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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Médicos condenam gravidez múltipla de idosa de 65 anos: antinatural e antiética

Parto no hospital: doulas estão proibidas de participar, segundo resolução do Cremerj
Thinkstock/Veja: Parto: quanto mais avançada a idade da mãe,
maior o risco de complicações
A alemã Annegret Raunigk, de 65 anos, está esperando quádruplos após ter se submetido a uma fertilização artificial. No Brasil, o Conselho Federal de Medicina recomenda que tratamentos de gravidez sejam feitos em mulheres com até 50 anos
 
A professora alemã Annegret Raunigk, de 65 anos, tem treze filhos e quis aumentar a prole. Após se submeter a um tratamento de fertilização in vitro, está na 21.ª semana de gestação, à espera de quádruplos. Se a gestação seguir conforme o esperado, Annegret será a mulher mais velha a dar à luz quadrigêmeos. A notícia correu o mundo, como um feito da medicina. Para especialistas em reprodução humana ouvidos pelo site de VEJA, no entanto, a gravidez da alemã é antinatural e antiética.
 
Todas as mulheres nascem com os óvulos que terão na vida e, a cada menstruação, uma parcela deles é perdida. A menopausa significa que o estoque de óvulos da mulher acabou, por isso ela para de menstruar. Os ovários também perdem sua função e entram em falência, causando a queda na concentração de hormônios femininos produzidos por eles, como estrogênio e progesterona.
 
Não há nenhum consenso ou diretriz internacional que limite a idade da mulher para se submeter à reprodução assistida. Entretanto, no Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) recomenda que os procedimentos sejam feitos em mulheres com até 50 anos de idade. Depois, os riscos para a saúde da mãe e do bebê aumentam consideravelmente. "Fazer um tratamento em uma mulher de 65 anos é altamente questionável do ponto de vista natural e ético, porque o potencial de letalidade é alto e o profissional pode ser responsabilizado caso algo aconteça com a paciente ou com o bebê", afirma Monteleone.
 
O ginecologista Carlos Alberto Petta, professor da Faculdade de Medicina da Unicamp e responsável pelo Centro de Reprodução Humana do Hospital Sírio-Libanês, concorda. "Quanto mais avançada a idade da mãe, maior o risco de ela desenvolver hipertensão e diabetes gestacional, que colocam em risco a vida dela e a do bebê", diz.
 
Gravidez múltipla
Tão preocupante quanto a idade da alemã é a quantidade de bebês que ela carrega. Uma gravidez de quádruplos possui 65% de risco de prematuridade extrema, ou seja, crianças que nascem com menos de 1 quilo e 29 semanas de gestação. Além disso, os riscos de complicações para a mãe, como pressão alta e pré-eclâmpsia, são maiores.
 
Segundo o ginecologista Pedro Monteleone, uma das bandeiras da medicina reprodutiva atualmente é o combate à gestação múltipla, que representa um risco para a saúde da mulher em qualquer idade.
 
Por isso, médicos têm procurado limitar o número de embriões implantados. No Brasil, funciona da seguinte forma: em fertilizações que utilizam óvulos de mulheres com até 35 anos, são implantados até dois embriões; para óvulos de mulheres entre 36 e 39, até três embriões; a partir dos 40 anos, até quatro embriões.
 
"Não é somente a reserva ovariana que diminui com o avanço da idade, mas a qualidade dos óvulos também", explica Carlos Alberto Petta. "Além de ter maior dificuldade para engravidar, a mulher terá mais risco de aborto e de problemas como má formação e mutações no embrião."

Veja

Laboratórios devem realizar teste da rastreabilidade até o fim do ano

Até o fim deste ano, os laboratórios farmacêuticos deverão enviar à Anvisa três lotes totalmente rastreáveis de medicamentos, dando início assim a fase piloto do sistema aprovado em dezembro de 2013, através da resolução RDC 54
 
Ela prevê o rastreamento dos medicamentos por meio eletrônico, de forma a permitir a consulta ao histórico, aplicação e localização de toda unidade de medicamento produzido, dispensado ou vendido no território nacional, por meio de sistemas de informação armazenados em bancos de dados, que possibilitem o controle do produto desde a fabricação até a sua entrada no estabelecimento que realiza a dispensação. Sua implementação deverá acontecer até dezembro de 2016 para todos os medicamentos comercializados e distribuídos no país.
 
"A comunidade europeia investiu US$ 5,3 milhões para atingir em 2018 todos os requerimentos exigidos. Na Argentina, por exemplo, estão prevendo também a rastreabilidade de dispositivos médicos", comenta Charles Hoppenstadt, vice-presidente e gerente geral da área de Life Sciences Solutions da Axway, que esteve no Brasil para compartilhar a experiência de diversos países, que estão em diferentes estágios de implantação da rastreabilidade.
 
Desafios
Para o especialista a adoção das rastreabilidade é complexa, pois exige modificações desde a etapa de produção, no chão de fábrica, passando pelos sistemas de supply chain e logística, até a ponta do recebimento pelas farmácias, clínicas e hospitais. Com ela, a indústria pretende eliminar o contrabando e as falsificações de medicamentos nas farmácias. Para a área hospitalar, o intuito é evitar a dispensação de medicamentos errados aos pacientes.
 
Segundo ele, tem da haver um modelo de dados que faça o relacionamento de todos os centros da cadeia de rastreabilidade. Normalmente, o modelo de dados utilizado é EPCS (Experimental Physics and Industrial Control System) que gera o número de série dos medicamentos. "O desafio é a interoperabilidade entre todos os envolvidos na cadeia de distribuição", explica.
 
TI Inside

Cientistas investigam como genética pode interferir em respostas a placebo

Cientistas investigam como genética pode interferir em respostas a placeboA compreensão dos processos genéticos de resposta ao placebo pode contribuir para o aprimoramento dos tratamentos médicos, indicou uma investigação publicada nesta segunda-feira pela revista científica “Cell Press”
 
A compreensão dos processos genéticos de resposta ao placebo pode contribuir para o aprimoramento dos tratamentos médicos, indicou uma investigação publicada nesta segunda-feira pela revista científica “Cell Press”.
 
“Entender os genes relacionados com as respostas ao placebo abre a possibilidade para melhorar a resposta dos pacientes aos tratamentos médicos e farmacêuticos e aperfeiçoar a pesquisa sobre as diferentes reações ao placebo”, explicou a autora principal do estudo, Kathryn Hall.
 
Hall e sua equipe analisaram se os processos biológicos dos pacientes que respondem ao efeito placebo são diferentes dos que não o fazem.
 
Estudos anteriores revelaram que certas vias nervosas ajudam a acelerar o efeito placebo, enquanto os cientistas do Beth Israel Deaconess Medical Center de Boston (EUA) analisaram se as variações genéticas nessas vias podem modificar o efeito placebo.
 
“Estas conclusões abrem a possibilidade de usar exames genéticos para identificar os transmissores do placebo. Mas poderiam existir conflitos éticos ao realizar provas genéticas para determinar se um paciente é sensível ao placebo”, argumentaram os pesquisadores.
 
Estas revelações poderiam dirigir melhor a seleção dos pacientes para os ensaios médicos, por exemplo ao assinalar os que deveriam ser excluídos porque têm tendência a experimentar melhora independentemente do tratamento que receberem.
 
“São hipótese novas que, até onde sabemos, não foram ainda abordadas pela literatura científica. É necessário mais investigação neste sentido”, disse Hall.
 
“Nossa proposta de incorporar estudos de placebo nos futuros testes médicos é inovadora e pode representar uma redução considerável de despesas, além de oferecer conhecimentos sobre os mecanismos envolvidos na resposta ao placebo em uma ampla variedade de doenças e tratamentos”, acrescentou o especialista.

EFE Saúde

Rio: centro de armazenamento de células-tronco vai atender famílias pobres

O maior centro de armazenamento de amostras biológicas e de manipulação de células da América Latina, localizado no Polo de Biotecnologia do Rio de Janeiro (Bio-Rio), na Ilha do Fundão, foi reinaugurado ontem (14) após obras de ampliação
 
O laboratório da empresa Cryopraxis, que atua na pesquisa e armazenamento de células do cordão umbilical, a partir de agora será capaz de reservar 10% das amostras de células disponíveis em seu banco de sangue para famílias pobres.
 
O investimento de R$ 5 milhões, em recursos da própria Cryopraxis, proporcionou um aumento de 40% na área instalada do laboratório e dobrou a capacidade de armazenamento, chegando a 80 mil amostras de sangue coletadas em todo o país. O laboratório trabalha armazenando as células de doadores com histórico de doenças genéticas como a leucemia, recolhidas no momento do parto para que no futuro, caso a doença se manifeste, a pessoa possa ser tratada com suas próprias células.
 
"Se uma criança desenvolver uma leucemia e houver a necessidade de um transplante de medula óssea, ela faz a requisição desse sangue que já está pronto para ser utilizado. Não há a necessidade de procurar em um banco público em que, devido à grande miscigenação, a chance de encontrar material compatível é de 1 para 100 mil. Com a célula da própria pessoa, a compatibilidade é de 100%, facilitando e agilizando o tratamento", explicou a diretora técnica da Cryopraxis, Janaína Machado.
 
O crescimento do laboratório levou ao surgimento do chamado “armazenamento social”. A partir de maio de 2015, famílias pobres do Rio de Janeiro e de São Paulo, com histórico genético de leucemia, terão acesso gratuito ao armazenamento de células-tronco do sangue de cordão umbilical para uso particular.
 
De acordo com Eduardo Cruz, presidente da Cryopraxis, a iniciativa faz parte de uma decisão da empresa de estender o serviço para quem pode precisar e não tem condições de pagar. “Vamos receber e analisar as solicitações de gestantes que comprovem o histórico genético na família. No Rio, o Instituto de Pediatria da UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro], uma das instituições mais respeitadas quando se trata da promoção da saúde e do bem-estar da criança e do adolescente, vai contribuir na identificação e no encaminhamento de casos com potencial de uso”, disse.
 
Presente à cerimônia de inauguração, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, destacou a importância do investimento. "Temos dado todos os incentivos para pesquisa e desenvolvimento na Ilha do Fundão, como a redução de impostos para a importação de equipamentos. Nessa parceria específica, na área de biotecnologia, estamos destinando 10% do incentivo para as pesquisas de células-tronco com famílias carentes, por meio do Rio Solidário”.
 
Agência Brasil

Justiça paulista cria núcleo para mediar conflitos envolvendo planos de saúde

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) criou ´na segunda-feira (13) o Núcleo de Apoio Técnico e de Mediação, que, em um mês, deverá solucionar em 24 horas as liminares envolvendo conflitos entre clientes e empresas de planos de saúde
 
O núcleo atuará em parceria com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) e Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde).
 
De acordo com a Justiça paulista, a criação do núcleo atende a recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que os tribunais tenham mais eficiência na solução de demandas que envolvem assistência à saúde. O NAT funcionará nas dependências do Fórum João Mendes Júnior, no centro da capital. Caberá ao núcleo analisar os casos e mediar o entendimento ente segurados e as companhias de saúde.
 
“Além de garantir o atendimento e a observância das coberturas legais e contratuais de assistência à saúde por planos privados, o NAT oferecerá aos magistrados ferramentas e informações técnicas do setor, instrumentos que auxiliam, previamente, o exame dos pedidos de concessão de provimentos jurisdicionais em caráter de urgência”, informou o comunicado do TJSP.
 
Com base em dados do setor, o tribunal esclareceu que os beneficiários de planos de saúde no estado de São Paulo somam mais de 19 milhões de pessoas. Apenas na capital, a taxa de cobertura da assistência médica privada atinge mais da metade da população (59,6%).
 
Em nota, a diretora-presidente substituta da ANS, Martha Oliveira, afirmou que a medida reforça as ações implementadas pela agência para solução extrajudicial de conflitos e representa importante avanço contra práticas lesivas ao consumidor.
 
Agência Brasil

Estabelecimento paulistano que proibir amamentação será multado em R$ 500

Uma lei municipal, sancionada ontem (14) pelo prefeito Fernando Haddad, garante o direito ao aleitamento materno na capital paulista

Com a nova legislação, estabelecimentos comerciais, culturais, recreativos ou de prestação de serviço, públicos ou privados, que proibirem ou constrangerem mulheres de amamentar seus filhos estão sujeitos à multa de R$ 500. Isso ocorre independentemente de existirem áreas destinadas à amamentação.

O valor da multa poderá ser corrigido anualmente, de acordo com a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulada no exercício anterior. Em caso de reincidência, a multa é duplicada. O projeto de lei é de autoria dos vereadores Aurélio Nomura, Patrícia Bezerra e Edir Sales.
 
Agência Brasil

Ministério raciona envio de hemoderivados para oito Estados


Pacientes com hemofilia estão enfrentando desde novembro racionamento de produtos essenciais para a sobrevivência, os hemoderivados, em oito Estados
 
A recomendação é de que a quantidade suficiente para o controle seja entregue mensalmente. Por razões que o Ministério da Saúde não informou, os frascos dos derivados de sangue têm sido entregues em quantidade insuficiente, obrigando pacientes a reduzir a dosagem e a se deslocar várias vezes no mês para obter uma quantidade mínima do produto.
 
"É uma tortura. Minha vida depende de hemoderivados. Já imaginou ir dormir sem saber se vou ter o suficiente para me tratar no dia seguinte? Se vou receber o produto ou não?", afirmou Venicios Sandy de Barros, de 31 anos, que tem hemofilia A grave. Com as falhas na entrega do medicamento, ele foi obrigado a reduzir a dose do tratamento.
 
"Ninguém fura a veia para aplicar o produto por gostar. O que mais angustia é olhar para a geladeira onde guardo o remédio e ver que ela está vazia, que posso ter um acidente e sangrar sem que o remédio esteja disponível." Ele recebe mensalmente 12 frascos do hemoderivado. Há dois meses, a quantia foi reduzida à metade.
 
A hemofilia é uma doença congênita. Pacientes com o problema têm deficiência nas proteínas que atuam na coagulação do sangue. Aqueles com hemofilia A têm deficiência no fator VIII. Já os com hemofilia B, a deficiência ocorre no fator IX. Em razão da doença, os pacientes apresentam sangramentos, muitas vezes espontâneos.
 
Hemoderivados, que antes eram usados apenas para conter as crises, agora também são considerados como prevenção. Pacientes são medicados com o derivado não só para tratar, mas para evitar que a crise aconteça. "A qualidade de vida melhora de forma significativa", contou Barros.
 
Agora, com o racionamento, as dores voltaram e as hemorragias, também. A mais recente, no ombro, aconteceu justamente quando ele havia ido ao centro, para conseguir mais frascos do derivado de sangue. Morador da cidade mineira Barbacena, precisa ir até Juiz de Fora para obter o produto. "As viagens para mim são desgastantes. Quanto mais vezes tenho de ir, mais risco eu corro."
 
Mariana Batazza Freire, vice-presidente da Federação Brasileira de Hemofilia, afirma que o problema se repete no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio, Ceará e Paraíba. "Houve uma redução significativa da distribuição feita pelo Ministério da Saúde. Com isso, os estoques dos Estados, que eram de dois, três meses, acabaram. E sem estoques o racionamento piorou."
 
Mariana contou que a federação já alertou o ministério sobre o drama enfrentado pelos pacientes. A resposta recebida foi que o problema seria solucionado neste mês. "As informações prestadas foram insuficientes."
 
Sem falta
Em nota, o Ministério da Saúde limitou-se a afirmar não haver falta do medicamento. E que os estoques estariam sendo regularizados a partir deste mês. A pasta não informou as razões da redução da distribuição, tampouco as medidas que eventualmente tenham sido adotadas para evitar que o problema se repita.

Estadao Conteudo

Aberta consulta pública para proposta de enquadramento de medicamentos isentos de prescrição

A Anvisa abriu Consulta Pública sobre o enquadramento de medicamentos isentos de prescrição (MIPs). Cidadãos, representantes da sociedade civil e do setor regulado têm do dia 15 de abril ao dia 15 de junho de 2015 para contribuir para a proposta. O texto está descrito na Consulta Pública º 27, que trata do tema
 
Atualmente, a RDC 138/2003 estabelece lista exaustiva de grupos e indicações terapêuticas passíveis de venda sem prescrição. A ausência de atualização da lista nos últimos anos impossibilitou que medicamentos que tivessem perfil de segurança e uso compatíveis com a venda sem prescrição fossem incorporados à categoria de venda. Assim, esse é um dos principais motivos para a atualização da norma.
 
A proposta inicial prevê que um medicamento será enquadrado como isento de prescrição se for confirmado que ele é comercializado no mercado há, no mínimo, dez anos. Para isso, a empresa precisará apresentar documentos que comprove essa alegação.
 
As reações adversas do medicamento devem ter casualidades conhecidas e reversíveis após o uso. Além disso, o potencial de toxicidade precisa ser baixo, bem como o de interação medicamentosa. Os MIPs não devem apresentar possibilidade de dependência.
 
O texto propõe, ainda, que, para enquadramento como isento de prescrição, é necessário que as reações ao medicamento apresentem sinais ou sintomas identificáveis pelo paciente. O período de utilização deverá ser em curto prazo. Para um período maior de tratamento, o médico deverá ser consultado.
 
Pela proposta, as empresas possuidoras do registro de produtos que sejam reenquadrados como livres de prescrição deverão submeter uma petição eletrônica em até 180 dias após a atualização, apresentando uma lista de “notificação de alteração de texto e bula” e uma “solicitação de alteração de restrição de prescrição”.
 
ANVISA 

Comer fora aumenta risco de desenvolver pressão alta

Pesquisadores analisaram jovens adultos em idade universitária, entre 18 e 40 anos
Pesquisadores analisaram jovens adultos em idade universitária,
 entre 18 e 40 anos
Segundo estudo, homens têm 49% de chance de desenvolver hipertensão quando não fazem as refeições em casa, contra 9% das mulheres; cada refeição extra aumenta esse risco em 6%
 
Um estudo recente feito por pesquisadores da Escola de Graduação em Medicina Duke-NUS, em Singapura, e publicado no periódico “American Journal of Hypertension” é o primeiro a mostrar uma associação entre pressão alta com o hábito de comer fora de casa dos jovens universitários.
 
Os resultados da pesquisa destacaram fatores de estilo de vida que podem afetar a pressão arterial e enfatizam a importância de se manter atento ao consumo de sal e calorias nas comidas, para facilitar a escolha de refeições melhores quando comer fora.
 
Em termos globais, a pressão arterial elevada, ou hipertensão, é o principal fator de risco de morte associada à doença cardiovascular. Estudos têm mostrado que jovens adultos com pré-hipertensão, como é a chamada a condição de pressão arterial ligeiramente elevada, estão em risco muito elevado de desenvolver pressão alta. Comer fora de casa está associado a uma maior ingestão calórica, de gordura saturada e de sal, que os pesquisadores suspeitam serem o causador da pressão alta.
 
Tazeen Jafar, professor da Duke-NUS, idealizou e supervisionou o estudo para descobrir os comportamentos associados com a hipertensão em jovens adultos do sudeste asiático. A equipe coordenada por ele pesquisou 501 jovens adultos em idade universitária, entre 18 e 40 anos, em Singapura. Foram coletadas informações sobre pressão arterial, índice de massa corporal e estilo de vida, incluindo o tipo de alimentação que tiveram fora de casa, bem como o nível de atividade física de cada um. A associação com a pressão alta, então, foi determinada.
 
Estilo de vida
Usando análises estatísticas, a equipe de Jafar descobriu que o quadro de pré-hipertensão foi encontrado em 27,4% da população total, e 38% dos jovens comeram, por semana, mais de 12 refeições fora de casa.
 
O estudo também mostrou que os casos de pré-hipertensão eram mais recorrentes em homens do que em mulheres. Entre eles, 49% foram diagnosticados com o problema, contra 9% delas. Além disso, os pesquisadores descobriram que os com pré-hipertensão ou hipertensão tinham mais probabilidade de fazer mais refeições fora de casa por semana, bem como um índice de massa corporal maior, menos atividades físicas e fumarem na época.
 
O estudo também mostrou que comer uma refeição extra fora de casa aumenta o risco de pré-hipertensão em 6%.

"Embora tenham estudos conduzidos nos Estados Unidos e Japão para descobrir os comportamentos ligados à hipertensão, havia poucos sobre a população do sudeste asiático”, disse Jafar, em comunicado. “Nossa pesquisa liga aquela distância que havia entre esses estudos e destaca fatores como estilo de vida, que estão associados com a pré-hipertensão e hipertensão. Esses fatores são potencialmente modificáveis, e poderia ser aplicável a adultos jovens globalmente, especialmente aqueles de ascendência asiática”.
 
Os resultados do estudo podem ser usados ​​para modificar o comportamento por meio de mudanças nas recomendações clínicas. Médicos poderão, com os dados em mãos, aconselhar os jovens adultos a modificar seus hábitos, enquanto políticas públicas sobre alimentação podem mudar para regular melhor o sal e a gordura em restaurantes. Além disso, os médicos poderão advertir que os homens têm mais predisposição a ter pressão alta nessas condições.
 
iG

Droga usada contra leucemia pode tratar outros tipos de câncer

Nova substância será usada contra as versões mais agressivas da doença
 
Boston, EUA. Uma nova substância que combate as células-tronco de tumores é uma promessa no tratamento de câncer. Cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, descobriram que o ácido all-trans-retinoico (Atra) – um composto já aprovado para o tratamento de Leucemia Promielocítica Aguda (LPA) – inibe a enzima Pin 1, regulando as proteínas responsáveis pela proliferação celular de vários tipos de tumor.
 
A substância seria usada para atingir as células-troco do tumor em terapias-alvo (que atacam diretamente as células cancerosas e causam menos danos às células saudáveis). Com o Atra, o tratamento vai bloquear os caminhos de fuga das células tumorais pelo corpo (o que também faz com que o câncer volte a se manifestar).
 
A pesquisa, publicada anteontem na revista científica “Nature Medicine”, analisou mais de 8.200 substâncias, algumas já aprovadas nos EUA. O Atra foi descoberto na década de 80 e é uma importante droga para tratar a LPA. Antes dele, a mortalidade era maior devido a intensos sangramentos ocasionados pela doença. Agora, os pesquisadores mostraram que seu mecanismo de ação é diferente do que se pensava.
 
Tumor agressivo
“O uso do Atra para inibir e destruir a enzima Pin 1 representa uma nova abordagem para as terapias-alvo”, explica um dos autores do estudo, Kun Ping Lu, do Centro Médico Beth Israel Deaconess (BIDMC) e da Escola Médica da Universidade de Harvard, e um dos descobridores da enzima Pin 1, em 1996. “Isto é extremamente necessário para tratar cânceres agressivos ou resistentes aos medicamentos”.
 
Os cientistas também testaram o Atra no câncer de mama triplo negativo, um dos mais agressivos dos tipos de mama. Os resultados positivos mostram que a substância poderia ser usada em diferentes tumores. Antes de ser aplicado em outros tipos de câncer, a forma com que o Atra é usado teria que ser revista para atender as novas necessidades.
 
O Tempo

Prefeitura de SP instala tendas para atender pacientes com dengue

 Pacientes com suspeita de dengue passam por triagem antes do encaminhamento
Arquivo Wikipedia: Pacientes com suspeita de dengue
passam por triagem antes do encaminhamento
Bairros como Jardim Vista Alegre, Jaraguá, Freguesia do Ó, M’Boi Mirim, Cidade Ademar, Lapa, Rio Pequeno, Vila Manchester e Itaquera estão com tendas de atendimento
 
Diante do grande número de pacientes com dengue ou com suspeita de ter contraído a doença, a prefeitura de São Paulo instalou cinco tendas de atendimento ao lado de unidades básicas de saúde. Na próxima semana, mais quatro tendas estão previstas para serem inauguradas.
 
Segundo o balanço mais recente, que considera o período entre 4 de janeiro e 28 de março, a cidade de São Paulo registrou 8.063 casos autóctones (contraídos no município) confirmados. O número de suspeitas é bem superior, de 31.980 casos. Entre esses, 38% estão concentrados na zona norte da cidade.
 
Três tendas foram instaladas justamente nessa área mais afetada: no Jardim Vista Alegre (região da Brasilândia), no Jaraguá e na Freguesia do Ó. Duas foram para a zona sul: M’Boi Mirim e Cidade Ademar. As novas tendas ficarão nos bairros da Lapa (Oeste), Rio Pequeno (Oeste), Vila Manchester (Sudeste) e Itaquera (Leste).
 
Na tenda da Freguesia do Ó, inaugurada nesta terça-feira (14), o movimento era grande nesta manhã. Peter Anderson Gentili, colorista de 35 anos, havia acabado de passar por uma triagem inicial para descobrir se estava com dengue. “Sinto dor no corpo, na garganta, dor de cabeça, moleza, fraqueza”, contou.
 
O resultado do teste para descobrir se o paciente tem o vírus da dengue demora, em média, 5 dias. A dengue grave, porém, pode ser identificada num exame rápido (fica pronto em 5 minutos), usando apenas uma gota de sangue. Esse teste mede a concentração de plaquetas e, caso o paciente esteja com baixo índice, já é encaminhado para tratamento imediato, sem precisar esperar pelo diagnóstico definitivo.
 
Peter é morador da região da Brasilândia, que está entre as localidades mais afetadas pela dengue na capital paulista. Ele suspeita, porém, que tenha contraído a doença numa viagem à Piracicaba. “Eu viajei e voltei com os sintomas no domingo, e hoje já piorou”, disse ele.
 
Agência Brasil / iG

Unidades de saúde de SP têm médicos apenas duas vezes por semana e superlotação

Médicos da AMA Jardim das Laranjeiras atendem apenas às quintas e sextas
Anderson Passos/iG São Paulo: Médicos da AMA Jardim
 das Laranjeiras atendem apenas às quintas e sextas
Organização social que faz a gestão das unidades alega crise. Prefeitura reconhece o problema e diz que fará cobranças
 
Unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMAs) localizadas na zona leste da capital paulista convivem com falta de médicos para atender a população. "O corte de horas extras começou em março. Aqui só tem atendimento às quintas e sextas. Nos outros dias, a gente tem que encaminhar para outras AMAs. Casos mais graves enviamos para o [hospital] Santa Marcelina. Aqui é referência em pediatria. Hoje só tem um clínico atendendo", lamentou um funcionário da AMA Jardim das Laranjeiras, localizada na Cidade Tiradentes.
 
Em visita à unidade na semana passada, o setor de pediatria estava superlotado. Procurada, a gerência da unidade não confirmou o número de pediatras que estavam dando expediente e sugeriu que a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde fosse questionada sobre o tema.
 
A pasta, em nota, esclareceu que "não há autorização para redução do atendimento nas unidades administradas pela instituição. A Prefeitura irá cobrar da entidade a reposição dos profissionais uma vez que no plano de trabalho aprovado, consta a obrigatoriedade da contratação de médicos e sua reposição".
 
Segundo funcionários da unidade que conversaram com o iG, a redução da presença de médicos nas unidades se dá porque a organização social que faz a gestão das unidades, a SPMD, cortou as horas extras alegando crise econômica. As AMAs têm por finalidade cuidar do atendimento ambulatorial nas áreas de pediatria e clínica geral.
 
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o contrato entre a Prefeitura e a SPDM prevê que três clínicos e dois pediatras façam plantões de 12 horas entre 7h e 19h de segunda à sábado.
 
Outras unidades
Na AMA Vila Antonieta, havia quadro similar - e filas intermináveis. "Aqui só tem médico quinta e sexta. A gente fica horas na fila", comentou uma usuária com uma criança de colo.
 
Uma servidora relatou que, com o acúmulo de pacientes, os médicos também têm alegado que estão ficando doentes e não comparecem ao trabalho. "Daí o médico que tem de cobrir não vem trabalhar, porque sabe que atenderá todo mundo sozinho."
 
Em outra unidade visitada, a AMA Vila Carrão, a escala de plantão fixada na parede confirmava o atendimento limitado às quintas, sextas e sábados, sendo dois pediatras e dois clínicos às quintas e três pediatras e dois clínicos às sextas. No sábado, apenas um pediatra estaria escalado para atender a demanda.
 
Lacunas na escala
As três unidades são geridas pela organização social Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM). As AMAs prestam atendimento à população no horário das 7h às 19h de segunda à sábado. No total, a SPDM administra 51 AMAs no município de São Paulo. Cinco funcionam 24h por dia, promete a OS em seu site oficial.
 
Procurada, a SPDM não respondeu às indagações sobre o valor do contrato com a Prefeitura de São Paulo e sobre a orientação de corte das horas extras dos profissionais de medicina.
 
A Coordenadoria Regional de Saúde Sudeste (CRSS) revelou que existem nove vagas de plantão abertas na AMA Antonieta e 14 vagas na AMA Carrão. Na AMA Jardim Laranjeiras, a Coordenadoria Regional de Saúde Leste (CRSL) informa que há 22 vagas de plantão abertas.
 
iG 

IFF/Fiocruz promove 15ª edição do Curso: Violência contra Crianças e Adolescentes

Serão oferecidas 80 vagas gratuitas, as inscrições já estão
abertas e estão sendo realizadas através do e-mail: 
cestudos@iff.fiocruz.br.
Violência contra Crianças e Adolescentes: A Intersetorialidade na Prevenção e no Atendimento será tema da 15ª edição do curso anual promovido pelo Núcleo de Apoio aos Profissionais que atendem crianças e adolescentes vítimas de maus-tratos (NAP), do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). O NAP é um espaço de discussão e reflexão para profissionais que lidam com a realidade de crianças e adolescentes, vítimas de maus-tratos

O curso acontecerá nas segundas-feiras de maio, dias 04, 11, 18 e 25, de 8h30 às 16h, no Centro de Estudos Olinto de Oliveira (CEOO), anfiteatro A do IFF e contará com a presença do desembargador do Conselho da Criança/RJ, Siro Darlan, Vera Cristina de Souza, do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedeca/RJ) , Juarez Marçal, do Conselho Tutelar/RJ, entre outros especialistas.

Serão oferecidas 80 vagas gratuitas, as inscrições já estão abertas e estão sendo realizadas através do e-mail: cestudos@iff.fiocruz.br. O candidato deverá enviar as seguintes informações: nome completo, número de telefone para contato, perfil profissional, número do registro profissional (se houver) ou declaração da Instituição que justifique a atividade. Através do mesmo e-mail é possível tirar dúvidas e obter mais informações. O IFF está localizado na Avenida Rui Barbosa-716, no Flamengo. Serão fornecidos certificados para os que cumprirem 75% de frequência.

Coordenado pela pediatra Rachel Niskier, a iniciativa tem como objetivo instrumentalizar profissionais e equipes de formação multiprofissional de saúde e de áreas afins para identificar crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, risco e violência. Entre os temas abordados estão: As Normativas Nacionais e Internacionais na Promoção dos Direitos Humanos da População Infantojuvenil; Violência Doméstica e o Impacto sobre a Vida/Saúde de Crianças e Adolescentes; A Família como Fator de Proteção e de Risco; A Justiça na Prevenção e na Atenção.

Segue abaixo a programação
 
4 de maio
8h30 - Abertura com Apresentação do Curso
Rachel Niskier Sanchez, IFF/Fiocruz
9h - A Violência em suas Várias Dimensões
Maria Cecília de Souza Minayo, Centro Latino-americano de Estudos de Violência e Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública (Claves/ENSP/ Fiocruz)
Debate
9h50 - Intervalo para o café
10h - Marcos do Desenvolvimento da Criança e do Adolescente
Elizabeth Salgado, IFF/Fiocruz
10h40 - Debate
11h - As Normativas Nacionais e Internacionais na Promoção dos Direitos Humanos da População Infantojuvenil
Vera Cristina de Souza, Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedeca/RJ)
12h - Almoço
13h30 - Violência Doméstica e o Impacto sobre a Vida/Saúde de Crianças e Adolescentes
Ana Lucia Ferreira, Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPMG/UFRJ)
Debate
14h30 - A Escola como Espaço de Prevenção da Violência –
Patrícia Constantino, Claves/ENSP/ Fiocruz
Debate
16h - Encerramento do dia
11 de maio
8h30 - Os maus-tratos contra Crianças e Adolescentes
Físicos – Marlene Roque Assumpção, IFF/Fiocruz
Psicológicos – Cecy Dunshee de Abranches, IFF/Fiocruz
Negligência – Dolores Vidal, IFF/Fiocruz
Debate
10h - Intervalo para o café
10h15 - Abuso sexual
Ana Cristina Paixão, IFF/Fiocruz
Filme
Debate – Ana Cristina Paixão e Maria de Fátima Junqueira Marinho, IFF/Fiocruz
12h - Almoço
13h30 - As Violências nas Relações de Namoro entre Adolescentes
Marcos Nascimento, IFF/Fiocruz
Debate
14h30 - A Família como Fator de Proteção e de Risco
Cecy Dunshee de Abranches, IFF/Fiocruz
Filme
Debate
16h - Encerramento do dia
 
18 de maio
8h30 - Elementos Indicativos de Violências:
Nas Unidades de Acolhimento - Simone Gonçalves de Assis, Claves/ENSP/ Fiocruz
Nas Instituições de Saúde – Rachel Niskier Sanchez, IFF/Fiocruz
Debate
10h - Intervalo para o café
10h15 – Outras Violações dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes
Exploração do Trabalho Infantojuvenil – Carmen Maria Raymundo, Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Nesa/Uerj)
Exploração Sexual Comercial – Suely Deslandes, IFF/Fiocruz
Debate
12h - Almoço
13h30 - As Deficiências como Fator de Vulnerabilidade para as Violências
Olga Bastos, IFF/Fiocruz
Discussão de Caso Clínico
15h - Filme
Debate
16h - Encerramento do dia

25 de maio
8h30 - É Possível Prevenir:
Rede de Apoio – Roseli Rocha, IFF/Fiocruz
Conselho Tutelar – Juarez Marçal, Conselho Tutelar/RJ
10h - Intervalo para o café
10h15 - A Justiça na Prevenção e na Atenção
Siro Darlan, desembargador do Conselho da Criança/RJ
11h - Mídia, Mobilização e Cidadania
Kathie Njaine, ENSP/Fiocruz
Debate
12h - Encerramento com distribuição de Material Referente ao Tema e Certificados de Conclusão do Curso.

Juliana Xavier
Assessoria de Imprensa IFF/Fiocruz
(21) 99627-3790
(21) 2552-8829