Empresa de recrutamento ensina dicas para candidatos não cometerem gafes e erros na hora dessas avaliações Quando se participa de uma entrevista de emprego ou dinâmica de grupo, o profissional deve estar ciente que os recrutadores estão avaliando muito mais do que seu currículo ou experiência profissional. Nesses processos seletivos são avaliados também a postura, o comportamento e as atitudes de cada candidato. Principalmente quando existem semelhanças sobre as habilidades e as experiências profissionais entre candidatos concorrentes, o desempenho de cada um nessas avaliações torna-se fator decisivo na escolha do recrutador. Por isso, é muito importante que o candidato treine o que deseja falar e se prepare adequadamente para esses processos seletivos. Contudo, é muito comum ainda, que candidatos cometam erros e falhas nessas entrevistas ou dinâmicas de grupo. Há casos de que esses profissionais saem da avaliação ou de uma entrevista, sem ao menos saber que cometeram alguma falha durante o processo. Como uma forma de colaborar para os profissionais que estão enfrentando a maratona de algum processo seletivo, o Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios) selecionou os 10 principais erros que candidatos cometem nessas avaliações e revela dicas de como evitar cada situação. Confira: 1. Português Inadequado: Esse é um ponto muito importante. Falar e escrever corretamente, sem o uso de gírias, conta muitos pontos para o candidato. Procure não utilizar vícios de linguagem como "né" e "tipo". Fale com calma para sua pronúncia ser correta e não soltar, por exemplo, um "tamém" ao invés de também. Caso perceba o seu erro, corrija-se, pois dessa forma o entrevistador sabe de seus conhecimentos. 2. Vestimenta: Saber se vestir é primordial. Decotes, roupas curtas ou justas, calças muito baixas mostrando as roupas íntimas e camisetas de times devem ficar guardadas para outras ocasiões. Evite roupas sujas e amassadas e aposte em cores neutras como preto, marrom, bege e branco. Quando receber a ligação sobre a vaga, pergunte qual o tipo de traje adequado. Nem todas as vagas exigem o uso de roupas sociais. Na dúvida é melhor estar bem trajado, pois demonstra sua preocupação com o momento. Os sapatos devem estar limpos e não muito velhos. 3. Falta de Ética: Falar mal sobre pessoas e empresas pelas quais você passou não é bom para sua imagem. É antiético citar exemplos negativos, principalmente quando o candidato não está envolvido no episódio. A história pode soar como fofoca e esse não é um comportamento esperado no ambiente corporativo. 4. Postura corporal: Sentar-se com postura "largada", ombros caídos, pés inquietos e batendo no chão, olhar disperso e mãos segurando a cabeça demonstrando tédio podem fazer você ser desclassificado. O corpo transmite muitas mensagens e os entrevistadores estão prontos para entendê-las. Então, tenha postura correta, mas não force gestos e expressões faciais. 5. Conversas: Evite conversas paralelas quando o facilitador ou os candidatos estiverem falando. Isso denota falta de respeito com o outro e você pode perder explicações importantes sobre o processo seletivo. Tome cuidado quando for responder uma pergunta. Seja claro e objetivo, porém saliente como pode contribuir caso seja o escolhido. 6. Mentiras: Jamais invente cursos ou experiências em seu currículo ou entrevistas. Você poderá ser testado e, caso a empresa perceba a informação incorreta, pode finalizar a participação do candidato tanto na dinâmica, quanto após a contratação. Se não tiver conhecimentos nas áreas solicitadas, mostre seu interesse em aprender. 7. Falta de conhecimento: Procure saber sobre a empresa e o ramo na qual ela atua. Visite sites e faça buscas na Internet. Assim você poderá ter mais idéias de como ela se posiciona no mercado e mostrará interesse ao entrevistador. Não pergunte sobre salários e benefícios no início da conversa. Isso demonstra o interesse maior no dinheiro e não na oportunidade. Porém, se não ficar claro, aborde o assunto antes de finalizar o encontro. 8. Atrasos: Chegar depois do horário não é bom para sua imagem. Calcule o tempo necessário para chegar ao local e conte com os imprevistos. Pesquise se na região há obras ou previsão de chuvas e saia mais cedo nesses casos. A impressão dos candidatos que se atrasam é de falta de comprometimento. Comparecer com 15 minutos de antecedência é o indicado para relaxar antes do início da entrevista. 9. Falta de postura corporativa: As dinâmicas são um momento de avaliação. Evite conversas não relacionadas com a atividade executada. Dar gargalhadas, criticar os demais participantes ou fazer piadas em excesso não são comportamentos esperados pelo selecionador. Também não queira sempre impor suas idéias, mostre sua capacidade de compreensão quando necessário. 10. Falta de participação: Você foi chamado para uma dinâmica de grupo e quer a vaga? Então participe ativamente de todas as atividades. Apenas tome cuidado para não falar demais e deixar os outros candidatos sem espaço. Mostre que você sabe trabalhar em equipe e dê a oportunidade de outras pessoas também se expressarem. De acordo com Natália Caroline, coordenadora de seleção do Nube, essas dicas são preciosas para quem procura uma oportunidade. "Utilizando esses conhecimentos, com certeza o candidato aumentará sua chance de aprovação em um processo seletivo e de ter mais sucesso em sua carreira", afirma. http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/confira-os-10-principais-erros-que-profissionais-cometem-em-entrevistas-e-dinamicas/33989/
segunda-feira, 21 de março de 2011
Cansaço e descontentamento confundem profissionais e comprometem resultados
Tentar fazer uma distinção entre as duas características permite que o profissional saiba o está acontecendo com a sua carreira Ficar cansado após um dia inteiro de trabalho é bem comum e natural, principalmente em áreas e empresas nas quais a pressão faz parte da rotina. Mas quando o cansaço começa a ser constante, ele pode indicar um sintoma de algo maior e mais perigoso para o desenvolvimento do profissional: o descontentamento. Saber se a demora para se levantar de manhã, os atrasos, a perda de prazos, a visão pessimista do ambiente do trabalho, dos colegas e dos líderes são reflexos de um período de estafa ou se são fatores que indicam a insatisfação profissional pode não ser fácil, pois as duas características ora se completam ora caminham juntas, lado a lado. Por isso, tentar fazer uma distinção entre o cansaço e o descontentamento auxilia os profissionais a entenderem o que está acontecendo com a sua carreira e a traçar estratégias para reverter o quadro. “O cansaço é mais sintomático, porque é a energia que você gasta. Já a motivação é algo que nunca passa, porque ela vem de dentro”, acredita o gerente de Projetos em Desenvolvimento de Pessoas do Idort-SP, Danilo Afonso. Por mais que a rotina no trabalho seja cansativa, suportá-la, mantendo o humor e o bom ritmo, fica mais fácil quando se gosta do que faz, da empresa e do ambiente. A diretora-presidente da Projeto RH, Eliane Figueiredo, afirma que os profissionais devem ficar atentos às duas características, uma vez que tanto uma quanto a outra afetam o rendimento no trabalho. “Eles geram uma mudança de comportamento desse profissional”, afirma Eliane. O que está acontecendo E como saber se o que se tem é cansaço ou se o profissional está mesmo é descontente? Para os especialistas consultados, o profissional deve olhar para si mesmo antes de responder a pergunta. “Basta uma reflexão para ele perceber o que está havendo”, ressalta Eliane. “Ele precisa tentar mapear as causas”, ressalta. A partir das causas, é possível traçar um “diagnóstico” do problema. E suas possíveis soluções. Afonso explica que, de maneira geral, o cansaço é gerado por fatores externos. Ele é consequência de diversas situações. Muitas vezes, a empresa passa por um momento no qual são exigidos maiores esforços dos colaboradoras. Às vezes, os projetos ficaram maiores e mais numerosos. Sem contar que existem casos em que os próprios profissionais atraem para si mais trabalho. “Quando o profissional quer ser o herói da equipe, ele vai ficar cansado”, resume Afonso. Ele explica que o próprio mercado de trabalho, cada vez mais competitivo, estimula esse tipo de comportamento. Mas essas situações devem ser pontuais, ou se prolongar por períodos curtos. Caso contrário, o que poderia ser resolvido com férias pode culminar em demissão, devido aos resultados fracos que um profissional cansado pode gerar. Diferente do cansaço, o descontentamento indica que os fatores externos não estão alinhados com os fatores internos – com os objetivos de carreira e de vida dos profissionais. Se situações de alto nível de estresse persistem na rotina de trabalho, geram ainda mais estresse e mantêm os profissionais em um estado de irritação por longos períodos pode ser que o cansaço tenha se transformado em descontentamento. “É um ciclo que se retroalimenta”, afirma Afonso. “E é preciso cortar esse ciclo”, diz. Revertendo o quadro Se, depois de refletir sobre as causas e o diagnóstico, ainda não estiver muito claro para você, talvez seja o momento de se fazer uma pergunta mais prática: você tem mais dias bons que ruins no trabalho? “Se a resposta for sim, talvez o que o profissional sinta agora seja, de fato, um cansaço. Se a resposta for não, ele pode estar descontente”, acredita Afonso. Para o cansaço, existe uma série de possibilidades de reverter esse quadro. De uma reorganização da rotina a ano sabático. “Se for um cansaço gerado por uma situação pontual, a entrega de um relatório, por exemplo, é fácil de resolver”, afirma Eliane, da Projeto RH. “Se ele é gerado pelo próprio perfil do profissional, a mudança pode levar algum tempo”, diz a especialista. “Agora se for um descontentamento, talvez esteja na hora de mudar”, ressalta Eliane. Para saber o que é preciso fazer quando se está descontente, a resposta dependerá de cada profissional. “Ele precisa pensar o que ele pode fazer para mudar essa situação”, diz. Ao buscar um caminho para tentar reverter os quadros, o profissional também pode buscar auxílio no líder. “O líder não pode chegar interpretando o que está havendo com o profissional. A posição mais correta é ele perguntar o que está acontecendo”, completa Eliane. http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/cansaco-e-descontentamento-confundem-profissionais-e-comprometem-resultados/43461/
Na hora da avaliação, líderes devem ser observados de forma distinta
Reflexo do líder na equipe é muito grande, sendo que a forma como ele lidera pode impactar tanto positiva como negativamente nos resultados A avaliação, bem como o supervisionamento, de profissionais em cargos de liderança devem receber tratamento diferenciado daquele dispensado aos profissionais que ocupam cargos de menor nível hierárquico, indo muito além da assiduidade, pontualidade e domínio da função. Isso porque, explica a diretora de Recursos Humanos da Trevisan Outsourcing, Priscila Soares, o reflexo do líder na equipe é muito grande, sendo que a forma como ele lidera pode impactar tanto positiva como negativamente nos resultados da equipe. Avaliação Ainda segundo Priscila, a avaliação de profissionais em cargos de liderança deve ser dividida em quatro frentes: liderança, gestão, fatores interpessoais e fatores conceituais. No primeiro caso, diz ela, é observado se o profissional possui poder de negociação, inteligência emocional e pensamento estratégico. Além disso, é observado se a pessoa sabe delegar, formar sucessores e se possui adaptabilidade às diferenças dos profissionais que formam sua equipe, sabendo desenvolver o melhor de cada um. Quando o assunto é gestão, a operação do negócio, planos, implementação de projetos, gerenciamento do tempo e familiaridade na área de TI (Tecnologia da Informação) são os itens que mais pesam. Já nos fatores interpessoais e conceituais, o gerenciamento da diversidade, conflito e formação de redes sociais são os mais importantes no primeiro quesito; enquanto que o fomento à inovação, a análise de problemas e as decisões alternativas são os que mais pesam no segundo. Supervisão No que diz respeito à supervisão, Priscila explica que enquanto o ponto de controle de profissionais que ocupam menor nível hierárquico se dá de forma minuciosa, com foco nos detalhes, no passo a passo das tarefas; com os líderes, o controle é feito de outra forma. Na opinião dela, neste caso, é preciso observar os relatórios e as reuniões de governança, nos quais pode-se observar o desempenho da área, a evolução do processo, os resultados e as principais dificuldades. http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/na-hora-da-avaliacao-lideres-devem-ser-observados-de-forma-distinta/43506/
Comportamento Organizacional
1.Importância das organizações no mundo moderno. As organizações exercem uma função considerável na vida do ser humano por que modelam o comportamento dos respectivos membros, pois podem influenciar as necessidades e motivos dos indivíduos em diferentes organizações, ou em grupos na mesma organização, incentivarem a produtividade, bem como respostas rápidas as estratégias administrativas variadas. Caracterizam-se pela sua complexidade e o seu empenho em superar as pressões sociais, econômicas , culturais,tecnológicas e políticas. 2.Conceito de CO. Comportamento Organizacional consiste no estudo sistemático do comportamento humano focando ações e atitudes dos indivíduos, grupos no ambiente das organizações. No intuito de alcançar produtividade, reduzir o absenteísmo e a rotatividade e promover a cidadania organizacional. 3.Propósitos As finalidades do comportamento organizacional correspondem a explicação, previsão e controle do comportamento humano. A explicação refere-se a identificação das causas ou razões que impulsionaram determinados fatos/acontecimentos/fenômenos. A previsão está direcionada para eventos futuros estabelecendo os resultados alcançados através de uma ação específica. O controle apresenta-se como um objetivo controverso, pois há em si uma dificuldade em monitorar o comportamento do ser humano, o qual é integrante fundamental nas organizações. O controle implica na contribuição mais valiosa que o comportamento organizacional acarreta para o trabalho gerando eficácia. 4.Características Identificadas.*Elemento de importância crescente na formação do administrador (Visão da administração como processo: Estudo de pessoas, grupos e interações nas estruturas organizacionais e interorganizacionais). *Uma ciência aplicada. *Engloba conceitos de psicologia, sociologia e administração entre outras disciplinas. *Representa a convergência gradual das diversas escolas de pensamento. *Abordagem integrativa: Combinar o desenvolvimento técnico/conceitual (cognitivo) com um aprendizado natural (habilidades interpessoais). *Voltada para quatro tipos de comportamento:Produtividade,absenteísmo,rotatividade e cidadania organizacional. *Preocupada com a satisfação no trabalho atrelada a eficiência e a eficácia. 5.Variáveis As principais variáveis são: Estrutura, clima e cultura organizacional, ambiente de trabalho, planejamento, habilidades interpessoais. 6.Principais oportunidades e desafios no uso dos conceitos. *Aumentar a produtividade e a qualidades dos produtos de uma empresa(GESTÃO DA QUALIDADE:Satisfação constate do cliente mediante o aprimoramento contínuo de todos os processos organizacionais). *Melhoria das habilidades humanas:Motivação,liderança, treinamento, satisfação com trabalho, avaliação de desempenho,comunicação eficiente,etc. *Administrando a diversidade da força de trabalho: Um dos desafios mais importantes e abrangentes . Diz respeito à raça,etnia , sexo dos participantes, mulheres, negros,deficientes físicos,idosos, e homossexuais. *Respondendo à globalização: Aprender a trabalhar com pessoas em diferentes culturas(Qualificação, compreensão cultura e adaptar o estilo de gerenciamento a sua cultura). *Fortalecendo as pessoas: Emporwement - Fortalecimento dos funcionários, equipes autogerenciadas . *Estimulando a inovação e a mudança: Organizações Bem sucedidas precisam encorajar a inovação e dominar a arte da mudança para expressar sua competitividade , ou estarão fadadas à morte. Os funcionários de uma empresa podem ser a mola propulsora da inovação e da mudança ou podem ser uma barreira poderosa contra elas. O desafio enfrentado pelos executivos é estimular a criatividade e a tolerância à mudança. O estudo do comportamento organizacional oferece muitas idéias e técnicas para ajudar na realização desse objetivo. *Lidando com a “temporariedade” : Os executivos e os funcionários de hoje precisam aprender a lidar com a temporariedade, bem como a conviver com a flexibilidade, a espontaneidade e a imprevisibilidade, o estudo comportamento organizacional pode fornecer dicas importantes para o entendimento de um mundo profissional em mudança contínua para a superação da resistência à inovação e para a criação de uma cultura organizacional voltada para ela. *Ajudando os funcionários a alcançar o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional:Atenuar a confusão entre a vida profissional e a pessoal. teletrabalho, maior flexibilidade para q possam compatibilizar os assuntos profissionais e pessoais. Comportamento organizacional concede diversas sugestões para orientar o planejamento de ambientes de trabalho q ajudem o administrador a enfrentar esses conflitos. *Declínio da lealdade dos funcionários: Terceirização, alterações na remuneração,entre outros contribuíram para reduzir a lealdade dos funcionários. *Desafio importante no comportamento organizacional: motivar trabalhadores e manter a competitividade global das orgs. *Melhorar o comportamento ético: Criar um clima eticamente saudável para seus funcionários no qual eles possam realizar seu trabalho com produtividade e confrontando o mínimo de ambigüidade em relação ao que se constitui em comportamentos certos ou errados. Considerações: *Estudo do comportamento organizacional importante para o gestor geral. *O gestor de Rh deve estar atento ao comportamento organizacional. *O foco do comportamento organizacional : Ser Humano Uno e Múltiplo *Evolução do mundo+ Evolução dinâmica e gradativa das organizações = Comportamento Organizacional Fonte: Graduação. http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/comportamento-organizacional-principios/13911/
Diplomas médicos de universidades estrangeiras serão revalidados
por Saúde Business Web 21/03/2011 Exame será aplicado pelo Inep com colaboração de representantes dos ministérios da Educação, Saúde e Relações Exteriores Os ministérios da Saúde e da Educação estabeleceram a realização do Exame de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por universidades estrangeiras. A informação foi publicada na Portaria Interminesterial, na última sexta-feira (18). O exame será aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em colaboração com a subcomissão de Revalidação de Diplomas Médicos, da qual participam representantes dos ministérios da Saúde, Educação e Relações Exteriores, Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais do Ensino Superior (Andifes) e Inep. Após a publicação da portaria, o próximo passo será a divulgação pelo Inep do edital com o cronograma e os prazos para adesão das instituições e inscrição dos candidatos. As universidades públicas interessadas em aderir ao exame firmarão Termo de Adesão com o Ministério da Educação. Poderão inscrever-se, os candidatos que tenham diploma expedido no exterior, em curso reconhecido pelo ministério da Educação ou órgão correspondente no país. O edital também definirá os locais onde a prova será aplicada. A avaliação será realizada em duas etapas, sendo a primeira constituída de prova teórica e a segunda de prova prática de habilidades clínicas. O exame será feito a partir da Matriz de Correspondência Curricular, documento elaborado pela subcomissão de revalidação tendo como referência as diretrizes curriculares nacionais do curso de medicina no Brasil. A elaboração de um novo modelo para a revalidação dos diplomas obtidos por estudantes em universidades estrangeiras teve início no ano passado a partir de um projeto piloto do qual participaram 25 universidades públicas de ensino superior do País. Inscreveram-se no projeto piloto 628 candidatos com diplomas oriundos de 32 países. Atualmente, os alunos formados em medicina em universidades de outros países precisam revalidar seus diplomas em alguma instituição pública de ensino superior. O processo, porém, é moroso e não padronizado, já que cada instituição adota um procedimento próprio. A expectativa é de que, com o exame nacional, o processo seja agilizado num intervalo de seis meses a um ano. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=76753
A saúde pública e o vírus da hipocrisia
Por Odilon Soares da Silva Jr.
Em recente matéria publicada pela revista CartaCapital, um notável médico, reconhecido por sua capacidade técnica e vasta experiência na área da administração pública, defendeu como remédio para a doença da saúde pública no país, um sistema que, licenciosamente, decidi batizar de híbrido. Funcionaria mais ou menos assim: os hospitais públicos assistiriam aos pacientes particulares e titulares de convênios médicos, como meio de custear o atendimento aos pacientes do SUS. À primeira vista, a proposta defendida recorrentemente por administradores do setor, e que, conta com o adesismo precipitado de muita gente boa, parece singela, lógica e até mesmo atraente. Entretanto, uma análise mais cuidadosa, desnuda a escassez de princípios que a permeiam. Acomodar um paciente conveniado, cujas demandas de conforto e atenção vão muito além daquelas decorrentes da doença em si, sob o mesmo teto que um paciente que até então, não tem recebido dos SUS, nem mesmo os ditames básicos de salubridade, é tarefa complexa. E mais, um mesmo profissional de saúde (médico, enfermeira, etc.), invariavelmente remunerado de forma indigna, teria que dividir seu tempo entre essas duas categorias de pacientes, ainda que, não disponha de tempo para realizar suas funções de modo ao menos aceitável. Porventura, deveria priorizar os da primeira classe, deixando os demais em situação ainda mais precária? Como conciliar interesses tão díspares? Equiparar o nível de atenção e conforto ao dos pacientes conveniados, e até mesmo ultrapassá-lo, é uma necessidade, porém, improvável, diante da atual precariedade de custeio. Demandaria decisão política e grande investimento. Contudo, há uma opção: mandar às favas o princípio da equidade, básico para a justiça – inclusive previsto nas diretrizes do SUS, e criar dentro do caos dos hospitais públicos, uma seção hospitalar tipo primeira classe: limpa, organizada, minimamente decente, capaz de atrair os lucrativos clientes. Sinto-me compelido a relatar humildemente minha experiência. Como estudante de medicina de universidade pública, pude testemunhar este tipo de política de gestão da saúde. E o que vi, foi uma situação absurda: pacientes dos SUS no andar de baixo, depositados em colchões num chão imundo, desamparados, desassistidos, ou assistidos por um interno (estudante de medicina do 6ºano) ou residente (médico recém-formado cursando especialização); estes por sua vez, também desassistidos. E onde estavam os preceptores? Ou não estavam, ou estavam no andar de cima. O andar de cima era a ala dos convênios e particulares. Mais limpa e organizada, climatizada e bem maquiada. Na recepção podia-se avistar uma secretária de “boa aparência”, educada – sem a impaciência peculiar daquela do andar de baixo – solícita à espera dos desejados clientes. Desejados também pelos médicos, pois assim, conseguiam auferir um dinheirinho a mais, um pouco menos suado. Lá havia medicamentos – os mesmos que estavam em falta no andar de baixo – e outros também, de última linha. Os exames complementares eram realizados em tempo hábil, mesmo que, para isso, fosse necessário desbancar um paciente da 2ª classe. O médico, o enfermeiro (isso mesmo, havia “enfermeiros formados”!) pareciam mais dispostos. Contrariando o estereótipo do funcionário público, os técnicos da radiologia não faziam corpo mole, haja vista que o professor doutor, chefe do setor, também lhes dava emprego em serviço privado no turno seguinte – apesar de impedidos legalmente, de trabalharem por mais de 24 horas semanais, graças à periculosidade. Quando algum equipamento quebrava, surpreendentemente, rápido aparecia alguém interessado em concertar – ao contrário do que ocorria no andar subjacente; ainda que, o andamento a contento do serviço incorresse em competição com os lucros do serviço externo, propriedade do acima citado ”professor doutor”. A perda seria compensada pelos rendimentos adicionais que o esquema lhe garantiriria. Enfim, o andar superior era o céu, em contraste com o inferno, ali, bem pertinho, no andar de baixo. Obviamente, tudo se dava “para o bem dos que não podiam pagar”, insistiam os prosélitos do modelo, em cujas testas era possível vislumbrar o pensamento de que os pagantes, involuntariamente, dedicavam ao demais, ato de verdadeira beneficência. Falta dinheiro para o financiamento da saúde pública. Acredito, porém, que não será por esse meio que o imbróglio será resolvido. Os meios clássicos de arrecadação e sustento estatais são bem conhecidos. Se, porventura, um governo qualquer, pretende que o Estado ingresse para o ramo dos negócios lucrativos, como forma de autofinanciamento, é fácil inferir, que há setores mais adequados: menos complexos, de gestão mais simples, de lucro maior e menos suscetíveis a percalços de natureza ética. Poder-se-ia investir em bancos, siderúrgicas, empresas de petróleo e telecomunicações; negócios bastante lucrativos – mesmo em épocas de vacas magras – que têm sido sistematicamente repassados à iniciativa privada. Se a privatização foi boa ou ruim, é outra discussão. O negócio da saúde não deve ser dos melhores. Tome-se como exemplo, os famosos e caros hospitais paulistas, que não atendem o público em geral, mas que invocam em nome da viabilidade financeira, benefícios tributários concedidos pelo Estado. Para justificar a atestada utilidade beneficente, que dá direito a tais vantagens, estas instituições utilizam-se de expedientes discutíveis, tais como, doar e manter aparelhos, frequentemente obsoletos, em unidades de atendimento público. O ciclo assim se fecha: o Estado, através da renúncia fiscal, proporciona a compra do aparelho novo pela instituição beneficiária, que o utiliza no atendimento privado, e o devolve ao serviço público quando for sucata. Causa espanto constatar: os que defenderam a privatização de setores nos quais o Estado brasileiro operava – e que ao menos potencialmente eram lucrativas – em contrário não teriam encontrado compradores; que defendem a terceirização de serviços essenciais, caros à sociedade, e por isso, historicamente de atribuição estatal – são os mesmo que defendem esse processo híbrido de estatização e concomitante privatização. Ou seja, o estado encamparia espaço do famigerado mercado da saúde, hoje ocupado pela iniciativa privada, e, para isso, privatizaria parte do serviço e da estrutura que atualmente tem finalidade pública. A proposta, em resumo, significa fazer um “puxadinho” dentro do hospital público; uma “lojinha” arrumada para atender os clientes que dão lucro, estabelecendo-se assim, uma relação promíscua e predatória entre a coisa pública e a privada - marca do Estado brasileiro - em que aquela é sempre engolida por esta, sob o pretexto apriorístico de salvá-la. Parece-me, no mínimo, um exercício inócuo de conciliar interesses conflituosos, irreconciliáveis. Se alguém puder, por favor, convença-me do contrário. Ainda ocorre-me que, a maior ameaça do setor público, como se pode linearmente imaginar, não são as privatizações; estas correspondem a atos resignados diante do fenecimento progressivo da iniciativa do Estado em prover o bem comum, e por desilusão, despedaçá-lo e distribuir-lhe as partes, porém preservando-lhe o espírito. As poções de privatização, quando prescritas como remédio a serviços essenciais, que pela natureza são incompatíveis com as idiossincrasias do mercado, transfiguram-se em receita venenosa. E pode até mesmo matar um ou outro paciente, contudo se não o faz, permite-lhe que restabeleça o vigor,quando não o torna ainda mais forte, imune a uma próxima investida. Penso que, o maior e mais primitivo dos males que corrói as vísceras do Estado, é o serviço público ruim, etiopatogenia de todos os demais, originado na gestão corrompida e ineficiente, freqüentemente negligenciada pelos pretensos defensores do Estado forte. Recuperá-lo, todavia, passa através de novas e boas propostas: eficazes, transparentes, republicanas e genuinamente públicas. http://www.cartacapital.com.br/saude/a-saude-publica-e-o-virus-da-hipocrisia
Médicos - Desigualdade na escassez
Dados do Conselho Federal de Medicina mostram que possuímos no País 340 mil médicos, o que para uma população de 190 milhões representa 1,78 médicos para cada mil habitantes, número insuficiente quando comparado com os 2,6 nos Estados Unidos, 3 na Argentina, 3,2 na Europa Ocidental, 3,8 em Portugal e 6,6 por mil habitantes em Cuba. A necessidade de apenas um por mil habitantes é anterior aos anos 60, quando dois terços da população viviam no campo. A conclusão é que faltam médicos, deixando largas parcelas da população de baixa renda com acesso limitado a esse profissional. Essa deficiência é agravada pela distribuição dos médicos no território nacional. Mais da metade encontra-se nas capitais, enquanto nessas cidades vive apenas 20% da população. Isso pode levar à conclusão de que, nas capitais, o número de médicos é suficiente. Quando se verifica que Vitória possui um médico para 127 habitantes (7,8/mil), Recife tem um médico para 213 habitantes (4,7/mil), Porto Alegre um médico para 180 habitantes (5,5/mil), São Paulo um médico para 312 habitantes (3,2/mil), a conclusão de que as capitais estão bem atendidas parece correta. Ocorre que a concentração de médicos acompanha, aproximadamente, a distribuição dos hospitais. E quando analisamos, por exemplo, na capital de São Paulo a disponibilidade de leitos hospitalares salta à vista a desigualdade da distribuição. Em 1999, fizemos um levantamento juntamente com Vivaldo Luconti, da Fundação Seade. A cidade de São Paulo, à época com 10 milhões de habitantes, estava dividida em 96 distritos. Nos 25 distritos da área mais rica e mais antiga da cidade, onde moravam 1,8 milhão de pessoas, existiam 13 leitos por mil habitantes. Assinala-se que 3/1.000 é número considerado adequado. Nos outros 71 distritos, onde viviam 8,2 milhões de habitantes, existia 0,6 leito para cada mil habitantes. E em 39 distritos desse total, com 4 milhões de habitantes, não existia nenhum leito, zero. Esse panorama encontra-se em praticamente todas as grandes cidades e áreas metropolitanas no País. Ficam, por isso, grandes parcelas da população, mesmo nas capitais, sem o acesso a médico. Se a isto associarmos municípios de áreas mais carentes ou longínquas, onde não existem médicos, fica claro que alguma coisa deve ser feita. Desde 1996, decidiu-se aumentar o número de cursos médicos. De, aproximadamente, 9 mil vagas, hoje ultrapassamos 15 mil e o número de faculdades, que era de 82, ampliou-se para 180. Entretanto, isso não foi acompanhado de melhora da distribuição de médicos, pois eles não estão sendo preparados para cuidar da população, mas para disputar vagas em residência médica. Embora tenha aumentado o número de vagas para residência, de um lado, ela não comporta todos os formados e, de outro, serve mais para encaminhá-los às especialidades médicas, que se concentram nos grandes hospitais, e não para cuidar da população carente, sem a utilização da moderna tecnologia, agravando, em vez de minorar, a desproporção da distribuição. Por outro lado, alunos que pagam mensalidades superiores a 3 mil reais, chegando a 6 mil reais, não se disporiam a trabalhar em áreas carentes. O Hospital Santa Marcelina, em São Paulo, ofereceu 16 vagas para residência em Saúde da Família. Apareceu apenas um candidato. Desde 1995, o País implanta o programa de Saúde da Família, que já recrutou mais de 250 mil agentes comunitários e compôs cerca de 30 mil equipes de Saúde da Família, existindo em 93% dos municípios brasileiros, cobrindo mais de 85 milhões de habitantes. O programa precisa ser duplicado e, se hoje há dificuldade para aliciar médicos, trabalhando em regime de tempo integral junto à população, seria impossível cobrir a nossa necessidade, mantendo o esquema que temos hoje. É preciso que os quase 16 mil médicos graduados por ano sejam preparados para atender a população sem necessidade de usar a alta tecnologia, reservada aos casos mais complexos e, esses médicos, incorporados no seio da população. A prática dos últimos 20 anos tem demonstrado que a estratégia que utilizamos não conseguirá mudar a situação, pois na verdade estimulam a especialização, que agrava a concentração. É preciso inovar e nesse campo significa propor medidas para corrigir, em prazo relativamente curto, o problema da distribuição dos médicos. Essa inovação passa pelo ensino médico, que não pode ser entendido como um negócio ou fonte de prestígio para entidades ou municípios, mas como a maneira de criar profissionais que venham resolver problemas que exijam uma resposta capaz de minorar os problemas da população. Como todos os estados têm faculdades de medicina, alguns até com excesso de vagas, talvez fosse o momento de se criarem estágios de um ou dois anos no estado no qual se graduaram, prestando serviço no programa de Saúde da Família, como pré-requisito para residência médica. Dessa forma, os que terminarem o curso médico, em vez de se prepararem para prestar concurso para residência, se preparem para atender às situações mais frequentes que afetam a população. Isso significaria, em dois anos, poder criar mais de 30 mil equipes de Saúde da Família, cobrindo o déficit de acesso da população. Simultaneamente, criar ambulatórios de especialidades ou unidades de pronto-atendimento, para dar cobertura aos médicos de família e permitir que eles tenham acesso a leitos hospitalares o mais próximo possível da residência de seus pacientes. Programa dessa magnitude exige um aporte de recursos, que, se não for mobilizado, impede que se fale em prioridade para a saúde. Desde 1980, os profissionais de saúde apontam caminhos. Até hoje, embora convivendo com autoridades dos três níveis que sempre proclamaram prioridade para a saúde, o problema, apesar de conquistar algumas vitórias, deixa muito a desejar. E isso porque saúde nunca foi prioridade. *Adib Jatene é médico e ex-ministro da Saúde nos governos Collor (1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995-1996). http://www.cartacapital.com.br/saude/desigualdade-na-escassez
Falta de carboidratos afeta funcionamento do cérebro
Dieta com baixa ingestão do nutriente prejudica o humor e a capacidade de raciocínio Uma das primeiras medidas de quem deseja emagrecer é cortar os carboidratos da alimentação. De fato, funciona para perder pedo. O resultado logo aparece na balança porque carboidratos são fontes de energia e, sem elas, o corpo vai queimar suas reservas. Mas outras consequencias são muito prejudiciais. Apesar do aparente sucesso, essa estratégia para emagrecer acarreta dois problemas. Primeiro, o emagrecimento não é saudável. “Se a quantidade ingerida de carboidrato for muito pequena (como ocorre na dieta da proteína), o corpo entra em gliconeogênese e usa massa magra como fonte de energia”, alerta a nutricionista Adriane Antunes de Moraes, professora da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Além disso, falta de carboidratos pode deixar a pessoa de “cara fechada”. A nutricionista explica que o nutriente afeta a produção de serotonina, um neurotransmissor capaz de influenciar o humor. “Quando os níveis de serotonina caem de forma abrupta, o mesmo acontece com o humor e com a capacidade de raciocínio, deixando você mais propenso a se entupir de carboidratos e a dormir de modo irregular.” A explicação é dada pela nutricionista norte-americana Elizabeth Somer, em seu livro “Coma e seja feliz”. http://saude.ig.com.br/alimentacao/falta+de+carboidratos+afeta+funcionamento+do+cerebro/n1596820953741.html
Origem do Alzheimer pode estar no fígado, não no cérebro
Estudo realizado em camundongos defende que proteínas podem iniciar doença Um estudo sobre o Alzheimer realizado pelo Scripps Research Institute, uma das maiores organizações não-governamentais de pesquisa do mundo, propõe uma mudança radical na compreensão e tratamento da doença neurológica. De acordo com a pesquisa, a fonte das proteínas beta-amiloides, que se acumulam no cérebro e estão associadas ao mal, não é o cérebro, mas o fígado. Publicada no periódico científico The Journal of Neuroscience Research, a pesquisa usou camundongos geneticamente modificados a fim de identificar os genes ligados à produção de beta-amiloide acumulada no cérebro. Descobriu-se que três genes cumprem essa função. Quanto menor a expressão (capacidade de produção da beta-amiloide) desses genes no fígado, maior a proteção ao cérebro. Isso significa que, a cada ação dos genes no organismo, mais proteínas são fixadas no cérebro. Um desses três genes é ainda o responsável por codificar a presenilina, uma proteína da membrana celular que contribui para o desenvolvimento do Alzheimer. Para os cientistas do Scripps Research, a descoberta pode impulsionar um novo tipo de tratamento. "Essa descoberta promete ser o primeiro passo na simplificação dos desafios que encontramos para o desenvolvimento de novas terapias contra a doença", diz Greg Sutdiffe. De acordo com um recente relatório preparado pela Associação Americana de Alzheimer, a ausência de tratamentos efetivos do mal pode provocar gastos em cuidados gerais com os pacientes superiores a 20 trilhões de dólares em 2050 (cerca de dez vezes o produto interno bruto do Brasil). Medicação – A droga Gleevec, usada em pacientes com leucemia ou com câncer gastrointestinal, foi aplicada nos camundongos durante os testes clínicos. Já aprovado pela FDA, agência estatal americana que regula medicamentos e alimentos, a droga, que tem baixa penetração no cérebro, foi eficaz na redução da produção de beta-amiloide no fígado. "Essa característica cerebral da droga foi fundamental na escolha dela para os testes", diz Sutdiffe. O uso do Gleevec no tratamento dos camundongos com Alzheimer, segundo David Schlesinger, neurologista do Instituto do Cérebro do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, é um dos achados mais interessantes do estudo da equipe americana. "Claro que ainda é muito cedo para sairmos tratando pacientes com essa droga. Mas, como é um remédio já aprovado, os estudos em humanos podem ser feitos de maneira mais rápida", diz Schlesinger. A única restrição à transposição dos resultados da pesquisa a humanos, segundo o neurologista, é relativa a diferenças entre espécies: o fígado humano não tem uma produção de amiloide tão significativa quanto o dos camundongos. "Mesmo assim, a descoberta é um caminho interessante e deve ser levada adiante. Mas, por ora, ela ainda não modifica a maneira como entendemos a doença nos humanos", diz Schlesinger. http://veja.abril.com.br/noticia/saude/origem-do-alzheimer-pode-estar-no-figado-nao-no-cerebro
Atenção básica à saúde é prioridade, diz Padilha
por Verena Souza 21/03/2011 Segundo o Ministro, outro aspecto importante para o Brasil é levar a discussão da saúde para outras áreas da economia. Veja webcast Durante coletiva de imprensa em "Seminário sobre as perspectivas do setor de saúde no Brasil", realizado nesta última quarta-feira (16), em São Paulo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, priorizou a atenção básica à saúde e políticas de urgência e emergência. Não se faz saúde sem atenção básica de qualidade. Saúde não se faz dentro do hospital, mas, sim, no meio onde vivemos. Em nosso dia a dia", afirmou. Segundo o Ministro, outro aspecto importante para o Brasil é levar a discussão da saúde para outras áreas da economia. Assista parte do discurso de Padilha AQUI: http://www.saudebusinessweb.com.br/webcasts/index.asp?categoria=&video=1966
SP ganha novo centro de tratamento de câncer
Instalado no Hospital São José, instituição privada vinculada à [br]Beneficência Portuguesa, centro competirá com Sírio-Libanês e Einstein O Hospital São José, vinculado à Beneficência Portuguesa de São Paulo, acaba de inaugurar em São Paulo um novo centro especializado em oncologia de primeira linha, voltado para a elite econômica do País. O objetivo a médio prazo do São José é o de se tornar o primeiro hospital dedicado exclusivamente ao tratamento de câncer. Enquanto isso não ocorre, ele vai concorrer diretamente com os hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein, que não atendem exclusivamente câncer, mas são referências em oncologia no Brasil. A entrada em cena de mais um hospital de ponta voltado para o tratamento de câncer em São Paulo é acompanhado com interesse redobrado por especialistas do setor - de convênios voltados para classe A à indústria de equipamentos hospitalares, passando por oncologistas de renome e equipe de apoio, cujo passe passaram a ser alvo de disputa. Sob coordenação do oncologista Antônio Carlos Buzaid - que foi responsável pelo centro oncológico do Sírio-Libanês durante 13 anos - e dos oncologistas Fernando Cotait Maluf e Riad Younes, que também integravam a equipe oncológica do Sírio, o centro de oncologia do São José tem 55 leitos, 10 consultórios e 18 salas individuais de quimioterapia. Além dos médicos, o São José também recrutou uma equipe de enfermeiros e outros profissionais que trabalhavam com Buzaid no Sírio-Libanês. O investimento inicial foi de R$ 3 milhões. "Um dos meus objetivos era criar um hospital exclusivamente dedicado à oncologia, porque há espaço e demanda para isso em São Paulo. Não gosto de competir, mas a minha ideia é oferecer um atendimento padrão ouro para pacientes de São Paulo, de outros Estados e até de fora do País", diz Buzaid. O médico estima que cerca de 8% dos atendimentos sejam de pessoas vindas do exterior. O primeiro paciente atendido, por sinal, foi um uruguaio. Especialidades. Segundo Maluf, o hospital terá um time de oncologistas especializados nos principais tipos de cânceres (como mama e próstata) e, num próximo momento, terá médicos especialistas em tumores raros. Por enquanto não haverá investimento em câncer infantil. Para isso, médicos das principais especialidades foram selecionados - só falta preencher a vaga de hematologista. "Estamos em negociação com um médico de fora do Brasil", diz Buzaid, que não revela o nome do pretendido. Ao todo, o centro de oncologia terá dez médicos titulares e mais sete assistentes. "Vamos reproduzir aqui o modelo americano de hospital integrado. O câncer é uma doença tão complexa que exige dedicação exclusiva. O paciente será atendido pelo médico que entende daquele tipo específico de câncer e não por um médico generalista", diz Maluf. O centro também tem instalações para investimento em pesquisa e ensino - será aberto um programa de residência médica em breve. "O tripé da excelência é o cuidado médico, ensino e pesquisa. Quem ganha com isso é o paciente", diz Buzaid. O futuro. O próximo passo do São José é construir um prédio anexo, com sete andares, para concentrar todo o atendimento ambulatorial - só então se concretizaria a ideia de ser o primeiro hospital dedicado totalmente ao atendimento oncológico. A nova ala será interligada com o hospital, onde ficarão os leitos de internação. No atendimento geral serão 38 salas de quimioterapia com banheiro próprio, 17 consultórios, 1 pronto-socorro exclusivamente oncológico e salas de radioterapia. O projeto está pronto e a aprovação da planta foi assinada na quinta-feira por Buzaid. A expectativa é de que o novo espaço entre em funcionamento em até três anos. O investimento na nova ala não foi revelado. Uma das características do novo prédio será a garantia de total privacidade para o paciente em tratamento. Serão criadas salas de atendimento exclusivo, para que a pessoa não precise caminhar pelos corredores do hospital quando precisar receber quimioterapia, por exemplo. "Essa área é destinada para políticos que não querem se expor, médicos ou pacientes que simplesmente querem privacidade. Será um local de privacidade extrema", afirma Buzaid. http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110320/not_imp694461,0.php
Médico alerta para excesso de diagnósticos e exames preventivos
Doenças devem ser detectadas o quanto antes, para que haja sucesso no tratamento, certo? Não, segundo o médico americano H. Gilbert Welch. O especialista em clínica médica é autor de "Overdiagnosed", recém-lançado nos Estados Unidos. No livro, Welch, pesquisador da Universidade Dartmouth, afirma que a epidemia de exames preventivos, ou "screening", como são chamados nos EUA, coloca a população em perigo mais do que salva vidas. Citando pesquisas, ele mostra evidências de que muita gente está recebendo "sobrediagnóstico": são tratadas por doenças que nunca chegariam a incomodá-las, mas que são detectadas nos testes preventivos. "O jeito mais rápido de ter câncer? Fazendo exame para detectar câncer, disse ele à Folha*, por telefone. Folha - Como exames preventivos podem fazer mal? H. Gilbert Welch - A prevenção tem dois lados. Um é a promoção da saúde. É o que sua avó dizia: "Vá brincar lá fora, coma frutas, não fume". Mas a prevenção entrou no modelo médico, virou procurar coisas erradas em gente saudável, virou detecção precoce de doenças. Isso faz mal. Não estou dizendo que as pessoas nunca devem ir ao médico quando estão bem. Mas a detecção precoce também pode causar danos. De que maneira isso ocorre? Quando procuramos muito algo de errado, vamos acabar achando, porque quase todos temos algo errado. Os médicos não sabem quais anormalidades vão ter consequências sérias, então tratam todas. E todo tratamento tem efeitos colaterais. Há um conjunto de males que podem decorrer de um diagnóstico: ansiedade por ouvir que há algo errado, chateação de ter que ir de novo ao médico, fazer mais exames, lidar com convênio, efeitos colaterais de remédios, complicações cirúrgicas e até a morte. Para quem está doente, esses problemas não são nada perto dos benefícios do tratamento. Mas é muito difícil para um médico fazer uma pessoa sadia se sentir melhor. No entanto, não é difícil fazê-la se sentir pior. Os médicos dizem que a detecção precoce é essencial no caso do câncer. Mas você diz que é perigoso. Não se deve tratar qualquer tumor inicial? Não. Se formos tratar todos os cânceres quando estão começando, vamos tratar todo o mundo. Todos nós, conforme envelhecemos, abrigamos formas iniciais de câncer. Se investigarmos exaustivamente vamos achar câncer de tireoide, mama e próstata em quase todos. A resposta não pode ser tratar todos e nem tratar todo mundo. Ninguém mais ia ter tireoide, mamas ou próstata. Câncer de próstata é o símbolo dessa questão. Por quê? Há 20 anos, um teste de sangue foi introduzido para detectar câncer de próstata. Vinte anos depois, 1 milhão de americanos foram tratados por causa de um tumor que nunca chegaria a incomodá-los. Esse teste é o PSA [antígeno prostático específico]. Muitos homens têm números anormais de PSA. Eles fazem biópsias e muitos têm cânceres microscópicos e fazem tratamento, o que não é mero detalhe. Pode ser retirada da próstata ou radioterapia. Isso leva, em um terço dos homens, a problemas sexuais, urinários ou intestinais. Alguns até morrem na operação. Não podemos continuar supondo que buscar a saúde é procurar doenças. Qual é o impacto desses testes de próstata na população? Um estudo europeu mostrou que é necessário fazer exames preventivos de PSA em mil homens entre os 50 e 70 anos, por dez anos, para evitar a morte por câncer de uma pessoa. É bom ajudar uma pessoa. Mas precisamos prestar atenção às outras 999. Por causa desses exames, de 30 a 100 homens são tratados sem necessidade. As pessoas precisam refletir. Cada mulher pode decidir se quer fazer mamografia todo ano. Mas temo que estejamos coagindo, assustando e incutindo culpa nelas, para que façam mamografias. Mas a detecção precoce não é o fator que mais reduz a mortalidade de câncer de mama? Na verdade, não. Os esforços mais relevantes no câncer de mama vêm de tratamentos melhores, como quimioterapia e hormônios. Os avanços no tratamento nos últimos 20 anos reduziram a mortalidade em 50%. O problema é se adiantar aos sintomas. Não há dúvida de que uma mulher que percebe um caroço deva fazer uma mamografia. Isso não é teste preventivo, é exame diagnóstico. Claro que os médicos preferem ver uma mulher com um pequeno nódulo no seio do que esperar até que ela desenvolva uma grande massa. A questão não é entre atendimento cedo ou tarde, mas entre buscar atendimento logo que você fica doente e procurar doenças em quem não tem nada. Critérios usados em exames como de pressão e diabetes estão mais rígidos. Estão deixando todo mundo "doente"? Sim. Somos muito tirânicos sobre saúde. O que é saúde? Se formos medicalizar a definição de saúde, seria: "Não conseguimos achar nada errado". A pressão está abaixo de 12 por 8, o colesterol está abaixo de tal valor, fizemos uma tomografia e não há nada de errado. Se essa virar a definição de saúde, pouquíssimas pessoas serão saudáveis. É certo tachar a maioria como doente? Saúde é muito mais do que a ausência de anormalidades físicas. Por que essa conduta está se tornando dominante? Os médicos recebem mais para fazer mais, o que ajuda a alimentar o círculo vicioso da detecção precoce. É um bom jeito de recrutar mais pacientes, de vender mais remédios ou exames. Nos EUA, há os problemas de ordem legal. Os advogados processam os médicos por falta de diagnóstico, mas não há punições para sobrediagnóstico. E tem quem creia realmente na detecção precoce. Nunca se diz que há perigo nisso. Pacientes diagnosticados com câncer de próstata e mama por detecção precoce têm muito mais risco de serem sobrediagnosticados do que ajudados pelo teste. Quando você ouve histórias de sobreviventes de câncer, na maioria das vezes o paciente acha que sua vida foi salva porque ele fez um exame preventivo. E isso não é verdade? Ele tem mais chance de ter sido tratado sem necessidade. Histórias de sobreviventes geram mais entusiasmo por testes e levam mais pessoas a procurar doenças, gerando sobrediagnóstico. O que fazer para evitar isso? Um paciente nunca vai saber se recebeu um sobrediagnóstico. Nem o médico sabe. Não é preciso decidir para sempre se você vai ou não fazer exames. Mas todos os dias novos testes são criados. É preciso ter um ceticismo saudável sobre isso. CÂNCER E DIAGNÓSTICO 250 mil mulheres americanas são diagnosticadas com câncer de mama por ano; 40 mil morrem 24% das mulheres têm ao menos um resultado falso-positivo em mamografias, mostra pesquisa feita por 10 anos 186 mil homens são diagnosticados com câncer de próstata ao ano nos EUA; 29 mil morrem Nenhuma morte por câncer de próstata foi evitada após 10 anos de exames preventivos Fontes: "New England Journal of Medicine" e National Cancer Institute http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/891473-medico-alerta-para-excesso-de-diagnosticos-e-exames-preventivos.shtml
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