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sábado, 1 de março de 2014

Terapia celular teve incríveis resultados ao erradicar câncer, segundo o maior teste clínico do gênero

Foto: Reprodução da internet
Pesquisadores do Centro de Câncer do Memorial Sloan Kettering divulgaram nesta semana notícias animadoras sobre um dos métodos mais interessantes de tratamento de câncer que existem atualmente.
 
O maior estudo clínico de pacientes com leucemia avançada já realizado descobriu que 88% deles alcançaram remissão completa após o tratamento com versões geneticamente modificadas de células do seu próprio sistema imunológico. Os resultados foram publicados na revista “Science Translational Medicine”.
 
“Estes resultados extraordinários demonstram que a terapia celular é um tratamento eficaz para pacientes que já esgotaram todas as terapias convencionais”, comemora o diretor do Centro de Engenharia Celular do Memorial Sloan Kettering, Michel Sadelain, um dos autores sênior do estudo. “Nossos resultados iniciais foram consistentes em um grupo maior de pacientes, e já estamos procurando novos estudos clínicos para avançar nesta nova abordagem terapêutica do combate ao câncer”.
 
Linfócitos B maduros de leucemia linfoblástica aguda (B-LLA), um tipo de câncer no sangue que se desenvolve nestas células, são difíceis de tratar, porque a maioria dos pacientes sofre com recaídas. Os pacientes com B-LLA têm poucas opções de tratamento: apenas 30% respondem à quimioterapia intensiva. Sem um transplante de medula óssea bem-sucedido, poucos têm qualquer esperança de sobrevivência a longo prazo.
 
No novo estudo, 16 pacientes com B-LLA receberam uma infusão de suas próprias células imunitárias geneticamente modificadas, chamadas de células T. As células foram “reeducadas” para reconhecer e destruir células cancerosas que contêm a proteína CD19. A taxa de resposta completa global para todos os pacientes foi de 88% e mesmo aqueles com doença detectável antes do tratamento tiveram uma taxa de resposta completa de 78%, ultrapassando a taxa de resposta completa da quimioterapia intensiva.
 
Dennis J. Billy, do estado norte-americano da Pensilvânia, foi um dos primeiros pacientes a receber o tratamento, mais de dois anos atrás. Ele conseguiu se submeter com sucesso a um transplante de medula óssea, ficou livre do câncer e, desde 2011, voltou ao trabalho ensinando teologia. Paolo Cavalli, dono de um restaurante em Oxford, Connecticut, continua em remissão completa oito meses após receber seu tratamento com células T personalizadas.
 
A imunoterapia direcionada e baseada em células é uma nova abordagem no tratamento do câncer que utiliza o próprio sistema imunitário do corpo para atacar e destruir as células cancerosas. Ao contrário de um vírus comum, tal como o da gripe, o nosso sistema imunológico não reconhece as células cancerosas como estranhas e, portanto, fica em desvantagem na erradicação da doença.
 
Por mais de uma década, os pesquisadores do Memorial Sloan Kettering têm explorado maneiras de reestruturar as células T do próprio corpo para reconhecer e atacar o câncer. Em 2003, foram os primeiros a relatar que as células T manipuladas para reconhecer a proteína CD19, que é encontrada nas células B, podiam ser usadas para o tratamento de tumores dos linfócitos B em camundongos. Dez anos mais tarde, em março de 2013, a mesma equipe de pesquisa anunciou que 5 pacientes com B-ALL reincidente foram tratados com a técnica e apresentaram remissão completa.
 
Já no estudo atual, sete dos 16 pacientes (44%) conseguiram ser submetidos a transplantes de medula óssea – o atendimento padrão e a única opção de cura para pacientes com B-LLA – após o tratamento. Três pacientes eram inelegíveis por não terem conseguido alcançar a remissão completa, outros três devido a condições médicas preexistentes, dois se negaram e um ainda está sendo avaliado para um potencial transplante. Historicamente, apenas 5% dos pacientes com B-LLA recidiva eram capazes de fazer a transição para o transplante de medula óssea.
 
O estudo também fornece diretrizes para o gerenciamento de efeitos colaterais da terapia celular, que podem incluir vários sintomas semelhantes ao de uma gripe, tais como febre, dor muscular, pressão arterial baixa e dificuldade respiratória, conhecidos como síndrome de libertação de citoquinas. Os pesquisadores desenvolveram critérios de diagnóstico e um teste de laboratório que pode identificar quais pacientes estão sob maior risco de desenvolver a síndrome.
 
Estudos adicionais para determinar se a terapia celular pode ser aplicada a outros tipos de câncer já estão acontecendo.
 

Hypescience

Benefícios do leite materno têm sido exagerados, de acordo com estudo

Foto: Reprodução
Benefícios do leite materno têm sido exagerados, de acordo
com estudo
Um novo estudo da Universidade Estadual de Ohio (EUA) que comparou irmãos alimentados de forma diferente durante a infância sugere que a amamentação pode não ser mais benéfica a longo prazo do que a alimentação com mamadeira.
 
Outros estudos sugeriam que amamentação possuía muitos benefícios para as crianças. No entanto, a pesquisa atual afirma que são outros fatores que podem estar desempenhando um papel importante neste resultado mais tarde na vida.
 
“Muitos estudos anteriores não controlaram ou não puderam controlar estatisticamente fatores como raça, idade, renda familiar, o emprego da mãe – coisas que sabemos que podem afetar tanto a amamentação quanto os resultados de saúde”, explica Cynthia Colen, professora de sociologia na Universidade Estadual de Ohio e principal autora do estudo. “Mães com mais recursos, com níveis mais elevados de educação e de renda e mais flexibilidade em suas programações diárias são mais propensas a amamentar seus filhos e fazê-lo por longos períodos de tempo”.
 
Geralmente, autoridades governamentais de saúde declaram que pelo menos seis meses de amamentação é uma prioridade, o que pode estigmatizar mulheres que não podem optar por amamentar seus bebês por esse tempo e fazê-las se sentir culpadas.
 
“Eu não estou dizendo que a amamentação não é benéfica, especialmente para aumentar a nutrição e imunidade dos recém-nascidos”, diz Colen. “Mas, se queremos realmente melhorar a saúde materna e infantil no país, temos também que nos concentrar em coisas que podem realmente fazer isso a longo prazo – como creche subsidiada, melhores políticas de licença maternidade e mais oportunidades de emprego para as mães de baixa renda”, indica.
 
O estudo
Colen analisou três amostras de um estudo de representação nacional: 8.237 crianças, 7.319 irmãos e 1.773 pares de irmãos “discordantes”, crianças de 665 famílias pesquisadas em que pelo menos uma era amamentada e a outra era alimentada com mamadeira. As crianças que foram alimentadas de forma diferente na mesma família representavam cerca de 25% dos irmãos no estudo.
 
A análise mediu 11 resultados que são comuns a outros estudos sobre os efeitos da amamentação: índice de massa corporal (IMC), obesidade, asma, hiperatividade, relação afetiva com os pais e comportamento de obediência, bem como pontuações prevendo desempenho acadêmico em vocabulário, leitura, matemática, inteligência e competência escolar.
 
Como esperado, as análises das amostras de adultos e seus filhos através de famílias sugerem que a amamentação levou a melhores resultados do que a alimentação com mamadeira em uma série de medidas: IMC, hiperatividade, habilidades matemáticas, leitura, vocabulário e identificação de palavras, competência escolar e obesidade.
 
Quando a amostra foi restrita aos irmãos que foram diferentemente alimentados dentro das mesmas famílias, no entanto, os resultados que refletiam os efeitos positivos da prática da amamentação em 10 dos 11 indicadores de saúde infantil e bem-estar estavam mais próximos a zero e não foram estatisticamente significativos – ou seja, as diferenças poderiam ter ocorrido por acaso. Por exemplo, a magnitude dos efeitos benéficos da amamentação para matemática, leitura, vocabulário e inteligência diminuiu de 69% a 29% na comparação de dados dentro das mesmas famílias.
 
Segundo Colen, as diferenças demográficas que podem ter criado um viés em favor da amamentação incluem raça dos pais, idade, estado civil, renda familiar, plano de saúde, educação e emprego da mãe, e se uma mulher fuma ou bebe durante a gravidez.
 
“Quando estudamos mães mais ou menos favorecidas, sabemos que essas características irão afetar os resultados de saúde das crianças. Daí, não fica claro o que está afetando um resultado como a obesidade do filho – é amamentar em si, ou aquelas outras características de fundo?”, alerta Colen.
 
“Se a amamentação não tem o impacto que nós pensamos que tinha a longo prazo, então é muito importante no curto prazo que prestemos atenção a outras coisas, como a qualidade da escola, moradia adequada e o tipo de emprego que pais têm quando seus filhos estão crescendo”, sugere a pesquisadora. [MedicalXpress]
 
Hypescience

Abaixe o som: 12% das crianças e adolescentes apresentam perda auditiva

12% das crianças e adolescentes apresentam perda auditiva
O seu filho, seja ele criança ou adolescente, passa horas “conectado” a um player de música? Este isolamento musical pode está fazendo mais do que irritar os pais
 
De acordo com a Associação Nacional da Fala Linguagem e Audição (EUA), estima-se que quase 12% de todas as crianças com idades entre 6-19 têm perda auditiva induzida por ruído (conhecida pela sigla PAIR). Este tornou-se um problema de saúde pública generalizada grave, que pode ocorrer em qualquer idade.
 
Embora trabalhadores da construção civil e militares sejam rotineiramente expostos a níveis excessivos de ruído que causam perda de audição, a pesquisa recente sugere que ouvir música através de um iPod ou outro dispositivo em determinados níveis de som também pode ser perigoso para a audição. Tendo em conta que muitas crianças e adolescentes passam muitas horas ligados aos seus dispositivos, algumas precauções devem ser usadas ​​para evitar a perda de audição.
 
O ouvido externo recebe ondas sonoras e as afunila pelo canal auditivo até o tímpano e, em seguida, para o ouvido interno. O ouvido interno é um órgão semelhante à concha de um caracol chamado de cóclea. Dentro da cóclea, existem milhares de células ciliadas que são as responsáveis reais ​​pela nossa audição, porque transmitem os sons para o cérebro. Os cientistas acreditam que a PAIR danifica as células ciliadas do ouvido interno, causando a perda da capacidade de transmitir som. Este distúrbio é gradual e indolor, porém, eventualmente, torna-se permanente. Uma vez danificadas, as pequenas células ciliadas do ouvido interno não podem voltar a crescer.
 
O som é medido em decibéis. Por exemplo, uma conversa normal normalmente alcança 60 decibéis; secadores de cabelo e máquinas de cortar grama chegam aos 90 decibéis; shows de rock e corridas de carro podem chegar a 110 decibéis; e armas de fogo e fogos de artifício muitas vezes fazem sons superiores a 140 decibéis. Qualquer som acima de 85 decibéis é alto o suficiente para prejudicar a audição. Ainda assim, tal como os danos causado pelo sol, quanto mais intenso é o som, menor é a quantidade de tempo que se pode ser exposto a ela antes de ocorrerem danos.
 
O que você pode fazer para evitar a perda de audição?
 
- Use proteção auditiva: Para eliminar o ruído indesejado, várias opções estão disponíveis, tais como protetores de orelha e tampões para os ouvidos. Protetores auditivos podem ser feitos sob medida ou individualmente moldados e estão disponíveis através de fonoaudiólogos locais. Aliás, a receita caseira de colocar algodão nos ouvidos não funciona.
 
- Limite o tempo: Faça pausas enquanto está ouvindo seu iPod ou outro dispositivo para dar aos seus ouvidos algum tempo de recuperação.
 
- Distancie-se: Quanto mais longe você está do barulho, menos dano que vai causar.
 
- Abaixe o volume: Um estudo publicado em 2006 mediu os períodos adequados de exposição aos aparelhos da Apple sem correr o risco de causar danos à audição. Usando de 10 a 50% da capacidade de volume do iPod, não há limite de tempo diário; aos 60%, o ideal é que se utilize o player por no máximo 18 horas; com 70% o número cai drasticamente, indo para um máximo de 4,6 horas diárias; já com 80% da capacidade, não deve-se passar de 1,2 horas e, aos 90%, o máximo é de 18 minutos por dia. Por último, para ouvir música “no talo”, com 100% do volume, através dos fones padrão da marca, não se pode passar dos 5 minutos diários.
 
Se você quiser fazer um teste para saber se está tudo bem com seus ouvidos, pode clicar neste link e seguir as instruções dadas pela empresa especializada em tratamentos auditivos. [Yankton, Medical Xpress]
 
Hypescience

Por que os dentes não são considerados ossos?

Os dentes são feitos de cálcio, fósforo e outros minerais
Apesar de serem brancos, duros e cheios de cálcio, os ossos e os dentes não são considerados iguais. As diferenças se manifestam desde a maneira como eles se regeneram quando quebrados até a aparência

Os dentes são feitos de cálcio, fósforo e outros minerais. Já os ossos contêm cálcio, fósforo, sódio e outros minerais, mas também têm muito colágeno. Colágeno é uma proteína, um tecido vivo que confere a flexibilidade dos ossos que os faz aguentar pressão. O cálcio preenche os espaços desta moldura e os faz fortes o suficiente para sustentar o peso do corpo.
 
Mas os ossos não são tão fortes quanto os dentes, que são a parte mais dura do corpo humano. Os dentes são basicamente tecidos calcificados, chamados dentina, cobertos de esmalte (enamel) que é duro e brilhante.

 O exterior dos ossos é coberto de periósteo, uma membrana densa e lisa, com exceção da juntas de longos ossos que é preenchida por cartilagens. O periósteo contém osteoblastos, ou células que podem crescer células de osso para restaurá-lo. O esmalte do dente não tem esta capacidade de regeneração, quebrar um dente significa perdê-lo.
 
Outra diferença é que o tutano do osso produz células vermelhas e brancas do sangue e o dente não. Apesar do centro dos dentes parecer tutano, na verdade, é a polpa do dente, a parte “viva” de cada dente, que contém os nervos, artérias e veias. São estes nervos que nos fazem sentir dor de dente.

 A última diferença é que nossos dentes estão expostos, enquanto os ossos estão guardados embaixo de nossa pele. Os dois, no entanto, exigem muitos cuidados.
 

A primeira pessoa do mundo a ter dentes no cérebro é um bebê

Não é todo dia que a gente ouve falar que uma pessoa desenvolveu dentes na cabeça. Na verdade, essa notícia foi uma novidade inclusive para a comunidade médica.
 
Um médico percebeu que um bebê de 4 meses de idade, de Maryland (Estados Unidos), tinha um crescimento anormal na sua cabeça. Suspeitando de um tipo extremamente raro de tumor no cérebro, resolveu fazer uma tomografia da criança, e lá estava uma massa que se parecia muito com dentes (que, na idade do bebê, normalmente é encontrada no maxilar inferior).
 
O menino, então, foi submetido à cirurgia cerebral para a remoção da massa. Durante o procedimento, os médicos retiraram não um, nem dois, mas vários pequenos dentes. Depois de analisar o tecido do tumor, o diagnóstico foi revelado.
 
Diagnóstico
Os exames mostraram que a criança desenvolveu um craniofaringioma, uma forma de tumor benigno extremamente rara que pode crescer até o tamanho de uma bola de golfe. Esses tumores são mais diagnosticados em crianças de 5 a 14 anos, e são raríssimos em crianças com menos de 2 anos, segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos.
 
Segundo a Dra. Narlin Beaty, neurocirurgiã da Universidade de Maryland, uma das responsáveis pela cirurgia feita neste bebê, pesquisadores sempre suspeitaram que esse tipo de tumor se forma a partir das mesmas células envolvidas no processo de formação dos dentes. Mas, até então, os médicos nunca tinham ouvido falar em dentes de verdade nesses tumores.
 
Dentes já haviam sido encontrados em cabeças em outros casos, mas apenas em tumores conhecidos como teratomas, porque contém os três tipos de tecido encontrados em um embrião, acrescentou Dr. Beaty. Em contraste, o craniofaringioma possui apenas uma camada de tecido, o que justifica a raridade da ocorrência.
 
Pós-operatório
Apesar da cirurgia ter sido um sucesso e o menino estar se recuperando bem, o procedimento deixará sequelas. Isso porque, no caso dele, o tumor destruiu algumas conexões do cérebro que seriam as responsáveis por liberar certos hormônios. De acordo com a Dra. Beaty, ele terá que receber tratamentos hormonais para o resto da vida.
 
Live Science

Pesquisadores trabalham para desenvolver bebida hidratante à base de leite

Foto: Reprodução da internet
O resíduo que costuma ser lançado na natureza após a
fabricação do queijo     
O resíduo que costuma ser lançado na natureza após a fabricação do queijo    
     
Belo Horizonte — Reposição de água e sais minerais. Esse é o poder dos isotônicos, bebidas que proporcionam mais hidratação que a água comum e oferecem recuperação mais rápida dos nutrientes perdidos durante uma atividade física. Por isso, esses produtos têm como público-alvo os atletas.
 
De olho nesse mercado, uma pesquisa vem sendo desenvolvida na Universidade Federal de Viçosa (UFV) desde 2010, sob coordenação da engenheira de alimentos Edimar Aparecida Filomeno Fontes, professora do Departamento de Tecnologia de Alimentos.
 
O objetivo é colocar no mercado um isotônico feito à base de soro do leite.
 
A ideia inovadora já está a caminho do pedido de patente. Ao lado dos colegas Antônio Fernandes de Carvalho, especialista em tecnologia de membrana, e Paulo César Stringheta, perito em corantes naturais e compostos bioativos, Edimar Fontes procura aproveitar parte do soro descartado pela indústria de laticínios e alimentícia para produzir a bebida natural.

O projeto quer aproveitar integralmente esse material, fruto da produção de queijos, e eliminar, por consequência, os impactos ambientais gerados pelo descarte dos resíduos orgânicos em redes fluviais de saneamento.
 
Fontes explica que, décadas atrás, todo o soro era descartado por indisponibilidade de recursos tecnológicos para aproveitamento dos seus ricos componentes.
 
Hoje, aproveita-se sua parte proteica, mas ainda restam os permeados, ricos em vitaminas hidrossolúveis e sais minerais, que não encontram aproveitamento pela indústria alimentícia.

Correio Braziliense

Pesquisadores criam método capaz de prever como o vírus da gripe evolui

 (Valdo Virgo/CB?DA Press)A informação é determinante para a formulação da vacina que será usada 
      
O desenvolvimento de vacinas contra a influenza é considerado por muitos pesquisadores um tiro no escuro.
 
Levantamentos das linhagens virais que atacam de tempos em tempos ajudam na produção de terapias de imunização que conseguem, em parte, amenizar o impacto da gripe sazonal. No entanto, as alterações que o vírus sofre de um ano para outro podem trazer surpresas desagradáveis, como a pandemia do H1N1 em 2009.
 
Apesar da dificuldade de prever o futuro, uma equipe de pesquisadores da Alemanha desenvolveu um método capaz de antever como o micro-organismo evolui de um ano para outro. Esse tipo de projeção pode contribuir para pesquisas de vacinas mais eficientes contra a doença.

Certos aspectos da dinâmica evolucionária da gripe, se não são previsíveis, são altamente repetitivos. Como o vírus infecta até 15% da população humana a cada ano, a maioria dos indivíduos tem algum grau de imunidade contra ele. No entanto, novas cepas portadoras de mutações nos epítopos (regiões de proteínas que são reconhecidas por anticorpos humanos) surgem regularmente.
 
Inicialmente, elas têm uma vantagem física sobre as anteriores porque podem escapar melhor da resposta imunológica do hospedeiro.
 
Como resultado, essas novas cepas aparecem mais vezes ao longo dos anos. Os hospedeiros suscetíveis à infecção, no entanto, adquirem imunidade. Surge, então, a necessidade de o vírus renovar seus subtipos, criando versões mais resistentes aos anticorpos.
 
Esse processo contínuo de evolução, chamado de mudança antigênica, resulta na rotatividade da população viral. Por isso a necessidade da renovação constante da composição de vacinas contra a influenza sazonal.
 
Correio Braziliense

Campanha pede que rótulos informem sobre presença de alérgenos nos alimento


Em dez dias, a campanha  #poenorotulo já tem mais de 11,3 mil curtidas (Reprodução/ Divulgação )
Em dez dias, a campanha #poenorotulo já tem mais
de 11,3 mil curtidas
Um estudo da Unidade de Alergia e Imunologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo mostrou que 39,5% das reações alérgicas a leite de vaca estavam relacionadas a erros na leitura de rótulos
 
Para tornar obrigatória a inclusão de informações claras sobre a presença de alimentos alérgenos ou de traços desses alimentos nos rótulos dos produtos, um grupo de mães se uniu e criou a campanha "Põe no Rótulo" no Facebook.

A ideia da campanha surgiu a partir da troca de informações online de mais de 700 famílias cujos filhos têm alergia alimentar. O grupo resolveu criar o movimento com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre os riscos que a falta de informações nos rótulos podem trazer para as pessoas que têm alergia. Dependendo do grau de sensibilidade, o alérgico pode ter choque anafilático, fechamento da glote, além de outras reações graves que podem levar à morte. Em dez dias de campanha, o #poenorotulo já tem mais de 11,3 mil curtidas.

Motivada pelas dificuldades encontradas no dia a dia para comprar produtos seguros para seu filho Rafael, de 2 anos, a advogada paulista Maria Cecília Cury Chaddad fez um doutorado em Direito Constitucional abordando a rotulagem de alérgenos nos alimentos. Rafael tem alergia a leite e a soja e nunca consumiu amendoim, oleaginosas e crustáceos, por serem altamente alérgenos.
 
“Comecei a tirar vários alimentos da dieta da família e fiquei impressionada por não achar uma norma sobre o tema”, disse. Ela dá o exemplo de um creme de chantilly que não contém no rótulo o ingrediente leite, e sim, caseinato de sódio, uma proteína do leite. “Quantas pessoas sabem disso e conhecem esses nomes difíceis? A pessoa acha que não tem leite”, comentou.

Um estudo conduzido em 2009 pela Unidade de Alergia e Imunologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo mostrou que 39,5% das reações alérgicas a leite de vaca estavam relacionadas a erros na leitura de rótulos.

Maria Cecília conta que recai sobre as famílias a responsabilidade da leitura atenta de cada rótulo com uma grande lista de ingredientes, muitas vezes, com letra pequena e termos desconhecidos, para descobrir se aquele alimento pode fazer mal.

As mães defendem que a informação sobre a presença dos principais alimentos alérgenos ou traços desses alimentos – leite, soja, ovo, trigo, amendoim, oleaginosas, frutos secos e peixes – esteja clara e em destaque nos rótulos, a exemplo do que já ocorre com o glúten, substância que não pode ser ingerida por quem tem a doença celíaca. A Lei 10.674/2003 tornou obrigatória as inscrições “contém glúten” ou “não contém glúten” nas embalagens dos alimentos industrializados.

A jornalista carioca Mariana Claudino, mãe de Mateus, de 4 anos, que tem alergia severa a três proteínas de leite, entre elas, a caseína, e a ovo, conta que os serviços de atendimento ao consumidor (SAC) da indústria alimentícia e as escolas estão, em geral, despreparados para lidar com a alergia alimentar.

“Os SACs não sabem a importância da informação clara sobre o maquinário que produz vários alimentos e pode acontecer a contaminação cruzada dos produtos. E como não é lei, isso não vem explícito. As pessoas acham que alergia alimentar é frescura, é uma coceirinha, mas pode ser fatal para quem tem alergia severa”, disse Mariana.

A jornalista conta que a última crise de seu filho ocorreu quando ele brincava com giz branco na escola. “A gente descobriu que a marca de giz tinha caseína. Não é somente no que a gente ingere, a proteína do leite existe em vários produtos que nem poderíamos ter ideia, como colchões, cremes para o corpo, filtros solares.”

Por causa da alergia severa de Mateus, Mariana toma cuidados redobrados como almoçar fora apenas em lugares onde sabe que a cozinha é confiável. Outra medida é deixar uma ampola de adrenalina injetável na escola e outra em casa para o caso de haver um choque anafilático.

A campanha "Põe no Rótulo" propõe a criação de uma legislação específica sobre o tema ou o estabelecimento de uma norma pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que obrigue a indústria alimentícia a fazer a correta rotulagem de alérgenos.

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com a Anvisa que informou que há, no âmbito do Mercosul, uma discussão sobre a obrigatoriedade de se prestar informações sobre alergênicos nos rótulos. A proposta, entretanto, depende de consenso entre os países-membros. O tema vai para o quarto ano de discussão, segundo a agência. Nos Estados Unidos, as indústrias são obrigadas a prestar esse tipo de informação desde 2006, na União Europeia, Austrália e Nova Zelândia, desde 2003, e no Canadá, desde 2011.

Correio Braziliense

Polêmica: informações genéticas que os pais podem obter sobre os fetos

Foto: Reprodução
Especialistas dividem-se sobre a pertinência de os pais realizarem exames que decifrem toda a genética do feto em busca de futuros problemas de saúde, de traços físicos e de predisposições estéticas
 
Há menos de dois anos, cientistas relataram o sequenciamento genômico completo de um feto a partir das células do bebê recolhidas no sangue materno.
 
A novidade foi descrita na revista científica Nature e tornou tangível a possibilidade de decifrar completamente os genes de uma criança ainda no primeiro trimestre de gestação.
 
O procedimento levou a discussão sobre testes pré-natais a um nível ainda mais elevado de complexidade. Hoje, a comunidade médica mundial se debruça sobre questões éticas e políticas em torno das informações genéticas que os pais podem obter não só sobre o desenvolvimento de doenças graves congênitas, mas sobre possíveis traços físicos, como se o filho ser careca ao se tornar adulto.
 
A discussão foi levantada recentemente por professores da Escola de Medicina de Harvard e do Centro de Bioética do Brigham and Women’s Hospital, ambas instituições dos EUA, na respeitada publicação científica New England Journal of Medicine.
 
Atualmente, esse tipo de teste é feito com maior frequência por meio de procedimentos invasivos, realizados apenas se há uma indicação médica importante, quando a mãe está em uma idade avançada ou se há risco de alguma anomalia cromossômica, por exemplo. Isso se houver uma suspeita que justifique o exame, que, além de caro, traz risco à gestação.

A relutância em prover aos pais acesso a outros tipos de informação genética, incluindo testes para doenças incuráveis que só se instalarão na vida adulta, tem como base a percepção de que pode trazer alguns perigos à criança.
 
Preocupações comuns são a carga psicológica da informação sobre os pais e a criança, os efeitos negativos na autoestima, a alteração na forma de a família perceber a criança e a discriminação.
 
O sequenciamento genômico completo pode levar até mesmo a descobertas inesperadas, como atribuição incorreta de paternidade ou de condições sem relevância clínica.
 
Correio Braziliense

Carboidratos e a glicose são prejudiciais para a saúde do cérebro

 (Valdo Virgo/CB/D.A Press)
Estudos recentes ligam o excesso de ingestão de carboidratos ao risco aumentado de complicações cognitivas. Especialista americano defende que as gorduras voltem a ser priorizadas nas refeições
 
Os motivos para reduzir os carboidratos no prato ficam cada dia mais fortes. Batatas, pães, arroz e massas, principalmente os processados, são conhecidos por subir os ponteiros da balança e causar alterações muitas vezes graves nos exames de glicemia.
 
O que não se esperava era a relação da comilança de carboidratos com o aumento do risco de doenças neurológicas bastante temidas, como o Alzheimer, a demência e outros tipos de distúrbios que trazem consigo a queda na cognição. Uma entrevista publicada na revista científica Alternative and Complementary Therapies acende uma discussão que divide opiniões entre os médicos. O professor David Perlmutter, do Instituto de Medicina Funcional em Washington, é categórico ao dizer que os carboidratos e a glicose são prejudiciais para a saúde do cérebro.
 
Ele argumenta que jornais e revistas respeitados têm publicado relatos de que níveis mais elevados de glicose no sangue são especificamente prejudiciais ao cérebro em geral e, mais especificamente, para o hipocampo, o mediador da função de memória.
 
Um artigo na revista Neurology, por exemplo, relatou que elevações de glicose no sangue e da hemoglobina glicada (HbA1c) levam ao comprometimento da memória e ao encolhimento do hipocampo. Outro estudo no The New England Journal of Medicine demonstrou que, mesmo discretas, as elevações de açúcar no sangue podem ser traduzidas em um dramático aumento do risco para o desenvolvimento de demência.
 
“É uma correlação profunda reconhecer que até mesmo elevações sutis de glicemia — bem abaixo dos níveis a serem considerados diabéticos — podem ser prejudiciais ao cérebro.”

Perlmutter lembra que um estudo no Journal of Alzheimer’s Disease também demonstrou que indivíduos que consomem alta quantidade de carboidratos tiveram um aumento de 89% no risco para demência.
 
O resultado está em contraste com pessoas que adotaram dieta com alto teor de gordura e obtiveram uma diminuição do risco em 44%.
 
Essa é a base dos aconselhamentos de Perlmutter. “Nós vivemos com essa noção de que uma caloria é uma caloria, mas, pelo menos em termos de saúde do cérebro, e acredito que para o resto do corpo haja grandes diferenças entre as nossas fontes de calorias em termos de impacto sobre a nossa saúde.”
 
Correio Braziliense

'Paciente com doença rara custa caro, mas País tem de avançar nisso', diz médico

Divulgação
Roberto Giugliani afirma que faltam médicos especializados
e centros de referência
No Dia Mundial de Doenças Raras, geneticista defende criação de centros de referência dedicados ao diagnóstico desses males
 
No Dia Mundial de Doenças Raras (28/02), o País comemora alguns avanços, mas amarga uma séria de dificuldades para que pacientes encontrem tratamento e até mesmo o diagnóstico para suas doenças. De acordo com Roberto Giugliani, do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, faltam médicos especializados e centros de referência em diagnóstico no País.
 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, doença rara é aquela que afeta até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos, ou seja, 1,3 para cada dois mil. O número total de doenças não é conhecido, mas existe uma estimativa de seis mil a oito mil tipos diferentes. Cerca de 80% têm origem genética.
 
Como cada uma das doenças raras requer exames e tratamento específicos, é preciso investir em centros de referência, defende Giugliani, o que o Brasil não tem feito. 
 
A boa notícia é a assinatura, no dia 30 de janeiro deste ano, da portaria da Política Nacional de Doenças Raras. O Ministério da Saúde deve investir R$ 130 milhões e 15 novos exames de doenças raras serão incorporados ao Sistema Único de Saúde. A expectativa de associações de pais e pacientes é que a política saia logo do papel.
 
O Dia Mundial de Doenças Raras é comemorado oficialmente em 29 de fevereiro, um dia raro – e antecipado para 28 nos anos que não são bissextos, como 2014. Confira abaixo a entrevista que o geneticista concedeu ao iG.
 
iG: Quais avanços a política Nacional de Doenças Raras deve trazer?
Roberto Giugliani: Vejo um avanço muito grande com esta política. As doenças raras são um número muito grande, em torno de sete mil, mas a frequência delas é muito pequena – um caso para 20 mil nascidos vivos, ou 100 mil, ou 500 mil. Então é comum que o médico, ou profissional de saúde, veja poucos casos ao longo de sua carreira. A política agora está focada na criação de serviços de referência. Se o que está na portaria for executado, os pacientes com suspeita de doença rara serão encaminhados para serviços de referência onde estarão concentrados médicos com experiência nestes casos, o que se traduzirá em maior atenção e chance de diagnóstico preciso.
 
iG: Atualmente, o que impede que as pessoas com suspeita de doenças raras sejam diagnosticadas e, portanto, continuem sem saber do que sofrem?
Roberto Giugliani: São basicamente duas dificuldades. A primeira é o médico suspeitar da doença. Ele precisa conhecer um pouco sobre ela para poder suspeitar e, como eu disse, são cerca de sete mil doenças conhecidas. A segunda dificuldade, e talvez a mais complicada, é a inexistência de testes diagnósticos acessíveis para a população. A portaria contempla, pela primeira vez, que os serviços e os procedimentos para construção do diagnóstico sejam pagos pelo SUS. Então, se o médico quiser solicitar um exame diagnóstico sobre doença rara, ele terá o exame disponível. Antes, como a tabela do SUS não contemplava o pagamento desses exames, nenhum laboratório oferecia, já que são complexos e caros. A mudança deve resultar em uma maior número de diagnósticos.
 
iG: Mas isso não basta, não é? Há também dificuldade para conseguir o tratamento...
Roberto Giugliani: Sim. Muitas vezes se chega ao diagnóstico, mas não ao tratamento. Ou porque ele é muito caro, ou porque ele teria de ser ministrado em um local longe da residência do paciente. 
 
iG: Qual a situação atual dos centros especializados de diagnósticos e de referência de tratamento no Brasil?
Roberto Giugliani: Eu diria que existem poucos. Há alguns centros dedicados a certos tipos de doença rara em São Paulo, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e Brasília. O nosso de Porto Alegre (Hospital das Clínicas) é um centro bem completo que cobre praticamente todas as doenças raras. A gente consegue isso porque o hospital tem uma atividade de pesquisa muito grande que acaba dando suporte para a atividade assistencial. Funciona assim: como não tem a remuneração do SUS, só conseguimos fazer os exames se houver algum projeto de pesquisa que justifique o teste diagnóstico. Para quem não tem a atividade de pesquisa fica muito caro trabalhar com doenças raras. Por isso, acho que esta política vai estimular. Em 2009, inclusive, foi lançada uma portaria do Ministério da Saúde para remunerar os exames genéticos do SUS, mas ela nunca saiu do papel. Levou cinco anos para sair outra portaria. A gente espera que desta vez saia do papel.
 
iG: Há 20 anos, não se falava tanto em doenças raras. Por que a preocupação aumentou?
Roberto Giugliani: Há alguns anos, se morria muito no Brasil de doenças infecciosas, de problemas de desnutrição infantil. Isso deixava as doenças raras muito em um segundo plano, no que diz respeito a políticas de saúde. Agora, não se tem mais esses problemas de desnutrição e doenças infeciosas em grande número como antes. Digamos que está tudo mais controlado. Então as doenças raras passaram a ter um papel mais protagonista. Não que elas tenham aumentado, mas as outras que diminuíram
 
iG: O protagonismo aumentou, os avanços tecnológicos também, mas quem sofre das doenças ainda é pouca gente. O País vai assumir o ônus e garantir o direito ao tratamento?
Roberto Giugliani: A questão importante no caso desses pacientes é que, como são poucos com determinada doença, eles acabam sendo muito caros. É um ônus proporcionalmente alto comparado ao número de pacientes. Isso traz dificuldades, mas é uma dificuldade que o País tem de enfrentar, não adianta. 

iG

Mononucleose infecciosa: A doença do beijo

A mononucleose é transmitida pela saliva
A mononucleose infecciosa é uma doença causada pela infecção pelo vírus Epstein-Barr, e transmitida pelo contato que contenha saliva. O vírus responsável está contudo implicado na patogênese de alguns cancros/canceres relativamente raros, mais comum entre os negros. O seu genoma é de DNA bicatenar (dupla hélice), e multiplica-se no núcleo da célula-hóspede.
 
Ele reconhece o receptor para o componente C3d do complemento e portanto só atinge células com essa proteína membranar. Este vírus infecta principalmente os linfócitos B do sistema imunitário e as células epiteliais da mucosa do nariz e faringe. A sua predileção pelos linfócitos e outras células "mononucleares" (em contraste com outras células imunitárias denominadas polimorfonucleares) foi usada para o nome da doença. Têm a capacidade de causar infecção lítica de multiplicação rápida que destrói as células mas também infecção latente de multiplicação lenta que preserva a célula, originando estado de portador crónico. O vírus pode ser reativado em casos de imunodeficiência como suceda na síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA/AIDS).
 
O Epstein-Barr, além de causar a doença aguda da mononucleose, também é um vírus que provoca infecção assintomática crônica, e a presença de oncogenes no seu genoma significa que pode induzir a imortalização de alguns tipos de células, particularmente linfócitos B, e aumentar a probabilidade de alguns tumores como o carcinoma nasofaringeal, o linfoma de Burkitt, ou o linfoma de Hodgkin numa pequena minoria dos indivíduos que infecta.
 
A infecção aguda é eficazmente controlada pelo sistema imunitário, com ação citotóxica dos linfócitos T contra os linfócitos B infectados, que são destruídos na sua grande maioria. Os poucos sobreviventes são linfócitos B cujo vírus foi forçado a tornar-se latente para evitar a destruição da sua célula-hospede pelos T. A reação dos linfócitos T leva à geração de formas típicas desta célula, incomuns noutras doenças. por isso os médicos recomendam ficar em casa de cama
 
Foto: Reprodução da internet
Mononucleose infecciosa
Epidemiologia
O vírus é transmissível pela saliva e troca de outras secreções, principalmente pelo beijo. As populações afetadas dividem-se em dois grupos. As crianças pequenas são frequentemente infectadas pelos pais ou pelas outras crianças, já que têm pouco pudor em lamber objetos lambidos pelas outras crianças; os adolescentes são infectados quando beijam as namoradas ou namorados. As crianças pequenas geralmente não têm sintomas.
 
Quase 90% dos adultos são soropositivos (ou seja têm anticorpos específicos) para este vírus. Isto significa que em quase todos os adultos, um dos episódios de "gripe" que tiveram nas suas infâncias ou adolescências foi, certamente, antes mononucleose infecciosa.
 
Progressão e sintomas
A infecção inicial é pela saliva alheia, pode se ocorrer uma ou mais vezes no mesmo indivíduo o aparecimento da doença e consequentemente dos sintomas que só aparecem entre 4 e 8 semanas após contraída a doença, o vírus pode ser contraído continuamente até que o indivíduo crie anticorpos contra este. Infecta inicialmente as células da mucosa da faringe, e depois invade os linfócitos B do tecido linfático adjacente, onde continua a multiplicar-se.

A sua multiplicação é detectada pelo sistema imunitário que secreta citocinas defensivas que causam febre alta (39-40 °C), mal estar, fadiga, dores de garganta, (faringite) e por vezes hepatite moderada, aumento dos gânglios linfáticos do pescoço. A infecção é controlada ao fim de alguns dias, mas o vírus frequentemente permanece por toda a vida do individuo escondido de forma latente em alguns dos linfócitos B originalmente infectados. Estes linfócitos multiplicam-se mais rapidamente e autodestroem-se menos frequentemente, devido a proteínas pró-crescimento e anti-apoptose produzidas do genoma viral. O resultado é a característica linfocitose (aumento do numero de linfócitos) facilmente detectada nos episódios agudos da doença.
 
A doença em crianças é geralmente subclínica, mas em adultos pode raramente levar a meningoencefalite com disfunção neurológica ou comportamental, obstrução laringeal por edema e asfixia ou ruptura do baço, com casos raros resultando em morte. Algumas pessoas podem ter doença crónica periodicamente sintomática (distinta dos portadores sempre assintomáticos mas com pequeno risco de cancro). Esta caracteriza-se por fadiga, mal-estar, dores de cabeça, febre de 38 °C (por vezes menos), e dores de garganta leves, podendo cursar durante longos períodos.
 
Na África, a presença concomitante de malária crónica complica a situação, pois esta doença estimula a multiplicação dos linfócitos B, o que junto com o estímulo do vírus, pode ser suficiente para que alguns linfócitos entrem em multiplicação descontrolada, originando um linfoma de Burkitt (uma forma de cancro.
 
Na China e outros países dessa região, o carcinoma nasofaringeal devido ao Epstein-Barr é muito mais frequente por razões desconhecidas.
 
Nos doentes com síndrome da imuno-deficiência adquirida, as complicações oncológicas são muito mais frequentes, e surge caracteristicamente uma mancha branca aveludada na boca, denominada leucoplaquia pilosa.
 
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito por detecção sorológica de anticorpos específicos, contra as proteínas do capsídeo (que continuam a existir por toda a vida) ou contra determinados antígenos do vírus que só existem na fase aguda.
 
Não há cura, mas foi descoberta uma vacina, e a doença aguda é quase sempre autolimitada pelo sistema imunitário (imunológico). As complicações oncológicas têm tratamentos químicos ou radioterapêuticos próprios, além de medicamentos anti-virais, como ganciclovir.
 
Wikipedia

Dicas para curtir a folia sem prejudicar a saúde

Foto: Reprodução
Para evitar a insolação: hidrate-se de 2 em 2 horas
Do sapato confortável à camisinha na carteira, veja cuidados para que a folia não acabe mal na Quarta-Feira de Cinzas
 
Quem nunca perdeu um bloco porque passou mal do estômago ou porque exagerou na bebedeira no dia anterior? Pois é. O corpo cobra! Mas não é preciso ficar em casa tomando chá nem ir para a cama às 22h para chegar ileso à Quarta-Feira de Cinzas.
 
Com alguns cuidados, é possível se divertir e pular atrás dos blocos sem sofrer com dor nos pés ou com aquela ressaca absurda.
 
1. Evite a ingestão de alimentos pesados, que dificultem a digestão. Dê preferência para as frutas e verduras
 
2. Beba moderadamente: o consumo excessivo de álcool ou a mistura de destilados com fermentados pode acabar com a festa e causar ressaca no dia seguinte
 
3. Sempre tenha em mãos barrinhas de cereais para garantir a alimentação de 2 em 2 horas
 
4. Cuidado com o calor excessivo: em dias quentes a tendência é a pressão arterial cair. Evite isso mantendo o corpo hidratado e alimentado, além de usar roupas leves
 
5. Beijo na boca: 250 bactérias e alguns vírus são trocados em um beijo. É preciso ter cautela para prevenir doenças como a mononucleose, conhecida como "doença do beijo"
 
6. Evite as doenças sexualmente transmissíveis: a camisinha é item fundamental do folião consciente
 
7. Cuidado com o salto alto: ficar em pé por muitas horas sambando de salto pode causar dor nas pernas e na planta dos pés, câimbras, inchaço nos pés, joanete, calos, etc.
 
8. Algumas fantasias dificultam a ida ao banheiro, então a dica é ir ao banheiro antes de se vestir. Evite reter urina por longos períodos porque favorecem as infecções urinárias
 
9. Durma bem: no dia seguinte procure dormir pelo menos oito horas para reequilibrar o organismo
 
10. Proteja sua pele: o protetor solar fator 30 tem que fazer parte da rotina do folião. O retoque deve ser feito a cada duas horas
 
11. Utilize calçados confortáveis: o ideal é usar tênis para proteger os pés e ter mais flexibilidade nos movimentos
 
12. Para evitar a insolação: hidrate-se de 2 em 2 horas, use filtro solar e prefira roupas com tecidos leves - evite os sintéticos
 
13. Use chapéus ou bonés para um maior conforto
 
14. Álcool gel: mantenha um com você. Não tem como lavar as mãos nos banheiros químicos, então a chance de contaminação sobe muito. É um truque simples para evitar virose
 
A principal aliada do folião é a água. "As bebidas alcoólicas são diuréticas. Por isso é importante que, a cada copo de fermentado, como cerveja, se beba um de água. E, para cada dose de destilados, se beba três doses de água", recomenda Paulo Rocha, coordenador do Pronto Socorro do Hospital Santa Paula.
 
Também não é recomendado sair para a avenida com a barriga vazia. Legumes, frutas e verduras são os alimentos indicados para sustentar sem pesar demais.
 
Mas, se mesmo com o corpo hidratado e alimentado, o calor e a empolgação fizerem a pressão cair e aparecerem sintomas como tontura e escurecimento visual, é preciso cuidado. "Na hora do sintoma, a pessoa deve se sentar ou deitar, se possível elevando a perna. Além disso, deve tomar líquidos para se hidratar, ou fazer a hiperidratação, com sucos, isotônicos ou água de coco", diz Rocha
 
iG

Pais têm dificuldade para ver que seus filhos têm soprepeso

Foto: Reprodução
Casos. Foram analisados estudos que incluíam 80 mil avaliações
 de pais sobre o peso dos filhos, que tinham de 2 a 19 anos
Pesquisadores acreditam que há resistência para aceitar condição
 
Ao que tudo indica, muitos pais acham que seus filhos são mais magros do que eles são na realidade. Isso é o que mostra um novo levantamento.
 
Uma análise de estudos publicada no periódico “Pediatrics” descobriu que dois terços dos pais subestimam o peso dos filhos.
 
“Quando não reconhecem o sobrepeso dos filhos, os pais não agem para resolver o problema”, afirmou Alyssa Lundahl, principal autora do estudo e estudante de pós-graduação em psicologia da Universidade Nebraska-Lincoln, localizada nos Estados Unidos. “Eles não querem ver”, comenta a estudiosa.
 
Para chegar a essa conclusão, Alyssa e seus colegas analisaram 121 estudos que incluíam 80 mil avaliações de pais sobre o peso de seus filhos, que tinham de 2 a 19 anos. Mais da metade dos pais de crianças acima do peso ou obesas subestimou o peso dos filhos. O mesmo ocorreu com aproximadamente 14% dos pais de crianças com peso normal.
 
Além disso, a pesquisa feita nos Estados Unidos constatou que os pais estavam mais propensos a subestimar o peso dos filhos quando eles tinham de 2 a 5 anos.
 
Explicações
Entretanto, as razões do equívoco são desconhecidas. Todavia, os cientistas envolvidos na pesquisa sugerem que os meios de comunicação transmitam imagens estereotipadas de crianças com sobrepeso como sendo gravemente obesas, gerando distorções no entendimento dos pais.
 
É possível também, afirmam os pesquisadores, que exista resistência dos pais em taxar seus filhos de gordos, de acordo com os pesquisadores. Alguns pais talvez pensem que seus filhos não podem estar acima do peso caso pratiquem exercícios físicos e não possuam problemas de saúde manifestos.
 
“Quando os profissionais de saúde conseguem corrigir essa impressão errônea, os pais ficam mais propensos a tomar alguma atitude”, afirmou Alyssa.
 
“Quando não reconhecem o sobrepeso dos filhos, os pais não agem para resolver o problema. Eles não querem ver”
 
Queda
Em 2004, 14% dos norte-americanos entre 2 e 5 anos eram consideradas obesos. Atualmente, o número caiu para 8%, ou seja, uma redução de 43%.
 
O tempo