Teste piloto do sistema usando amostras de biópsia do colo do útero de 25 mulheres que tiveram exames de Papanicolau anormais mostrou um nível de precisão que combinava com o padrão atual da indústria para testes de diagnóstico
Um dispositivo novo, que deve ser adicionado a um smartphone, pode ser capaz de diagnosticar com precisão e de forma barata o câncer. A tecnologia pode ser útil em áreas remotas. Conhecido como D3, o dispositivo foi projetado para ser usado por médicos especialistas, e não pelo público em geral, e até agora parece tão preciso quanto os testes mais desenvolvidos e caros de uso corrente, mas a um preço de apenas 1,80 dólar (cerca de R$ 5,6) por paciente. A pesquisa foi divulgada na Proceedings of the National Academy of Sciences, uma revista científica norte-americana.
"Acreditamos que a plataforma que desenvolvemos fornece recursos essenciais a um custo extraordinariamente baixo", afirmou o co-autor Cesar Castro, médico do Massachusetts General Hospital Cancer Center and Center for Systems Biology.
D3 é a sigla para "diagnóstico difração digital", e o sistema "apresenta um módulo de imagem com uma luz de LED alimentada por bateria encaixado num smartphone padrão que grava dados de imagens de alta resolução com sua câmera", disse o estudo.
"Com um maior campo de visão do que a microscopia tradicional, o sistema D3 é capaz de gravar dados em mais do que 100.000 células a partir de uma amostra de sangue ou tecido numa única imagem".
O processo envolve a adição de microesferas de uma amostra de sangue ou tecido. As microesferas se ligam a moléculas relacionadas ao câncer. A amostra é em seguida carregada no módulo de imagem D3.
Esses dados podem ser rapidamente enviados através de um serviço de armazenamento em nuvem seguro e criptografado para um servidor de processamento.
Então, a presença de moléculas específicas, que mostram se o câncer está presente, pode ser detectada através da análise dos padrões de difração gerados pelas microesferas, mostrou o estudo. Os resultados podem ser enviados ao médicos em minutos ou horas, em vez de dias ou semanas.
Um teste piloto do sistema usando amostras de biópsia do colo do útero de 25 mulheres que tiveram exames de Papanicolau anormais mostrou um nível de precisão que combinava com o padrão atual da indústria para testes de diagnóstico, segundo o estudo.
Outro teste usando o D3 para analisar amostras de biópsia de linfonodo por agulha fina "foi capaz de diferenciar com precisão quatro pacientes cujo diagnóstico de linfoma foi confirmado por patologia convencional de outros quatro com linfadenomegalia benigna".
Mais pesquisas são necessárias em um maior número de cânceres para verificar as conclusões preliminares do novo dispositivo.
Mas o pesquisador Ralph Weissleder, diretor do Centro de MGH para Biologia de Sistemas, disse que espera que o dispositivo quebre muitas das barreiras que existem no diagnóstico do câncer, particularmente em áreas remotas ou pobres.
"Aproveitando o aumento da presença da tecnologia de telefonia móvel em todo o mundo, o sistema deve permitir a triagem rápida dos casos suspeitos ou de alto risco, o que poderia ajudar a compensar os atrasos causados pelos serviços limitados de patologia nessas regiões e reduzir a necessidade do retorno dos pacientes os cuidados de acompanhamento, o que é um desafio para eles".
"Acreditamos que a plataforma que desenvolvemos fornece recursos essenciais a um custo extraordinariamente baixo", afirmou o co-autor Cesar Castro, médico do Massachusetts General Hospital Cancer Center and Center for Systems Biology.
D3 é a sigla para "diagnóstico difração digital", e o sistema "apresenta um módulo de imagem com uma luz de LED alimentada por bateria encaixado num smartphone padrão que grava dados de imagens de alta resolução com sua câmera", disse o estudo.
"Com um maior campo de visão do que a microscopia tradicional, o sistema D3 é capaz de gravar dados em mais do que 100.000 células a partir de uma amostra de sangue ou tecido numa única imagem".
O processo envolve a adição de microesferas de uma amostra de sangue ou tecido. As microesferas se ligam a moléculas relacionadas ao câncer. A amostra é em seguida carregada no módulo de imagem D3.
Esses dados podem ser rapidamente enviados através de um serviço de armazenamento em nuvem seguro e criptografado para um servidor de processamento.
Então, a presença de moléculas específicas, que mostram se o câncer está presente, pode ser detectada através da análise dos padrões de difração gerados pelas microesferas, mostrou o estudo. Os resultados podem ser enviados ao médicos em minutos ou horas, em vez de dias ou semanas.
Um teste piloto do sistema usando amostras de biópsia do colo do útero de 25 mulheres que tiveram exames de Papanicolau anormais mostrou um nível de precisão que combinava com o padrão atual da indústria para testes de diagnóstico, segundo o estudo.
Outro teste usando o D3 para analisar amostras de biópsia de linfonodo por agulha fina "foi capaz de diferenciar com precisão quatro pacientes cujo diagnóstico de linfoma foi confirmado por patologia convencional de outros quatro com linfadenomegalia benigna".
Mais pesquisas são necessárias em um maior número de cânceres para verificar as conclusões preliminares do novo dispositivo.
Mas o pesquisador Ralph Weissleder, diretor do Centro de MGH para Biologia de Sistemas, disse que espera que o dispositivo quebre muitas das barreiras que existem no diagnóstico do câncer, particularmente em áreas remotas ou pobres.
"Aproveitando o aumento da presença da tecnologia de telefonia móvel em todo o mundo, o sistema deve permitir a triagem rápida dos casos suspeitos ou de alto risco, o que poderia ajudar a compensar os atrasos causados pelos serviços limitados de patologia nessas regiões e reduzir a necessidade do retorno dos pacientes os cuidados de acompanhamento, o que é um desafio para eles".
AFP / Saúde Plena