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terça-feira, 21 de agosto de 2018

40% dos brasileiros fazem auto-diagnóstico médico pela internet


Imagem relacionadaGrande maioria são pessoas das classes A e B, com curso superior e jovens

Pessoas das classes A e B, com curso superior e jovens, são o perfil dos pacientes que usam a internet para se autodiagnosticar, segundo levantamento de um instituto, entidade de pesquisa e pós-graduação na área farmacêutica. O terceiro estudo do instituto sobre o tema apontou que 40,9% dos brasileiros fazem autodiagnóstico pela internet. Desses, 63,84% têm formação superior.

A última edição do estudo, de 2016, já apontava patamar de 40% de autodiagnóstico online, mas dessa vez foi traçado o perfil socioeconômico. “É uma novidade e nos surpreendeu muito, porque imaginávamos que quem se autodiagnosticava eram pessoas que não têm acesso ao médico. Mas são das classes A e B, esclarecidas e com poder econômico para buscar informação de saúde mais concreta e consciente”, diz o diretor de pesquisa do Instituto.

Entre os que fazem autodiagnóstico 55% são das classes A e B e 26%, das classes D e E. “Pessoas de baixa renda ainda buscam mais o médico em prontos-socorros. Quanto mais idosas, mais recorrem ao médico, pois têm dificuldade com a internet de modo geral.” O levantamento foi feito em maio em 120 municípios, incluindo todas as capitais, e ouviu 2.090 pessoas com mais de 16 anos. Para os pesquisadores, o imediatismo está entre as motivações, principalmente na geração de 16 a 34 anos.

A professora Isabella Oku, de 28 anos, é um exemplo. “Evito ir a consultas em relação a certos sintomas, coisas que não são tão graves, como alergias.” Há cerca de oito meses, ela está com um desconforto na unha, que coça sempre que vai à manicure. Isabella pesquisou na internet uma pomada, que está usando. “Não quero precisar esperar o médico ter disponibilidade para me atender”. Na semana passada, com dor de garganta, já chegou ao consultório dizendo que estava com amidalite. “Tomei antibiótico e não adiantou nada. O médico falou que eu estava resfriada e isso é muito genérico.”

Riscos
Denize Ornelas, da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, diz que o número de pacientes que chegam aos consultórios com autodiagnóstico e automedicação é crescente. “O maior impacto é quando chegam por efeitos colaterais ou interação medicamentosa”, diz. “A maior parte das doenças começa com dor, febre, indisposição, sintomas mais gerais. Se o paciente se automedica e não espera a progressão, pode mascarar uma doença. Dor abdominal pode ser azia e má digestão, mas, se você faz uso constante de antiácido, pode retardar um diagnóstico de câncer de estômago. É raro, mas pode acontecer.

Em 2016, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu os critérios para que remédios pudessem ser isentos de prescrição médica. Não ter potencial para causar dependência, não ter indicação para doenças graves e ser tomado por prazo curto estão entre os requisitos. “São feitos para sintomas menores, como dor de cabeça, indisposição estomacal”, diz Marli Sileci, da Associação da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição

O Google e o Hospital Israelita Albert Einstein fecharam em 2016 parceria para oferecer informações confiáveis a usuários que fazem buscas na área da saúde por meio de quadros com dados sobre as doenças revisados pelo hospital. No ano passado, foram incluídos dados sobre os sintomas.

Paraná lança campanha de Logística Reversa de Medicamentos

Resultado de imagem para logística reversa de medicamentosA auto-medicação e o uso irracional de medicamentos contribuem para que os medicamentos estejam dentre as principais causas de intoxicação!

Somado a isso, tem-se ainda que o descarte inadequado de medicamentos, como nos vasos sanitários, lixo comum, pia, esgoto, queima a céu aberto, gera um grande passivo ambiental.

Dessa forma, o uso racional de medicamentos e o descarte adequado dos mesmos é fundamental para a manutenção do meio ambiente, saúde humana e animal. Neste sentido a Logística Reversa de Medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso constitui um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados para coleta e destinação final ambientalmente adequada dos medicamentos.
Recomendações:
➡️ Siga o tratamento pelo tempo recomendado
➡️ Sempre verifique a data de validade
➡️ Não use medicamentos vencidos
➡️ Tome os medicamentos no horário correto, na dose recomendada e no período de uso determinado
➡️ Informe um profissional de saúde caso apareça qualquer sintoma inesperado
➡️ Não descarte medicamentos no vaso sanitário, lixo comum ou esgoto
➡️ Procure sempre ponto de coleta para o descarte adequado
Caso haja em sua residência medicamentos vencidos, ou sobras de medicamentos que não serão mais utilizados, procure o ponto de descarte mais próximo.
Programa de Logística Reversa de medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso 
Existem empresas localizadas no Estado do Paraná que realizam a coleta permanente de medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso. Veja aqui quais são os pontos de coleta. Com o objetivo de intensificar a coleta e atingir o maior número de localidades nas 22 Regionais de Saúde, o Governo do Estado do Paraná promove de 15/08/2018 a 15/10/2018 uma campanha para descarte de medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso.
Legislação – Lei nº 12.305, de 02 de Agosto de 2010, que Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; Lei Estadual nº 17.211, de 03 Julho de 2012, que Dispõe sobre a responsabilidade da destinação dos medicamentos em desuso no Estado do Paraná; Decreto nº 9.213, de 23 de Outubro de 2013, que regulamenta a Lei nº 17.211, de 03 de julho de 2012, que dispõe sobre a responsabilidade da destinação dos medicamentos em desuso no Estado do Paraná.
Realização: Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Saúde – SESA e Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMA, Apoio: Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná – CRF-PR, Consórcio Paraná Saúde, Grupo Técnico de Medicamentos do Paraná – GTM-PR, Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba – SMS, Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba – SMMA, Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo – SINDUSFARMA, Sindicato das Indústrias de Papel e Celulose do Paraná – SIMPACEL, Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado do Paraná – SINQFAR, Sindicato do Comércio, Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado do Paraná – SINDIFARMA e Universidade Federal do Paraná – UFPR
Fonte: CRF-PR