Índice é superior à média mundial, de cinco em dez
Oito em cada dez mortes de brasileiros por doenças respiratórias crônicas têm relação com o uso prolongado do cigarro.
O índice é superior à média mundial, em que cinco em dez mortes têm relação com o tabaco. A informação é do Inca (Instituto Nacional de Câncer), que lançou nesta terça-feira (31), Dia Mundial sem Tabaco, um estudo especial com dados da Pesquisa de Tabagismo (suplemento da saúde dentro da PNAD 2008).
O estudo também revelou que um milhão de brasileiros, de ambos os sexos, jovens e idosos, têm alguma doença respiratória crônica relacionada ao ato de fumar. Entre as mulheres, seis em cada dez mortes por doenças respiratórias crônicas têm relação com o tabaco.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os dados apresentados pelo Inca mostram que o tamanho do impacto do tabaco no Brasil.
- Esse dado mostra que por mais que a gente tenha conseguido reduzir pela metade número de fumantes no Brasil, o impacto do tabaco ainda é enorme.
Entre os adultos com mais de 30 anos, os fumantes sofrem 40% mais com doenças respiratórias crônicas quando comparados aos não fumantes.
As doenças respiratórias crônicas representam hoje a terceira maior causa morte no Brasil, ficando atrás apenas dos problemas cardiovasculares e dos diversos tipos de câncer. No ano de 2008, quatro brasileiros morreram por hora em decorrência de complicações respiratórias crônicas.
Para o presidente do Inca, Luiz Antonio Santini, o estudo mostra que o tabagismo não está relacionado apenas ao câncer, mas a diversas outras doenças, que deixam os pacientes incapacitados.
- O grande prejuízo é a perda de vidas e também a incapacitação. O cigarro também é incapacitante. As doenças pulmonares crônicas, por exemplo, levam a pessoa a uma incapacidade geral, com dificuldade de locomoção, insuficiência respiratória e é uma doença intimamente associada ao tabagismo.
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