Levantamento feito pelo Hospital Universitário da USP mostra que 45% dos pacientes que utilizaram algum tipo de medicamento conseguiram abandonar o vício. Entre os que não receberam medicamentos, só 22% largaram o cigarro.
Para o doutor João Paulo Lotufo, responsável pelo programa de combate ao fumo do hospital, o uso da combinação de um programa de terapia comportamental acompanhado de medicamentos aumenta bastante as chances.
O estudo foi feito com 1,6 mil pessoas (65% eram mulheres) que procuraram tratamento para parar de fumar. De acordo com o levantamento, 41% começam a fumar entre 11 e 14 anos, e 80% precisam de várias tentativas para largar o vício. O lançamento desse estudo faz parte das atividades do Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado hoje.
Agentes da Secretaria da Saúde estarão no Pátio do Colégio, no centro, para alertar a população sobre os malefícios do cigarro. Ainda hoje, limparão da Paulista todas as bitucas de cigarros espalhadas no entorno do Conjunto Nacional.
Nos últimos 20 anos, o número de brasileiros com mais de 15 anos que fumam caiu de 32% para 7,2%, segundo o IBGE. Apesar disso, o cigarro ainda mata 200 mil pessoas anualmente no país, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Cada cigarro contém mais de 4 mil substâncias tóxicas. Entre elas, a nicotina e o monóxido de carbono, que promovem a degradação da camada interna dos vasos sanguíneos.
75% querem banir cigarro com sabor
A maior parte dos brasileiros aprova a proibição de aditivos como menta, chocolate e morango nos cigarros, segundo pesquisa do Instituto Datafolha divulgada ontem. O levantamento, feito para descobrir quais as melhores medidas para reduzir o consumo de cigarro entre jovens e adolescentes, mostra que 75% são a favor do uso de sabores.
Outros 76% dos entrevistados apoiam o aumento de impostos, e 78% pensam que a publicidade em bares e outros pontos de venda deve acabar. O uso de aromas nos cigarros teria como único objetivo atrair os jovens.
O mentol, o mais comum deles, também seria responsável por tornar o cigarro mais viciante. O aroma, mais palatável ao gosto dos jovens, consegue diminuir o desconforto da nicotina ao reduzir a irritação na garganta, devido a seu efeito anestésico.
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