Brasília – A Câmara dos Deputados criou ontem (14) a Frente Parlamentar de
Erradicação da Hanseníase e Doenças Elimináveis, que tem o objetivo de acabar
com o preconceito, avançar nas pesquisas e chamar atenção para tais doenças.
“A frente é muito importante para a erradicação de dez doenças que muitos
consideram negligenciadas, quando, na verdade, populações que precisam de
atenção é que são negligenciadas”, disse o coordenador do Movimento de
Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Artur Custódio.
Para ele, o termo erradicação significa “mais do que arrancar a doença pela
raiz. Significa mostrar novos rumos para acabar com as doenças e com o
preconceito”.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas
Barbosa, em dez anos, o Brasil conseguiu reduzir em 65% a prevalência da
hanseníase e em alguns estados houve queda de 4,4% a 1,5%. “Mesmo com este
número, não podemos dizer que o problema da hanseníase está superado, mas
podemos dizer que temos conhecimento e recursos para diminuir ainda mais a
doença.”
O secretário ressaltou que não há risco de transmissão da hanseníase quando
há diagnóstico e tratamento. “A pessoa que é diagnosticada e, logo em seguida,
começa o tratamento não corre o risco de transmitir [a doença] para outras
pessoas. O problema é quando a pessoa tem [o problema] e não sabe.”
Engajada na luta contra a doença há mais de 40 anos, a atriz Elke Maravilha
destacou a falta de conhecimento sobre a hanseníase. “As pessoas pensam que a
hanseníase é apenas uma doença de pele, as pessoas não querem saber”. Para ela,
a criação da frente parlamentar é um passo para promover a erradicação da
doença.
Fonte Agência Brasil
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