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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Anvisa alerta para reações adversas de novas pílulas anticoncepcionais

 (Viola Júnior/Esp. CB/D.A Press)
Quando surgiram, em 2003, vieram como uma nova promessa: menos inchaço, menor retenção de líquido, melhora da pele e até do humor durante a temida tensão pré-menstrual (TPM). A maioria dos médicos confiou. Então, passaram a recomendar os novos anticoncepcionais, que, mesmo chegando ao custo de R$ 50 a cartela, trariam a segurança contra aquilo que as mulheres sempre temeram: riscos para a saúde pelo uso contínuo dos medicamentos. Nos últimos dias, contudo, a confiança nesses produtos da nova geração estremeceu. Estudos mostraram que os remédios oferecem mais perigo de trombose venosa e de tromboembolia pulmonar se comparados a contraceptivos mais antigos, de uma outra geração. A bomba levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a emitir esta semana um alerta aos médicos e às pacientes, referente a qualquer reação adversa grave, que deve ser notificada à agência.

O motivo, de acordo com as pesquisas, tem nome: drospirenona, um tipo de progesterona que está presente em alguns dos medicamentos, como Yasmin e Yaz, os mais vendidos recentemente no país e os mais comercializados pelo grupo farmacêutico alemão Bayer. O mal-estar, que gera dúvidas e medo nos consultórios brasileiros, veio depois que os estudos ganharam destaque na respeitada revista acadêmica British Medical Journal (BMJ) e no site da agência norte-americana para medicamentos e alimentos, a Food and Drugs Administration (FDA), nos últimos dias. O mais recente, feito com 1 milhão de mulheres dinamarquesas, descobriu que aquelas que tomavam o medicamento com a substância tinham o dobro de risco de trombose em comparação àquelas que tomam medicações mais antigas no mercado, com outro tipo de progesterona, o levonorgestrel.

Essas pílulas ganharam popularidade por provocarem menos reações adversas — como inchaço, ganho de peso, dores de cabeça e também diminuição da libido —, benefícios agregados justamente por serem produzidas com doses diferenciadas de hormônios. É justamente isso que agora, tudo indica, mostra-se como responsável pelo aumento da incidência dos coágulos. Sem alarde, a Anvisa, que não comenta o assunto, emitiu o alerta aos profissionais de saúde e também às mulheres: qualquer reação grave, mesmo que prescrita na bula, deve ser comunicada. Por enquanto, a agência não concluiu parecer definitivo e, sendo assim, é favorável ao uso dos medicamentos, desde que “usados sob supervisão médica e de acordo com as orientações contidas na bula”.

O que tem essa tal de drospirenona? Segundo explica a ginecologista Hérica Cristina Mendonça, vice-presidente do Comitê de Endocrinologia Ginecológica, Climatério e Planejamento Familiar, da Associação dos Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig), a maioria das pílulas usa a combinação de hormônios progesterona com estrogênio e são vários os tipos de progesterona (nos remédios mais antigos, o levonorgestrel). “O estrogênio sempre foi o vilão, porque já foi comprovado que ele pode contribuir para a coagulação do sangue. Na reposição hormonal, por exemplo, durante a menopausa, a dosagem é baixa. Agora, com as novas descobertas, voltamos os olhos para a progesterona.”

Adaptação
A drospirenona, porém, não está presente somente nos dois medicamentos mais vendidos do país. Anticoncepcionais como a Elani Ciclo, do laboratório Libbs, também usam o componente. Hérica lembra que, nas pílulas Yasmin e Yaz, a dosagem de estrogênio é de 30mg e 3mg de progesterona. De acordo com a médica, há mulheres que não podem tomar estrogênio e usam anticoncepcionais com progesterona. “Só o progesterona retém líquido e a mulher tem dificuldades de se adaptar a ele, pois o ovário continua a produzir estrogênio e, até haver um equilíbrio, demora um tempo. Assim, ela pode ter menstruação sem controle de dias”, diz, lembrando que o momento é de atenção, uma vez que qualquer anticoncepcional pode causar efeitos colaterais.

Ana Lúcia Ribeiro Valadares, presidente do Comitê da Sogimig e pesquisadora da Unicamp, destaca que a pesquisa mostrou que o risco de trombose de um anticoncepcional comum é de cinco casos para cada 100 mil mulheres. “Conforme o estudado, as chances passaram para 10 casos a cada 100 mil. É muito baixo. Durante uma gravidez, as chances são bem maiores: de 60 casos para cada 100 mil grávidas”, lamenta Ana, com receio de que haja alarde e as mulheres abandonem o remédio. “Corremos o risco de termos um problema de saúde pública”, afirma.

O presidente da Sociedade Mineira de Angiologia, Bruno Naves, lamenta os estudos, por acreditar que as pílulas são uma libertação para as mulheres. Ele diz que as varizes são um dos problemas mais comuns decorrentes dos remédios. “A trombose tem três causas básicas: trauma, causado por uma cirurgia ou batida; imobilização prolongada, que pode ser provocada por uma recuperação cirúrgica; ou distúrbio de circulação sanguínea, relacionado com as pílulas”, explica. “Há pessoas que nascem com a trombofilia e a primeira manifestação pode vir aos 15 anos, quando a pílula normalmente é ingerida pela primeira vez. Isso pode ser um agente desecadeante”, explica.

Ele alerta que, se não tratada, a trombose pode levar à morte. “Esse coágulo pode subir para o pulmão e causar a embolia pulmonar. Somente nos EUA são 100 mil mortes por ano. No Brasil, não temos uma estimativa disso, mas não estamos tão longe. As sequelas são para o resto da vida. Depois de dois anos, pode abrir uma ferida na perna. Por isso, a atividade física regular é fundamental.”

Defesa
Em nota, a Bayer HealthCare Pharmaceuticals, responsável pela produção dos anticoncepcionais Yasmin e Yaz, informou que dados clínicos de um período de mais de 15 anos e os resultados de estudos de segurança realizados pós-comercialização dão suporte à conclusão da Bayer de que os contraceptivos que contêm drospirenona em sua formulação são “seguros e eficazes quando utilizados conforme indicação médica”. E que o risco é “similar” ao de qualquer outro anticoncepcional.

Fonte Correio Braziliense

Estudo mostra que a fertilidade é um traço hereditário

 (Arquivo pessoal)
Há cerca de 150 mil anos, o Homo sapiens deixou a África para colonizar o resto do mundo. Os padrões de expansão populacional nunca foram bem estudados e, por isso, ninguém sabia dizer, exatamente, como os primeiros humanos se estabeleceram em determinadas regiões, gerando descendentes suficientemente saudáveis para continuar sua bem-sucedida jornada pelo planeta. Um estudo publicado na edição de hoje da revista Science sugere que isso ocorreu porque os pioneiros possuíam uma vantagem genética transmitida às gerações seguintes: a alta fertilidade.

Em uma teleconferência à imprensa mundial, Damian Labuda, da Universidade de Montreal, no Canadá, explicou que os padrões de expansão demográfica e territorial são difíceis de estudar porque seria necessário olhar para milhares de anos atrás e investigar um número inimaginável de indivíduos. Para resolver o problema, ele se uniu a pesquisadores das universidades de Bern e de Quebec em Chicoutimi, além de técnicos do SIB Instituto Suíço de Bioinformáticas. Para testar a hipótese da vantagem genética dos pioneiros, o grupo debruçou-se sobre uma população específica, bem mais recente que os primeiros Homo sapiens, cujos registros eram bem documentados.

“Escolhemos as regiões de Charlevoix e Saguenay Lac Saint-Jean, em Quebec, porque as igrejas de lá documentaram muito bem a genealogia desde a chegada dos primeiros habitantes ao local, no século 17”, explicou Laurent Excoffier, da Universidade de Bern. O grupo de pesquisadores investigou nada menos que um milhão de certidões de nascimentos e casamentos, referentes ao período entre 1686 e 1960. Embora não houvesse amostras de DNA, o software de genética populacional utilizado no trabalho conseguiu descobrir que os atuais habitantes da região herdaram a maior parte de seus genes dos pioneiros, e não das pessoas que chegaram em Charlevoix e Saguenay Lac Saint-Jean depois da primeira onda migratória.

 “Calculamos o número esperado de genes deixados por um determinado ancestral para a geração atual de cada um dos pioneiros da região, diferenciando aqueles que reproduziram durante a primeira onda migratória, daqueles que chegaram depois ou viviam há tempos em regiões próximas”, disse Hélène Vézina, que operou o sistema de dados, chamado Balsac. “Descobrimos que os indivíduos do front contribuíram significativamente com mais genes às presentes gerações. De forma geral, os ancestrais na base da pirâmide contribuíram entre 1,2 e 3,9 vezes mais do que as populações seguintes.”

Isso porque os pioneiros levavam uma vantagem em relação aos migrantes que os sucederam: a taxa de fertilidade das primeiras mulheres que chegaram à região era 15% maior. Essa característica foi herdada por suas descendentes, que mantiveram as taxas mais elevadas que as demais nas gerações seguintes.

Prova
Para Excoffier, essa é a prova de que a fertilidade é um traço hereditário. As mulheres que chegaram primeiro tiveram, em média, 9,1 filhos, enquanto as de outras ondas migratórias ou que já estavam estabelecidas em regiões próximas ganharam 7,9 crianças, uma diferença de 15%. Essa diferença continuou na geração seguinte: os filhos dos pioneiros tiveram 4,9 filhos e os demais, 4,1, ou 20% a menos. Chegando-se à década de 1960, o percentual de crianças dos descendentes da primeira onda migratória era 40% maior.

Segundo os pesquisadores, esse fenômeno confirma que em humanos ocorre o mesmo já observado em outras espécies animais. “Sabíamos que a migração das espécies para novas áreas promovia a dispersão de raras mutações, por meio de um fenômeno chamado ‘gene surfing’”, afirmou Excoffier. Ele explicou que isso acontece porque, provavelmente, ao chegar a territórios inabitados, as pessoas encontram uma grande fonte de recursos à sua disposição e, consequentemente, menos competição entre os iguais para obtê-los.

Embora o estudo tenha sido feito em uma região específica de Quebec, os pesquisadores acreditam que o padrão de fertilidade dos pioneiros seja uma característica geral da espécie, desde as primeiras migrações humanas. “Dado o grande sucesso na história da colonização do planeta pelos homens, parece que uma considerável fração de nossos ancestrais viveram na base da pirâmide das migrações. Consequentemente, muitos traços humanos que favorecem a dispersão e a reprodução podem ter evoluído durante as fases de migração em massa”, escreveram os autores, no artigo.

Fonte Correio Braziliense

Cérebro sofre mudanças pelo vício em cigarros

Passar das drogas lícitas para as ilícitas, em direção a um futuro que nada tem de promissor. Esse é o temor dos pais de muitos adolescentes, respaldado por uma série de estudos publicados nos últimos anos sobre como o álcool e o cigarro podem ser uma porta de entrada para o consumo de cocaína, heroína ou crack, entre outros compostos tóxicos.

A possibilidade acaba de ser explicada por uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Columbia, em Nova York (EUA), que revela como a nicotina, presente no cigarro, aumenta a resposta do organismo à cocaína. A análise, publicada ontem na revista Science Translational Medicine, mostra como a nicotina age no corpo humano para fazer com que a pessoa, ao usar cocaína, se torne mais suscetível aos efeitos da droga.

Um dos autores do estudo, Amir Levine, do Departamento de Neurociências da Universidade de Columbia, contou ao Correio que a ideia de observar os efeitos do cigarro e, em seguida, da cocaína no organismo surgiu após ele e seus colegas notarem que muitos jovens bebiam, fumavam e, após algum tempo, começavam a usar outras drogas. “Então, fizemos testes com ratos para ver se havia alguma ligação biológica entre o vício em nicotina e o em cocaína, especificamente. Descobrimos que pessoas que fumavam e depois associavam o cigarro com o estimulante sofriam uma modificação na região cerebral chamada de estriado, responsável pelo sistema de recompensa do corpo, que provoca o vício em substâncias químicas”, descreve.

Segundo o neurocientista, foi surpreendente notar os efeitos na nicotina sobre o DNA, especialmente sobre o gene FosB, que tem como função regular a resposta do comportamento das pessoas em relação a drogas. “Esse gene aumenta a sensação de prazer, no estriado, quando um fumante também usa cocaína. Logo, pudemos concluir que quem fuma tem um maior potencial para se tornar dependente”, explica. Levine acrescenta que, durante o estudo, encontrou indícios de que o efeito do cigarro sobre o cérebro poderia tornar indivíduos mais suscetíveis ao vício em outros compostos químicos, como a metanfetamina e a heroína.

O grupo de pesquisadores comparou os resultados obtidos nos testes feitos em ratos com dados de um acompanhamento que fizeram com cerca de 2 mil ex-estudantes do ensino médio da Escola Estadual de Nova York, que tiveram seu histórico de uso de narcóticos analisado mensalmente, durante 20 anos (ver infografia). “Os resultados foram muito parecidos. A maioria dos que cheiravam cocaína era composta por fumantes, que usavam cigarros antes de se tornarem dependentes do estimulante.”

SequênciaA neurologista Márcia Lorena Chaves, membro do Departamento de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia, relata que há uma sequência bem definida no uso de drogas, na qual “o cigarro (ou o álcool) antecede o uso de maconha, que, por sua vez, precede o uso de cocaína e de outras drogas ilícitas”. Ela alerta que, apesar de estudos de base epidemiológica estabelecerem essa relação, essas pesquisas não haviam conseguido, até então, determinar causas ou mecanismo celulares que explicassem a ligação entre o uso de compostos químicos. Ela ressalta que o estudo mostra como a nicotina agiria como uma droga gatilho no cérebro — “um efeito provável de ocorrer seja se a exposição à nicotina ocorre ao fumar ou acontece passivamente, ao conviver com um fumante”.

De acordo com o psiquiatra Raphael Boechat, professor de psiquiatria e psicopatologia da Universidade de Brasília (UnB), o neurotransmissor mais envolvido no mecanismo de dependência é a dopamina, “que é a mediadora do ‘circuito de recompensas’”. Ele afirma que, entre a comunidade científica, já se sabia que os efeitos da nicotina e da cocaína no cérebro eram parecidos — logicamente, os da cocaína são mais intensos. “Essa correlação de um aumentar a ação do outro no corpo, porém, é realmente nova”, ressalta.

Dados estatísticos do levantamento domiciliar sobre uso de drogas psicotrópicas no Brasil, feito em 2005 pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e pelo Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas (Cebrid), mostram que 44% da população afirmaram ter fumado cigarro alguma vez na vida, sendo que 10,1% se consideram dependentes do tabaco. Embora a pesquisa não relacione o uso do cigarro com outras drogas, ele apresenta dados interessantes, como o de que 22,8% dos brasileiros já usaram algum tipo de droga ilícita. Em relação à cocaína, 2,9% das pessoas admitiram ter usado a droga pelo menos uma vez na vida e 0,2% assumiram ser viciados em estimulantes, entre os quais a cocaína. A estatística revela que tanto o uso do tabaco quanto da cocaína têm maior incidência entre pessoas na faixa etária dos 25 aos 34 anos e que os mais suscetíveis ao vício são os homens.

ImportânciaBoechat afirma que esse é um estudo excelente. “Considero-o relevante porque os pesquisadores tentam achar dados cerebrais para explicar a questão do vício”, completa. Segundo o psiquiatra, a análise dos profissionais norte-americanos vai além das hipóteses de que passar de uma droga para outra é uma questão essencialmente comportamental, que era a ideia mais considerada ao abordar a associação entre cigarro e cocaína.

Márcia afirma que a pesquisa é importante por analisar os mecanismos que ocorrem nas células cerebrais para entender o comportamento de adição a drogas e a associação entre o uso delas. “Provavelmente, essa análise feita em ratos abrirá caminho para outras investigações na mesma linha e permitirá aplicações do modelo de investigação em seres humanos”, estima. A neurologista diz que a relevância do estudo para a sociedade existe do ponto de vista da saúde pública, pelo alerta que os cientistas fazem em relação aos perigos da exposição ao fumo com relação aos mecanismos de vício que podem ser ativados.

Um ponto forte dessa pesquisa, destaca Levine, é enfatizar a importância de que os jovens não fumem. “Evitar fumar não é necessário apenas pelos malefícios já conhecidos que a nicotina causa, mas por agora sabermos que ela faz com que as pessoas fiquem potencialmente vulneráveis a se viciarem em outras drogas”, alerta. Ele adverte que os efeitos da nicotina no cérebro de adolescentes pode ainda ser mais perigoso, já que o organismo deles está em formação e as ligações entre os neurônios — as sinapses — existem em maior quantidade do que no cérebro de adultos.

Levine diz que outras pesquisas mostram que o álcool e a maconha teriam função semelhante à do cigarro no cérebro. É exatamente essa questão que ele e sua equipe pretendem estudar daqui em diante. “Queremos primeiro ver se o álcool ativa o mesmo mecanismo que a nicotina”, explica. “Talvez os efeitos do vício sejam parecidos, mas a ação das substâncias no corpo humano seja diferente. Precisamos investigar isso”, determina o neurocientista.

Análise de padrõesA epidemiologia é uma ciência que consiste em analisar os fenômenos de saúde/doença nas populações. Nessa área do conhecimento, busca-se compreender as causas de um problema de saúde que atinge a população, a origem da epidemia e o que pode ser feito para combatê-la e evitá-la. O epidemiologista pode estudar desde doenças infectocontagiosas até males crônicos e problemas graves entre a população, como o uso de drogas.

Fonte Correio Braziliense

Hospitais particulares vão oferecer teste para Streptococcus pyogenes

Três unidades pretendem disponibilizar o exame até o fim do ano: confirmação laboratorial será mantida (Gustavo Moreno/CB/D.A Press - 19/4/2011)
Três unidades pretendem disponibilizar o exame até o fim do ano: confirmação laboratorial será mantida

Mesmo diante das recomendações da Secretaria de Saúde do DF para que a população não adote os testes rápidos para diagnosticar a contaminação pela Streptococcus pyogenes, hospitais particulares da capital federal informam que vão utilizar o exame com o intuito de melhorar o atendimento daqueles que apresentarem sintomas clínicos da infecção.

Em um procedimento não invasivo é possível detectar, ainda no consultório, a presença da bactéria em 15 minutos. Embora a prática não descarte o exame laboratorial, pode ajudar os médicos a especificar qual remédio o paciente precisa tomar. O Hospital Anchieta adota o teste desde 2009. Ainda este ano, os hospitais Santa Helena, Pronto Norte e Santa Lúcia passarão a utilizar o sistema de detecção do micro-organismo. Falta somente decidir quem fornecerá o kit. Por isso, ainda não há definição em relação ao valor do procedimento.

A microbiologista e supervisora da coleta do laboratório dos hospitais Santa Helena e Pronto Norte, Michele Caminiti, enfatiza que o processo não exclui a cultura padrão para diagnóstico, mas reduz a utilização empírica de antibióticos. “Esse resultado rápido facilita que os profissionais adotem uma conduta específica. Hoje, o paciente passa por avaliação clínica subjetiva, na qual os sintomas são analisados. A febre pode indicar a presença da bactéria, mas também pode ser um vírus”, explicou. Com o exame, evita-se o uso de medicação desnecessária e é possível o diagnóstico rápido.

Identificar a Streptococcus não significa, no entanto, que a pessoa vai, necessariamente, evoluir para um quadro grave de infecção. A bactéria é comum e atinge de 5% a 15% da população. O desenvolvimento depende de fatores ligados à imunidade, entre outros. A vantagem é orientar a conduta terapêutica. O teste é específico e tem 98% de co-relação com a cultura feita em laboratório.

Em nota, a Secretaria de Saúde diz não recomendar que as pessoas procurem os hospitais para fazer testes rápidos porque a notificação positiva não implica que a pessoa tenha a Streptococcus pyogenes. “Consideramos a realização desses exames uma perda de tempo, porque a presença da bactéria não significa que a pessoa vai ficar doente. Além disso, o uso de antibióticos, que muitas vezes é adotado após o conhecimento do resultado, é totalmente contraindicado para uma pessoa saudável”, explica a diretora de Vigilância Epidemiológica, Sônia Geraldes, em nota publicada no site da pasta.

Segundo as indicações do órgão, a população deve ficar alerta diante de febre, de dores no corpo e, sobretudo, de dificuldade em respirar. A sugestão é que a pessoa seja levada ao pronto-socorro mais próximo para uma avaliação. Ainda segundo Sônia Geraldes, a lavagem das mãos é a melhor forma de evitar todos os tipos de infecção por estreptococos do Grupo A. A secretaria garantiu novamente que a cidade não enfrenta um surto da bactéria.

O infectologista do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, Luiz Fernando Aranha, acredita que o teste não deve ser usado como uma política pública. Porém, ressalta que, quando casos muito graves estão sendo identificados, essa é uma estratégia válida para o diagnóstico precoce. “Seria uma forma de evitar estados avançados da infecção. Para uma política nacional, tenho dúvidas da relação custo-benefício. Aqui, nós temos o teste e quem quiser pode fazer. Só que é pago ou financiado pelo convênio. É diferente de o governo bancar”, analisa.

Quatro casos
A Secretaria de Saúde confirma a morte de quatro pessoas devido ao contágio pelo micro-organismo. Além disso, somente nesta semana, duas pessoas tiveram a confirmação da infecção. Na última segunda-feira, uma criança de 7 anos, estudante do Colégio Marista, na 609 Sul, foi tratada em hospital particular e passa bem. Na terça-feira, o diagnóstico foi para um menino de 5 anos, aluno do Jardim 2 do Centro de Ensino Candanguinho, no Sudoeste.

Fonte Correio Braziliense

Juristas querem mais punição para quem dirige bêbado

Perto de uma revisão do Código Penal, advogados querem que a embriaguez se torne qualificadora do crime de homicídio

Juristas paulistas querem aproveitar a revisão do Código Penal para tornar mais rigorosa a punição para quem dirige embriagado e mata no trânsito. Dois dos 16 convidados para integrar a comissão de reforma da legislação, que será instituída nesta terça-feira no Senado Federal, a procuradora Luiza Nagib Eluf e o professor de Direito Penal Luiz Flávio Gomes defendem pena mais dura para motoristas bêbados até quando não há acidente.

"No Código de Trânsito, dirigir embriagado já leva a punição. Mas, em caso de acidente que provoque lesão corporal ou morte, a pena tem de ser mais severa do que a prevista para crime culposo (quando não há intenção). É isso o que a sociedade espera de nós da Comissão de Reforma Penal. A população quer que o Código a proteja da irresponsabilidade, da bandidagem, da violência", diz Luiza.

Uma das propostas, segundo Gomes, é que a embriaguez se torne qualificadora do crime de homicídio. "Por aqui está faltando o que na Europa é classificado como direção temerária de maneira abusiva, como para quem trafega na contramão em rodovias, por exemplo. Em vez de 2 a 4 anos de prisão, a pena subiria para 4 a 8 anos de reclusão".

Punição semelhante foi defendida  pelo presidente da Comissão de Trânsito da OAB - SP, Marcelo Januzzi, durante caminhada contra a impunidade no trânsito que reuniu cerca de 150 pessoas no Alto de Pinheiros. Mesmo sob chuva, manifestantes marcharam em silêncio em homenagem às vítimas e lançaram campanha para recolher assinaturas e mudar a atual legislação por meio de projeto de lei. A ideia é que legistas acompanhem blitze da lei seca para que se garanta a prova do crime: a discussão sobre a legalidade do bafômetro segue no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF).
Para o engenheiro Eduardo Daros, da Associação Brasileira de Pedestres, motorista bêbado em excesso de velocidade deve receber da Justiça o mesmo tratamento dado a "assassino". Já o senador Pedro Taques (PDT/MT), autor da proposta que criou a Comissão de Reforma Penal, acha que os assuntos terão de ser discutidos com calma. "Quando o Código Penal foi escrito, em 1940, a sociedade era sobretudo rural. Hoje, é o contrário. O número de mortes em razão de excesso de velocidade e embriaguez dos motoristas é assustador".

"Acho essa discussão muito importante, porque cada dia mais vemos acidentes provocados por motoristas alcoolizados, dirigindo em velocidade acima da permitida, atropelando pessoas em cima da calçada ou provocando choques com mortos", resume Luiza.

E a controvérsia vai além. Decisão recente do STF entendeu que motorista paulista que dirigia embriagado e matou uma pessoa não deveria responder por homicídio doloso (com intenção). A condenação do condutor foi desqualificada e o réu vai responder por homicídio culposo. A decisão contraria sentençados anos 1990 do mesmo tribunal.

"O Ministério Público estava denunciando como homicídio doloso. Mas veio a decisão do STF dizendo que não é o caso. Precisamos agora de penas mais severas para evitar que continuem ocorrendo essas mortes", diz Luiza, lembrando que, se (acidentes com morte) são enquadrados como homicídio culposo, a pena é pequena e motorista não vai para a prisão - é punido, no máximo, com pena alternativa.

Fonte IG

STF decide que dirigir bêbado é crime

Decisão negou habeas corpus a motorista detido em MG. Ministro diz que autor está sujeito a prisão mesmo se não tiver causado danos e não oferecer riscos

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o ato de dirigir com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a seis decigramas é crime, com possível detenção, mesmo que o autor não cause danos ou provoque risco a outras pessoas. A decisão é da 2ª Turma do Supremo que, no dia 27 de setembro deste ano, negou o habeas corpus de um motorista de Minas Gerais flagrado em uma blitz na cidade de Araxá. O texto tem como base a lei que tornou crime, em 2008, dirigir alcoolizado.

Foto: AE
Ponto de ônibus ficou destruído após acidente no Itaim Bibi em São Paulo. Acidente deixou três pessoas feridas em outubro deste ano

No terceiro parágrafo da decisão é relatado que: "basta que se comprove que o acusado conduzia veículo automotor, na via pública, apresentando concentração de álcool no sangue igual ou superior a 6 decigramas por litro para que esteja caracterizado o perigo ao bem jurídico tutelado e, portanto, configurado o crime".

De acordo com o processo, após o teste do bafômetro, foi constatada a presença de 0,90 mg/l no sangue do motorista mineiro de Araxá. Ainda segundo o texto, ele apresentava sintomas claros de embriaguez, como fala desconexa, hálito etílico e olhos vermelhos.

O relator do habeas corpus, ministro Ricardo Lewandowski, afirmou ser irrelevante indagar se o comportamento do motorista embriagado atingiu ou não algum bem juridicamente tutelado porque se trata de um crime de perigo abstrato, no qual não importa o resultado.

“É como o porte de armas. Não é preciso que alguém pratique efetivamente um ilícito com emprego da arma. O simples porte constitui crime de perigo abstrato porque outros bens estão em jogo. O artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro foi uma opção legislativa legítima que tem como objetivo a proteção da segurança da coletividade”, enfatizou Lewandowski.

Fonte IG

Número de mortos em acidentes de trânsito sobe 24% em 8 anos

Segundo levantamento do Ministério da Saúde, em 2010, Brasil registrou 40.160 mortes e 145 mil internações no SUS

O número de mortos em acidentes de trânsito no Brasil subiu 24% nos últimos oito anos, de 32.753 registrados em 2002 para 40.160 em 2010, segundo um estudo divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério da Saúde.

"Os números revelam que o País vive uma verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no comunicado. De acordo com o ministro, o Brasil é o quinto país com mais número de vítimas no trânsito, atrás apenas de Índia, China, Estados Unidos e Rússia.

O estudo cita como causas do crescimento das mortes tanto o consumo de álcool como o aumento do número de motocicletas. O relatório foi divulgado um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF) considerar um crime dirigir alcoolizado, mesmo que nenhum crime seja provocado. "Este é um grande avanço e certamente vai contribuir para a redução das tristes estatísticas no trânsito", segundo Padilha.

O levantamento mostra que um quarto das mortes em acidentes no ano passado envolveu uma moto. Enquanto o número de vítimas por acidentes aumentou em 24% em oito anos, o provocado por motos triplicou no mesmo período, passando de 3.744 em 2002 para 10.143 em 2010.

Além do elevado número de mortes, os acidentes do ano passado provocaram o registro de 145 mil feridos em hospitais do sistema público, o que custou R$ 190 milhões ao Estado. O número de hospitalizações em 2010 por acidentes foi 15% maior que em 2009.

“Há uma queda na proporção entre mortes em acidentes e internações. Nos últimos três anos, o índice cai de 0,38, passa por 029 e chega a 0,24. As ações de saúde em urgência e emergência têm conseguido reduzir a proporção de óbitos por acidentes de trânsito. Mas essa verdadeira epidemia de lesões e mortes por acidentes de trânsito aumentam muito o número absoluto de internações e óbitos”, afirmou o ministro.

Fonte IG

Sexo e exercícios aliviam dores musculares

Estudos mostram que gestos simples podem ser mais eficazes do que remédios

Quando os níveis de cansaço e irritação aumentam, entram em ação os poderosos relaxantes musculares tidos como o alívio certo para acabar com qualquer tipo de dor. Porém, com dias cada vez mais atribulados e a pressão constante das crises financeiras que podem atingir a todos, tomar remédios constantemente pode representar um sério perigo para a saúde.

Pensando nisso, especialistas em dor da Universidade de Nova York pesquisaram formas simples para acabar com a tensão nas costas, pescoço e ombros. Para eles, atividades físicas, sexo e uma boa conversa podem ter o mesmo efeito que remédios. Os profissionais esclarecem que, quando você está tenso, ansioso, temeroso ou com raiva, seus músculos se contraem e esta ação prolongada é a responsável por dores severas.

E, para se livrar desse incômodo, a receita é praticar exercícios que descarregam energia e que fazem suar. Para isso, basta manter uma rotina em que seja possível fazer uma caminhada rápida ou corrida, andar de bicicleta, natação, musculação ou fazer sexo. Para o diretor da pesquisa Norman Marcus, outro gesto simples que tem um efeito terapêutico é desabafar com uma pessoa em quem você confia

O professor da Associação Brasileira de Medicina Antroposófica e clínico geral Samir Rahme, esclarece também que uma das melhores formas de se aliviar a tensão é se alongar. Mas ele alerta para a suavidade dos movimentos, evitando sentir dor com eles.

Rotação do pescoçoSente-se numa cadeira, mantendo pescoço, ombros e tronco reto. Primeiro, vire lentamente a cabeça para a direita. Volte à posição inicial e repita para o lado esquerdo. Faça o movimento 10 vezes para cada lado.

Flexão lateral do pescoçoIncline o pescoço lateralmente até encostar a orelha no ombro (ou até onde você conseguir, sem que haja dor). Tome cuidado para não levantar o ombro, ele precisa ficar relaxado para que o alongamento surta efeito. Repita 10 vezes pra cada lado.

Flexão do pescoço
Dobre a cabeça para frente, encostando o queixo no peito. Mantenha aposição por 5 segundos e repita o movimento 10 vezes.

Extensão do pescoço
Leve a cabeça para trás, até que o queixo esteja apontando para o teto. Repita 10 vezes.

Fonte Minha Vida

Conheça os cânceres que afetam o aparelho reprodutor feminino

Conheça os cânceres que afetam o aparelho reprodutor feminino - Foto: Getty Images
Exames preventivos são decisivos para a cura desses tumores

Desde sua primeira menstruação, é recomendável que a mulher crie o hábito de consultar um ginecologista regularmente. Essa é uma atitude preventiva essencial para que ela cuide da sua saúde íntima e evite que alguma doença seja descoberta apenas em estágios bastante avançados.

Um dos problemas que mais preocupa médicos e pacientes é, sem sombra de dúvida, o câncer, enfermidade que pode atingir os diversos órgãos do aparelho reprodutor feminino. Por isso, a mulher que se preocupa com a sua saúde, também aprende a se conhecer muito bem para identificar os primeiros sintomas de quando alguma coisa está errada.

De acordo com a especialista em oncologia ginecológica e coordenadora do Programa de Prevenção do Câncer Ginecológico do Hospital Amaral Carvalho de Jaú (SP), Lenira Maria Queiroz Mauad, é preciso primeiramente entender que o aparelho reprodutor feminino é formado por um órgão externo (vulva) e outros internos (vagina, útero, trompas de falópio e ovários). "Todos esses órgãos são passíveis de desenvolver câncer e cada prognóstico irá levar a um tratamento específico", afirma.

Mauad explica também que a mama não é considerada órgão do sistema reprodutor, embora esteja intimamente relacionada a ele. "Nos países desenvolvidos, o câncer mais comum é o do endométrio, seguido pelo câncer do ovário e depois, colo do útero, vagina e trompas. Já no Brasil, há diferentes dados de acordo com a região, mas, ao que tudo indica, o mais frequente é o câncer do colo do útero, seguido pelo do endométrio e ovário", esclarece.

Apesar da maior incidência de câncer na mulher ser mesmo o de mama, dados do Instituto Nacional do Câncer indicam que, no ano de 2008, 4.812 mulheres brasileiras foram vítimas do câncer de colo de útero. Naquele ano, o câncer de mama contabilizou 11.860 mortes. "O que torna um câncer mais perigoso é seu comportamento, como ele se espalha para os outros órgãos. O câncer de mama tende a ser de pior comportamento se considerarmos casos iniciais, porque pode se espalhar pelo sangue e voltar mesmo depois de vários anos de tratamento", diz a médica.

Causas e sintomas
A ginecologista esclarece que todos os tipos de câncer apresentam sintomas quando em fases já avançadas. Portanto é imprescindível que as mulheres se submetam a exames periódicos de prevenção e detecção precoce. Alguns dos sintomas mais comuns em cada tipo de câncer do aparelho reprodutor feminino são:

Câncer do colo do útero: Segundo a especialista, esse tipo muitas vezes está relacionado à infecção pelo vírus HPV, transmitido sexualmente. No entanto, vários fatores de risco associados, como tabagismo, uso de pílulas, higiene inadequada, mudança frequente de parceiros e outras infecções concomitantes, aumentam o risco do aparecimento e progressão das lesões pré-tumorais.

Em relação aos sintomas, o câncer de colo de útero geralmente provoca corrimento vaginal (às vezes sanguinolento), sangramento nas relações sexuais e dor pélvica em casos mais avançados. "As lesões iniciais e pré-tumorais, não causam sintomas e podem ser detectadas pelo exame ginecológico e pelo teste de Papanicolau", alerta.

Câncer de endométrio (corpo do útero): De acordo com a especialista, o câncer de endométrio geralmente está relacionado a desequilíbrios hormonais, obesidade na perimenopausa e menopausa, diabetes e pressão alta. "Esse tipo de câncer também pode ser induzido pelo uso inadequado de terapia hormonal para tratamento de sintomas da menopausa", explica.

Câncer de vulva: Na mulher jovem, o câncer de vulva, muitas das vezes, aparece relacionado à infecção pelo HPV. Nas mulheres mais velhas, pode evoluir a partir da coçadura crônica causada por alterações da pele da vulva. Esse tipo de câncer apresenta como principais sintomas, além das coceiras crônicas, o aparecimento de úlceras, feridas ou gânglios na região inguinal.

Câncer do ovário: Para Mauad, no caso do câncer de ovário, o fator hereditário é bastante determinante, apesar da doença também se manifestar frequentemente em mulheres que não engravidaram, são inférteis e fizeram múltiplos tratamentos para indução de ovulação. "Embora estes não sejam os fatores causais, aumentam o risco", afirma.

É possível prevenir?
A especialista explica que os cuidados com alimentação, prática de exercícios físicos regulares e sexo com proteção, aliados à atitude de evitar vícios, como o cigarro e o álcool, são medidas gerais que ajudam muito a prevenir todos os tipos de câncer.

"Mas o grande aliado das mulheres no combate a esses tumores é o seu ginecologista. A realização de exames periódicos e orientação adequada sobre os cuidados a serem tomados nas diferentes fases da vida, é decisiva na luta contra o câncer feminino", finaliza Mauad.

Fonte Minha Vida

Café protege fígado de doenças como cirrose e câncer, diz estudo

Dose certa ingerida por dia diminui produção de substâncias causadoras de doenças hepáticas

Uma xícara de café por dia contribui para proteger o fígado contra doenças graves como cirrose e o câncer, especialmente quando a causa delas é o consumo excessivo de álcool, segundo um estudo do instituto italiano Mario Negri.

Segundo os pesquisadores, a cafeína apresenta propriedades benéficas se for consumida em doses adequadas, pois, inibe a ação das enzimas gama-glutamil transpeptidase (GGT), também chamada de transferase e alanina transaminase (ALT), que é um dos indicadores da cirrose, que desencadeia tais doenças.

Foram analisadas 100 pessoas durante dois meses. Através dos dados coletados, foi possível comprovar que aqueles que bebiam quatro ou mais xícaras de café por dia tiveram um risco de cirrose cinco vezes menor que aqueles que não tomaram a bebida com a mesma frequência, ou seja, o risco de morte por cirrose reduz em 30% nos pacientes que consomem muito café. O mesmo acontece com o hepatocarcinoma, a forma mais frequente de câncer de fígado.

Os cientistas acreditam que tais resultados podem levar à descoberta de moléculas protetoras contidas no café, provavelmente antioxidantes, mas lembram que o excesso delas também pode causar problemas como taquicardia e insônia.

Fonte Minha Vida

Alimentos saudáveis podem substituir doces e aliviar o estresse

Nozes, 300 225
Castanhas, nozes e aveia ajudam a relaxar os músculos

Já reparou que muita gente usa a comida como calmante e na maioria das vezes nem se dar conta?

Se você costuma comer guloseimas para aliviar o estresse e não consegue controlar esse péssimo hábito, pode fazer uma troca inteligente.

Em vez de docinhos e petiscos calóricos, pode optar por alimentos saudáveis e que de quebra ainda auxiliam a aliviar a tensão.

Um exemplo é o abacate, que contém gordura boa.

A gordura boa, encontrada nos óleos vegetais, combate o aumento dos níveis de hormônio cortisol, que aumentam em situações de estresse.

A elevação do cortisol provoca sintomas como tensão muscular, cansaço, desânimo e até a compulsão alimentar.

Tais sintomas podem ser combatidos por meio do consumo de fibras, cereais e frutas. Castanhas, nozes, aveia e semente de abóbora ajudam a relaxar os músculos. Sementes de girassol e gergelim ajudam a fornecer energia.

Consumidos no lugar das guloseimas, esses alimentos ajudam a acalmar o organismo em períodos de estresse e ainda colaboram para manter o peso e a saúde em dia.

Fonte R7

Fumo passivo duplica risco de perda auditiva em adolescentes

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Criança que convive com fumantes é mais propensa a ter problemas de aprendizagem

Além de fazer mal a quem fuma, o cigarro prejudica indiretamente a saúde de quem convive com o fumante.

E no perfil das vítimas passivas se encontram crianças e adolescentes.

Segundo pesquisa realizada nos Estados Unidos e publicada na revista científica Archives of Otolaryngol - Head & Neck Surgery, o tabagismo passivo quase duplica o risco de um adolescente sofrer perda auditiva.

Os autores do estudo acompanharam mais de 1.500 adolescentes de 12 a 19 anos. Quanto mais esses jovens são expostos ao fumo passivo, maior o perigo, pois foi descoberto que o fumo aumenta o risco de infecções no ouvido médio e dificulta o fornecimento de sangue ao órgão auditivo.

Cerca de 40% dos 800 adolescentes analisados na pesquisa e que foram expostos a fumaça do cigarro apresentavam problemas de audição, em comparação com cerca de 25% dos 750 adolescentes que não conviviam com fumantes.

Crianças que convivem com fumantes também são mais propensas a apresentarem problemas de aprendizagem e comportamento.

De acordo com o estudo, publicado pela revista Pediatrics, de um total de 55 mil crianças americanas menores de 12 anos, 6% viviam com um fumante e corriam mais risco de sofrer de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Fonte R7

Taiwan fecha o cerco a campeonatos

Competição comida eua
Governo pede que sistema público não pague tratamento de competidores

As autoridades de Taiwan pediram que a população do país não participe de competições com comida, que já causaram ao menos uma morte no país, e sugeriram que o plano de saúde nacional não pague o tratamento de pessoas que vão ao hospital depois de participar desse tipo de disputa.

Essas competições, que envolvem comer enormes bifes ou dúzias de almôndegas, por exemplo, são uma ameaça para a saúde pública, diz o Control Yuan, uma agência do governo local.

– Os frequentes concursos para ver quem tem o maior estômago não apenas prejudicam a saúde, mas também são injustos, já que as pessoas que ficam doentes estão usando recursos do sistema público de saúde.

O Control Yuan pediu que as autoridades de saúde obriguem os organizadores dessas disputas a pagar pelo tratamento médico dos participantes.

Em 2008, um estudante universitário morreu após comer pães muito rápido em um campeonato desses. Ele começou a vomitar em grande quantidade e ficou inconsciente durante o concurso – os médicos tentaram reanimar o estudante, mas ele acabou morrendo.

A obesidade é um problema crescente em Taiwan. O índice de crianças classificadas como em situação de sobrepeso ou obesidade cresceu de 6% há uma década para 25% agora.

Fonte R7

Mortalidade infantil em Santa Catarina cai de 20 para 8,7 a cada mil bebês

Projeto de prevenção em Florianópolis chama a atenção do governo federal


É o primeiro dia de vida de Héctor e a educadora do Programa Capital Criança entra no quarto da maternidade do Hospital Universitário, em Florianópolis, onde ele está com a mãe, para anunciar uma agenda cheia de compromissos.

Em alguns dias, o filho de Luciana Carvalho, 28 anos, deve estar na unidade de saúde do Bairro dos Ingleses, onde moram, para fazer o teste do pezinho e ser avaliado por um pediatra e por um dentista, que vai orientar a mãe sobre os cuidados com a higiene bucal. Amãe também tem hora marcada com um ginecologista e, se precisar, pode marcar consulta com um psicólogo.

Essa é a rotina de todos os bebês que nascem em Florianópolis desde 1997. O compromisso do Programa Capital Criança é de acompanhar o desenvolvimento dos florianopolitanos desde os seus primeiros momentos até os 10 anos de idade e, com isso, reduzir a taxa de mortalidade infantil na Capital.

O programa tem cumprido bem o seu papel. Há 14 anos, a taxa de mortalidade infantil média, em Florianópolis, era de cerca de 20 mortes para cada mil bebês nascidos, considerando crianças de até um ano de idade. Cinco anos após o início do projeto, este número caía abaixo de dois dígitos e, hoje, está em 8,7.

Os resultados chamaram a atenção do governo federal. Os responsáveis pelo programa estiveram em Brasília, no mês passado, para apresentá-lo no seminário Cidadão do Futuro — Políticas para o Desenvolvimento na Primeira Infância. Durante os dois dias de evento, políticos, magistrados e especialistas na área debateram em busca de soluções para integrar políticas públicas que garantam assistência na primeira infância.

Subsidiado com recursos do orçamento municipal destinados à atenção básica de saúde, o investimento nas ações desenvolvidas têm sido praticamente constantes ao longo de todos esses anos.

Cuidados ainda no berço do hospital
A abordagem é feita nas maternidades públicas e particulares. As mães recebem um kit contendo termômetro, álcool 70% e gazes para a limpeza do umbigo, pomada para assaduras, uma cartilha com informações sobre primeiros cuidados, caderneta do Sistema Único de Saúde (SUS) e de vacinação e uma certidão que indica que o bebê é nascido em Florianópolis. Neste primeiro contato, as mulheres podem também tirar dúvidas.

— Elas perguntam bastante. Se for preciso, a gente aciona o pediatra, as enfermeiras, tudo para que ninguém saia daqui com alguma dúvida — explica a educadora Ivete Sarmento Carneiro.

Há 12 anos no programa, Ivete conta que a equipe de cinco educadoras atende cerca de 600 crianças por mês. Mesmo as mães que moram em Florianópolis e optam por ter o bebê em São José ou Palhoça são atendidas.

Brenda, a bebê de nove meses de Juliana Antunes, também é atendida pelo programa. A mãe se diz satisfeita.

— Eu ganhei o kit e marcaram as consultas. Acho bem legal e prático.

Fonte Diário Catarinense

Substância encontrada no vinho pode melhorar o metabolismo de homens obesos

Ingestão de suplementos de resveratrol resultou em redução de gordura no fígado, pressão arterial e açúcar no sangue


Resultados de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Maastricht, na Holanda, mostram que o resveratrol — substância natural encontrada no vinho tinto — melhora o metabolismo e protege contra os efeitos negativos da ingestão de gordura, podendo beneficiar quem precisa restringir o número de calorias em sua dieta.

A equipe administrou doses de suplemento de resveratrol em 11 homens obesos, mas saudáveis. Eles tomaram 150 miligramas do suplemento por dia durante 30 dias. Para obter essa quantidade a partir do vinho, seria necessário ingerir dois litros da bebida por dia, daí a necessidade do suplemento.

O efeito do resveratrol foi muito parecido com o de uma dieta de baixa caloria, melhorando o metabolismo e a saúde de forma geral. As alterações incluíram redução de gordura no fígado, de pressão arterial e de açúcar no sangue. Os homens também tiveram mudanças na forma como os seus músculos queimam gordura. Os pesquisadores sugerem que a substância fez com que as células funcionassem de maneira mais eficiente, como ocorre em uma dieta de restrição calórica.

Para os cientistas, os resultados do estudo apresentam uma primeira evidência do impacto do resveratrol sobre o peso e o metabolismo, mas não é possível ainda saber quais serão os efeitos a longo prazo, portanto, recomendam cautela na suplementação do composto natural. Novas pesquisas pretendem investigar se a substância poderia ser útil em pessoas com diabetes tipo 2.

O estudo foi publicado no periódico científico Cell Metabolism.

Fonte Zero Hora

Medicamento para diabetes não deve ser usado para fins de emagrecimento

Remédio provoca perda de peso em diabéticos, mas não é recomendado a quem não tem a doença


Usado no tratamento de diabetes do tipo 2, o medicamento liraglutide (Victoza) faz com que os pacientes percam peso. No entanto, o remédio não deve ser usado para fins de emagrecimento por pessoas que não tenham a doença.

Segundo a endocrinologista Marta Tonietto Tonolli, presidente do Departamento de Endocrinologia da Associação Médica de Caxias do Sul (Amecs), a perda de peso é benéfica para quem tem diabetes, pois melhora o controle da doença em pacientes obesos. No entanto, embora estejam em andamento alguns estudos, o liraglutide não foi aprovado em nenhum país para tratamento da obesidade em indivíduos saudáveis.

— Se for comprovado seu benefício, e a ausência de efeitos colaterais para população sem diabetes, as agências de saúde poderão aprovar o liraglutide para esse uso. Por enquanto não existe nenhuma aprovação para fins de emagrecimento — enfatiza Marta.

A profissional reforça ainda que o uso do remédio sem prescrição médica pode representar riscos à saúde.

Fonte Zero Hora

Proteína de soja traz benefícios ao coração e reduz colesterol

Pesquisa revela que a proteína de soja melhora o perfil lipídico em pessoas saudáveis


Um estudo realizado na Universidade de Tulane, nos Estados Unidos, demonstra que a suplementação com proteína de soja, comparada à proteína do leite, melhora o perfil lipídico em pessoas saudáveis.

Esse estudo investigou o efeito da suplementação com proteína do leite e proteína de soja nos níveis de lipídeos em comparação com carboidratos em adultos saudáveis. Diversos estudos demonstraram que a proteína de soja reduz o LDL — "o mau colesterol" — e aumenta o HDL — "o bom colesterol"— , e traz benefícios para o coração.

A pesquisa incluiu 352 adultos saudáveis nos Estados Unidos, durante cinco anos. Os participantes do estudo receberam 40 gramas diárias de proteína de soja, proteína do leite e carboidratos durante oito semanas, em ordem randômica. As evidências são de que o consumo de proteína de soja em substituição à proteína animal reduz os níveis de colesterol sanguíneo e pode proporcionar outros benefícios cardiovasculares.

Os resultados foram publicados na versão online do European Journal of Clinical Nutrition (Revista Europeia de Nutrição Clínica).

Fonte Zero Hora

Seis dicas para emagrecer até o verão

Nutricionista recomenda dieta desintoxicante


A menos de dois meses do verão, a nutricionista Adriana Mikami garante que ainda dá tempo de correr atrás do prejuízo para perder os quilos extras ganhos no inverno. Para chegar lá, nada de dietas radicais. A base é uma alimentação saudável e equilibrada, acompanhada de atividades físicas regulares.

De acordo com Adriana, o que pode ajudar a diminuir alguns quilos e enxugar medidas até o verão é apostar em um cardápio desintoxicante. Trata-se de uma dieta leve, que prioriza frutas, vegetais e líquidos, com o objetivo de eliminar as toxinas. No entanto, ela ressalta que a perda de peso varia de pessoa para pessoa, pois cada um tem um tipo de metabolismo.

— Alguns conseguem emagrecer com mais facilidade, já outros diminuem o peso de forma mais lenta. Por isso é importante fazer um acompanhamento nutricional, em que o profissional elabora um plano alimentar individualizado de acordo com o perfil de cada um, sem deixar de lado as suas preferências alimentares — reforça.

A nutricionista dá seis dicas para uma dieta desintoxicante, que deve ser feita por dois dias na semana. Confira:

1. Beba água
Como o verão está próximo e o calor tende a aumentar, é importante ficar atento quanto ao consumo de água. Tome no mínimo 1,5 litro de água pura, que ajuda a hidratar o organismo, eliminar inchaços (muito comuns no verão) e auxilia na eliminação de toxinas. Outros líquidos também são bem-vindos, como sucos de fruta, água de coco, chás (como chá verde, branco, hibisco, cavalinha, que são chás diuréticos e ajudam a combater a retenção de líquido). Mas é importante ressaltar que sucos e chás não substituem a água.

2. Invista em frutas e legumes
Inclua alimentos que ajudam na desintoxicação do organismo: melancia, melão, maçã, pera, abacaxi, kiwi, tomate, brócolis, arroz integral, couve, mel, gengibre, canela, berinjela, hortelã, salsão. Dê preferência às saladas de folhas frescas.

3. Evite industrializados
No dia que fizer a dieta desintoxicante, evite alimentos industrializados, carne vermelha, refrigerantes, café, frituras, embutidos, enlatados, doces e salgados de padaria, fast foods, bebidas alcoólicas, alimentos ricos em açúcar, gordura e sódio.

4. Faça seis refeições
Faça de cinco a seis refeições, sendo que os lanches que intercalam as refeições principais devem ser leves, como frutas, gelatina, salada de fruta, castanhas, sucos. O importante é não ficar mais de três horas sem se alimentar.

5. Aposte em sucos
Prepare um suco desintoxicante batendo no liquidificador uma xícara de chá verde ou branco gelado, duas fatias de abacaxi, cinco folhas de hortelã e uma colher (sobremesa) de mel. Tome, de preferência, pela manhã, em jejum, ou no lanche.

6. Seja paciente
Tenha paciência e determinação. É melhor conquistar a boa forma gradualmente e conseguir mantê-la, do que emagrecer muito rápido e depois engordar tudo de novo.

Fonte Zero Hora

Portugal: Alunos com autismo sem terapias por "divergências financeiras"

Onze crianças com autismo, de uma escola de Leça da Palmeira, estão sem terapias desde Setembro, alegadamente devido a "divergências financeiras" entre Direcção Regional de Educação do Norte e Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo.

"O corte da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) entristece-me. Acho este caso escandaloso. Deram prioridade às actividades extracurriculares, como as artes plásticas, inglês, música e educação física, mas descuraram as terapias para as crianças autistas numa Unidade de Ensino Estruturado para alunos com Perturbação do Espectro do Autismo", declarou à Lusa Margarida Graça, mãe de uma menina de oito anos com autismo.

Margarida Graça lembra que as crianças com autismo praticamente "não falam" e "precisam ter terapia da fala e de ser ajudadas a atenuar os estereótipos".

A Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA) apoiou, durante um período de dois anos lectivos, crianças e jovens com perturbações do espectro do autismo na Escola Básica da Viscondessa, em Santa Cruz do Bispo (Leça da Palmeira).

O trabalho desenvolvido foi "benéfico para ambas as partes" [alunos e associação], mas "divergências financeiras entre a APPDA e a DREN, levaram ao cancelamento das terapias da fala e ocupacional este ano lectivo", confirmou à Lusa a direcção da APPDA, acrescentando que o valor atribuído para o ano 2011/2012 era "incomportável para o bom funcionamento do projecto".

O director do agrupamento de escolas básicas de Leça da Palmeira, Jorge Sequeira, contou à Agência Lusa, por seu turno, que a anulação das terapias na Escola Básica da Viscondessa deve-se ao facto da APPDA ter "rescindido o contrato que tinha com a DREN no final de Setembro, princípio de Outubro".

Jorge Sequeira assegurou, todavia, que há esforços em curso para recolocar terapeutas naquela instituição escolar. "Neste momento, estão a decorrer as diligências necessárias por parte da DREN para se proceder à colocação dos terapeutas", acrescentou.

A Associação de Amigos do Autismo (AMA) informou também que os estudantes com autismo das Unidades de Ensino Estruturado do distrito de Viana do Castelo e Braga, designadamente em Barcelos e Esposende, não estão a ter o apoio de psicologia, terapia da fala e terapia ocupacional desde o início do ano lectivo.

"Este apoio deveria estar a ser dado pelos Centros de Recurso para a Inclusão (CRI), mas até à data este [apoio] ainda não iniciou", lê-se num comunicado enviado esta sexta-feira pela AMA à comunicação social. A Lusa contactou a DREN, mas não obteve qualquer resposta.

Fonte Correio da manhã

Portugal: INEM admite dificuldade em localizar alguns pedidos de socorro


Instituto reconhece que em algumas situações é "extremamente difícil" localizar as ocorrências

O Instituto Nacional de Emergência Médica estudou a dificuldade em localizar os pedidos de socorro e concluiu que, num mês, há mais de 600 telefonemas em que é difícil definir o local das ocorrências.

"Pela primeira vez na história do INEM foi criado um indicador de monitorização de desempenho e feito um estudo - realizado relativamente a Setembro deste ano - para procurar quantificar uma dificuldade desde sempre sentida pelos operadores", refere o instituto, numa nota enviada à agência Lusa.

Do levantamento feito em Setembro, o INEM diz que houve 643 casos, em mais de 90 mil chamadas, em que se sentiu necessidade de contactar o local para apurar dados mais detalhados para encaminhar os meios de socorro.

"Em causa estão 0,7% das chamadas recebidas", resume o INEM, mas assegurando que o socorro nunca foi posto em causa e que em todos os casos o meio necessário foi imediatamente accionado enquanto decorria a confirmação da morada.

O instituto reconhece que em algumas situações é "extremamente difícil" localizar as ocorrências e apela aos cidadãos para que facultem toda a informação solicitada pelos operadores e que indiquem a localização exacta, sempre que possível com indicação de pontos de referência.

Entre as causas para a dificuldade de localização está o facto de a chamada encaminhada pelo 112 não chegar ao INEM georreferenciada, o cidadão fornecer uma localização errada ou incompleta ou o operador do atendimento ter dificuldade em registar a informação.

Outro exemplo é a existência de freguesias ou localidades com o mesmo nome mas em concelhos diferentes.

Estes dados do INEM são apresentados depois de o Sindicato Nacional de Profissionais de Emergência Médica ter alertado para o que considera ser uma diminuição da qualidade do serviço prestado na sequência de modificações na forma de atendimento de chamadas do INEM.

O sindicato considerou também que os dados sobre a dificuldade de localização de chamadas são preocupantes e que decorrem dessa alteração, o que é negado pela direcção do instituto.

Fonte Correio da Manhã

Portugal: Tabaco mata mais mulheres

Todos os anos surgem quatro mil novos casos de cancro do pulmão, que mata cerca de 3500 pessoas por ano. Esta doença oncológica tem vindo a afectar cada vez mais mulheres porque há mais fumadoras, revela António Araújo, presidente da Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão (Pulmonale).

Segundo o médico, o consumo de tabaco está directamente relacionado com o cancro do pulmão. Por isso, defende o agravamento do preço do tabaco e a proibição total do consumo nos locais públicos.

O preço do tabaco e o medo do cancro do pulmão são, aliás, os principais motivos que levam as pessoas a deixar de fumar, segundo um estudo que envolveu 536 entrevistas, realizadas em Setembro e Outubro de 2010.

Um em cada três fumadores não está interessado em deixar de fumar e o número de pessoas que assumem querer continuar a fumar é maior no Alentejo e no Norte.

A Pulmonale vai, entretanto, criar consultas de cessação tabágica. A primeira será realizada ainda este mês no Instituto Português da Juventude, no Porto. Para alertar para os malefícios do tabaco e incidência do cancro do pulmão decorrem este mês acções de informação.

Fonte Correio da Manhã

Portugal: Anónimo paga mão de Tomás

Tomás, o menino de três anos, do Porto, que nasceu sem a mão esquerda, vai receber em breve uma prótese mioeléctrica oferecida por um anónimo. A campanha de tampinhas que estava a decorrer em nome do menino vai agora reverter para outras duas pessoas

"Apareceu alguém que vai pagar a mão ao Tomás. É uma pessoa que me contactou directamente, mas quer ficar no anonimato. A prótese será colocada em breve", contou ao CM Raquel Mendonça, mãe do Tomás.

O menino nasceu sem a mão esquerda e estava a ser acompanhado desde os seis meses na Clínica Padrão Ortopédico, em Matosinhos, onde colocava as próteses de plástico. Este ano foi lançada uma campanha de recolha de tampinhas para ajudar o menino a receber a mão mioeléctrica. "Custa cerca de 8 mil euros. Em Junho precisávamos de 20 toneladas de tampinhas. Com a mudança dos preços, em Agosto já eram precisas 46 toneladas. Eu já não sabia o que fazer, porque só tinha cinco toneladas", lembrou a mãe.

Com a prótese garantida, Raquel Mendonça decidiu ajudar Hélder, sete anos, de Santarém, e Mário Carneiro, 54 anos, de Santo Tirso, que precisam de cadeiras de rodas. "Tinha 3660 euros na conta corrente do Tomás. O Hélder precisa de 1600 euros e o Mário de 2000. Fica tudo resolvido", disse, feliz.

Fonte Correio da Manhã

Mais filhos, não!


Tomas Beatie, de 37 anos, nasceu mulher, e manteve os órgãos reprodutivos ao mudar de sexo. Chocou o mundo em 2007 ao tornar-se o primeiro homem grávido... Nestes últimos quatro anos teve três filhos, mas agora, declarou, basta!

Fonte Correio da Manhã

Portugal: Brincar na rua reduz risco de miopia nas crianças

Para grandes males, por vezes não são necessários grandes remédios. É que, revela um estudo científico, o tempo que as crianças passam em brincadeiras ao ar livre pode ajudar a prevenir problemas de visão, como a miopia.

 Foi um hábito que a modernidade quase condenou. Mas é o regresso a um passado onde a rua era o espaço de eleição para as brincadeiras das crianças que defendeu um grupo de especialistas na reunião anual da Academia Americana de Oftalmologia, que se realizou durante a semana passada, na Florida. É que, consideram os médicos, mais tempo passado fora de casa está associado a uma redução do risco de miopia nas crianças e adolescentes.

Uma análise de oito estudos oftalmológicos recentes, que associam o tempo passado fora de casa e a miopia, em que participaram 10 400 jovens, comprovou que uma maior exposição à luz natural e que o tempo despendido a olhar para objectos mais distantes são factores a ter em conta na manutenção da saúde visual. E sobretudo importantes para afastar o fantasma da miopia, uma doença que afecta cerca de dois milhões de portugueses, muitos dos quais crianças.

Segundo Justin Sherwin, da Universidade de Cambridge, líder do grupo que levou a cabo a investigação, por cada hora adicional que os mais novos passam fora de casa todas as semanas, o risco de miopia cai cerca de 2%.

Apesar de não serem claras as razões, tudo indica que, mais do que realizar uma tarefa específica, é o simples facto de estar fora de casa que pode fazer a diferença. «Aumentar o tempo que as crianças passam na rua pode ser uma medida simples e sem grandes custos, mas com benefícios importantes para a visão e para a saúde em geral», referiu Anthony Khawaja, investigador da mesma universidade, a quem esteve a cargo a apresentação do estudo.

É, no entanto, ressalvou o médico, necessário mais trabalhos e mais informações, «que ajudarão a determinar quais os factores mais importantes: se o aumento da visão ao longe, se o uso reduzido da visão ao perto, se a exposição à luz natural ou se é a actividade física desenvolvida».

Fonte Destak

Portugal: Mesmo pouco álcool aumenta risco de cancro da mama

O consumo de três a seis copos de vinho por semana aumenta em 15 por cento o risco de cancro da mama, segundo um estudo cujos resultados são hoje divulgados no Journal of the American Medical Association (JAMA).
 
As mulheres que bebem mais, por exemplo, de uma média de dois copos de vinho por dia, veem esse risco aumentar para 51 por cento, em relação àquelas que nunca ingerem álcool.

Os investigadores constataram igualmente que consumir álcool entre os 18 e os 40 anos aumenta o risco de cancro mamário. O risco persistirá mesmo que as mulheres reduzam o consumo de bebidas alcoólicas após os 40 anos.

Os casos de embriaguez, mesmo que sejam pouco frequentes, aumentam ainda mais o risco de cancro da mama, já tendo em conta a existência de um consumo regular de álcool.

Esta investigação foi realizada com 105.986 participantes que foram acompanhadas entre 1980 e 2008, precisam os autores do estudo publicado no JAMA com data de 02 de novembro.

O objetivo inicial da pesquisa era medir o risco de desenvolvimento de um cancro da mama com metástases.

Durante o período do estudo, 7690 casos desse tipo de cancro foram diagnosticados entre os participantes.

Apesar de o mecanismo exato desta correlação entre o consumo de álcool e o cancro da mama permanecer desconhecido, uma explicação possível poderá ser que se trata dos efeitos do álcool sobre o nível de estrogénio que circulam no sangue, salientam os autores do estudo.

Fonte Destak

Portugal: Médicos com Contrato Individual de Trabalho garantem que proposta de OE vai criar "mais divisões no sector"

Os médicos com Contrato Individual de Trabalho (CIT) que ameaçam deixar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) por causa da proposta do Orçamento de Estado garantem que, se a mesma avançar, vai fomentar “mais divisões no sector”.

Em causa está o artigo 27º da proposta do Orçamento do Estado para 2012, o qual prevê que os novos CIT sejam equiparados aos da Função Pública.

“Trata-se de uma medida discriminatória para um grupo delimitado de profissionais e que provoca a desqualificação implícita de especialistas com vários anos de experiência”, lê-se no documento saído de um primeiro encontro destes profissionais, realizado na passada sexta-feira.

Estes profissionais - que criaram um grupo denominado CITUnidos, que conta já com 1.800 seguidores numa rede social – defendem “uma carreira única”.

Fontes deste movimento disseram à Agência Lusa que, se a proposta avançar, além das disparidades entre os actuais CIT e a Função Pública, será criada uma outra, com os novos CIT que irão “ganhar o mesmo que um enfermeiro”.

“Os novos CIT vão ganhar o mesmo que um enfermeiro”, pois ganharão “o mesmo que os da Função Pública, mas sem progressão de carreira”, lê-se no documento.

Segundo estes clínicos, “trata-se de uma medida discriminatória para um grupo delimitado de profissionais e provoca a desqualificação implícita de especialistas com vários anos de experiência”.

Os CITUnidos defendem “a aplicação de uma carreira médica única baseada na progressão e no mérito profissional”.

“A integração nessa carreira deverá ser objecto de uma regulamentação que tenha em conta as competências já adquiridas”, afirmam.

O movimento está a elaborar cartas e vai solicitar audiências com os sindicatos dos médicos, bem como uma audiência à tutela.

Fonte Destak

Triagem de HIV para adolescentes sexualmente activos

Triagem de HIV para adolescentes sexualmente activos | © DR
Todos os adolescentes sexualmente activos devem fazer o rastreio de HIV, disse a Academia Americana de Pediatria nesta segunda-feira numa nova declaração que amplia recomendações anteriores.

E em zonas com maiores taxas de infecção, todos os adolescentes com mais de 16 devem ser testados, acrescentou o grupo no seu comunicado.

Mais de 1,1 milhões de americanos estão infectados com o HIV, e 55.000 deles têm entre 13 e 24 anos de idade.

"Quarenta e oito por cento dos jovens que estão infectados não sabem que estão", disse o Dr. Jaime Martinez, da Universidade de Illinois em Chicago, que ajudou a escrever o novo relatório, publicado na revista Pediatrics.

"É importante perceber que aqueles que não sabem que estão infectados alastram a epidemia", disse à Reuters Health.

O HIV geralmente passa a Sida, na ausência de tratamento, mas novas drogas podem evitar que isso aconteça por muitos anos. E sabendo que está infectado também pode ajudar a diminuir a transmissão da doença para outras pessoas - um benefício que não é visto com o rastreio do cancro, por exemplo.

Hoje, muitos médicos oferecem apenas testes para pacientes que considerem em situação de risco, como prostitutas, viciados em drogas e homossexuais. Mas desde 2006, os Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças pediu a todos com mais de 13 para obter um teste de HIV, independentemente de factores de risco em áreas com muitos casos não diagnosticados.

A nova declaração é um pouco mais conservadora, disse Martinez, já que para pediatras pode ser desconfortável ter de testar adolescentes mais jovens. Ele acrescentou que no 12 º ano, mais de 60 por cento dos adolescentes dizem que são sexualmente activos - e que muitas vezes eles estão fazendo sexo sob influência.

Um teste de HIV custa cerca de $14(cerca de 10€), de acordo com Martinez, e é fiável mais de 99 por cento das vezes. Regra geral, menos de um por cento dos testes são alarme falso.

Martinez reconheceu que algumas pessoas podem ser tratadas sem abrigar o vírus, mas acrescentou que, mesmo se o primeiro teste for positivo, ainda precisa ser confirmado por um segundo antes de um diagnóstico ser feito - assim a probabilidade de tratar alguém por engano é muito reduzida.

"Espero que os pediatras se sintam confortáveis ao oferecer este teste", disse ele.

Mas nem todos os especialistas estão convencidos de que fazer uma triagem geral é o caminho certo.

Na semana passada, um grande estudo de hospitais franceses mostrou que mais de 1.000 adultos precisam ser testadas para o HIV para encontrar apenas uma nova infecção, fazendo com que os pesquisadores questionem os exames de rotina (ver artigo de 24 de Outubro de 2011 da Reuters Saúde).

O governo apoiado pelos EUA Preventive Services Task Force não faz recomendações ao público em geral sobre o exame HIV, embora obrigue grupos de alto risco a serem testados.

Dr. Jason Haukoos do Denver Medical Center está entre os críticos dos programas de rastreio.

"Há evidências razoáveis para apoiar triagem, mas não é claro qual será a melhor abordagem ", disse à Reuters Health.

Por exemplo, disse ele, ainda há dúvidas sobre o consentimento e a divulgação quando se trata de crianças. E não é claro quem pagaria para a triagem extra.

"A grande questão aqui é, não sabemos se é rentável", disse Haukoos.

Fonte Destak