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sábado, 19 de novembro de 2011

Estudo associa doença de pele a depressão

Pessoas com psoríase têm mais probabilidade de sofrer depressão, ansiedade e pensamentos suicidas quando comparadas às sem a doença de pele, concluiu um estudo conduzido em adultos na Grã-Bretanha.

Os autores constataram que uma em cada 10 pessoas com psoríase tinha sofrido de depressão leve em algum momento da vida, mais do dobro do relatado entre pessoas sem a doença. Em casos graves, essa proporção aumentou ainda mais.

"A psoríase tem um impacto importante sobre o bem-estar dos pacientes", disse o Dr. Joel Gelfand, da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia. "Há provavelmente milhares de casos a mais de depressão e pensamentos suicidas, devido à psoríase", acrescentou.

Segundo o especialista em psoríase Jerry Bagel, que não está envolvido no estudo, os resultados não foram surpreendentes. "As pessoas com psoríase vestem roupas com mangas compridas no verão. E uma adolescente de 17 anos com psoríase em 3% de seu corpo também vai se esconder", disse Bagel, do Centro de Tratamento da Psoríase em Nova Jersey, nos Estados Unidos.

A psoríase ocorre devido à hiperatividade das células do sistema imunológico, que atacam a pele saudável causando manchas vermelhas e gerando coceira e placas. Quase três quartos das pessoas dizem que a doença as afeta emocionalmente, de acordo com um estudo recente da Fundação Nacional de Psoríase.

Para o novo estudo, a equipe de Gelfand analisou um banco de dados nacional da população da Grã-Bretanha com registros médicos eletrônicos, entre 1987 e 2002. Foram analisados 146 mil pacientes com psoríase leve, 4.000 com psoríase severa e 767 mil sem psoríase. As pessoas com psoríase estavam entre as com maior risco para problemas psicológicos, especialmente as mais jovens.

"Antes, pensávamos que uma pessoa desenvolvia psoríase e, em seguida, tornava-se deprimida e começava a engordar. Mas parece que há um mecanismo subjacente que unifica todos esses sintomas", sugeriu Bagel.

As pessoas com psoríase, por exemplo, têm níveis mais elevados de substâncias químicas inflamatórias no sangue. Isso, em princípio, poderia ser uma explicação parcial de por que os afetados pela psoríase têm mais risco de desenvolver doenças cardíacas e diabetes.

Fonte IG

Cerveja aumenta risco de doença de pele em mulheres

Segundo pesquisa, consumo da bebida aumenta o risco feminino de desenvolver psoríase

Mulheres que bebem cerveja regularmente têm mais chances de desenvolver psoríase, uma doença de pele crônica, segundo sugere um estudo de pesquisadores americanos.

O estudo descobriu que as mulheres que bebem cinco cervejas por semana têm o dobro de risco de desenvolver a doença em comparação com as mulheres que não bebem.

A pesquisa, da Harvard Medical School, em Boston, analisou dados de mais de 82 mil enfermeiras entre 27 e 44 anos e seus hábitos de consumo de bebidas alcoólicas entre 1991 e 2005.

Os pesquisadores disseram observar um aumento de 72% no risco de psoríase entre as mulheres que bebiam mais do que uma média de 2,3 cervejas por semana em relação às mulheres que não bebiam. Para as mulheres que bebiam cinco copos de cerveja por semana, o risco era 130% maior.

Porém as mulheres que bebiam qualquer quantidade de cerveja não alcoólica, vinho ou bebidas destiladas não apresentaram um aumento do risco de desenvolver psoríase.

"A cerveja comum foi a única bebida alcoólica que aumentava o risco de psoríase, sugerindo que alguns componentes não-alcoólicos da cerveja, que não são econtrados no vinho ou nos destilados, podem ter um papel importante no estabelecimento da psoríase", afirma o autor da pesquisa, Abrar Qureshi.

Glúten
O estudo, publicado na revista especializada Archives of Dermatology, sugere que a causa do aumento no risco de prsoríase pode ser a cevada com glúten, usada na fermentação da cerveja. Estudos anteriores mostraram que uma dieta sem glúten pode melhorar os casos de psoríase nos pacientes sensíveis ao glúten. Segundo o estudo, as pessoas com psoríase podem ter uma sensibilidade latente ao glúten.

"As mulheres com alto risco de desenvolver psoríase devem considerar evitar tomar muita cerveja", concluem os autores.

A psoríase é uma doença crônica de pele caracterizada por escamações com coceira que normalmente aparecem nos joelhos, nos cotovelos e no coro cabeludo, mas que podem também atingir outras áreas do corpo, incluindo a face.

A doença, cuja origem é genética, é normalmente desencadeada por alguma situação específica. Seus efeitos são comumente leves, mas em alguns casos extremos chegam a deixar os pacientes desfigurados.

Fonte IG

Doença faz mulher de 61 anos ter pele de 40

Apesar da aparência mais jovem, o problema causa dores e inchaço nas juntas

Um distúrbio responsável pela produção de colágeno em excesso fez com que uma britânica de 61 anos tivesse a pele de uma mulher de 40 anos. Moradora de Colchester (leste da Inglaterra), Susan Johnson - cujo caso foi revelado pelo jornal Daily Gazette - sofre de uma rara doença chamada esclerodermia.

O distúrbio, que provoca um endurecimento anormal da pele, com perda de flexibilidade e mobilidade, ocorre quando o corpo produz colágeno (a proteína que nos faz parecer jovens) além da conta. Muitas mulheres gastam milhares de reais em injeções de colágeno para melhorar o aspecto de sua pele e de seus lábios. A proteína também está presente em boa parte dos cremes antienvelhecimento.

Mas, embora o distúrbio deixe Johnson com pele firme no rosto, mãos, pescoço e pés, ele também causa fortes dores e o inchaço de suas juntas. "Não tenho nenhuma pele solta nos meus braços, então carregar sacolas ou fazer compras é muito doloroso, e não tenho forças neles para me levantar da banheira", disse ela ao Daily Gazette. "Mesmo descascar uma batata pode ser difícil, já que os meus dedos são dobrados."

Clima úmido ou frio
Segundo Johson, suas dores se intensificam ainda mais quando o clima está úmido ou frio. Ela conta que descobriu a doença no último inverno, quando a temperatura caiu e seus dedos começaram a formigar, além de ficarem azulados e avermelhados.

Inicialmente, os médicos acharam que Johnson sofria do fenômeno de Raynaud, distúrbio que impede que o sangue alcance os dedos das mãos e dos pés com a mudança de temperatura. Mas, após passar por exames num hospital em Londres, ela foi diagnosticada com esclerodermia.

Os sintomas do distúrbio que acomete Johnson são semelhantes ao do reumatismo, mas a esclerodermia pode também afetar órgãos internos. No caso da britânica, porém, só a pele foi afetada. "Tenho 61 e digo ao meu marido, Keith, que parece que ele está casado com uma mulher de 30 anos", diz ela.

Tratamento
Para tratar a doença, que afeta três vezes mais mulheres do que homens, Johnson recorre diariamente a esteroides, remédios para circulação sanguínea e imunossupressores. Não há causas conhecidas para a esclerodermia, mas sabe-se que ela não é contagiosa nem hereditária e que costuma se manifestar entre os 25 e os 55 anos. Por enquanto, ela não tem cura, apenas um tratamento que alivia os seus sintomas.

Fonte IG

EUA revogam aprovação do Avastin para câncer da mama

No Brasil, Anvisa vai avaliar posição sobre medicamento, mas seu uso continua liberado para casos graves da doença

A agência norte-americana de controle de medicamentos (FDA) anunciou nesta sexta-feira , dia 18, que revogou a aprovação do Avastin no tratamento de câncer de mama . O motivo é que a droga - uma das mais usadas no mundo, com faturamento anual de R$ 12 bilhões - não se mostrou segura e eficaz para esse uso.

O posicionamento segue as recomendações de um painel realizado pela FDA, em junho, que votou, por unanimidade, rescindir a aprovação do medicamento para este fim. O órgão afirmou que a decisão foi baseada em vários estudos clínicos e dados submetidos a uma pauta pública, bem como os trabalhos do comitê de consultoria realizados em junho.

O Avastin havia sido aprovado pela FDA para ser utilizado em combinação com o paclitaxel em pacientes com câncer de mama metastático - quando há pouca chance de reversão - que não tenham sido tratadas com quimioterapia. O remédio (bevacizumab) ainda está aprovado para o tratamento de outros tipos de câncer como de cólon, pulmão, rim e cérebro.

“O órgão reconhece que é difícil para os pacientes e suas famílias lidarem com o câncer de mama metastático e como é grande a necessidade de tratamentos mais eficazes. Mas os pacientes precisam acreditar que as drogas são seguras para sua utilização”, afirmou a Comissária da FDA, Margaret A. Hamburgo, em nota divulgada para a imprensa.

“Depois de analisar os estudos disponíveis, ficou claro que as mulheres que tomam Avastin estão submetidas a efeitos colaterais potencialmente fatais, sem prova de que o uso do medicamento proporcionará um benefício, em termos de atraso no crescimento do tumor, que justifiquem os riscos”, acrescentou. “Também não há evidências de que o uso vá ajudá-las a viver mais tempo ou melhorar sua qualidade de vida.”

Os riscos incluem: hipertensão arterial grave, sangramento e hemorragia, ataque cardíaco e insuficiência cardíaca; desenvolvimento de perfurações no nariz, estômago, intestinos e outras partes do corpo, dia a FDA.

A aprovação do Avastin foi baseada em um estudo em que a droga teria aumentado o período de tempo entre o início do tratamento e o crescimento do tumor ou a morte.

No entanto, dois estudos realizados pelo fabricante do Avastin, Genentech, após a aprovação, mostraram apenas um pequeno efeito sobre o crescimento tumoral sem evidências de que pacientes viveram por mais tempo ou tivessem uma melhor qualidade de vida, em comparação com a quimioterapia padrão sozinha.

No Brasil
Aqui no País, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda analisa o informe do FDA para “verificar se existe a necessidade de alguma medida complementar”. Por ora, complementou a Agência, o Avastin ainda é indicado para pacientes com câncer de mama, com a ressalva de que deve ser combinado com outra medicação (placlitaxel).

Segundo a Anvisa, esta é a mesma orientação em uso pela agência sanitária da União Européia.

A Roche do Brasil, em um comunicado oficial, disse que a determinação da FDA está limitada ao mercado americano e não é válida para os outros 80 países em que o Avastin é comercializado. A farmacêutica ressaltou que os estudos atestam a segurança do medicamento, e ele “continua como uma alternativa válida para médicos e pacientes que lutam contra o câncer de mama metastático, uma doença grave que tem poucas possibilidades de tratamento”

Orientação para as pacientes
Segundo o presidente do conselho consultivo da Federação Brasileira de Saúde da Mama (Femama), o oncologista Ricardo Camponero, o Avastin hoje é utilizado para pacientes que já estão em estágio de metástase do câncer de mama, ou seja, com poucas ou nenhuma chance de cura. “Atendo algumas mulheres que têm muitos benefícios com esta medicação, em um aumento da qualidade e da sobrevida. Para elas, eu não suspenderia a indicação de uso da droga”, afirma.

Por isso, a orientação de Camponero é que as pacientes brasileiras discutam, individualmente, com seus médicos se devem ou não continuar usando o medicamento. “Somente o especialista pode avaliar se os riscos, presentes em qualquer tratamento anticâncer, são menores do que os benefícios.”

A mesma indicação de procurar o médico para uma avaliação individual tem o diretor da rede Oncome de Minas Gerais, Amandio Soares. Mas, na avaliação de Soares, os estudos sobre a medicação proibida nos EUA já têm indícios suficientes de que a droga não agrega benefícios. “Os efeitos colaterais descritos e a toxidade são múltiplos, como trombose, hemorragia, perfuração intestinal e até problemas cardíacos.”

Fonte Delas

Dieta rica em peixes é saudável para grávidas

Segundo pesquisas, o ômega 3 pode melhorar a visão e o QI do bebê

Por muito tempo se acreditou que comer frutos do mar poderia fazer mal para mulheres grávidas. Uma boa parte desses alimentos exige cuidado extra das gestantes, mas o peixe definitivamente não pode entrar nessa lista. Rico em ômega 3, ele deve fazer parte da dieta das gestantes.

De acordo com pesquisas feitas no Canadá, mães que comem mais ômega 3 tem bebês com uma visão melhor. Além disso, estas crianças tiveram uma resposta mais efetiva ao desenvolvimento muscular e mental. A nutricionista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Viviane Chaer explica que esta substância é essencial para a formação do cérebro e dos neurônios da criança durante a gravidez.

O ômega 3 está presente em peixes como salmão, bacalhau, truta, sardinha e atum e é responsável pela “limpeza corporal”. Alberto D’Aurea, ginecologista e obstetra da Maternidade Santa Joana, diz que esse nutriente limpa o corpo dos restos metabólicos, os radicais livres. “O ômega 3 tem a capacidade de limpar as reações de todos os meios em que consegue penetrar. E ao se purificar o meio que alimenta o feto, com certeza se oferta proteínas mais limpas a ele”, afirma D’Aurea.

Outra pesquisa recente mostra que crianças cujas mães consumiram, no mínimo, 340 gramas de frutos do mar por semana obtiveram maior QI verbal e uma avaliação superior em habilidades de comunicação. “Todos os benefícios vindos de uma alimentação balanceada na gravidez, você percebe de forma clara nos primeiros sete anos de vida da criança”, comenta o ginecologista.

Com moderação
Apesar de conter baixo teor de gordura, os peixes e frutos do mar ainda apresentam certos perigos. Segundo Viviane, é com o mercúrio que a futura mamãe deve se preocupar. “Todo peixe vai ter uma determinada concentração de mercúrio que é tolerável. Em quantidades pequenas não faz mal ao nosso organismo”, explica a nutricionista.

Em altas doses, o mercúrio pode ser armazenado em órgãos como rins, fígados e pâncreas. A nutricionista afirma que em altíssimas doses, a substância pode causar problemas neurológicos e musculares. Ela explica que, além de tentar descobrir a região de onde vieram os animais, é bom evitar o consumo de peixes predadores como o cação, porque eles tendem a ter maior concentração da substância no organismo.

Para D’Aurea, é complicado saber de que região o peixe veio, por isso, o obstetra prefere delimitar as porções do alimento para a gestante. “Se a grávida conseguir ingerir três vezes por semana, um filé de peixe de aproximadamente 150 gramas, está muito bom”, recomenda.

Mas e o sushi?
“Gestantes que nunca tiveram contato com o toxoplasma estão proibidas de ingerir peixe cru”, afirma categoricamente Alberto D’Aurea. O obstetra diz que a melhor forma de ingestão de peixes, mesmo para mulheres que já tiveram toxoplasmose, é mesmo assada ou grelhada. Já Viviane Chaer recomenda que as grávidas tenham a mesma preocupação com peixes cozidos e crus. “Precisa verificar se o peixe está fresco e se ele teve uma técnica higiênica de preparo”, diz ela.

Os frutos do mar que são consumidos de sua forma natural (ostras e mariscos) também devem ser evitados, de acordo com os especialistas. Eles explicam que esses alimentos crus tem maior tendência a dar infecções gastrointestinais e as gestantes precisam se manter afastadas destes tipos de doença.

“Se por um acaso, a grávida pega uma infecção, ela terá que ser tratada com medicações potentes, que podem ter efeito no feto”, aponta Chaer. “O médico fica de mãos atadas quando se vê num combate a uma infecção forte em uma grávida”, completa D’Aurea.

Fonte Delas

Pode comer carne mal-passada durante a gestação?

Com o risco de toxoplasmose, o melhor é esperar até o fim da gravidez

Grávidas devem evitar carne mal-passada. O risco de contaminações, principalmente de toxoplasmose, deixa os especialistas em alerta em relação a este hábito. “Esta é uma recomendação popular comum para combater a anemia, mas não deve ser seguida. A carne mal passada pode transmitir infecções e parasitoses perigosas para a mãe e para o bebê”, afirma a nutricionista da Universidade Federal de Pelotas (RS), Carla Alberice Pastore.

A especialista Debora Rodrigueiro, do departamento de Morfologia e Patologia da PUC-SP, reforça que o parasita que transmite a toxoplasmose pode ser encontrado em carne mal cozida, ovos crus e leite não pasteurizado. “Para o adulto, os sintomas são imperceptíveis, mas o parasita é capaz de atravessar a placenta. Se o feto for infectado, desenvolverá toxoplasmose congênita”, explica. Os bebês que adquirem a toxoplasmose congênita não apresentam alteração no nascimento, no entanto, mais de 90% desenvolvem problemas de cegueira, surdez, e atraso de desenvolvimento, meses ou até anos depois.

Para o médico ginecologista e obstetra da Faculdade de Medicina da USP, Roberto Eduardo Bittar, assim como para a professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp), Cláudia Garcia Magalhães, o alimento deve ser evitado principalmente por mulheres que são suscetíveis a toxoplasmose, ou seja, nunca tiveram contato com o parasita. Isso você descobre por meio de um exame de sangue que deve ser feito preferencialmente antes da gestação.

Fonte Delas

Toxoplasmose: Cuidado com a “doença do gato” na gravidez

A toxoplasmose, transmitida pelo contato com fezes contaminadas do animal, pode levar à má formação fetal entre outros riscos

Seu gatinho de estimação não precisa ser colocado para fora de casa, mas ao confirmar sua gravidez você deve redobrar os cuidados em relação ao contato com o animal. Isso porque as fezes do bicho, contaminadas pelo parasita toxoplasma, são as principais causadoras da toxoplasmose – daí a razão de também ser conhecida como “doença do gato” -, colocando em risco a saúde do feto.

Outras formas de transmissão da doença são a ingestão do microorganismo por meio da carne crua ou mal cozida, verduras cruas e frutas e verduras mal lavadas.

Se não diagnosticada a tempo na gestação, ela pode acarretar sérios danos ao bebê. Os problemas vão desde má formação fetal, a problemas oculares, auditivos e, em casos mais extremos, à morte.

A toxoplasmose pode ser contraída a qualquer momento da vida de qualquer pessoa e geralmente passa despercebida, porque é assintomática. Uma vez que teve a doença, a mulher fica livre de maiores riscos neste período.

“Há 25 anos, durante o pré-natal, detectávamos o contato com a toxoplasmose em 50% das mulheres. Atualmente só 20% têm evidências dessa infecção no passado. Ou seja, 80% das grávidas são candidatas a ter a doença”, alerta o infectologista Celso Granato, assessor Médico do Fleury Medicina e Saúde.

A mulher só descobre que já teve ou não contato com a toxoplasmose por meio de exames de sangue (IgM e IgG), solicitados assim que se confirma a gestação e geralmente repetidos na 28ª semana. “A doença pode ser contraída a qualquer tempo na gravidez, mas no primeiro trimestre sua manifestação é mais grave, pelo fato dos órgãos da criança ainda estarem em formação”, diz Mario Henrique Burlacchini, especialista em medicina fetal e professor doutor do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP.

Quando a toxoplasmose é diagnosticada, o tratamento visa um bloqueio placentário, por meio de antibióticos, para evitar que o parasita ultrapasse a placenta e contamine o bebê.

Se em outro exame for constatada a presença do toxoplasma no líquido amniótico, a criança também foi afetada e requer tratamento medicamentoso.

“Apesar de parecerem normais após o nascimento, algumas crianças podem apresentar lesões oculares até os 10 ou 15 anos de vida. Por isso é importante um acompanhamento oftalmológico e a realização anual do exame de fundo de olho, para se intervir precocemente e salvar a visão da criança”, diz Granato.

Alguns cuidados são imprescindíveis para evitar a toxoplasmose e seus desdobramentos. Os especialistas recomendam:

- Evite carnes cruas e mal passadas, como carpaccio e quibe cru. A mesma recomendação vale para os ovos – consuma-os sempre bem cozidos

- Ao manusear carnes cruas, não encoste a mão nos olhos ou na boca antes de lavar bem com água e sabão

- Lave muito bem as frutas, verduras e legumes antes de ingeri-los

- Evite contato com gatos e tudo o que possa estar contaminado com as fezes do animal. Se você tiver um gato de estimação, não precisa abandoná-lo, basta ter alguns cuidados especiais

- Alimente seu gato com carne bem cozida

- Evite contato com o recipiente onde o animal deixa suas fezes. Peça ajuda na hora da limpeza ou use luvas de borracha

- Use luvas de borracha também ao mexer na terra, ao fazer jardinagem

- Restrinja o acesso de seu animal à rua, para evitar que ele se contamine e traga o parasita para sua casa

Fonte Delas