mas é discriminada


A depressão foi tema central do programa Canal Livre, da Band, no último domingo. O professor titular da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e presidente diretor do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, Wagner Farid Gattaz, acredita que há uma discriminação da doença nas políticas públicas de saúde.

“Por muito tempo, a psiquiatria foi colocada em um patamar inferior ao resto da medicina, refletindo a diminuição de valor que se dá às doenças neuropsiquiátricas. Um exemplo é que ainda hoje muitas operadoras de seguro de saúde não cobrem o tratamento psiquiátrico, como se fosse um luxo”, disse.

O descaso é incoerente com a frequência com que a doença se manifesta na população. De acordo com OMS (Organização Mundial de Saúde), quase 500 milhões de pessoas sofrem dos chamados transtornos mentais no planeta. Segundo o professor, “em 25 anos a depressão deve se tornar a doença mais comum do mundo, superando as cardíacas”.

Mesmo com todos esses dados, o Dr. Gattaz qualifica o estado atual brasileiro como na “rabeira do progresso científico”. Segundo ele, a reforma no atendimento psiquiátrico que houve no Brasil teve efeitos catastróficos no país, pois fechou hospitais, em vez de melhorá-los. “Com um individuo que quer se suicidar já é difícil lidar tendo ao lado especialistas dentro de um hospital, porque não dizer em um apartamento”.

Sintomas e tratamento da depressão

Os problemas como desemprego ou luto podem desencadear a doença, mas não causar. “A doença depressiva precisa de uma predisposição, talvez genética, talvez hereditária”. Um aspecto crucial é a tentativa de amigos e familiares, bem intencionados, de ajudar no quadro de desânimo da pessoa, dizendo “vá fazer ginástica, vá fazer um esporte”.

“Acontece que quem está com depressão grave não consegue fazer nada. Às vezes isso só reforça o sentimento de insuficiência que tem. O paciente pensa: se todo mundo está dizendo para reagir e eu não consigo, eu sou um fraco, um ingrato. Este sentimento de culpa muitas vezes é a causa principal das tentativas de suicídio”, analisou.

Para o tratamento, o uso de medicamentos que atuam na transmissão de impulsos nervosos no cérebro se mostra o meio mais eficaz, com ótimos resultados, segundo o doutor.

Envelhecer com Aids cria novos desafios

Envelhecer com Aids é algo que as gerações que contraíram a doença não consideravam possível nos anos 1980 e 1990. O tempo passou e, contra todos os prognósticos, conseguiram envelhecer, mas muitos têm seus problemas de saúde multiplicados, assim como os econômicos.

Aids foi descoberta há trinta anos e já provocou 30 milhões de mortes

A Aids quase matou Lou Grosso há 30 anos. Mas isso não o preparou para a última notícia recebida de seu médico: é portador de problemas cardíacos.

Com 57 anos, Lou também sofre de dores nas articulações e perda de memória. Dos 14 medicamentos que toma diariamente, apenas três são para lutar contra sua condição de soropositivo.

"Sempre digo a meus médicos: vocês se preocupam com o HIV, mas eu vou morrer de um ataque do coração", explicou à AFP.

"Isso me preocupa, tenho uma vida agradável e não quero que ela seja curta só porque meu corpo pensa que tenho 80 anos", completou.

Enquanto a atenção - e o dinheiro - foram destinados nos últimos anos para lutar contra os estragos provocados pela epidemia na África, os especialistas preocupam-se, agora, com uma nova crise do HIV.

Com a criação há 15 anos dos antirretrovirais, uma geração de pessoas portadoras do vírus sobreviveu e envelheceu. Suas complicações de saúde são inéditas, assim como os efeitos da doença no longo prazo e os problemas financeiros que não pensavam que chegariam a enfrentar.

Lou Grosso, pioneiro na programação de softwares de informática nos anos 1980, ainda se surpreende por ter vivido para aprender a criar sites. Mas, hoje, está preocupado com a perda de memória de fatos mais recentes.

Um estudo atual revelou que 52% dos americanos soropositivos sofrem distúrbios cognitivos, contra 10% entre os soronegativos.

Os portadores de HIV com mais de 55 anos são três vezes mais passíveis de desenvolver uma doença crônica, como a osteoporose, diabetes ou câncer, na comparação com as pessoas soronegativas de 70 anos, segundo um estudo da American Academy of HIV Medicine.

No início da epidemia, os pacientes do doutor Brad Hare, que atende Lou Grosso, no Hospital Geral de San Francisco (Califórnia), morriam muito jovens.

Hoje, mais de um quarto deles supera os 50 anos, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e a idade média das 3.000 pessoas atendidas pelo doutor Hare é 47 anos.

"Os pacientes dizem que estão cansados: lutamos contra o HIV durante 30 anos, conseguimos controlá-lo e, agora, aparece uma nova bateria de problemas de saúde", explica o médico.

Os cientistas recentemente começaram a examinar a origem desses novos problemas, para determinar se estão vinculados à doença, se são efeitos dos remédios ou se são apenas sinais naturais de envelhecimento.

Até recentemente, havia poucas pessoas mais velhas com HIV para serem estudadas.

Os desafios propostos pelo envelhecimento com Aids não são apenas clínicos.

Especialistas também se preocupam com pacientes como Vicki Davidson, que tentou abandonar seu tratamento contra o HIV durante um período particularmente solitário durante o inverno.

Vicki, 64, contraiu HIV em 1986 de uma transfusão de sangue depois de ter ficado presa em um incêndio.

Ela teve de realizar duas cirurgias nos quadris aos 50 anos e sofre de fadiga crônica. Mas o que realmente a deprime é o isolamento social - os dias passados em casa, a dificuldade de conhecer pessoas.

Como muitos sobreviventes de longo prazo, Vicki pensa que pode soar incoerente reclamar das consequências do envelhecimento com HIV quando por tantos anos sobreviver era a principal preocupação.

"Não quero que as pessoas pensem que sou uma 'reclamona', então ajo como se não fosse nada importante. Mas nos meus momentos de solidão, penso que seria legal ter um companheiro."

Soropositivos de longa data têm 13 vezes mais chances de sofrer de depressão que outros americanos, de acordo com um estudo de 2006 da Aids Community Research Initiative of America.

Pacientes mais velhos também têm mais chances de ficar desempregados e sem dinheiro do que os soronegativos, de acordo com um estudo da Terrence Higgins Trust.

Lou Grosso teve sua fatia de dificuldades financeiras - ele até mesmo passou algum tempo de sua vida morando nas ruas.

Agora ele mora em uma casa subsidiada para pessoas com Aids e se tornou voluntário para estudos clínicos.

Grosso, que ama livros de ficção científica, se vê como uma "cobaia" para as próximas gerações.

"Por que eu ainda estou aqui?", pergunta. "Há uma razão pela qual eu ainda estou vivo, e quero que alguém a descubra."

Rússia proíbe importação de verduras espanholas e alemãs por bactéria achada em pepinos

A Rússia proibiu as importações de verduras espanholas e alemãs e poderá ampliar esta medida a toda a União Europeia. A restrição ocorre devido a pepinos espanhóis supostamente contaminados por uma bactéria à qual foram atribuídas 12 mortes na Alemanha, anunciou nesta segunda-feira o chefe do serviço de saúde russo.

Bióloga disseca um pepino no escritório de segurança alimentar de Rostock, Alemanha

"Demos uma ordem à autoridade alfandegária para que proíba" as importações, declarou Guenadi Onichshenko, chefe do serviço de saúde, citado pela agência Interfax. "Se a situação não mudar, vamos proibir toda a produção europeia de verduras", acrescentou.

Uma mulher de 87 anos morreu no sábado, vítima de graves problemas renais provocadas pela bactéria E.coli enterohemorrágica (Eceh), anunciaram as autoridades de Rostock, na Alemanha, elevando para 12 o número de mortes atribuídas à Eceh ou a suspeitas.

Em reação a esses fatos, a Espanha indicou nesta segunda-feira por meio de sua ministra da Agricultura, Rosa Aguilar, que pedirá "uma resposta" da União Europeia pelos danos provocados pela suspeita lançada sobre os pepinos espanhóis.

"Isso está danificando a imagem da Espanha, está danificando o setor produtor espanhol e o governo espanhol não está disposto a permitir esta situação", declarou a ministra em uma entrevista coletiva à imprensa.

"Solicitaremos logicamente à União Europeia uma resposta pelas perdas e danos, e pediremos também que a Alemanha assuma a responsabilidade a respeito" acrescentou.

As autoridades alemãs buscam a origem exata da contaminação, que pode ser encontrada em pepinos produzidos na Espanha, mas também durante a cadeia de distribuição. Vários países europeus ressaltaram casos suspeitos de contaminação pela Eceh.

Brasileiros não devem se preocupar com contaminação de pepinos na Alemanha, diz especialista

A Rússia proibiu nesta segunda-feira as importações de verduras espanholas e alemãs devido a pepinos espanhóis supostamente contaminados por uma bactéria, conhecida como E.coli enterohemorrágica (Eceh), à qual foram atribuídas 12 mortes na Alemanha.

Bactéria E.coli é muito violenta e altamente letal, segundo bacteriologista

O bacteriologista Pedro Manoel Germano diz que os brasileiros não devem se preocupar com os pepinos contaminados na Alemanha."Não temos que nos preocupar, nossas verduras são produzidas aqui, por isso é raro acontecer um casos desses no nosso país. Além disso, o Brasil não tem a bactéria E.coli de uma forma tão disseminada como na Europa e nos Estados Unidos”, afirma.

Para o especialista, são as más técnicas agrícolas que fizeram com que esses pepinos fossem contaminados.“Na Espanha, geralmente as verduras são colhidas no mesmo lugar em que os bovinos defecam. E é através do contato com as fezes desses animais que elas acabam sendo contaminadas”, diz.

Por ser uma bactéria muito violenta e altamente letal o bacteriologista afirma que a higienização da verdura feita somente com água, não é suficiente para mata-la.“A água apenas remove os excessos de bactérias. Precisaria ser feita uma imersão com cloro de pelo de 15 a 20 min. Uma concentração com cloro tem grande chance de combater essa bactéria”, conclui.

Anvisa autoriza 50 novos pedidos de registro para remédios genéricos

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) espera liberar nos próximos dois meses 50 novos remédios genéricos. Os pedidos de registro aceitos nesse período já terão autorização para que cheguem às prateleiras do país.

Genéricos já representam 24,1% das vendas de remédios no país

Os remédios genéricos são, em média, 50% mais baratos que os de referência. Entre os medicamentos que serão liberados pela Anvisa, estão remédios para doenças como esquizofrenia, pressão alta, depressão, câncer e para pessoas com problemas com colesterol.

As mudanças na liberação de genéricos devem agilizar a chegada dos medicamentos às farmácias. Segundo a Pró Genéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos), alguns pedidos de registro chegam a demorar 15 meses para serem analisados.

Os genéricos já representam 24,1% de todas as vendas de remédios de janeiro a março. Um aumento de 3,5% em relação ao mesmo período no ano passado. A meta é que em 2012, 30% de todos os remédios vendidos sejam genéricos.

Leis, programas e tratamentos ajudam quem quer parar de fumar

Cerca de um terço da população mundial adulta é de fumantes, segundo estimativa da OMS (Organização Mundial de Saúde). O número representa 1,2 bilhões de pessoas, entre as quais aproximadamente 47% de toda a população masculina, e pelo menos 12% da feminina.


O cigarro traz diversos males à saúde de homens e de mulheres. De acordo com dados da OMS, cerca de 4,9 milhões de pessoas morrem devido ao uso do tabaco todos os anos, o que significa mais de dez mil óbitos ao dia. Caso o consumo atual se mantenha, esses números aumentarão para 10 milhões de mortes anuais por volta do ano 2030, alerta a organização.

Diversas instituições e os governos têm programas de combate ao cigarro. Em âmbito nacional, o Inca (Instituto Nacional de Câncer) coordena e executa o Programa de Controle de Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer, com atividades educativas, medidas legislativas e econômicas.

Legislação

As medidas legislativas ajudam no combate aos males do cigarro, inclusive para os fumantes passivos. No Estado de São Paulo, o governo criou, há um ano, a Lei Antifumo, que proíbe fumar em locais fechados, como bares, restaurantes, condomínios, empresas e outros. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o alto índice de cumprimento, o respeito e apoio da população à lei trouxeram benefícios à saúde pública.

Um estudo realizado pelo Instituto do Coração (Incor), do Hospital das Clínicas, em cerca de 700 estabelecimentos do Estado, como bares, restaurantes e casas noturnas, revelou que houve uma redução de até 73,5% nos níveis de monóxido de carbono no interior desses ambientes.

“A população paulista compreendeu que a lei tinha compromisso com a saúde pública e, por isso, a restrição de fumar em ambientes fechados de uso coletivo obteve êxito, contribuindo com o combate do tabagismo passivo”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Nilson Ferraz Paschoa.

Vício

Entretanto, parar de fumar não é uma atitude fácil. De acordo com o Hospital do Câncer, em média, 80% dos fumantes afirmam querer largar o cigarro, mas poucos conseguem de fato. Para atender quem pretende deixar o vício, o hospital criou o GAT (Grupo de Apoio ao Tabagista).

O grupo desenvolve um trabalho multidisciplinar, que envolve médicos pneumologistas, psiquiatras e psicólogos, que dão apoio ao fumante. “Tentamos colocar a sociedade cada vez mais a par da questão do tabagista como é na realidade, desfazendo mitos e eliminando preconceitos que invariavelmente só causam dificuldade e sofrimento desnecessários”, diz a psiquiatra e coordenadora do GAT, Célia Lídia da Costa.

A psiquiatra explica ainda que as pessoas começam a fumar razões que “podemos chamar de ‘psicológicas’ no geral, mas que podemos discriminar melhor como necessidade de ser aceito em um grupo, com o cigarro simbolizando um identificador dos participantes deste grupo. “Por essa razão, a pressão normalmente exerce papel tão importante para o início do seu uso. Daí o que se segue é o condicionamento do hábito às atividades do dia a dia do fumante, e isso de forma bem pouco consciente”, completa.

Tratamento

O programa de tratamento do GAT é padronizado em cinco semanas, mas é planejado de forma individual. Dessa forma, o tempo para cada paciente varia de acordo com a necessidade, estado de saúde, doenças, nível de dependência, presença de ansiedade ou depressão etc.

Atualmente, o tratamento farmacológico do tabagismo inclui terapias com ou sem a reposição da nicotina, entre elas, a nova geração de medicamentos como a vareniclina, desenvolvida especificamente para o tratamento da doença.

O grupo atende gratuitamente os pacientes que fazem tratamento de câncer no hospital pelo SUS. Já os pacientes não vinculados ao A.C.Camargo têm acesso ao serviço de forma particular.

Gratuito

A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) também tem um programa de combate ao tabagismo. O PrevFumo (Núcleo de Apoio à Prevenção e Cessação do Tabagismo) existe há cerca de 20 anos e é ligado à disciplina de pneumologia da universidade.

O atendimento pelo núcleo também é feito por uma equipe multidisciplinar. Atualmente, o serviço conta com 17 profissionais da saúde especializados no tratamento do tabagismo: são médicos, psicólogos e fisioterapeutas, acompanhando os fumantes individualmente ou em grupo. O atendimento é gratuito e aberto à comunidade.

Teste

O Hospital Universitário da USP (Universidade de São Paulo), por sua vez, tem um site com dicas, matérias, benefícios e até algumas dúvidas muito comuns entre os fumantes. No portal é possível encontrar alguns casos de pessoas que conseguiram abandonar o vício com a ajuda dos profissionais do HU.

O Ministério da Saúde também esclarece dúvidas de pacientes que querem deixar o cigarro pelo Disque Saúde, 0800 61 1997. Além disso, no site do Inca o fumante pode fazer um teste sobre sua situação como fumante e ler um passo a passo que ensina como parar de fumar.

Contatos

- O GAT atende no Hospital do Câncer (A.C.Camargo). Informações ao público pelo (11) 2189-5141.
- Para ser atendido pelo PrevFumo, o interessado deve agendar uma avaliação inicial, pelo telefone:(011) 5904-8046. O atendimento é realizado na Rua dos Açores, 310 – Jardim Luzitânia (próximo ao Parque do Ibirapuera).
- Mais informações sobre o programa anti-tabaco do Hospital Universitário da USP podem ser obtidas pelo telefone (11) 3091-9337 ou pelo email: antitabagismo@hu.usp.br.
- O Disque Saúde dá dicas pelo telefone 0800 61 1997. A ligação é gratuita.

Uso de aditivos em cigarros pode ser proibido pela OMS

A reunião de representantes de 171 países no Uruguai em novembro de 2010 pode decidir pela proibição de cigarros terem aditivos, componentes que o tornam mais atrativos, segundo informou o jornal “Folha de S.Paulo”.


Desenvolvida pela OMS (Organização Mundial da Saúde), a COP 4 (Conferência das Partes) da Convenção-Quadro Para o Controle do Tabaco, além de pretender reduzir o consumo do cigarro, quer diminuir os danos à saúde dos fumantes.

Uma das medidas seria a restrição ou veto completo aos açúcares, flavorizantes e umectantes, que são adicionados ao fumo. De acordo com um estudo da TobReg (Tobacco Regulation), da OMS, esses ingredientes aumentam a palatabilidade do cigarro.

Segundo a Conicq (Comissão Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro), grupo interministerial do Brasil criado para cuidar do assunto, o País colocará em prática as ressalvas decididas na reunião.

A indústria e os produtores de fumo se articulam para impedir a restrição, alegando que a medida tirará o emprego de 50 mil famílias no Sul que cultivam o tabaco “burley”. Ao contrário do tipo virgínia, ele precisa da adição de açúcar.