Foto: Michael Mercier/UAH Equipe de pesquisa responsável pelo estudo com a Dra. Carmen Scholz (ao centro). Sensores foram revestidos com camadas finas de copolímeros em bloco personalizados |
Pesquisadores da Universidade do Alabama, nos EUA, desenvolveram polímeros biocompatíveis que podem revestir sensores implantados no corpo para monitorar as funções corporais sem desencadear reações do sistema imune.
A abordagem impede que o sistema imune reconheça o dispositivo como invasor e atrapalhe seu funcionamento.
Implantes minúsculos usados para monitorar a saúde ou fornecer insulina ou qualquer outro medicamento com base na necessidade imediata são avanços na medicina personalizada. "Nossa pesquisa é sobre qualquer coisa que você pode colocar em um dispositivo para que o corpo não possa senti-lo", afirma a líder da pesquisa Carmen Scholz.
Pesquisa recente provou a estabilidade in vitro e a não toxicidade de camadas finas de copolímeros em bloco personalizados que revestiram pequenos sensores. Após mais testes, os sensores revestidos puderam ser implantadas em pacientes para detectar a glicose no sangue, o dióxido de carbono e os níveis de pH do soro.
O revestimento utiliza um conceito de multicamada que inclui uma camada de vedação hermética, uma barreira de difusão mais interna quimicamente inerte aos íons e umidade e uma camada superficial de copolímeros em bloco anfifílicos.
Implantados sob a pele de um paciente, os sensores revestidos puderam emitir dados para controlar uma bomba de insulina ou monitorar funções corporais para proporcionar uma maior informação para o médico responsável pelo tratamento de um paciente com problemas respiratórios. Uma vez que os revestimentos tornam os implantes invisíveis para o sistema imunológico, o corpo não reage a eles como um invasor e permite que eles funcionem.
O recente trabalho é uma continuação do desenvolvimento de revestimentos biocompatíveis para o Projeto Retinal Implant Boston, fundado na década de 1980. O projeto tem sido bem sucedido no desenvolvimento de dispositivos médicos para restaurar algum grau de visão em pacientes que ficaram cegos devido a retinite pigmentosa ou degeneração macular relacionada à idade.
No trabalho, revestimentos biocompatíveis foram necessários para adaptar os dispositivos da retina de modo que não seriam rejeitados enquanto são utilizados para emitir sinais elétricos ao cérebro e restaurar a visão. "Podemos fazer revestimentos para todos os tipos de implantes. Essa é a nossa expertise, fazer esses tipos de revestimentos", afirma Scholz.
Segundo Scholz, a técnica é única porque não usa metais pesados para catalisar as polimerizações. Isso o diferencia de outros que trabalham com sistemas poliméricos semelhantes, mas muitas vezes usam metais pesados que depois têm que ser removidos durante o processo.
Fonte isaude.net
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