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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Estudo do DNA revela padrões genéticos envolvidos em 30 tipos comuns de câncer

Pesquisa com 7 mil pessoas expõe assinaturas genéticas de processos como tabagismo, que danificam o DNA e causam a doença
Cientistas britânicos desbloquearam os segredos do DNA de 30 das formas mais comuns de câncer.
 
A pesquisa aproxima os pesquisadores da compreensão das causas das doenças e representa um avanço 'profundo' na luta contra o câncer, podendo levar a novos tratamentos e, possivelmente, até mesmo à prevenção.
 
Na maior análise de seu tipo até o momento, os pesquisadores compararam o DNA de mais de 7 mil pacientes com câncer em todo o mundo.
 
Os casos analisados incluíram os cânceres mais comuns, incluindo câncer de mama, intestino, pulmão e próstata, que respondem por mais da metade das pessoas diagnosticadas no Reino Unido.
 
O câncer é causado por mutações no DNA que se reúnem ao longo da vida de uma pessoa. Estas mutações são causadas por fatores tais como o tabaco e exposição ao sol.
 
Os investigadores analisaram para os padrões no código genético dos tumores que foram causados por essas mutações. A análise revelou 21 padrões que foram responsáveis por 30 tipos de câncer.
 
Todos os cânceres continham duas ou mais assinaturas, o que reflete a diversidade de processos que trabalham em conjunto durante o desenvolvimento do câncer. No entanto, cânceres diferentes têm diferentes números de processos mutacionais.
 
Algumas das assinaturas mutacionais foram encontradas em vários tipos de câncer, enquanto outras estão confinadas a um único tipo de câncer. Dos 30 tipos de câncer, 25 tinham assinaturas decorrentes de processos de mutações relacionados ao envelhecimento.
 
"Através de uma análise detalhada, podemos começar a utilizar os montantes enormes de informação enterradas no DNA dos cânceres para compreender como e por que surge o câncer. Nosso mapa dos eventos que causam a maioria dos casos de câncer em seres humanos é um passo importante para descobrir os processos que guiam a formação do câncer", afirma a autora da pesquisa Serena Nik-Zainal, do Wellcome Trust Sanger Institute, no Reino Unido.
 
Embora alguns cânceres sejam causados por tabaco, luz solar ou envelhecimento, as causas de muitos são desconhecidas. Alimentação, bebida, hábitos ou outros fatores externos faz com que tais mudanças no DNA posam levar a novas formas de prevenir a doença.
 
Por exemplo, se algo que comemos causa mutações, as pessoas podem receber conselhos para evitá-lo, da mesma forma como são aconselhadas a parar de fumar e a usar protetor solar.
 
Os pesquisadores acreditam que saber mais sobre a genética do câncer também deve acelerar a busca por novos tratamentos. Alguns medicamentos existentes também podem funcionar melhor para aqueles cujos tumores são causados por padrões específicos.
 
Fonte isaude.net

Uso crônico de cocaína reduz capacidade do corpo para armazenar gordura

Usuários de cocaína manifestaram preferência por alimentos gordurosos e carboidratos e também padrões de alimentação descontrolada
Usuários de cocaína manifestaram preferência por alimentos
gordurosos e carboidratos e também padrões de alimentação
descontrolada
Descoberta indica que droga causa profundas alterações metabólicas que podem resultar em ganho de peso durante a recuperação
 
O uso crônico de cocaína reduz a capacidade do corpo para armazenar gordura. A descoberta é de pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
 
Os resultados indicam que o uso de cocaína pode causar profundas alterações metabólicas que podem resultar em ganho de peso dramático durante a recuperação, um fenômeno aflitivo que pode levar a uma recaída.
 
Anteriormente os pesquisadores acreditavam que a cocaína suprime o apetite e que o ganho de peso durante a reabilitação era resultado da substituição da droga pelos alimentos.
 
"Nossos resultados desafiam as suposições amplamente difundida de que o uso de cocaína leva à perda de peso através da supressão do apetite. Em vez disso, eles sugerem uma profunda alteração metabólica que precisa ser levada em consideração durante o tratamento. Notável ganho de peso após a abstinência da cocaína não é apenas uma fonte de grande sofrimento pessoal, mas também tem profundas implicações para a saúde e recuperação. Intervenção em um estágio suficientemente precoce pode prevenir o ganho de peso durante a recuperação, reduzindo, assim, o sofrimento pessoal e melhorando as chances de recuperação", afirma a pesquisadora Karen Ersche.
 
A equipe analisou mais de 60 homens para avaliar a composição corporal, dietas e comportamentos alimentares. Metade dos homens da amostra tinha uma dependência em cocaína, enquanto a outra metade não tinha histórico pessoal ou familiar de abuso de drogas. Eles também mediram a leptina dos voluntários, hormônio que desempenha um papel importante na regulação do apetite e no consumo de energia.
 
Os pesquisadores descobriram que os usuários de cocaína manifestaram preferência por alimentos gordurosos e carboidratos e também padrões de alimentação descontrolada. No entanto, apesar das dietas gordurosas dos usuários de cocaína, eles muitas vezes experimentaram a perda de peso, e sua gordura corporal foi significativamente reduzida em comparação com o grupo controle.
 
Os níveis do hormônio leptina eram baixos também em usuários de cocaína e foram associados com a duração do uso de estimulantes pelo usuário. Uma diminuição na leptina, juntamente com uma dieta de gordura elevada, sugere um balanço de energia deficiente, o que normalmente leva ao ganho de peso, em vez de perda de peso.
 
Os resultados sugerem que o consumo excessivo de alimentos por usuários regulares de cocaína antecede o processo de recuperação, e que este efeito está sendo disfarçado pela falta de ganho de peso. Como resultado, quando os usuários de cocaína iniciam a recuperação e interrompem o uso de cocaína, mas continuam consumindo suas dietas ricas em gordura - agora sem os efeitos da cocaína em seu metabolismo - eles ganham peso.
 
"Nós fomos surpreendidos com a pouca gordura corporal dos usuários de cocaína mesmo com consumo declarado de alimentos gordurosos. Parece que o abuso regular de cocaína interfere diretamente com os processos metabólicos e, assim, reduz a gordura corporal. Este desequilíbrio entre a ingestão de gordura e o armazenamento de gordura também pode explicar por que essas pessoas ganham muito peso quando param de usar cocaína", explica Ersche.
 
Os pesquisadores planejam, agora, investigar mais de perto os fatores subjacentes que contribuem para o ganho de peso acentuado em indivíduos dependentes de cocaína abstinentes a fim de desenvolver intervenções para apoiar uma melhor recuperação dos usuários de drogas.
 
Fonte isaude.net

Interação entre gene e dieta mediterrânea previne ocorrência de AVC

Pesquisa sugere que um gene fortemente associado ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 interage com a dieta mediterrânea para prevenir a ocorrência de derrame
Pesquisa sugere que um gene fortemente associado ao
desenvolvimento de diabetes tipo 2 interage com a dieta
mediterrânea para prevenir a ocorrência de derrame
Consumo de dieta rica em peixes e azeite reduziu número de derrames em pessoas com duas cópias da variante, revela pesquisa
 
Pesquisadores da Tufts University, nos EUA, descobriram que a interação entre uma variante genética e a dieta mediterrânea pode reduzir o risco de acidente vascular cerebral.
 
O estudo sugere que um gene fortemente associado ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 interage com a dieta mediterrânea para prevenir a ocorrência de derrame.
 
Os resultados foram publicados na revista Diabetes Care.
 
De acordo com os pesquisadores, o estudo é um avanço significativo para a nutrigenômica, o estudo das relações entre nutrição e a função dos genes e seu impacto sobre a saúde humana, particularmente o risco de doença crônica.
 
A equipe começou a investigar se a genética contribui para os benefícios cardiovasculares observados com o consumo da dieta mediterrânea em mais de 7 mil homens e mulheres, monitorados para doença cardiovascular, acidente vascular cerebral e ataque cardíaco por quase cinco anos.
 
"Nosso estudo é o primeiro a identificar uma interação gene-dieta capaz de afetar o risco de acidente vascular cerebral em um estudo de intervenção nutricional realizada ao longo de vários anos em milhares de homens e mulheres. Com a capacidade de analisar a relação entre dieta, genética e eventos cardíacos fatais, podemos começar a pensar seriamente sobre o desenvolvimento de testes genéticos para identificar pessoas que podem reduzir seu risco de doenças crônicas, ou mesmo impedi-las", afirma o autor sênior José M. Ordovás.
 
Liderados por Ordovás, os pesquisadores se concentraram em uma variante do gene do fator de transcrição 7-Like 2 (TCF7L2), que tem sido implicada no metabolismo da glicose, no entanto sua relação com o risco de doença cardiovascular tem sido incerto. Cerca de 14% dos participantes da pesquisa eram portadores homozigotos, ou seja, eles carregavam duas cópias do gene variante e tiveram um risco maior de doença.
 
"Consumir a dieta mediterrânea reduziu o número de derrames em pessoas com duas cópias da variante. A comida que eles comiam pareceu para eliminar qualquer aumento da susceptibilidade ao acidente vascular cerebral, colocando-os em uma situação de igualdade com pessoas com uma ou nenhuma cópias da variante", explica Ordovás.
 
Os autores ressaltam que mais estudos são necessários para determinar o mecanismo que pode estar envolvido na interação observada. Eles também pretendem continuar a explorar os dados da pesquisa para outras interações entre dietas e genes que podem estar associadas com o acidente vascular cerebral, bem como ataques cardíacos.
 
Fonte isaude.net

Consumo de açúcar em níveis considerados seguros aumenta risco de morte precoce

O professor de biologia Wayne Potts, à esquerda, e o estudante James Ruff.
Foto: Lee J. Siegel, University of Utah
O professor de biologia Wayne Potts, à esquerda, e o estudante
 James Ruff
Estudo feito com ratos sugere que ingerir três latas de refrigerante por dia afeta expectativa de vida e capacidade reprodutiva
 
Mesmo níveis "seguros" de açúcar podem ter efeitos adversos imperceptíveis sobre a saúde. É o que mostra estudo de pesquisadores da Universidade de Utah, nos EUA.
 
A pesquisa, realizada com ratos, sugere que alimentos ricos em açúcar aumentam o risco de morte precoce.
 
Os pesquisadores deram a ratos uma dieta saudável com 25% de açúcar extra, o equivalente a uma dieta humana saudável mais três latas de refrigerante por dia.
 
Testes mostraram que as fêmeas tiveram duas vezes mais risco de morte e que os machos foram um quarto menos propensos a manter o território e a reproduzir em comparação com aqueles que comeram lanches mais saudáveis.
 
O estudo levou os cientistas a especularem que o açúcar tem um efeito nocivo sobre a saúde dos mamíferos, incluindo os seres humanos.
 
Segundo os pesquisadores, os ratos não mostraram nenhum sinal de mudanças físicas graves em seus corpos, como obesidade e resistência a insulina. "Nossos resultados fornecem evidências de que a adição de açúcar consumido em concentrações atualmente consideradas 'seguras' exerce impactos negativos dramáticos sobre a saúde dos mamíferos", afirmam os autores.
 
Os animais na dieta experimental receberam 25% do seu consumo de energia na forma de açúcar, não importando quantas calorias comeram. Em termos humanos, isso foi equivalente a uma pessoa comer uma dieta normal e saudável, e beber três latas de bebidas gasosas adoçadas com açúcar por dia.
 
Depois de 32 semanas, mais de um terço das fêmeas alimentadas com açúcar extra morreram, o dobro do número de mortes entre fêmeas alimentadas com uma dieta pobre em açúcar.
 
A taxa de morte dos homens não foi afetada, mas o seu comportamento de sobrevivência foi. Machos que receberam a dieta açucarada tiveram 25% menos filhos.
 
O líder do estudo, Wayne Potts, afirma que isso demonstra os efeitos adversos do consumo de açúcar em níveis considerados 'seguros' para humanos.
 
 
Fonte isaude.net

Mulheres que sofreram abuso físico na infância são mais propensas à obesidade

Associação entre o abuso físico na infância e obesidade entre as mulheres seria explicada por fatores como depressão e ansiedade
Associação entre o abuso físico na infância e obesidade
 entre as mulheres seria explicada por fatores como
depressão e ansiedade
Pesquisa revela que maus-tratos durante a infância foram associados com 47% maior probabilidade de excesso de peso na idade adulta
 
Mulheres que sofreram abuso na infância são mais propensas a se tornarem adultas obesas, de acordo um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá.
 
Os resultados indicam que as mulheres que foram abusadas fisicamente na infância tiveram mais chance de serem obesas do que aquelas que não sofreram maus tratos.
 
"Após o ajuste para idade e raça, o abuso físico na infância foi associado com 47% maior probabilidade de obesidade para as mulheres. Entre os homens, a obesidade não foi associada ao abuso físico na infância", afirma a autora principal Esme Fuller-Thomson.
 
De acordo com a coautora da pesquisa, Deborah Sinclair, a equipe tinha antecipado que a associação entre o abuso físico na infância e obesidade entre as mulheres seria explicada por fatores como depressão e ansiedade, posição socioeconômica, abuso de álcool e outras adversidades da infância, como ter um pai viciado em drogas ou álcool. "No entanto, mesmo depois de levar em conta todos esses fatores, as mulheres que sofreram abuso na infância ainda tinham 35% maior probabilidade de obesidade", afirma Sinclair.
 
A equipe examinou a associação entre o abuso físico na infância e obesidade na idade adulta em uma amostra representativa de 12.590 adultos em 2005. Destes, 976 relataram terem sido agredidos fisicamente por alguém próximo a eles antes de completarem 18 anos e 2.786 foram classificados como "obesos" com base no índice de massa corporal.
 
Fonte isaude.net

Dicas para o desenvolvimento da tecnologia de gestão em saúde

Para o consultor Valdir Ribeiro Borba, tecnologia depende das plataformas e provedores de sistemas de gestão têm contribuído de forma acentuada
 
Como ferramentas apropriadas pode-se afirmar que a tecnologia de gestão depende das plataformas e para isso os provedores de sistemas de gestão têm contribuído de forma acentuada em nosso sistema de saúde e hoje em dia existem facilidades no acesso e rapidez na implantação e utilização desses sistemas e plataformas.
 
Porém, antecedendo a implantação de sistemas, recomenda-se em paralelo o desenvolvimento de modelos de tecnologia da gestão para o aculturamento e exercício prático para depois levar para sistemas mais sofisticados e automatizados.
 
É importante que se adote uma tecnologia com plataforma simples e que preparam todos esses processos e métodos para operadoras e recursos próprios, hospitais, laboratórios, medicina preventiva, centro de diagnóstico e outros, de forma que os processos e instrumentos de gestão possam ser desenvolvidos e implantados e acompanhados separadamente e também de forma integral.
 
Construir inicialmente os principais instrumentos de gestão e moldá-los na formatação ou configuração para cada organização e suas respectivas UENs (Unidades Estratégicas de Negócios).
 
Assim recomenda-se um modelo com os seguintes instrumentos:
 
PAI – Plano de Ações Imediatas, que é um planejamento físico, financeiro e operacional para um período curto, geralmente para um semestre.

DNA – Direto No Alvo. Integrado ao PAI, construímos esse instrumento que gerencia o próprio Plano.

REMAR – Reunião Mensal de Avaliação de Resultados. Trata-se de reunião periódica com todos os gestores e coordenadores e membros da DIREX para analise, avaliação, revisão e tomadas de novas decisões em relação a execução do PAI.
 
Para períodos de horizontes mais abrangentes, adotar outros instrumentos de forma integrada, suplementar e complementarmente aos instrumentos de ação imediata com contorno essencialmente estratégico, tais como:
 
PES – Planejamento Estratégico em Saúde.

BSC – Balanced Scorecard. Implantado de maneira plenamente alinhada e integrada ao BSC – com 5 (cinco) perspectivas: Pessoas, Processos, Mercado, financeira e Social ( da Sociedade, filantrópico, publico ou do Cooperado)

CUSTOS = Custos assistenciais, administrativos e operacionais de operadoras e de suas Unidades Assistenciais.

ORÇAMENTOS = de investimentos com analises e avaliação de viabilidade técnica, operacional, econômica e financeira. Orçamentos de custeio com todos os vieses

GESTÃO DE PROJETOS = com planejamento, desenvolvimento e acompanhamento projeto a projeto, integrados ao planejamento estratégico.

REN – REUNIÃO ESTRATÉGICA DE NEGÓCIOS. Reunião mensal com todos os gestores, coordenadores e Diretores, sob o comando do Diretor Geral, para analise, avaliação e correções das ações da gestão estratégica da Organização. Geralmente reunião mensal.
 
Obviamente esse modelo de gestão, que se configura em Gestão a vista, gestão por indicadores dependendo do porte da organização é viável, momentaneamente, ser implantada e acompanhada por meio de planilhas Excel e por data-enter, porem rapidamente deve-se converter em plataformas por meio de sistemas mais abrangentes e de forma totalmente integradas e automatizadas para que possam ser em tempo real, e altamente eficazes no processo de tomada de decisão, mas mesmo assim, ainda de baixo custo e excelente benefício.
 
CABINE DE COMANDO e TORRE DE CONTROLE
Dentro dessa metodologia é imprescindível a definição e estruturação físico-funcional da cabine de comando (cabine de Avião). Deste modo é necessário definir o comandante do processo (avião) quem são os seus copilotos (gestores, gerentes) e pessoal da tripulação (coordenadores e supervisores) e quem é o seu engenheiro de Voo ( controller) e quem atua na torre de controle ( TICS). Portanto é fundamental estruturar os instrumentos de controle – controladoria estratégica, integrada e convergente – destacando o papel do Controller e do Gerente de TICS.
 
CONTROLADORIA PLENA: Da Estratégia à Ponta das Operações

 A prática da gestão por esse modelo passa a ser a gestão de processos, a gestão de projetos, o controle de custos e de orçamentos (em todos os tipos e níveis) e essencialmente o controle da produção, dos meios e dos resultados e isso somente se obtém com uma CONTROLADORIA INTEGRADA E CONVERGENTE, agindo desde o planejamento estratégico até aos mínimos detalhes das operações, atuando no Core Business, na prestação de serviços, na assistência, na rede credenciada e até na menor unidade de prestação, ou seja, em todos os detalhes do atendimento até a entrega ao usuário-cliente.
 
A Controladoria Estratégica deverá ser o centro do modelo de gestão, não apenas para o controle de ERP corporativo, mas essencialmente para o controle da Assistência, ou seja, deverá estar no centro do Core Business da Organização, definindo e controlando parâmetros e indicadores assistenciais e de atendimento. Nesse sentido a ANS já está se movimentando na questão do QUALISS (Operadora, Hospitais, Ambulatórios e até na rede credenciada e consultórios). Por isso, urge implantar o NUCLEO de CONTROLADORIA INTEGRADA E CONVERGENTE.
 
Bibliografia
 Borba, Valdir R. Do Planejamento ao Controle da Gestão Hospitalar – Qualitymark, Rio de Janeiro, 2007.

 _______, Estratégia e Ação: BSC no Contexto das organizações de Saúde. DOC. Rio de Janeiro, 2012. Primeiro Livro de BSC com foco em Cooperativas medicas publicado no país.

 _______, Gestão Administrativa e Financeira em Organizações de Saúde. ATLAS, São Paulo, 2009.

 _______, BSC: Ferramenta Gerencial para Organizações de Saúde. IATRIA/ERICA. São Paulo, 2004. Primeiro Livro de BSC em Saúde no País. Reeditado.
 
* Valdir Ribeiro Borba é diretor da Borba Consultoria em Saúde, gestor hospitalar e assessor estratégico da Unimed Birigui, consultor e docente da Fundação Unimed e docente convidado da FGV Management
 
Fonte SaudeWeb

Agendamento de consultas online ainda sofre resistências

Segundo CEO do AvalDoc, médicos resistem em aderir à ferramenta e têm dificuldades em perceber valor. Empresa optou por incorporar serviços de gestão ao modelo de negócio
 
O ano de 2012 assistiu um boom de novas empresas com foco no agendamento online de consultas, com a promessa de levar praticidade e rapidez no atendimento de pacientes. Sites como Dr. Busca, YepDoc, Go2Doc, AvalDoc, entre outros, foram inspirados no sucesso da norte-americana ZocDoc. Com uma fórmula simples de negócio, a maioria das empresas disponibiliza informações de profissionais médicos para que o paciente possa marcar sua consulta de acordo com a especialidade, plano de saúde e localização.
 
Mas depois de um certo tempo de operação no mercado, as dificuldades começam a se tornar mais concretas. No caso do AvalDoc, o CEO David Pares conta que percebeu resistência dos médicos em incorporar a ferramenta em seu dia a dia, o que acabava acarretando conflito de agenda entre pacientes que marcavam pela internet e outros pelas vias tradicionais. “Os horários que estavam disponíveis no site, muitas vezes, não eram reais”, conta o médico e jovem empreendedor.
 
Além disso, Pares notou que muitos profissionais não enxergavam o valor agregado do serviço, uma vez que a maioria dos pacientes gerados por meio da ferramenta são conveniados, e existe a preferência dos médicos por consultas particulares.
 
Em geral, o modelo de negócios de sites com esse perfil se sustenta pela cobrança mensal junto às clínicas e profissionais de saúde, podendo variar de R$30 a R$ 200. O paciente utiliza o serviço de graça.
 
Com menos de um ano e meio no mercado, há rumores de que o YepDoc encerrou suas atividades, mas o Saúde Web, até o momento, não conseguiu confirmar a informação com a empresa. Entretanto, quando acessado o site exibe mensagem de manutenção.
  
Alternativa
Com o intuito de ampliar a atuação e alavancar o negócio, o AvalDoc anunciou em julho deste ano o lançamento de um sistema de gestão na nuvem para consultórios e clínicas e acaba de disponibilizar no mercado um aplicativo para que o médico possa gerenciar sua agenda.
 
Segundo Pares, com o sistema de gestão atrelado ao serviço de agendamento online, os médicos passaram a aderir o serviço e perceber seu valor. “A mobilidade oferecida pelo sistema em nuvem faz com que não haja a necessidade de instalação de programas e equipamentos, eliminando custos e proporcionando agilidade em todo o processo”. Além disso, o site gera relatórios para que o profissional tenha maior controle do que acontece na sua clínica.
 
Outra ferramenta que tem otimizado os possíveis problemas do serviço de agendamento online é o lembrete via SMS, que detalha a data e horário da consulta, minimizando a ausência de pacientes.
 
Atualmente a companhia conta com cerca de 1300 médicos cadastrados e oferece três tipos de planos: sistema de gestão completo (R$ 79 por médico), agendamento online (R$ 49) e perfil do profissional no site (R$ 29). Este ano o AvalDoc, pertencente a quatro sócios, recebeu investimento de ex-sócios da Lincx, um dos planos de saúde mais caros do País que foi adquirido pela Amil em 2011.
 
Fonte Saudeweb

Dentes de leite podem ser fonte vantajosa de células-tronco

Dentes de leite podem ser fonte vantajosa de células-tronco Emílio Pedroso/Agencia RBS
Foto: Emílio Pedroso / Agencia RBS
Ainda não há consenso, mas a ciência vislumbra um imenso
 potencial terapêutico no material obtido a partir da primeira dentição
Primeira dentição é rica em células mesenquimais, que podem dar origem a qualquer tecido do organismo
 
Quando a ciência começou a falar sobre as células-tronco, as aplicações terapêuticas ainda eram uma incógnita. Passadas mais de três décadas, o debate ético, religioso e científico continua em aberto, mas alguns avanços são patentes. O material, que antes era extraído do cordão umbilical e das células embrionárias (a fonte mais polêmica), agora pode ser obtido a partir dos dentes de leite. Há muitas vantagens nessa descoberta.
 
Os dentes são ricos em células do tipo mesenquimal, raras no cordão umbilical.
 
– As células mesenquimais são aquelas que se derivam em qualquer tecido do organismo, mas são apenas 1% das células do cordão, que têm na sua maioria células hematopoiéticas, que depois originam células sanguíneas. Por isso, descobrir uma fonte abundante e de fácil acesso é muito importante, porque elas podem ser usadas em qualquer doença que não as sanguíneas – explica Adriana Homem, diretora médica do banco de cordão umbilical BCU Brasil e coordenadora do centro de pesquisa da instituição.
 
Embora um pouco mais "vividas" que as células do cordão, as dos dentes podem ser igualmente úteis.
– A gente não precisa refazer as pesquisas para ver do que elas são capazes, porque são as mesmas células. Só muda a fonte – diz Adriana.
 
Alguns especialistas, no entanto, são mais cautelosos.
 
– Em tese, as células de cordão umbilical teriam mais capacidade de originar diferentes tecidos do que as dentárias. Para ter o mesmo potencial, as células de dente de leite precisariam de intervenção laboratorial – aponta Márcio Poças Fonseca, professor do Departamento de Genética e Morfologia da Universidade de Brasília e parte de um grupo de estudos focado no assunto.
 
Já Irina Kerkis, do Instituto Butantan, em São Paulo, chama a atenção para outra característica importante das células do dente: a sua maior imunocompatibilidade em relação às células de cordão.
 
– A compatibilidade é semelhante ao que ocorre com o transplante de medula óssea. Portanto, elas podem ser usadas por parentes e não parentes. Já as células mesenquimais de cordão são mais problemáticas nesse sentido – frisa.
 
Adriana Homem acredita que, a partir do ano que vem, os bancos privados de cordão já poderão receber também dentes. Já quanto à permissão para o uso em tratamento de pacientes no Brasil, ainda é incerto.
 
– Em um cenário otimista, eu diria que, em uma ou duas décadas, talvez, os pacientes já tenham acesso ao tratamento com células de dente, mas é apenas um palpite – arrisca Poças Fonseca.
 
Fonte Correio Braziliense

Comer peixe toda semana pode diminuir risco de doenças crônicas

Comer peixe toda semana pode diminuir risco de doenças crônicas Salmão do Chile/Divulgação
Foto: Salmão do Chile / Divulgação
Estudo aponta redução de 52% no risco de desenvolver artrite reumatoide, devido ao ômega-3 contido no alimento
 
Um novo estudo descobriu que comer uma porção semanal de salmão ou outros peixes gordos, como a truta ou a cavala, pode reduzir para mais da metade o risco de desenvolver artrite reumatoide.

Publicado no periódico Anais das Doenças Reumáticas (Annals of Rheumatic Diseases), do Instituto Karolinska, em Estocolmo, a pesquisa aponta que os ácidos graxos ômega-3, presentes em peixes, podem reduzir o risco de doença inflamatória crônica em 52%.

Para chegar a essas conclusões, a pesquisadora chefe Alicja Wolk e sua equipe analisaram as dietas de 32.232 suecos nascidos entre 1914 e 1948. Os participantes preencheram questionários sobre o consumo de alimentos e estilo de vida nos anos de 1987 e 1997. As responsáveis pela redução foram as mulheres que consumiram pelo menos 0,21g de ômega-3 poli-insaturado (ou PUFA, na sigla em inglês) diariamente, segundo o estudo.  

Outras descobertas
Uma pesquisa de 2009 já havia sugerido que o consumo de óleo de peixe pode ajudar a reduzir a inflamação que leva a uma variedade de doenças, incluindo artrite reumatoide.

Neste estudo, os pesquisadores destacaram a vantagem para o ácido "gordo" de cadeia longa ômega-3 PUFAs, contido nos peixes.   
Para todos os gostos
Se você prefere peixes magros como o bacalhau ou o atum enlatado, não se desespere. Isso porque, segundo os pesquisadores, o mesmo benefício poderá ser encontrado ao comer quatro porções por semana.

Na verdade, o consumo semanal a longo prazo de qualquer tipo de peixe foi associado a um risco 29% mais baixo da doença. No entanto, a equipe acrescentou que, para usufruir dos benefícios, é preciso manter uma dieta regular com peixes por pelo menos 10 anos.

Fonte AFP/R7

Perder peso ajuda a melhorar a memória

Cérebro se torna mais ativo após a dieta
 
Perder peso não ajuda apenas a melhorar a saúde de maneira geral. Um novo estudo sugere que emagrecer também pode ajudar a melhorar a memória e a atividade do cérebro nas mulheres.
 
Essa é a conclusão de um estudo da Universidade de Umea, na Suécia, em que os cientistas usaram exames de ressonância magnética (RM) para monitorar a atividade cerebral de um grupo de 20 mulheres da terceira idade e com excesso de peso e a submeteram a uma série de testes cognitivos.
 
O que eles descobriram foi que as habilidades de memória apresentaram melhora significativa depois que as mulheres foram colocados em uma dieta durante seis meses. O estudo sugere que as deficiências de memória relacionadas à obesidade são reversíveis.
 
Pesquisas anteriores já haviam mostrado que as pessoas obesas têm a memória episódica prejudicada.
 
Um estudo de 2010 realizado na Universidade de Medicina Northwestern, nos EUA, por exemplo, descobriu que a perda de memória é proporcional ao excesso de peso da mulher e pode variar inclusive em relação ao formato do corpo. Quanto mais peso ela carregar na região dos quadris, mais pronunciada tende a ser a perda de memória em comparação à mulheres que tem gordura acumulada na regi]ao da cintura.
 
— A atividade cerebral alterada para melhor, após a perda de peso, sugere que o cérebro se torna mais ativo, ao armazenar novas memórias e, portanto, precisa de menos recursos do cérebro para recordar informações armazenadas — disse o principal autor do estudo, Andreas Pettersson.
 
Os testes cognitivos envolveram ligar rostos e nomes apresentados em uma tela de TV, enquanto os pesquisadores examinaram a atividade do cérebro dos sujeitos com exames de ressonância magnética, um processo conhecido como "codificação". O exercício era basicamente composto por ligar os rostos ao primeiro nome das pessoas.
 
Após a perda de peso, foi detectado um aumento da atividade cerebral durante os exercícios de codificação de memória em regiões importantes para a identificação e a correspondência de rostos, disseram os pesquisadores. A atividade cerebral também diminuiu em áreas responsáveis pela memória episódica prejudicada, indicando recuperação de dados mais eficiente.
 
Fonte AFP/Zero Hora

Pais influenciam comportamento alimentar de filhos

Pais influenciam comportamento alimentar de filhos Daniel Marenco/Agencia RBS
Foto: Daniel Marenco / Agencia RBS
O comportamento dos pais durante a alimentação dos filhos está
associado à obesidade na infância
Pesquisa aponta a existência de correlação entre o peso de mães e filhos
 
O comportamento dos pais influencia diretamente o modo como as crianças lidam com a própria alimentação. Por isso, a melhor forma de educá-las é tomar atitudes que sirvam de exemplo, como escolher alimentos saudáveis, realizar as refeições na mesa, evitar fast-food e comidas prontas, oferecer alimentos saudáveis sem forçar o consumo e nunca usar alimentos não saudáveis como prêmio por bom comportamento dos filhos.
 
Esses são alguns dos apontamentos da nutricionista Luciana Lorenzato, autora da dissertação de mestrado Avaliação de atitudes, crenças e práticas de mães em relação à alimentação e obesidade de seus filhos feita através do uso do Questionário de Alimentação da Criança (QAC), apresentada em 2012 na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP.
 
O estudo consistiu na aplicação do Questionário de Alimentação da Criança (QAC) em 150 mães que aguardavam para serem atendidas em consultas médicas em Postos de Saúde da cidade de Ribeirão Preto. O objetivo foi averiguar de que forma o comportamento dos pais influencia a obesidade dos filhos.
 
O QAC foi desenvolvido por um grupo de pesquisadores norte-americanos e pode ser aplicado em pais e mães de crianças entre 2 e 11 anos. Com 31 questões, trata-se de um instrumento que fornece informações sobre a percepção de responsabilidade dos pais em relação à alimentação dos filhos.
 
A pesquisadora pode avaliar o IMC dos filhos, que é a proporção entre o peso e a altura ao quadrado. Luciana constatou que 80% das crianças estava com o peso adequado e 17,3% acima do peso, sendo 11,3% com sobrepeso e 6% com obesidade. Já o IMC das mães indicou que 69,9% delas estava com peso adequado e 23,3% acima do peso, sendo 17.9% com sobrepeso e 8% com obesidade.
 
—Houve uma correlação positiva entre o IMC das mães e de seus filhos. Conforme o peso da mãe aumenta, aumenta também o peso dos filhos — aponta Luciana.
 
Ao analisar as respostas das mães ao questionário, a nutricionista constatou que a maioria relatou ter peso normal desde a infância até a adolescência e o mesmo relataram em relação aos filhos. As mães se consideraram responsáveis pela alimentação deles e preocupadas com aquilo que eles comem.
 
Questionadas sobre o ato de restringir o oferecimento de alimentos não saudáveis, as mães concordaram com a restrição e o uso de pressão para que a criança coma alimentos que consideram saudáveis. De acordo com a pesquisa, as mães também acreditam que devem monitorar aquilo que os filhos comem.
 
Foi observada uma correlação positiva entre os fatores percepção de responsabilidade dos pais, peso da criança, restrição de alimentos e monitoramento, com o IMC dos filhos. Foi constatado ainda que, quanto menor o IMC das crianças, maior é a utilização de pressão para comer por parte dos pais.
 
Obesidade e infância
Luciana explica que a obesidade ocorre devido a interação de fatores genéticos, ambientais (dieta, influência familiar, da mídia e de amigos) e dietéticos (o que come e o quanto come).
 
— O comportamento dos pais durante a alimentação dos filhos está associado à obesidade na infância. Isso é bastante relevante pois o comportamento alimentar de uma pessoa é formado exatamente durante esta fase — destaca.
 
De acordo com a pesquisadora, muitas vezes o comportamento dos pais tem uma influência muito negativa nos filhos. Por exemplo, quando oferecem um alimento saudável em um contexto negativo, como uma forma de punir a criança. Ou o contrário, quando alimentos não saudáveis são oferecidos como uma espécie de "presente" pelo bom comportamento.
 
Luciana explica que toda criança apresenta uma autorregulação interna de ingestão de alimentos que controla a fome e a saciedade.
 
— Muitos pais interferem neste processo ao pressionarem os filhos a comerem quando já estão saciados. Isso impede as crianças de exercerem o próprio autocontrole — alerta a nutricionista.
 
Educar pelo exemplo
A pesquisadora destaca que o melhor meio para que os filhos tenham uma alimentação correta e saudável é exatamente por meio do exemplo dos pais: as crianças irão se espelhar naquilo que presenciam os pais fazerem.
 
Já no caso da recusa que as crianças têm em relação a muitos alimentos, Luciana esclarece que não significa que ela não goste daquele alimento.
 
— Algumas pesquisas indicam que é necessário oferecer o alimento entre 12 e 15 vezes até a criança decidir experimentá-lo. Mas isso deve ser feito apenas oferecendo e nunca pressionando para a criança comer — finaliza.
 
Fonte zero Hora

Uso do Facebook piora o estado de humor das pessoas, diz estudo

Um experimento que monitorou o estado de espírito de 82 pessoas durante duas semanas sugere que o uso do Facebook está correlacionado à tristeza e à ansiedade.
 
Ethan Kross, psicólogo da Universidade de Michigan (EUA), pediu aos voluntários que relatassem seu humor a cada cinco horas por meio de mensagens de texto e dissessem o que estavam fazendo. Cada vez que as pessoas acessavam o site da rede social, a probabilidade de começarem a se sentir mal aumentava.
 
Um estudo descrevendo o trabalho está na edição de hoje da revista "PLoS One". Segundo os cientistas, a correlação estatística entre o uso de Facebook e o declínio do bem estar afetivo é forte: há menos de 2% de probabilidade de que o resultado do estudo tenha sido coincidência.
 
Kross ainda não oferece uma explicação sobre por que o uso da rede social tem uma associação tão forte com o baixo astral. Uma das suspeitas é de que o Facebook favoreça o usuário a fazer comparações que o aborrecem.
 
Um trabalho da psicóloga Hui-Tzu Grace Chou, da Universidade do Vale de Utah, já havia observado essa tendência no ano passado. O problema foi descrito num estudo intitulado "'Eles são mais felizes e têm vidas melhores que a minha': O impacto do uso do Facebook na percepção sobre a vida alheia."
 
On line X Off Line
O trabalho de Kross reproduziu resultados vistos em outros experimentos de psicologia, mas foi o primeiro a eliminar a possibilidade de as alterações de humor estarem associadas a fatores externos não controlados.
 
Segundo Kross, existia a suspeita de que a associação entre tristeza/ansiedade e o Facebook tivesse uma correlação inversa, e que na verdade as pessoas estivessem acessando o site porque estava tristes, não o contrário.
 
Outra hipótese alternativa era a de que era a natureza das interações sociais que as pessoas estavam tendo --não o Facebook-- seria a origem do estado de humor ruim.
 
Esses dois fatores, porém, foram eliminados da pesquisa, que também monitorou pessoas que não estavam usando o Facebook. Uma possibilidade é que o uso do site esteja reduzindo a taxa de atividades físicas das pessoas, algo que também está associado ao mau humor, um fator que não foi considerado na nova pesquisa.
 
Kross, porém, defende sua conclusão. "Em vez de melhorar o bem estar, como fazem de modo intenso as interações frequentes por redes sociais 'off-line', essa descoberta demonstra que interagir com o Facebook prevê a possibilidade de um resultado oposto para adultos jovens --isso piora o bem estar."
 
Fonte Folhaonline

Técnica mede consciência em pacientes com dano cerebral

Luciano Veronezi/Editoria de Arte/Folhapress
Imagine a aflição do jornalista francês Jean-Dominique Bauby ao acordar, após 20 dias em coma, e descobrir-se todo paralisado --com exceção da pálpebra esquerda. Não haveria outro meio, sem o bater da pálpebra, de estabelecer se ele estava consciente ou não. Mas isso pode mudar, graças ao trabalho de um físico brasileiro publicado hoje na revista "Science Translational Medicine".
 
Foi do gaúcho Adenauer Girardi Casali, 35, a ideia que levou a um novo método para medir o nível de consciência de pessoas com dano cerebral grave, como Bauby. Mediado só por aparelhos, ele independe de movimentos do paciente e de sua interpretação pelo médico.
 
Em outras palavras, a invenção do grupo de Marcello Massimini na Universidade de Milão, onde Casali fez doutorado, abre uma janela para espiar o cérebro preso no escafandro, como Bauby descreveu a síndrome no livro "O Escafandro e a Borboleta".
 
Não é trivial determinar se uma pessoa se encontra em estado vegetativo permanente, se tem um nível mínimo de consciência ou se está consciente e só não consegue responder. Nada menos que 68% dos que se mantêm no nível mínimo recuperam a consciência em um ano.
 
Uma equipe da Universidade de Ontário Ocidental, no Canadá, afirma "conversar" com pacientes usando ressonância magnética funcional, que registra áreas em atividade no cérebro. Fazem perguntas, registram imagens da atividade cerebral e comparam com as de pessoas normais.
 
O teste de Massimini e Casali dispensa essa interação. "É entusiasmante trabalhar com coisas que podem ajudar pessoas assim", conta o brasileiro. Mas ele ressalva que a inovação ainda precisa ser validada com mais pessoas.
 
Batizado de PCI (índice perturbacional de complexidade), o método pode ser comparado com um radar.
 
Pulsos de ondas magnéticas são aplicados numa área de 10 cm² da cabeça --a "perturbação". Um eletroencefalograma mapeia então o que acontece no córtex cerebral.
 
O método matemático de Casali comprime os sinais dessa resposta cerebral e extrai deles um valor da quantidade de informação envolvida (o PCI), que depende do número, das áreas e da maneira como os neurônios "disparam". O PCI capta, assim, a complexidade da conversa entre as regiões do cérebro.
 
Sinfonia Cerebral
O conceito-chave é o de complexidade. Ele parte da noção de que a consciência se baseia em dois fatores: diferenciação (padrões variados de disparo) e integração (duração e quantidade de comunicação entre as partes ativadas do cérebro).
 
Pense numa sinfonia. O cérebro inconsciente seria como as passagens em que poucos instrumentos tocam uma só melodia, simples. A consciência corresponderia aos trechos em que toda a orquestra produz sequências diferentes de notas, porém sob a batuta do regente.
 
Até aqui, havia meios experimentais de sondar o nível de consciência captando uma coisa ou outra, não as duas simultaneamente.
 
Dos 52 participantes do estudo de Massimini e Casali, 32 eram pessoas saudáveis. Seus PCIs foram medidos quando estavam acordadas, dormindo e inconscientes após anestesia. Os outros 20 tinham dano cerebral e diferentes níveis de consciência.
 
A comparação mostrou que o PCI discrimina os estados, do vegetativo profundo à vigília, e torna possível dizer se o córtex mantém o grau de diferenciação e integração necessários para que o cérebro volte a abrigar a consciência --e, portanto, ajustar o tratamento em função do prognóstico.
 
Além da validação do método por mais equipes, será preciso acomodar os aparelhos usados para gerar o PCI num console que caiba numa UTI. "Hoje é um trambolhão", diz Casali. O grupo trabalha em protótipos com a empresa finlandesa Nexstim.
 
Fonte Folhaonline

Governo vai indenizar filhos de pessoas com hanseníase que foram isoladas em colônias

Brasília - O governo vai indenizar filhos de pessoas com hanseníase, separados dos pais pelo isolamento compulsório a que eram submetidos os pacientes nos chamados hospitais-colônia. A decisão foi anunciada ontem (14) pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, a um grupo de filhos de vítimas da doença, em encontro no Palácio do Planalto.
 
Segundo Carvalho, a presidenta Dilma Rousseff vai assinar um ato normativo para autorizar o pagamento de indenização. Antes, uma comissão interministerial vai decidir, junto com representantes dos filhos de vítimas da hanseníase, o formato da norma – se será lei, decreto, medida provisória – e discutir valores e formas de pagamento.
 
“Os filhos também foram vítimas, porque foram retirados dos pais violentamente, colocados em orfanatos anexos às colônias. E muitos deles eram dados como mortos para as famílias e dados em adoção sem que a família soubesse, e se perderam por esse mundo afora, com muitas sequelas físicas e psicológicas. O que estamos fazendo é nada mais, nada menos do que reconhecer uma dívida de Estado”, avaliou.
 
O isolamento de pessoas com hanseníase, imposto oficialmente pelo governo, durou pelo menos 40 anos. No fim da década de 1940, uma lei federal determinou o afastamento compulsório de recém-nascidos filhos de vítimas da doença, o que provocou a separação de milhares de famílias.
 
Carvalho estima que pelo menos 15 mil filhos de pessoas com hanseníase que foram isoladas possam ser beneficiadas com a indenização. A Comissão Nacional dos Filhos Separados pelo Isolamento Compulsório calcula que o número possa chegar a 40 mil.
 
“É difícil ter um número preciso porque há muita perda de documentos. Fala-se em 15 mil pessoas, mas preciso esperar o processo para chegar a esses dados. Até porque se trata de dinheiro público, é preciso ter rigor.  Espero que até o fim do ano a gente consiga ter o formato definido”, disse o ministro.
 
Antes do encontro com Carvalho, o grupo participou, na Câmara dos Deputados, da instalação da Frente Parlamentar de Erradicação da Hanseníase e Doenças Elimináveis, que tem o objetivo de combater o preconceito, avançar nas pesquisas e chamar atenção para essas doenças.
 
Fonte Agência Brasil

Anvisa publica regras para acesso a remédios que não estão disponíveis no Brasil

Brasília - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou regras de acesso a remédios que ainda não estão disponíveis no mercado brasileiro. A resolução prevê três programas para que a indústria possa fornecer medicamentos aos pacientes vítimas de doenças raras, debilitantes e graves para as quais não exista medicação ou cujo tratamento disponível é insuficiente no país.
 
Entre os programas criados pela resolução, publicada terça-feira (13), está o de Uso Compassivo, que é uma autorização, que deve ser solicitada à Anvisa, para que a indústria possa executar um determinado programa assistencial no Brasil, fornecendo medicamentos novos, promissores e ainda sem registro na agência reguladora. O programa permite que a empresa seja autorizada a importar medicamentos que tratam doenças raras e graves e que não estejam registrados no país.
 
Já o Acesso Expandido prevê a autorização da Anvisa para a inclusão de outros pacientes, que inicialmente não tiveram acesso, no ensaio clínico autorizado pelo Programa de Uso Compassivo. A resolução também determina, por meio do Programa de Fornecimento de Medicamento Pós-Estudo, que depois do encerramento do programa de uso compassivo, a indústria deve disponibilizar remédios gratuitamente aos voluntários que participaram da pesquisa e que se beneficiaram do medicamento durante o desenvolvimento clínico.
 
As solicitações de anuência da Anvisa para os programas de acesso expandido e de uso compassivo serão analisadas de acordo com o estado de cada paciente e com ausência de alternativa terapêutica satisfatória no país.

Fonte Agência Brasil

Em setembro, 358 médicos estrangeiros começam a trabalhar no Brasil

Brasília – A partir da segunda quinzena de setembro, 358 médicos estrangeiros começam a trabalhar nas cidades do interior e periferias dos grandes centros por meio do Programa Mais Médicos. Na primeira edição, o programa selecionou 1.618 profissionais. Os dados são do balanço da primeira fase do programa, divulgados ontem (14) pelo Ministério da Saúde.
 
Quando chegarem ao Brasil, os médicos estrangeiros ficarão concentrados em oito capitais: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza. Nessas cidades, terão aulas sobre saúde pública brasileira e língua portuguesa durante três semanas, entre 26 de agosto e 13 de setembro. Após a aprovação nesta etapa, começam a atender a população na segunda quinzena de setembro.
 
Os profissionais que vão atuar em áreas indígenas terão, além do módulo de acolhimento, treinamento específico. Os estrangeiros terão registro profissional provisório e podem trabalhar apenas na região para onde forem designados.
 
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reafirmou a intenção do governo de buscar parcerias com instituições e universidades de outros países para facilitar a vinda de médicos estrangeiros. “Estamos tratando com a Organização Pan-Americana de Saúde [Opas] as possibilidades que ela tem para abrirmos tanto para países, organizações não-governamentais e universidades, a possibilidade de cooperação com outros países. Cada país têm suas regras próprias de colaboração”, disse.
 
Padilha disse ainda que os profissionais que irão participar do programa por meio desse modelo de cooperação serão alocados nos cerca de 1,5 mil municípios prioritários do Mais Médicos.
 
Perguntado sobre as negociações para trazer médicos cubanos, Padilha respondeu que Cuba já havia feito oferta ao Brasil e disse que é interessante a participação de profissionais especialistas em atenção básica, a exemplo dos cubanos.
 
Do total de 1.618 médicos selecionados pelo Mais Médicos, 53% vão para as periferias de capitais e regiões metropolitanas e 47% para municípios com alta vulnerabilidade social. Em relação ao perfil dos profissionais, entre os médicos formados no Brasil, 58% são homens e 42% mulheres. Entre os com diploma do exterior, 63% são homens e 37% mulheres.

Fonte Agência Brasil

Câmara cria Frente Parlamentar de Erradicação da Hanseníase

Brasília – A Câmara dos Deputados criou ontem (14) a Frente Parlamentar de Erradicação da Hanseníase e Doenças Elimináveis, que tem o objetivo de acabar com o preconceito, avançar nas pesquisas e chamar atenção para tais doenças.
 
“A frente é muito importante para a erradicação de dez doenças que muitos consideram negligenciadas, quando, na verdade, populações que precisam de atenção é que são negligenciadas”, disse o coordenador do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Artur Custódio.
 
Para ele, o termo erradicação significa “mais do que arrancar a doença pela raiz. Significa mostrar novos rumos para acabar com as doenças e com o preconceito”.
 
 
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, em dez anos, o Brasil conseguiu reduzir em 65% a prevalência da hanseníase e em alguns estados houve queda de 4,4% a 1,5%. “Mesmo com este número, não podemos dizer que o problema da hanseníase está superado, mas podemos dizer que temos conhecimento e recursos para diminuir ainda mais a doença.”
 
O secretário ressaltou que não há risco de transmissão da hanseníase quando há diagnóstico e tratamento. “A pessoa que é diagnosticada e, logo em seguida, começa o tratamento não corre o risco de transmitir [a doença] para outras pessoas. O problema é quando a pessoa tem [o problema] e não sabe.”
 
Engajada na luta contra a doença há mais de 40 anos, a atriz Elke Maravilha destacou a falta de conhecimento sobre a hanseníase. “As pessoas pensam que a hanseníase é apenas uma doença de pele, as pessoas não querem saber”. Para ela, a criação da frente parlamentar é um passo para promover a erradicação da doença.

Fonte Agência Brasil

Cremerj faz protesto por melhorias em hospital da zona norte do Rio

Rio de Janeiro – Centenas de pessoas fizeram ontem (14) manifestação em frente ao Hospital Municipal Salgado Filho, na zona norte do Rio, pedindo melhorias na estrutura e no quadro de funcionários da unidade. O protesto foi convocado pelo Conselho Regional de Medicina do estado do Rio de Janeiro (Cremerj), depois de uma fiscalização à unidade, que constatou problemas que dificultam o trabalho dos médicos, pondo em risco a saúde dos pacientes.
 
O Cremerj descreveu as dificuldades em um relatório que foi entregue à Secretaria Municipal de Saúde. No protesto desta manhã, os manifestantes vestiam branco e carregavam cartazes que pediam o apoio da população às reivindicações por melhorias no hospital. Duas viaturas policiais reforçavam o policiamento em frente à unidade.
 
Entre os principais problemas descritos no relatório do Cremerj estão a superlotação, a falta de profissionais de saúde e leitos montados de forma errada, o que, de acordo com a instituição, contribui para a transmissão de doenças respiratórias.
 
Segundo a presidenta do Cremerj, Márcia Rosa de Araújo, são necessários mais concursos públicos, para que se reponha o pessoal nos hospitais com salários atrativos. "Estão agora com este programa, o Mais Médicos, para o interior, mas estamos vendo [falta de médicos] aqui, dentro do Rio de Janeiro, no Méier, que é um bairro populoso, com um número enorme de estabelecimentos comerciais e residências. O bairro está desprovido do mínimo que possa ser para o povo ser atendido numa emergência”, disse Márcia.
 
A médica informou que o Cremerj fiscaliza as unidades de saúde rotineiramente. “É obrigação do Conselho Regional de Medicina, principalmente para ver as condições em que o médico trabalha. Já entregamos vários à Secretaria Municipal de Saúde. Agora estamos mostrando à população o que está acontecendo. Só o povo na rua é que vai resolver, porque a secretaria não está nem aí para isso”, disse Márcia Rosa.
 
De acordo com a coordenadora da Emergência e do Ambulatório do hospital, Eneida dos Reis, muitos pacientes ficam em macas durante a internação, e o clima fica muito tenso. "Maca é para transporte, não é leito”, ressaltou Eneida. Ela disse que o número de pacientes recebidos pelo hospital fica muito além da capacidade de atendimento. "E o número de profissionais não é nem de longe o preconizado pelo Cremerj, pela sociedade, para atender àquela demanda."
 
“Em dias de maior demanda, pode haver acomodação de leitos acima do ideal, com pacientes em observação”, admitiu a Secretaria de Saúde, em nota. Segundo a secretaria, mais de R$ 6 milhões foram investidos no ano passado em obras e equipamentos no Salgado Filho. De acordo com o planejamento da secretaria, o hospital do Méier será o próximo a receber melhorias já implantadas em outras unidades da rede.
 
Fonte Agência Brasil

Profissionais selecionados no Mais Médicos correspondem a 10,5% da demanda dos municípios

Brasília – Na primeira edição, o Programa Mais Médicos selecionou 1.618 profissionais para atuar em 579 postos da rede pública em cidades do interior do país e periferias de grandes centros. Desse total, 1.096 médicos têm diploma brasileiro e 522 são médicos formados no exterior. Os participantes do programa correspondem a 10,5% dos 15.460 profissionais necessários, segundo demanda apresentada pelos municípios. O balanço foi divulgado ontem (14) pelo Ministério da Saúde.
 
Os diplomas estrangeiros são de 32 países. A maioria da Argentina (141), seguida por Espanha (100), Cuba (74), Portugal (45), Venezuela (42), México (26) e Uruguai (25). Cerca de 70% dos médicos, tanto estrangeiros quanto brasileiros, se formaram nos últimos dez anos.  
 
De acordo com o ministério, 67,3% dos médicos vão atuar em regiões de extrema pobreza e distritos de saúde indígena. “Essa foi uma estratégia importante para ocupar postos em região de fronteira”, disse o ministro da saúde Alexandra Padilha. O balanço mostra ainda que dos 3.511 municípios inscritos, 703 não foram contemplados com nenhum médico.
 
Na avaliação do ministro, o primeiro mês do programa deixou claro que o Brasil não tem número suficiente de médicos para atender a todas as áreas carentes do país. "O que nos move é levar médicos para quem precisa e para isso vamos usar todas as medidas legais", disse.
 
No próximo dia 19, o ministério abrirá inscrições do programa para médicos e municípios, no segundo mês de seleção. “Em agosto, temos a expectativa de que vários médicos que se formaram no mês de julho se inscrevam”, disso o ministro Padilha. Após essa etapa, a inscrição para municípios será reaberta apenas no final do ano.
 
No Mais Médicos, os profissionais formados no Brasil e os que têm diplomas revalidados no país têm prioridade nas vagas para as regiões carentes. Os postos que não forem preenchidos por eles são ocupados por médicos brasileiros que se formaram no exterior e, em seguida, pelos estrangeiros.
 
No caso dos estrangeiros, antes de iniciar o trabalho, os profissionais passarão por três semanas de capacitação, com foco no funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e língua portuguesa. Durante o período de atuação, terão o trabalho supervisionado por universidades. Os estrangeiros não precisarão fazer o Revalida (Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior) e, por isso, terão registro provisório por três anos para atuar na atenção básica e com validade restrita ao local para onde foram designados.
 
O Programa Mais Médicos foi criado por medida provisória e tem entre os objetivos ampliar o número de médicos nas regiões carente do país.
 
Fonte Agência Brasil

Remédio 'do futuro' avisa médico quando é ingerido por paciente

Divulgação
Sensor envia mensagem para adesivo e, de lá, segue para
 app em tablet
Comprimidos com sensores eletrônicos e adesivo colado no braço prometem ajudar pacientes com doenças crônicas
 
Uma empresa americana criou um medicamento que avisa médicos e familiares quando é ingerido.
 
A tecnologia, desenvolvida pela companhia de saúde digital Proteus, baseada na Califórnia, tem como objetivo ajudar no tratamento de pacientes com doenças crônicas, que precisam tomar remédios regularmente.
 
"Seres humanos não são robôs e, quando têm de tomar remédios ou fazer outras coisas que requerem muita rotina, sempre acham difícil", diz Andrew Thomson, diretor da Proteus.
 
Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 50% das pessoas não tomam medicamentos corretamente, ao passo que 50% dos remédios não são prescritos ou vendidos adequadamente.
 
A Proteus pretende disponibilizar comprimidos com um sensor eletrônico embutido. Quando o medicamento chega ao estômago, envia uma mensagem a um adesivo colado ao braço do paciente e, de lá, segue em forma de alerta para um celular, tablet ou PC.
 
Divulgação
O chip comestível ao lado de um pin dá a ideia de seu tamanho
Thomson explica que o sensor funciona como uma "bateria de batata".            
           
"Se você colar um pedaço de cobre e um de magnésio em uma batata e conectá-los, é possível acender uma lâmpada", diz ele.
 
Segundo Thomson, isso é possível por um princípio da química que diz que dois metais diferentes conectados em uma solução iônica, como a batata, criam uma carga elétrica.
 
"O que fizemos foi unir dois minerais presentes na dieta de qualquer pessoa – cobre e magnésio -, colocá-los em um grão de areia que tem menos de milímetro quadrado e combiná-lo ao medicamento".
 
Ao ser engolido, o sensor entra em contato com os ácidos gástricos, que são um meio iônico capaz de criar a voltagem necessária para ativá-lo. O chip, então, entra em contato com o adesivo, que também monitora sinais vitais do paciente, como movimento e sono.
 
O adesivo, por sua vez, envia todas as informações para um aplicativo localizado em um sistema de computação em nuvem que pode ser acessado por profissionais de saúde e parentes por meio de seus telefones e computadores.
 
A aplicação também controla os efeitos dos remédios, avaliando se a dosagem está correta ou se está surtindo efeito.
 
A tecnologia está sendo testada na Grã-Bretanha na rede de farmácias Lloyds. Pacientes recebem uma cartela de remédios, sendo que um dos comprimidos contém o sensor.

Fonte iG

Filhos de mães obesas têm risco de morte prematura por problemas cardíacos

BBC
Segundo pesquisadores, é importante manter peso saudável na gravidez
Estudo escocês diz que filhos de mães acima do peso têm um risco 35% maior de morrer antes do 55 anos por problemas cardiovasculares
 
Um estudo escocês indica que filhos nascidos de mães obesas ou acima do peso têm mais chances de morrer prematuramente por problemas cardiovasculares.
 
Segundo a pesquisa, adultos cujas mães estavam obesas durante a gravidez têm um risco 35% maior de morrer antes dos 55 anos.           
                          
O estudo foi publicado na revista científica British Medical Journal , e é motivo para "grande preocupação", segundo os autores.
 
Os cientistas analisaram 28.540 mulheres que tiveram o peso registrado na primeira consulta do pré-natal e seus 37.709 filhos, atualmente com idades entre 34 e 61 anos.
 
Uma em cada cinco mães foi identificada como estando acima do peso, com índice de massa corporal (IMC) entre 25 e 29.9, e 4% foram consideradas obesas, com IMC acima de 30.           
           
Eles verificaram que houve 6.551 mortes prematuras entre os filhos analisados, causadas principalmente por doenças do coração.
 
Segundo a pesquisa, o risco de morte prematura foi 35% maior entre as pessoas cujas mães estavam obesas na gravidez. Este índice foi calculado depois que outros fatores de risco foram descartados, como a idade da mãe no parto, classe social e peso do bebê.
 
Os resultados também revelaram que crianças nascidas de mães obesas têm risco 42% maior de sofrer ataques do coração, infarto ou angina.
 
Controle do apetite
A líder da pesquisa, Rebecca Reynolds, da Universidade de Edimburgo, disse que o levantamento ressalta como é importante manter um peso saudável durante a gravidez.
 
Ela acrescentou que mais pesquisas são necessárias para investigar as razões que explicam a maior probabilidade de morte entre filhos de grávidas obesas.           
           
Estudos anteriores mostraram uma ligação entre obesidade na gravidez, mudanças no metabolismo infantil e dificuldades de controlar o apetite das crianças.
 
O professor Sir Stephen O'Rahilly, da Universidade de Cambridge, alerta que a obesidade pode passar de geração em geração.
 
"Pessoas obesas têm mais chances de sofrer de problemas cardiovasculares. Então é muito provável que, neste estudo, filhos de mães obesas eram mais gordos do que os de mães magras".
 
Fonte iG

7 fatos sobre alimentos orgânicos

Orgânicos: como qualquer alimento cultivado na terra,
eles não estão livres de bactérias
O cultivo sem o uso de agrotóxicos os torna mais saudáveis, mas não isentos de riscos. Saiba mais
 
Lutando para ganhar mais espaço nas prateleiras e cardápios saudáveis, os alimentos orgânicos levaram duro golpe em 2011, quando brotos de feijão orgânicos cultivados na Alemanha foram apontados como veículos da transmissão de uma nova e poderosa variação da bactéria E.coli.
 
O surto de contaminação segue mantendo a Europa em estado de alerta. Até agora, mais de três mil pessoas foram contaminadas. Pelo menos 37 morreram e um quarto dos afetados desenvolveu uma complicação chamada Síndrome Hemolítica Urêmica (SHU), que afeta o sangue, os rins e o sistema nervoso, causando convulsões, AVCs e coma.
 
Tudo indica que esta variante da E.coli não deve chegar ao Brasil, mas as notícias sobre a contaminação e os efeitos da bactéria no corpo humano vêm gerando dúvidas sobre contaminação de alimentos e principalmente sobre o consumo de orgânicos. Para esclarecê-las, o iG Saúde consultou especialistas no assunto. Confira.
 
1- O cultivo orgânico é totalmente isento de substâncias químicas
Sim. “Para ser orgânico, o alimento deve ser cultivado sem quaisquer substâncias químicas, sejam elas fertilizantes sintéticos solúveis, agrotóxicos ou pesticidas e, no caso de produtos de origem animal, antibióticos ou hormônios”, explica a nutricionista Flávia Morais, da Rede Mundo Verde.
 
2 - Alimentos orgânicos estão livres de contaminação por bactérias
Não, assim como qualquer outro alimento não-orgânico. “Você não faz agricultura em ambiente estéril, em lugar algum. Qualquer planta que esteja no ambiente pode ter contato com uma infinidade de bactérias e fungos”, explica Rogério Dias, coordenador do Agroecologia do Ministério da Agricultura.
 
O especialista diz que o cultivo de todo tipo de hortaliça – com exceção das cultivadas em água (hidropônicas) – necessita de adubos orgânicos (esterco). Para minimizar os riscos de contaminação, a legislação brasileira exige que o esterco não seja usado na parte comestível dos alimentos. “Além disso, recomendamos aos agricultores que submetam o adubo orgânico à compostagem (técnica para controlar a decomposição de materiais orgânicos)”.
 
Sobre a contaminação dos alimentos pela bactéria E.coli, ele diz: “No alimento orgânico ou não, ela pode acontecer no solo, pelas mãos do agricultor, no transporte, na comercialização e no próprio manuseio do consumidor. Por isso, qualquer produto que tenha contato com solo precisa passar por um rigoroso processo de limpeza”.
 
3 - Orgânicos não precisam ser higienizados para o consumo
Renato Caleffi, chef do Le Manjue Bistrô – restaurante na capital paulista que só utiliza alimentos orgânicos –, diz que os cuidados de higiene com a comida orgânica em nada diferem dos exigidos na utilização de produtos não orgânicos. “O único cuidado extra é que os produtos industrializados orgânicos, que não utilizam conservantes, têm uma durabilidade menor”.
 
“Já os alimentos in natura orgânicos, como os folhosos, têm a mesma vida útil, precisam ser bem armazenados e devem ser muito bem lavados antes do consumo. Uma dica neste processo de higienização é usar vinagre ou água sanitária para eliminar as bactérias”, orienta. Caleffi acrescenta que prefere usar toalhas de papel em vez de pano de prato já que os de tecido podem virar moradia de microrganismos e agentes infecciosos.
 
Higiene das mãos: fundamental antes do manuseio de alimentos
4 - Orgânicos podem ser consumidos crus
O alimento, orgânico ou não, pode ser consumido cru desde que corretamente higienizado. “Lave em água corrente para retirar a sujeira, deixe de molho por pelo menos 20 minutos em solução clorada. Já são encontradas no mercado pastilhas de cloro para serem diluídas em água para higienização. Ou você pode preparar a solução com 1 colher (sopa) de água sanitária para 1 litro de água. O cozimento em temperatura adequada, acima de 70°C também mata as bactérias”, ensina Flávia Morais, da Rede Mundo Verde.
 
A higienização, o preparo e o cozimento dos orgânicos são exatamente iguais aos dos outros alimentos, endossa Raquel Pimentel, nutricionista da Educa e Nutre, consultoria em nutrição, em São Paulo. Para diminuir os riscos de contaminação, ela reforça a importância de lavar as mãos antes de manusear a comida. O ideal, defende a especialista, é usar sabonete bactericida. Na ausência dele, detergente e sabão neutro cumprem a função.
 
5 - O valor nutricional do orgânico é maior do que o não-orgânico
Os alimentos cultivados sem substâncias químicas levam essa vantagem, sim. A pesquisadora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Sonia Cachoeira Stertz, especialista em orgânicos, já comprovou que esses produtos são realmente mais saudáveis e mais nutritivos.
 
“Primeiro, eles não têm resíduos de agrotóxicos. Depois, por utilizarem fertilizantes naturais, são nutricionalmente mais equilibrados.” Ela realizou uma pesquisa com 10 produtos diferentes, entre eles o leite, o morango e a batata. Os resultados: o leite orgânico tem de 40% a 80% mais elementos antioxidantes; o morango tem mais sais minerais e a batata mais nutrientes do que os convencionais.
 
“Estudos mostram que os alimentos orgânicos são realmente mais ricos em substâncias antioxidantes, que previnem o envelhecimento e diminuem o risco de doenças cardiovasculares. Pesquisas que compararam o valor nutricional de alimentos orgânicos mostraram que a quantidade de minerais como magnésio e ferro eram maiores que em alimentos não orgânicos”, completa a nutricionista Flávia Morais.
 
6 - Orgânicos não engordam
Em relação aos valores calóricos, eles não têm mais, nem menos calorias do que os convencionais, embora sejam mais ricos em micronutrientes, vitaminas e minerais. E justamente por esse maior potencial nutritivo, segundo Rogério Dias, especialista do Ministério da Saúde, os orgânicos podem atuar sobre a “fome oculta”, auxiliando a perda de peso. “A fome oculta é provocada pela deficiência de nutrientes. Consumindo um alimento mais rico, a pessoa tende a ficar em maior equilíbrio e mais saciada”.
 
7 - Orgânicos devem conter selo de certificação
Não é somente a não utilização de agrotóxicos que define se um produto é ou não orgânico. Para ter o certificado que garante o título, produtores devem se enquadrar em mais de 50 normas diferentes de produção e comercialização, incluindo armazenamento, rotulagem, transporte e fiscalização. Entre as exigências estão a preservação da diversidade biológica dos ecossistemas, o manejo correto de resíduos, o emprego de processos que incrementem a fertilidade do solo e a inclusão de práticas sustentáveis.
 
Em hipótese alguma é permitido o uso de sementes transgênicas, adubos químicos, ou hormônios e antibióticos em animais. Desde o início do ano, o certificado de orgânico passou a ser um selo único em todo o país, o Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica (Sisorg).
 
Fonte iG