Número de mortes ocorreu em 12 dias. Sindicato dos médicos atribui as mortes a infecção hospitalar e pede investigação do MP
O presidente do Sindicato dos Médicos do Pará, João Gouveia, pediu ontem ao Ministério Público Estadual (MPE) e ao Ministério Público Federal (MPF) que investiguem a denúncia de que 25 recém-nascidos morreram nos primeiros 12 dias deste mês na UTI neonatal da Santa Casa de Misericórdia do Pará, em Belém. A média chega a duas mortes por dia, segundo informou o jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo a reportagem, a principal causa das mortes seria o alto índice de infecção hospitalar no local que recebe grande demanda de grávidas, a maioria adolescentes, oriundas do interior do Estado.
De acordo com o Gouveia, a direção da Santa Casa já vinha sendo alertada para o problema, inclusive o risco de morte por infecções já haviam sido debatidas em assembleia geral, realizada no dia 17 de abril passado, que contou com a presença de pediatras e obstetras do hospital. O presidente do sindicado informou ao Estadão que aguardavam as providências, que não foram tomadas.
Para a direção da Santa Casa, o porcentual de duas mortes por dia estaria dentro da “normalidade”, mas a causa não seria a infecção hospitalar, e sim o “baixo peso, a maioria abaixo de 1,2 quilo”, dos recém-nascidos. A grande demanda de grávidas seria também um dos motivos da falta de melhor atendimento.
O governador Simão Jatene (PSDB) ainda não se manifestou. Em junho de 2011, seis meses depois de ele assumir o governo, morreram 63 bebês no hospital.
Fonte: Com informações de O Estado de S. Paulo
Por SaudeWeb
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