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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Noctúria


Sinônimo:
Urina noturna .

O que é?
A eliminação de volume normal de urina durante a noite chama-se noctúria.

Nictúria é a eliminação de volume aumentado durante a noite.

Enurese noturna é a perda involuntária de urina durante o sono, numa idade em que o controle urinário já deveria estar presente (5 anos).

O volume diário de urina varia entre 800 a 1500ml, dependendo do volume de líquidos ingeridos, da temperatura corporal e ambiental e do esforço físico.

O volume urinário normal depende, também, de fatores hormonais, neurológicos, hemodinâmicos, psicosociais e culturais.

Normalmente a produção de urina obedece a um ritmo. Durante o dia, o volume urinário é de 2/3 e o noturno de 1/3, por exemplo, 1000ml de dia e 500 de noite. Após os 60 anos de idade o volume de urina diurno e noturno se equivalem (1:1). Quando esta relação se altera para mais durante a noite, é o caso da nictúria.

Como surge a noctúria?
A noctúria, que é o volume urinário normal durante a noite, pode ocorrer por várias causas:
 
1.
Na insuficiência cardíaca congestiva, síndrome nefrótica, cirrose e desnutrição severa, há edema generalizado e por isso grande quantidade de líquido disponível no organismo. Nesses casos, pode haver um volume urinário aumentado durante a noite. O repouso por várias razões fisiológicas, mobiliza mais líquidos para o setor circulante e para o rim, facilitando a sua tarefa de produzir mais urina durante a noite;

2.
No diabete melito, as altas taxas de açúcar sangüíneo, torna o paciente um grande bebedor de água e um grande eliminador de urina de dia e de noite. Com isto, evita que a concentração de açúcar no sangue (glicemia) se eleve demais.

3.
No diabete insípido (sem açúcar), pela falta de um hormônio da hipófise - o hormônio antidiurético - o rim torna-se incapaz de concentrar a urina, obrigando-o a excretar grandes volumes de urina muito diluída. O volume urinário pode atingir até 10 litros/dia, durante o dia e a noite.

4.
No diabete nefrogênico (sem açúcar), o rim se torna incapaz de concentrar a urina e por isso elimina grandes volumes de urina diluída. Nesta doença congênita, apesar de existir o hormônio antidiurético da hipófise, o rim é resistente ao seu efeito. A perda de urina é grande, mas diferente do diabete melito porque não tem açúcar.

5.
No uso de diuréticos, antes de deitar, eles agem durante a noite, provocando uma maior diurese noturna.

6.
No edema de várias causas, a água vai se acumulando no corpo durante o dia, principalmente nos membros inferiores, e mais nas pessoas que ficam muito tempo em pé e nos portadores de varizes. O líquido acumulado entra na circulação durante o repouso noturno e oferece mais líquidos para o rim eliminar.

7.
Na insuficiência renal crônica, há produção de urina sempre clara, da mesma cor e com volume aumentado durante a noite. Essa informação é muito importante e corresponde à incapacidade do rim de concentrar a urina. Esse tipo de queixa é constante nos pacientes com insuficiência renal crônica e o médico só tem que comprová-la com os exames especiais para ver a capacidade funcional do rim (uréia e creatinina). O rim normal varia a cor da urina, conforme a necessidade de concentrá-la ou diluí-la.


Como se trata?
Cada uma das causas tem o seu tratamento específico e requer o diagnóstico e o acompanhamento médico.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Por que urino na cama?

Existe cura para isso?

O que devo fazer para diminuir as micções noturnas?

Beber mais líquidos à noite influi?

Fonte ABC da Saúde

Dicionário de termos médicos - L

LACERAÇÃO: Ferimento causado por um instrumento ou objeto rombo que arranca o tecido.

LACTENTE: Crianca que so se alimenta de leite.

LACTOSE: Acucar do leite.

LATOSÚRIA: Presenca de lactose na urina.

LAPARORRAFIA: Sutura da parede abdominal.

LAPAROTOMIA: Abertura da caidade adominal araves de suas paredes.

LATERAL: Para fora da linha media do corpo.

LATEROVERSÃO: Alteracao na posicao do utero em que todo o eixo uterino e deslocado para um lado.

LAVAGEM: Irrigacao ou esvaziamento or meio de um liquido de um orgao. Ex.: do estomago.

LETAL: Mortal; fatal.

LETARGIA: Sono profundo; torpor; inatividade.

LEUCEMIA: Aumento dos globulos brancos no sangue.

LEUCÓCITO: Globulo branco.

LEUCOPENIA: Diminuicao do numero de globulos brancos no sangue.

LEUCOCITOSE: Aumento do numero de lecocitos alem do limite normal.

LEUCORRÉIA: Corrimento mucopurulento esbranquicado, do canal genital feminino.

LIGAMENTO: Faixa de tecido conjuntivo fibroso, flexivel, consistente e branco que poe em conexao as extemidades articulares dos ossos e, algumas vezes, envolvendo-os em uma capsula.

LIMOTERAPIA: Tratamento pelo jejum.

LINGUA SABURROSA: Camada amarela, suja, que cobre a parte superior da lingua, por efeito de ma digestao.

LIQUOR-CÉFALO-RAQUIDIANO: Liquido que envolve o encefalo e a medula espinhal. (LCR)

LISE: 1. Retorno gradual da temperatura do corpo ao normal. 2. Desintegracao ou dissolucao, como, porxemplo - de celulas, tecidos ou bacterias.

LITÍASE: Formacao de calculos no corpo.

LOGORREICA: Tagarelice, descontrolada ou anormal, pode ser extremamente rapida a ponto de torna-se incoerente.

LOQUIA: Adescarga ou corrimento do utero e da vagina durante as primeiras semanas apos o parto.

LORDOSE: Curvatura frontal da coluna vertebral ou curvatura da coluna dorsal com convexidade anterior.

LUXAÇÃO: Deslocamento, especialmente deslocamento de uma articulacao.

Caqui

O caquizeiro, árvore da família das  Ebenáceas, é originário da China, da Coréia e do Japão.Por alusão à cor do fruto,"caqui" em japonês significa "amarelo escuro".

Utilidades Medicinais

Doença da Bexiga - Fazer algumas refeições exclusivas de caqui, ou de suco de caqui com um pouco de água, sem açúcar.

Cãibras -  Recomenda-se empiricamente, comer dois ou três caquis por dia.

Constipação Intestinal - Fazer algumas refeições exclusivas de caqui. Pode substituir o jantar.Não comer em excesso.

Doenças das Vias Respiratórias -  Recomenda-se cozinhar a polpa do caqui com água em um pouco de mel.Mexer bem e tomar meia xícara deste  líquido xaroposo, morno, várias vezes ao dia.

Fonte agrobyte.com.br

Contadores de história auxiliam no tratamento de câncer em SP

O Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) inicia na próxima segunda-feira (22) um trabalho de conto de histórias para adultos em tratamento na unidade.

Idealizado pelo Serviço de Hotelaria e Hospitalidade do Icesp, o programa tem como objetivo facilitar a abordagem de temas delicados para os pacientes e seus acompanhantes.

No último mês, período em que o hospital realizou projeto piloto da ação, 200 pacientes participaram da atividade. A aceitação é grande e tem demonstrado que este pode ser um poderoso aliado para intervenção da equipe de psicologia.

"Nosso objetivo é tirar o foco da doença. É uma forma de acolhermos o paciente e mostrar que nos preocupamos com ele", explica Vânia Pereira, gerente do setor responsável pelo programa.

Marcelo Cândido, articulador do projeto, diz que as histórias selecionadas possuem temáticas diferentes e são escolhidas conforme as necessidades de cada pessoa.

"Contação de história remete à infância, por isso os pacientes já se sentem acolhidos. Em um segundo momento, é a oportunidade de eles falarem informalmente sobre o problema. Esse bate-papo final é muito importante", diz.


Fonte Folhaonline

Jovem que namora sério fica menos violento, diz estudo

Jovens sexualmente ativos em um relacionamento romântico comprometido são menos propensos a ter um comportamento delinquente do que aqueles que fazem sexo casual, de acordo com uma pesquisa recente de psicólogos americanos.

O estudo, publicado na revista "Journal of Youth and Adolescence", descobriu que os adolescentes que namoravam e eram sexualmente ativos mostraram níveis mais baixos de comportamento antissocial se comparado aos virgens.

No entanto, os jovens que têm relações sexuais casuais mostraram níveis mais elevados de comportamento antissocial em relação aos outros grupos.

Enquanto políticos e pesquisadores comumente abordam as consequências negativas da sexualidade precoce, poucos estudos sondam os contextos e os benefícios potenciais das relações sexuais na adolescência, diz Paige Harden, da Universidade do Texas em Austin, autora principal da pesquisa.

GÊMEOS
Harden e sua colega, Jane Mendle, da Universidade de Oregon, usaram um questionário on-line com 519 gêmeos do mesmo sexo nos Estados Unidos, com idades entre 13 e 18.

Ao compará-los, os pesquisadores puderam controlar todas as variáveis genéticas e ambientais que os gêmeos compartilhavam.

Os gêmeos responderam a perguntas sobre sua atividade sexual e comportamentos delinquentes conduzidas pelo "National Longitudinal Study of Adolescent Health" (Estudo Nacional Longitudinal de Saúde do Adolescente), uma amostragem nacional representativa que acompanhou o grupo desde a adolescência até a idade adulta.

Os autores descobriram genes que influenciam significativamente o comportamento sexual entre os adolescentes jovens (idades entre 13e 15).

Genes relacionados à extroversão, impulsividade e puberdade precoce podem influenciar os adolescentes jovens a ter relações sexuais casuais. Esses mesmos genes também podem predispô-los a contextos de risco, segundo Harden.

No entanto, os adolescentes mais velhos (idades entre 16 e 18) são mais influenciados por fatores externos --tais como provenientes de famílias economicamente desfavorecidas, pouco envolvimento dos pais e sistemas escolares pobres-- para praticarem sexo casual.

"Considerando ao mesmo tempo ambos os contextos ambientais de experiência sexual dos adolescentes e do papel de predisposições genéticas, esperamos promover uma compreensão com mais nuances do impacto da atividade sexual do adolescente no desenvolvimento", diz Harden.

Fonte Folhaonline

Cientista negro sofre preconceito acadêmico nos EUA, diz estudo

Cientistas americanos negros têm mais dificuldade de conseguir financiamento para pesquisa, indica um levantamento na última edição da revista "Science".

O estudo, coordenado por Donna Ginther, da Universidade do Kansas (EUA), avaliou mais de 40 mil pedidos de verba para o NIH (sigla de Institutos Nacionais de Saúde, principal órgão federal de pesquisa biomédica no país).

A diferença aparece mesmo quando são comparados cientistas com características parecidas em detalhes como país de origem, treinamento, prêmios recebidos e universidade empregadora.

Em média, 29% dos pedidos de brancos são aprovados, contra 16% das propostas dos cientistas negros.

O NIH não contestou os dados e afirmou, em resposta na "Science", que vai procurar maneiras de corrigir as distorções de financiamento.

Fonte Folhaonline

Metade dos pacientes não controla hipotireoidismo

Quase metade dos pacientes (46,6%) que tomam remédios contra hipotireoidismo não controla a doença.

Esse é o resultado preliminar do primeiro levantamento em grande escala no Brasil sobre o tratamento da doença, apresentado no Congresso da Sociedade Latino-Americana de Tireoide em Lima, no Peru, neste mês.

O estudo foi feito com 1.231 pacientes com idade média de 53 anos, acompanhados em hospitais de quatro universidades: UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Unicamp, Universidade Federal do Paraná e Universidade Federal do Ceará.

O hipotireoidismo é um distúrbio caracterizado por uma menor atividade da glândula tireoide, que produz hormônios responsáveis por estimular o metabolismo e o trabalho celular.

Segundo o coordenador do estudo, Mario Vaisman, professor de endocrinologia da UFRJ, o problema é que muitas pessoas tomam o remédio fora do intervalo correto (30 minutos antes do café da manhã) ou o tomam junto com outros remédios, o que prejudica a absorção do hormônio.

Mas o grande problema, de acordo com Laura Ward, presidente do departamento de tireoide da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), é a falta de adesão ao tratamento.

A principal causa disso, diz a médica, é um dos sintomas da doença: o esquecimento. "O que vemos na prática é pessoas que tomam um dia sim e três não. Como não sentem dor, não levam a sério."

O problema, no entanto, pode ter consequências graves a longo prazo, como insuficiência cardíaca.

AUMENTO DE CASOS
Estudos apontam que há um aumento no número de casos de doenças da tireoide no mundo todo.

Um deles é um estudo italiano que mostra que, entre 1988 e 2007, o número de casos de tireoidite de Hashimoto foi multiplicado por 90. A doença autoimune é a principal causa de hipotireoidismo.

"Um dos fatores é o aumento de consumo de sal e, consequentemente, de iodo, pela população", diz Ward.

Mas, afirma, há outros fatores que têm comprovada relação com esse aumento. Entre eles estão a maior exposição à radiação ionizante (como a de raio-X).

No entanto, Ward diz que não há dados que mostrem que devemos reduzir o consumo de iodo, mesmo porque um estudo recente da USP de Ribeirão Preto mostrou que gestantes ingerem menos iodo do que o recomendado, o que aumenta o risco de o bebê ter retardo mental. "Deveria haver uma campanha para reduzir o consumo de sal, principalmente dos produtos industrializados, e não de iodo", afirma a endocrinologista.

Em novembro, o Ministério da Saúde deve divulgar os resultados de um estudo nacional sobre a quantidade de iodo ingerida pela população e, dependendo dos resultados, poderá reduzir o nível da substância no sal de cozinha.

Fonte Folhaonline

EUA aprovam nova droga para tratar linfoma de Hodgkin

A FDA (agência que regula remédios e alimentos nos EUA) anunciou na sexta-feira a aprovação de uma nova droga para o tratamento do linfoma de Hodgkin.

A doença atinge células do sistema imunológico e pode ser curada na maioria dos casos.

A nova droga, chamada brentuximab vedotin, também vai servir para tratar o linfoma anaplástico de células T, um tipo mais raro de tumor.

De acordo com Jairo José do Nascimento Sobrinho, hematologista do Centro Paulista de Oncologia, a maioria dos linfomas de Hodgkin são curáveis com o tratamento atual. "Os que restam são muito difíceis de lidar. Essa medicação é uma das mais eficientes que já apareceu."

A droga, a princípio, vai ser usada em quem já tentou outros tratamentos e sofreu uma volta da doença. "Mas a tendência, no futuro, é que ela seja acoplada ao tratamento desde o início."

O remédio usa um anticorpo para direcionar a droga para o ataque das células do linfoma conhecidas como CD30.

Desde 1977 não surgia uma nova droga para tratar o linfoma de Hodgkin. O Instituto Nacional de Câncer estima que houve 2.870 novos casos da doença em 2009.

Os sintomas mais comuns são suores noturnos e aumento dos gânglios. Neste mês, o ator Reynaldo Gianecchini recebeu o diagnóstico de linfoma não Hodgkin, outro tipo de tumor linfático.

Fonte Folhaonline

Empresa chinesa lança outra 'pulseira do equilíbrio' no Brasil

Uma nova "pulseira do equilíbrio" deve ser lançada no Brasil a partir de setembro.

Só que a promessa terapêutica, desta vez, não vem de um holograma bioquântico, como nos célebres braceletes da empresa Power Balance, mas de uma liga de metal que libera íons negativos.

O "conceito" da nova iBalance é o seguinte: o ar poluído da cidade deixa o corpo carregado de íons positivos, provocando um desequilíbrio no metabolismo. Segundo a Oregon Scientific, que criou o produto, a faixa de metal da pulseira neutraliza o excesso desse tipo de íon, trazendo como benefícios menos fadiga e até um sono melhor.

A empresa, que produz equipamentos eletrônicos como laptops infantis e monitores cardíacos, tem sede na China, mas a pulseira foi desenvolvida no Japão.

O certificado de eficácia também vem desse país, emitido por uma entidade chamada Associação Japonesa de Pesquisa e Aplicação de Íons.

"Durante a fabricação, a pulseira recebe uma carga de íons negativos, que são absorvidos pela pele", diz Carolina Sacramento, gerente de negócios da Oregon no Brasil.

Para Leandro Tessler, professor de física da Unicamp, essa explicação não tem base científica.

"Não sei de nenhum estudo sério que aponte que o excesso de íons positivos causa desequilíbrio no metabolismo", afirma.

Segundo Tessler, uma liga metálica não pode liberar íons se não for alimentada por eletricidade. "Ainda que gerasse íons negativos, resta saber como eles entrariam na circulação", diz.

PROIBIÇÃO
A empresa afirma que não fará propaganda dos benefícios terapêuticos da pulseira, nem mesmo em anúncios nas embalagens.

"Temos a certificação do Japão, mas ainda assim deixamos claro que não é de uso terapêutico, é para auxiliar", diz Sacramento.

A representante da empresa afirma que essa medida foi tomada para atender a regulamentação da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proíbe a publicidade de efeitos terapêuticos não comprovados.

Em setembro de 2010, após ter sido informada por reportagem da Folha, a Vigilância proibiu que as marcas de pulseiras Power Balance (americana) e Life Extreme (a genérica brasileira) anunciassem em seus sites propriedades atribuídas aos produtos como "ativação da circulação sanguínea" e "maior equilíbrio corporal".

Fonte Folhaonline

Cardiologistas vão contestar proibição de selos em produtos

A SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) afirma que vai recorrer contra a proibição de selos de entidades médicas em produtos.

O veto foi divulgado na sexta-feira pelo Conselho Federal de Medicina e integra um conjunto de novas regras para a publicidade de serviços médicos.


Por meio de nota, a SBC afirma que "certifica há mais de 15 anos a qualidade de mais de uma centena de produtos" e que esse certificado é "importante" para a prevenção de doenças cardíacas.

Entre os produtos que carregam o selos de aprovação da sociedade estão: aveia em flocos, biscoitos, leite em pó, sucos de uva, bebidas à base de soja, margarinas, óleos vegetais, azeite, queijos, sal e açúcar light, sanduíches light, hambúrguer, uma marca de salada de frutas, medidores de pressão e um grill.

A nota diz que uma comissão com dez cardiologistas e nutricionistas analisa os produtos e que a maioria dos que pedem o selo é rejeitada.

O presidente da SBC, o cardiologista Jorge Ilha Guimarães, conversou ontem com o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Dávila, sobre o veto ao selo.

Dávila falou à Folha e confirmou o encontro, no qual Guimarães defendeu a legitimidade do selo. "Eu falei para ele colocar isso no papel e encaminhar ao conselho. Se a plenária entender que há um papel social para o selo, poderá ser feita uma exceção. Se não, ele será abolido."

INTERESSE COMERCIAL
O presidente do CFM afirma que a proibição foi decidida para evitar conflitos de interesses dos médicos com empresas, que pagam pela chancela das sociedades. "Isso pode induzir o consumidor a achar que aquele produto é mil vezes melhor que o outro."

Dávila estima que o pedido da sociedade de cardiologia seja analisado em cerca de 90 dias.

De acordo com o médico João Baptista Laurito Jr., professor colaborador de ética médica da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), os selos atendem a um interesse "estritamente comercial".

"A sociedade de cardiologia tem diversos outros meios para fazer isso. Pode publicar a informação de que produtos com tal característica são saudáveis, sem indicar marcas e produtos."

Fonte Folhaonline

Novos lasers são mais precisos para remover tatuagem

O uso de raios laser especialmente calibrados aumentou muito as chances de remover com sucesso uma tatuagem, mas o processo está longe de ser perfeito.

Ainda é difícil lidar com desenhos de cores claras, e as tatuagens grandes (maiores que a palma de uma mão) são quase impossíveis de apagar --no máximo, o laser transforma o desenho em borrão.

"É algo a ser muito discutido com o médico antes do procedimento", diz o dermatologista Roberto Mattos, coordenador do Departamento de Laser da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia).

O risco de surgimento de cicatrizes ou de descoloração permanente da pele tratada existe, embora seja pequeno: ocorre em 1% dos casos, estima Alexandre Filippo, também membro da SBD. "Isso acontece se houver um erro técnico importante. O laser é bom e bastante seguro", afirma Mattos.

LÁ NO FUNDO
As mesmas características químicas que levaram à escolha de certas tintas para uso em tatuagens também dificultam a remoção dos desenhos mais tarde.

O aparelho usado por tatuadores deposita as tintas na derme média, camada que abriga os folículos dos pelos e as glândulas, por exemplo.

O pigmento inserido pelo tatuador é depositado a profundidades de 1 mm a 3 mm. Ele é formado por moléculas grandalhonas, que não conseguem ser "devoradas" pelas células de defesa da pele.

Por isso, o laser usado para atacar a tatuagem, do tipo conhecido como "Q-switch", tem como missão fragmentar os pigmentos em pedaços moleculares menores.

Ele faz isso emitindo pulsos muito rápidos, com duração de nanossegundos (bilionésimos de segundo).
A ação do laser é calibrada para que ele emita luz com comprimento de onda (ou seja, cor) cuja absorção seja otimizada para o pigmento que se deseja fragmentar.

Cada tom de pigmento absorve um comprimento de onda específico, o que exigiria alterar a emissão do laser dependendo da cor.

Para Filippo, as diferentes "cores" que podem ser obtidas com o laser (a luz vermelha é mais absorvida por pigmentos verdes e escuros, por exemplo) são uma boa ferramenta para atacar a tinta de forma seletiva.

Já Mattos afirma que o processo não é tão preciso. "Mas tons escuros absorvem mais e, por isso, são mais fáceis de remover da pele", diz.

Ueslei Marcelino - 29.jan.09/Folhapress
Homem durante sessão de tatuagem; processo ainda é demorado e pode levar meses até desenho ser concluído
Homem durante sessão de tatuagem; processo ainda é demorado e pode levar meses até desenho ser concluído

PROCESSO É AINDA DEMORADO E DOLORIDO
O interessado em se desfazer de seu exemplar de arte corporal tem de se armar com paciência e resistência à dor, dizem os médicos.

A aplicação do laser permite que os fragmentos de tinta sejam devorados pelos macrófagos, células do sistema imune. A tinta também pode vazar pela pele.

Ao longo do processo, a energia do laser produz pequenos estalos na pele. É preciso aplicar um anestésico local cerca de uma hora antes, mas mesmo assim o procedimento é dolorido.

É comum a formação de uma casca, que deve ser tratada com cuidado. Também há o aparecimento de áreas esbranquiçadas na pele, que normalmente somem em um ou dois meses.

A duração das sessões depende do tamanho e tipo da tatuagem, indo de cinco minutos a quase uma hora.
A não ser que a tatuagem seja muito pequena, é preciso realizar cerca de dez sessões, uma a cada mês, para concluir o tratamento. O preço pode ficar em torno de R$ 400 por sessão.

De acordo com Alexandre Filippo, o melhor desempenho para tatuagens multicoloridas tem sido obtido com uma variante do "Q-switch", o Quanta Plus.



Editoria de Arte/Folhapress


Fonte Folhaonline

SUS amplia internação domiciliar

Até o fim do ano, 15 mil pacientes internados em hospitais poderão ser atendidos pelo sistema de home care, segundo previsão do Ministério da Saúde; portaria com novas regras para este tipo de cuidado será divulgada nesta semana pelo governo

Até o fim do ano, pelo menos 15 mil brasileiros internados em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão voltar para suas casas e continuar a receber cuidados médicos, por meio de home care.

Conforto. Maria Luiza recebeu alta e é atendida em casa - Andre Lessa/AE-16/8/2011
Andre Lessa/AE-16/8/2011
Conforto. Maria Luiza recebeu alta e é atendida em casa

Os novos critérios para internação domiciliar serão divulgados até amanhã pelo governo. A principal novidade é o pagamento de R$ 34.500 ao mês por equipe médica. Para este ano, o orçamento do Ministério da Saúde prevê a contratação de 250 equipes, cada uma com capacidade para atender 60 pacientes.

A meta é chegar a mil equipes até 2014. "Vai substituir muita demanda de internação hospitalar e vai agilizar o giro nas portas de urgência", afirma o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Miranda. "É um programa que alia a segurança hospitalar com o conforto do lar, oferecendo um atendimento mais humanizado."

O SUS criou os primeiros critérios para a internação domiciliar há cinco anos, recomendando esse tipo de cuidado para idosos, portadores de doenças crônicas ou câncer - com exceção daqueles que precisam de ventilação mecânica. Como não havia previsão de verba federal para a formação de equipes, poucos Estados e municípios se mobilizaram. Apenas 77 hospitais no País se credenciaram junto ao SUS.

Entre as iniciativas bem-sucedidas está a da Bahia. Criado em 2008, o serviço havia atendido 2.212 pacientes até dezembro. As 26 equipes - formadas por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas - estão divididas em 14 hospitais de dez municípios.

Nesse período, 40% das internações domiciliares ocorreram por tratamentos de feridas, 30% por sequelas neurológicas, 13% por hipertensão arterial e 10% por diabete. São pacientes que passaram pela internação convencional, tiveram o quadro estabilizado, mas ainda precisavam de cuidados médicos.

"Além de não estar exposto a possíveis infecções no hospital, o paciente se recupera muito mais rapidamente", afirma Ledívia Espinheira, diretora de Atenção Especializada da Secretaria de Saúde da Bahia.

A prefeitura de Belo Horizonte criou seu programa em 2002, antes da portaria do SUS. No ano passado, foram admitidos 4.792 pacientes - média de 400 por mês. Eles ficam cerca de 15 dias em acompanhamento. Em março deste ano, um quinto das internações nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) foram encaminhadas para atendimento domiciliar.

"A nova portaria dará um novo impulso para esse tipo de atendimento. Não é uma política isolada, faz parte da rede de urgência que inclui as UPAs, o SAMU, a rede de atenção básica", afirma Helvécio Miranda.

Limites. O novo programa não limita as enfermidades que podem ser atendidas, mas mantém a exclusão aos pacientes que dependem de ventilação mecânica. "Precisamos fazer um planejamento que sirva para o País todo. Mas poderá ser reavaliado", afirmou o secretário.

A condição básica para que o paciente seja encaminhado para a internação domiciliar é ter um cuidador, alguém que se responsabilize pelo seu atendimento. "A família é fundamental para a recuperação do paciente", diz Midori Uchino, coordenadora do Programa de Atendimento Domiciliar ao Idoso (Padi), da Secretaria Municipal do Rio.

Foi o que aconteceu com o aposentado José Pereira da Rocha, de 84 anos, que tem sequela de acidente vascular cerebral e voltou para casa em estado vegetativo. Com o acompanhamento, ele voltou a falar e a se alimentar sozinho. A equipe ajuda a organizar a rotina de medicamentos e fonoaudiólogas, nutricionistas e enfermeiras se revezam no cuidado ao aposentado.

O Padi completa um ano esta semana acompanhando 506 idosos. "É o equivalente a um Hospital Souza Aguiar. É como se tivéssemos um hospital virtual", compara o secretário de saúde, Hans Dohmann.

Sobrecarga. No Instituto Nacional de Câncer (Inca), que tem 280 pacientes em cuidados domiciliar, a preocupação com o cuidador é tanta que foi instituída a internação por sobrecarga do cuidador. "Às vezes, o familiar não consegue lidar com a enfermidade. A equipe identifica a situação e oferece a internação por uma semana", explica Julio Cesar de Souza, chefe da assistência domiciliar do Hospital Inca 4. No período, o cuidador pode conhecer outros acompanhantes e trocar experiências.

Fonte Estadão

Cirurgia cardíaca menos invasiva é desenvolvida em SP

Em vez de operação de peito aberto, mais arriscada, um implante é feito por uma incisão de 5 cm para corrigir desgaste em válvula

Implante desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em parceria com a Braile Biomédica, de São José do Rio Preto, promete corrigir desgastes na válvula do coração sem precisar abrir o peito do paciente, num procedimento mais simples e rápido que o realizado atualmente pelos médicos.

Tempo de recuperação cai para apenas 15 dias - Epitácio Pessoa/AE
Epitácio Pessoa/AE
Tempo de recuperação cai para apenas 15 dias

O grupo criou uma válvula artificial, feita com pericárdio bovino (a pele que reveste o coração do boi), que pode ser implantada no paciente com a ajuda de um cateter, inserido por meio de um corte pequeno.

O implante é indicado para uma doença chamada estenose aórtica grave - um desgaste ou calcificação da válvula que regula o fluxo sanguíneo do coração para a aorta. A maioria dos pacientes com o problema é idosa, o que torna a cirurgia tradicional, feita com o peito aberto, de altíssimo risco.

Pela nova proposta, o tempo da cirurgia cai de 2 horas para 40 minutos e a recuperação, que leva de dois a três meses, ocorre em cerca de 15 dias. O corte, que na cirurgia convencional chega a 30 cm, resume-se a uma incisão de 5 cm.

O aparelho, com diâmetro médio de 24 cm, é prensado, introduzido no coração com um cateter e inflado com a ajuda de um minibalão, fixando-se na parede do coração. O processo todo é acompanhado em monitores com imagens de raio X.

Ainda em fase experimental, o implante já foi testado em 128 pacientes. Desses, pelo menos 20 estavam internados sem condições de alta e, depois de operados, deixaram o hospital.

Batizada de Inovare, a válvula aguarda aprovação Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser produzida comercialmente.

"Um estudo mostrou que 31,8% dos pacientes com estenose aórtica não podiam ser operados pelo método tradicional, por isso tivemos o impulso de fazer uma coisa menos invasiva", explica o cirurgião Domingo Braile, fundador da Biomédica. "Investimos R$ 3 milhões para desenvolver o projeto", conta.

A empresa estima que, assim que receber autorização para comercializar a válvula no País, receberá uma demanda de dez unidades por mês. Ela também pretende exportar o produto.




Inovação. Pioneira em válvulas cardíacas de pericárdio de boi - a primeira foi feita em 1973 e hoje são 70 mil fabricadas -, a Braile está envolvida em outro projeto inovador. Em cooperação científica com outras instituições, vai lançar próteses para substituir porções do aparelho digestivo suprimidas em razão do câncer.

Entre os produtos, uma prótese permite ao paciente submetido à retirada do esôfago voltar a se alimentar pela boca.

Fonte Estadão

Consumidor troca frutas e verduras por comida industrializada 'funcional'

Produtos alimentícios que prometem benefícios tiveram um salto de 82% entre 2004 e 2009, podendo crescer mais 39% até 2014; especialistas, porém, têm dúvidas sobre sua eficácia, já que quantidade ingerida teria de ser gigantesca para gerar efeito

Quase na mesma velocidade em que as pessoas das grandes cidades abandonam o consumo de grãos, frutas e vegetais, multiplicam-se nas prateleiras dos supermercados alimentos enriquecidos com vitaminas e outros ingredientes ditos funcionais.

As promessas são muitas: ajudar no controle do peso, do colesterol e no funcionamento do intestino. Fortalecer o sistema imunológico, prevenir a osteoporose, a flacidez, o envelhecimento e, quiçá, o câncer. Até que ponto isso é verdade? Nem os especialistas sabem.

Segundo dados do Instituto Euromonitor, o mercado de alimentos e bebidas ligados à saúde e bem-estar no País cresceu 82% entre 2004 e 2009 - saltando de R$ 13,6 bilhões para R$ 24,8 bilhões. Estima-se que até 2014 o setor cresça outros 39%, impulsionado por consumidores como a gerente de marketing Rosemeire Fernandes, de 46 anos.

Entre shakes para emagrecer, suplementos vitamínicos, chás antioxidantes e produtos ricos em fibra e com 0% de açúcar, ela gasta cerca de R$ 400 por mês - isso sem contar a "comida de verdade". "É tão prático! No café da manhã, tomo um shake preparado com leite de soja e acrescento farinha de linhaça e colágeno em pó. Depois tomo uma cápsula com vitamina C e zinco. Em 5 minutos estou pronta para sair e tenho todos os nutrientes que preciso", conta.

Pilares da indústria. A busca por praticidade e saúde são os principais vetores do crescimento da indústria de alimentos, aponta levantamento da Nielsen, empresa especializada em pesquisa de mercado.

"As pessoas estão vivendo mais e de forma mais estressada. Buscam alimentos que possam neutralizar as agressões do meio ambiente", diz Jocelem Salgado, presidente da Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais. "Sem dúvida você agrega valor a um produto quando comprova que ele, além de nutrir, traz um benefício para a saúde. Mas isso não é fácil", admite.

Algumas substâncias já foram referendadas pela ciência, como o ácido graxo ômega 3, diz a agrônoma Inar de Castro, da USP. Mas outras vedetes da indústria precisam ser mais bem estudadas para que se tenha certeza de sua eficácia e segurança.

"Ainda não podemos afirmar que antioxidantes trazem algum benefício, como retardar o envelhecimento ou prevenir doenças. As pesquisas não são conclusivas. É possível até que tenham efeito contrário do que se espera",afirma Inar.

 


Luciana Rabello, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, concorda e defende o consumo dos chamados nutracêuticos - vitaminas, antioxidantes e suplementos como o de colágeno - apenas sob orientação médica. "Nada garante que a absorção gástrica do colágeno traz algum benefício à pele ou aos ossos. E seu consumo regular pode sobrecarregar os rins, bem como o excesso de vitaminas e minerais."

Consumidor perdido. Mesmo ao comprar produtos enriquecidos com ômega 3, reconhecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como auxiliar "na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídios", o consumidor pode ser induzido ao erro. Para que o fabricante coloque a alegação de funcional no rótulo, a agência exige que o produto contenha pelo menos 0,1g do ácido graxo por porção e tenha como origem o óleo de peixe. Pesquisas indicam ser necessário ingerir entre 1,5 g e 2 g da substância para obter algum benefício.

Mas é possível encontrar nas gôndolas produtos que destacam no rótulo a presença de ômega 3, mas não trazem a alegação de funcional aprovada pela Anvisa - seja porque a origem do nutriente não é o óleo de peixe ou porque sua quantidade é muito pequena. "Para a gente que é leiga parece tudo a mesma coisa", diz a dona de casa Conceição Pires, de 59 anos.

Não é bem assim. O ômega 3 da linhaça e dos óleos vegetais, como o de canola, é de um tipo diferente, cuja absorção pelo organismo é menor.

Aquele presente no suco da empresa Jandaia é extraído de algas e, de acordo com o fabricante, tem a mesma propriedade daquele retirado do óleo de peixe - sem o inconveniente do cheiro e do gosto forte. No entanto, cada copo de suco fornece apenas 0,008 g de ômega 3, ou seja, seriam necessários 200 copos para alcançar a quantidade ideal.

Walter de Souza, fornecedor da Jandaia, explica que acrescentar uma quantidade maior da substância ao suco deixaria o preço fora da média de mercado. "O plano é ter produtos economicamente viáveis para que o consumidor possa compor sua alimentação. Ele come um pão enriquecido, um suco, toma leite e assim chega à quantidade", diz.

Procurada pela reportagem, a Anvisa informou que o uso no rótulo de expressões como "contém ômega 3 ou "fonte de ômega 3" não são regulamentadas.

Enriquecidos. Rótulos que destacam informações como "fonte de ferro" ou "rico em vitaminas" também induzem o consumidor ao erro, diz o nutricionista Daniel Bandoni, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Muitos acabam achando que o consumo desses produtos os isenta de comer frutas e verduras. Mas estudos têm mostrado que a absorção dos nutrientes de produtos enriquecidos não é igual a dos alimentos in natura."

Além disso, continua Bandoni, a fortificação de produtos como refrigerantes e biscoitos recheados não anula características negativas, como o excesso de sódio, gordura, açúcar e aditivos químicos. "Não sou contra os industrializados, apenas acho que eles não podem ser a base de nossa alimentação", diz.

Para Jocelem Salgado, a indústria tem uma papel importante por sua capacidade de concentrar, em pequenas porções do alimento, altos teores de substâncias benéficas, como os fitosteróis, que reduzem a absorção do colesterol pelo organismo.

"Acredito que os alimentos funcionais podem sim prevenir doenças, desde que consumidos dentro de uma dieta equilibrada", defende.

Numa coisa os especialistas concordam: a receita para uma alimentação verdadeiramente saudável deve incluir uma grande variedade de alimentos in natura, grãos integrais e respeitar os hábitos culturais de cada população. Não há fórmula mágica.

Fonte Estadão

Programa de aids terá remédio para criança

Oferta. Novo remédio contra HIV beneficia paciente infantil  - Fernando Pereira/AE-19/6/2008Medicamento é o primeiro exclusivo para uso pediátrico e representa uma opção para menores de 6 anos que não respondem ao tratamento atual

Uma nova droga para tratamento de crianças e adolescentes com aids passará a ser distribuída pelo governo. O remédio, tripanavir, é o primeiro voltado exclusivamente para esses pacientes e representa uma opção para menores de 6 anos que já não respondiam a nenhum outro medicamento.

A mudança consta do novo consenso terapêutico infantil. Além do tripanavir, o documento inclui outras duas drogas que até então eram prescritas somente para adultos: fosamprenavir e darunavir. Os medicamentos serão distribuídos para crianças e adolescentes e combinados com outro antiaids, o ritonavir, em dosagens especiais.

"Quando uma criança menor de 6 anos não respondia ao tratamento, não havia nada a ser feito, a não ser manter a terapia. Isso muda agora", afirmou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco. O novo consenso substitui uma versão anterior, de 2009.

Existem no País cerca de 4 mil pacientes com menos de 13 anos. Desse total, 4,6% usam medicamentos chamados de 3ª linha - indicados para aqueles que não respondem mais a outros tratamentos.

Entre pacientes pediátricos, avalia Greco, o fenômeno da resistência tende a ocorrer mais rapidamente. Uma das razões apontadas é a menor aderência ao tratamento. "A falha no uso dos remédios ocorre não apenas por esquecimento, mas muitas vezes pelos efeitos colaterais que eles podem provocar na criança, como náuseas e diarreia", contou o diretor.

Novo paradigma. A maior parte das drogas indicadas até agora no tratamento de crianças era testada apenas em adultos. "Isso ocorria por regras de ética, que proibiam testes clínicos com idosos e menores", explicou.

Essa interpretação, no entanto, vem mudando nos casos em que testes são de interesse direto de pacientes menores - como os que não respondem à terapia tradicional. Essa mudança permitiu a realização de um acompanhamento clínico do uso do tripanavir em crianças.

De acordo com Greco, as novas drogas, além de mais esperança para pacientes que não respondem ao tratamento convencional, vão tornar mais fácil o uso do remédio, que virá em dosagens menores.

Este ano, o governo vai investir R$ 2,8 milhões com a compra dos quatro medicamentos indicados para tratamento pediátrico. O valor representa 28% dos R$ 9,7 milhões destinados para a compra de remédios usados na terapia de crianças com HIV.

Em 2009, o gasto brasileiro com pacientes pediátricos foi de R$ 6 milhões. Essas três drogas passam a ser as mais caras do conjunto usado para tratamento de crianças.

O darunavir é produzido pela Janssen-Cilag; o tripanavir, pela Boehringer Ingelheim; o fosamprenavir é da Glaxo-Smith-Kline; e o ritonavir, da Abbott. Greco afirmou que o tripanavir não será usado em adultos.

 
Fonte Estadão

Engenheiro colombiano cria marcapasso menor que grão de arroz

Aparelho não precisa de bateria porque usa a própria energia do coração para funcionar

O engenheiro eletrônico colombiano Jorge Reynolds, criador do primeiro marcapasso há 53 anos, anunciou neste final de semana o lançamento de um dispositivo que mede um terço de um grão de arroz e que não precisa de bateria, informou neste domingo (21) a rádio Caracol.

Reynolds, de 75 anos de idade, foi o inventor do primeiro marcapasso artificial externo com eletrodos internos em 1958, que pesava quase 50 kg e funcionava com uma bateria de automóvel.

O cientista anunciou a criação do novo aparelho durante o 4º Salão de Inventores e Alta Tecnologia em Medellín, na Colômbia. O engenheiro destacou que sua invenção poderá ser acompanhada por cardiologistas "de qualquer parte do mundo" pelo computador e pela internet e aproveitará a própria energia do coração, quando o órgão se contrai, para funcionar.

O novo nanomarcapasso, segundo seu criador, pode ser implantado facilmente em uma cirurgia ambulatorial. Reynolds disse que esse dispositivo foi um trabalho de 11 anos do grupo de pesquisa Acompanhamento do Coração Via Satélite, do qual faz parte, e que conta com o apoio do Instituto de Tecnologia de Taiwan e universidades dos Estados Unidos e de alguns países europeus.

Ele disse que em breve vai iniciar testes com animais e calculou que em cinco anos poderá ser implantado em pessoas.

O engenheiro criador do aparelho destacou também que outra vantagem será seu custo, pois será vendido por cerca de R$ 1.600 (US$ 1.000) valor muito inferior aos R$ 19.200 (US$ 12.000) que custam em média os aparelhos de hoje, muito maiores que o novo e que exigem bateria.

Reynolds estudou as frequências do coração de atletas, paraquedistas e de diferentes animais, e entre eles, fez várias pesquisas acústicas nas baleias jubarte (Megaptera novaeangliae) em águas do Oceano Pacífico colombiano.

Fonte R7

Câncer de Gianecchini exige quimioterapia mais forte e pode levar a transplante de medula

Linfoma de células T acomete apenas 10% dos pacientes com linfoma não HodgkinO linfoma de células T angioimunoblástico, diagnosticado no ator Reynaldo Gianecchini, é um tipo incomum de câncer e requer sessões mais intensivas de quimioterapia.


A doença é identificada por alterações genéticas nos linfócitos T (células responsáveis pela defesa do organismo contra infecções) e é marcada por sintomas como gânglios linfáticos inchados, febre, perda de peso, rachaduras na pele e níveis elevados de anticorpos no sangue chamados gamaglobulinas, segundo a Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia).

A doença é um dos 50 subtipos do linfoma não Hodgkin (veja no infográfico abaixo) e é considerada rara, pois acomete, em média, 10% dos pacientes com esse tipo de linfoma. A grande maioria (90%) é diagnosticada com o linfoma não Hodgkin do tipo B (alterações genéticas nos linfócitos B) – o mesmo diagnosticado na presidente Dilma Rousseff, em 2009, considerado mais leve.

Segundo Carlos Chiattone, professor de hematologia da Santa Casa de São Paulo e diretor da ABHH (Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia), a doença de Gianecchini costuma ser mais agressiva e tem um prognóstico menos favorável que os linfomas do tipo B.

- Aqueles sintomas que podem acompanhar febre, suor, perda de peso e coceira são mais frequentes nesse linfoma do que no de células B. De forma geral, os linfomas T são mais graves e mais agressivos do que os linfomas B.

O diagnóstico do linfoma do tipo T não é simples. Requer uma biópsia (coleta de uma amostra de tecido), geralmente dos gânglios linfáticos, e, em seguida, uma série de exames para detectá-lo. Em linhas gerais, a doença tem os mesmos sintomas do linfoma do tipo B, mas também pode afetar a pele, a mucosa do nariz, o intestino, o fígado e os tecidos abaixo da pele – ambos também considerados graves.

Dado o diagnóstico, os médicos devem avaliar qual o protocolo médico (tipo de tratamento) será adotado, levando em conta a idade, onde está localizado o câncer, o estágio da doença e o estado de saúde do paciente, para, então, chegarem a um programa exato.

Essa etapa é fundamental para aumentar as chances de cura, de acordo com a onco-hematologista Ana Lucia Cornacchioni, coordenadora do comitê cientifico médico da Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia).

- Parece perda de tempo, mas, na verdade, se ganha um tempo muito grande porque a chance de cura desse paciente se dá nesse momento, no melhor programa de tratamento escolhido.

Isso porque, se o paciente for idoso ou tiver graves problemas de saúde pode não suportar a quimioterapia. 

Tratamento Mas, na maioria dos casos, é esse o procedimento adotado. A quimioterapia consiste em um conjunto de medicamentos injetados na veia ou em cápsulas, que danificam as células cancerígenas. Mas como as células T são consideradas mais indolentes e, com maior risco de retornarem, em alguns casos, o tratamento culmina no transplante de medula. De acordo com a hematologista do Instituto Paulista de Cancerologia, Eloisa Martin, o procedimento é a alternativa real de cura da doença.

- Por definição [o linfoma de célula T] não é curável só com quimioterapia, tem risco de voltar. É curável com transplante de medula.

A onco-hematologista Ana Lucia Cornacchioni, no entanto, não vê a alternativa como a única solução para exterminar a doença.

- Não sei o estágio da doença dele, então não sei a sua chance de cura. Pode ser muito avançado e mesmo assim tem chance de cura.

Segundo ela, o fato de Gianecchini ser jovem – o ator tem 38 anos – indica que os médicos podem intensificar mais o tratamento, envolvendo ou não o transplante.

- Com isso a gente imagina que ele vai tolerar mais a quimio e propor tratamentos mais intensivos com chances maiores de cura, claro.

A maior desvantagem no tratamento desse tipo de linfoma é a falta de um anticorpo que lute contra as células cancerígenas, como já existe no tratamento do linfoma de célula B. A imunoterapia consiste na utilização de um anticorpo monoclonal (retirado de um único linfócito), neste caso da própria célula B, que usa as defesas do organismo para combater as células “ruins”. É usado junto à quimioterapia.

Esse tipo de tratamento pode ser usado antes da quimio, para “dar uma limpada” no ambiente, ou após, para tratar as células do câncer que ainda sobraram no organismo.

Como ainda não foi descoberto um anticorpo da célula T, a saída mais utilizada é o reforço da quimioterapia, segundo Chiattoni.

- O tratamento é feito, via de regra, com quimioterapia de doses maiores ou mais recorrentes do que se usa nos linfomas B e, para a maioria dos casos, depois da quimio você reforça com um transplante autólogo [retirado da própria pessoa] de medula óssea.

De acordo com o professor da Santa Casa, a juventude e a boa saúde do ator são seus maiores aliados contra a doença.

- Ter um bom estado geral de saúde e ser jovem facilita o tratamento e amplia muito a possibilidade de cura.

Fonte R7

Argentina e o Uruguai lideram lista latino-americana de doação de órgãos

Lista mundial de doação de órgãos é liderada pela Espanha

A Argentina e o Uruguai lideraram em 2010 a lista latino-americana de doadores de órgãos, com taxas respectivas de 14,5 e 14,4 doadores por milhão de habitantes, segundo o Relatório de Transplantes 2011, que o Conselho da Europa vai publicar em setembro.

No documento, elaborado pela Direção Europeia para a Qualidade dos Medicamentos e Cuidados de Saúde, foi divulgado o número de doadores de órgãos de ambos os países em 583 e 49, respectivamente. Entre os países que completam a lista estão a Colômbia (12,3 por milhão de habitantes), Brasil e Cuba (9,9), Chile (5,4), Panamá (3,7), Costa Rica (3,5), Venezuela (3,4), Peru (3,2), México (2,8), Equador (2,5), Bolívia (1,4) e República Dominicana (1,1).

A lista mundial de doação de órgãos é liderada pela Espanha com 32 doadores por milhão de habitantes, enquanto que os Estados Unidos apresentaram uma taxa de 25. Segundo o relatório, o número global de pessoas mortas que doaram seus órgãos na América Latina em 2010 foi de 3.950.

Na região foram realizados no ano passado 10.112 transplantes de rim, 2.168 de fígado, 350 de coração, 210 de pâncreas, 120 de pulmão e 13 de intestino delgado. Os estudiosos destacaram os 4.660 transplantes de rim praticados no Brasil, os 1.082 da Argentina e os 867 da Colômbia.

Concretamente, a taxa de transplantes de rim por milhão de habitantes é liderada pelo Uruguai (27,4 por cada milhão de habitantes, ou seja, 93 transplantes), seguido da Costa Rica (27,2), Argentina (26,6), Brasil (23,8), México (20,4), Colômbia (18,7), Chile (11,7), Panamá (11,1) e Cuba (10,4).

A União Europeia registrou números mais elevados, com 18.246 transplantes de rim, 6.655 de fígado, 1.984 de coração, 1.505 de pulmão, 769 de pâncreas e 50 de intestino delgado. O relatório detalha o número de entrevistas realizadas com familiares de potenciais doadores de órgãos, assim como a percentagem de rejeições à proposta de doação.

No Brasil foram realizadas 6.979 entrevistas com apenas 25,8% de rejeições, enquanto que as 1.252 consultas efetuadas na Argentina, 46,5% obtiveram respostas negativas. Os maiores índices de rejeição à doação se produziram na Bolívia (70%) e na República Dominicana (53,6%), e os menores no Uruguai (16,1%), Cuba (22%), Colômbia (25,5%) e Venezuela (27,3%).

Fonte R7