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domingo, 18 de setembro de 2011

Câncer de pulmão é um desconhecido para os brasileiros

Pesquisa revela que 84% das pessoas afirmaram que sabiam pouco ou nada sobre a doença antes de receberem o diagnósticoUm levantamento feito em seis regiões metropolitanas com pacientes com câncer de pulmão — incluindo Porto Alegre — revelou um dado surpreendente: 84% das pessoas afirmaram que sabiam pouco ou nada sobre a doença antes de receberem o diagnóstico. A pesquisa Câncer de Pulmão: a Visão dos Pacientes, encomendada pela Pfizer e realizada pelo Instituto Ipsos, com 201 entrevistados, teve a coordenação do oncologista clínico do Hospital Sírio Libanês, Artur Katz.

Esse desconhecimento por parte dos pacientes apresenta uma contrariedade: quando questionados sobre fatores relacionados ao câncer de pulmão, eles responderam corretamente sobre o cigarro, que ficou em primeiro lugar, com 90% das menções. Logo em seguida, os participantes confirmam a falta de conhecimento sobre a doença, ao apontarem hereditariedade e fatores genéticos (49%) e, em terceiro lugar, sentimentos negativos como mágoas, tristeza, angústia e aborrecimento (36%). Além disso, 42% concordam que as doenças têm origem na alma. Outros 47% dos entrevistados concordam que não adianta tentar prevenir a doença.

Ao falar sobre os principais fatores de risco para a doença, Katz é enfático:

— Em 1º lugar está o tabagismo, em 2º, o tabagismo e, em 3º, também o tabagismo — alerta o especialista.

A pesquisa reflete essa realidade, já que 76% dos entrevistados fumavam no momento do diagnóstico ou já haviam fumado em algum momento da vida. Mesmo assim, 83% dos pacientes não imaginavam que poderiam ter câncer de pulmão – quando questionados de o porquê, 25% deles pensavam que isso acontece apenas com os outros, 23% se consideravam pessoas saudáveis e 10% nunca havia pensado em ter a doença mesmo sendo fumante.

Diferentemente de outros tipos de câncer, a hereditariedade não é um fator importante no de pulmão: prova disto é que, segundo dados da pesquisa, 83% dos pacientes não tinham casos desse câncer na família.

Fonte Zero Hora

Acordar cedo deixa as pessoas mais magras e felizes, diz pesquisa

Segundo pesquisador, quem sai mais cedo da cama tem mais probabilidade de adquirir hábitos saudáveisOs resultados de uma pesquisa da Universidade Roehampton, de Londres, revelaram que, quanto mais cedo as pessoas acordam, menos sinais de depressão e ansiedade elas apresentam, além de serem mais magras e felizes.

Os testes foram feitos com cerca de mil voluntários, entre homens e mulheres. Dos entrevistados, 13% afirmaram acordar antes das 7h. Outros 6% das pessoas disseram não acordar depois das 9h, exceto aos finais de semana. A grande maioria confirmou que não tem o hábito de madrugar.

O pesquisador Jorge Huber explica que as pessoas que dormem e acordam tarde não são, necessariamente, menos saudáveis. Porém, quem sai mais cedo da cama tem mais probabilidade de adquirir melhores hábitos, como tomar um bom café da manhã.

Fonte Zero Hora

Saiba se o álcool está atrapalhando a sua vida e se é hora de procurar ajuda

Beber mais do que o recomendado pela OMS é altamente prejudicial para a saúdeAinda não há bafômetro que meça o momento exato que o álcool começa a provocar danos no organismo.

Como ninguém conseguiu explicar até hoje o que é beber socialmente, os médicos utilizam um limite estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que diz que a quantidade máxima para um homem é de 21 unidades por semana, e para a mulher, de 14. Considerando que cada unidade representa 0,8 gramas de álcool, basta somar. Uma lata de cerveja tem quase uma unidade e meia. Os destilados, duas unidades para cada dose (50ml) e os vinhos, em média,1,8 a cada 100ml.

Segundo o psiquiatra Marcelo Niel, do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o cálculo é o limite de quantidades consumidas ao longo de sete dias, seja ao longo dela ou tudo de uma vez.

— Geralmente, as pessoas bebem mais do que isso por semana, o que é altamente prejudicial — afirma.

Quem sai da linha no final de semana deve ficar atento: segundo pesquisas, esse hábito é até mais perigoso do que o uso continuado. Uma recente pesquisa da Universidade de Toulouse (França) e publicada no British Medical Journal (BMJ) alertou que o risco de parada cardíaca é duas vezes maior para os bebedores de final de semana.

A preponderância do binge drinking (termo definido no estudo como o consumo excessivo de álcool em uma única ocasião) foi quase 20 vezes maior em Belfast do que na França. Paralelamente, a incidência anual de mortes coronarianas quase dobrou em Belfast com relação à França.

— De forma simétrica, está o fato de se consumir em uma ou duas vezes grandes quantidades de álcool — explicou à AFP um dos encarregados do estudo, Jean Ferrières.

Fonte Zero Hora

Uso do computador pode fazer muito bem aos idosos

Informática na terceira idade é uma excelente atividade mental, auxilia na manutenção da memória, proporciona o aprendizado constante de algo novo e enriquece a experiência pessoal. Tornar a vida mais ativa, divertida e saudável – além de diminuir de forma significativa a chance de desenvolver senilidade precoce. Tudo isso na distância de um clique do computador.


A informática na terceira idade só vem a trazer benefícios: além de ser uma excelente atividade mental, auxilia na manutenção da memória, proporciona o aprendizado constante de algo novo e enriquecendo a experiência pessoal. Segundo o Ibope, mais de 1,2 milhão de pessoas acima dos 55 anos acessam a web de casa, e este número vem crescendo em progressão geométrica.

Uma pesquisa da Universidade da Califórnia com pessoas com idades entre 55 e 78 anos revelou que depois da experiência do primeiro contato com o computador, eles mostraram, em ressonância magnética, maior atividade nas áreas da linguagem, leitura, memória e capacidade visual. Submetidos a uma segunda ressonância após duas semanas, os pesquisadores perceberam que além da região já movimentada com o primeiro contato do computador, agora a região frontal do cérebro também havia sido ativada: região esta que controla a memória e a tomada de decisões.

Antenados aos benefícios do uso da internet, o European Interactive Association (EIAA) chegou a elaborar um termo para denominar a legião de navegadores que passaram dos 60 anos: são os silver surfers, algo como "surfistas prateados", em referência aos brancos dos cabelos.

Essas e outras descobertas já foram relatadas no livro Terceira idade e Informática – Aprender Revelando Potencialidades, da psicóloga e pedagoga Vitória Kachar. Um desdobramento da tese de doutorado da autora, a obra "resgata o potencial intelectual de pessoas da terceira idade, mostrando como a informática pode criar condições para que elas se desvelem para a vida em vez de ficarem reclusas em seus mundos de memórias e do passado", conforme o orientador do trabalho, José Armando Valente, no prefácio do livro. Vitória explica que são diversos os motivos que levam essas pessoas a superar o medo da máquina para dominar a tecnologia. Entretenimento, o desejo de manter-se atualizado e a maior interação com os "brinquedos eletrônicos" dos netos são alguns deles.

— No início, os alunos demonstram o medo da novidade, mas logo é superado pela vontade de aprender — aponta Vitória.

Além do temor, os idosos enfrentam ainda algumas dificuldades iniciais, como utilizar o mouse e identificar os ícones.

Os benefícios

:: Melhora na memória e capacidade de raciocínio.

:: Ajuda a adiar o aparecimento de demências.

:: Ficar por dentro de notícias com facilidade.

:: Manter e ampliar círculo de contatos.

:: Oportunidade de educação continuada e a distância e estimulação mental.

:: Incentivo à procura de assuntos sobre o envelhecimento, com a ativação da curiosidade intelectual e do vínculo afetivo com atividades de pesquisa.

Fonte Zero Hora

Aprender a reprogramar o organismo é o modo mais seguro de emagrecer

Não se deixe seduzir pelo arsenal de novidades anunciadas para perder peso: especialistas recomendam cautela

Mais da metade da população adulta brasileira está acima do peso. Uma rechonchuda parcela dela sonha em ingerir uma substância que lhe ajude a se sentir saciada por mais tempo, mandando os quilos a mais embora sem muito sofrimento. Para essa legião de pessoas, há duas notícias: uma boa e uma má.

A má é que indústria farmacêutica ainda não lançou uma opção eficiente e segura para ajudara emagrecer quem tem sobrepeso e obesidade sem co-morbidades — condição que se instala em decorrência de outra ou outras doenças — crônicas associadas. A notícia boa é que esse dia pode estar mais próximo do que nunca, o que pode significar um divisor de águas para quem sofre com excesso de peso e, por inúmeros motivos, tem fracassado com os métodos naturais. E é justamente em meio à polêmica da proibição dos anorexígenos (remédios que inibem a fome) e da sibutramina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que surgiu o Victosa, do laboratório Novo Nordisk, cujo princípio ativo é a liraglutida.

Há apenas três meses no país, a liraglutida é indicada para quem sofre de diabetes tipo 2. Seu funcionamento no organismo foi comparado na imprensa brasileira como um milagre, pois a substância contribui para aumentar a sensação de saciedade e reduzir a fome o que, logicamente, diminui a quantidade de comida ingerida. Além disto, ela atua no trato digestivo, reduzindo o esvaziamento gástrico e a mobilidade intestinal – o que também aumenta a saciedade. Desta forma, quem usa o medicamento perde peso porque come menos. E perde bastante: cerca de sete quilos, em média, em apenas cinco meses.

Antes de correr para a farmácia, porém, muita calma: tanto a Anvisa quanto a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) alertam que o uso para pacientes que não têm diabetes, o chamado uso off label (quando um medicamento é aprovado para uma determinada indicação, mas tem outras possíveis), pode acarretar em sintomas como hipoglicemia, dores de cabeça, náusea e diarreia, além de outros riscos, como pancreatite, desidratação e alteração da função renal e da tireoide.

— Isso ocorreu recentemente, com o rimonabanto (Acomplia) — a pílula da barriga. Foi observado que a prerrogativa da prescrição da medicação era do paciente: ele já chegava ao consultório pedindo a medicação. Não deveria voltar a acontecer com uma medicação que poderá ser muito útil para pacientes com diabetes e talvez, com obesidade sem diagnóstico de diabetes. Temos que ter mais paciência e bom senso — afirma Rosana Radominski, endocrinologista e presidente da Abeso.

A professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a endocrinologista Helena Schmid, ressalta, que pacientes diabéticos serão muito beneficiados: gente que precisa emagrecer tão ou mais do que qualquer outro paciente.

— Para pessoas com doenças crônicas ou idosos que precisam realizar alguma atividade física que suas articulações suportem, o Victosa pode ser muito útil — pondera.

Sinergia é tudo
Portanto, se você não é diabético, e precisa emagrecer — e não quer esperar de três a quatro anos pela aprovação off label do Victosa —, o jeito é investir em dois métodos que, entra e sai geração, nunca saem de moda: reeducação alimentar e exercícios físicos.

— A reeducação alimentar funciona porque não é milagre, e, sim, matemática: para nosso corpo funcionar e perdermos peso, precisamos ingerir uma alimentação balanceada, que contenha em média 55% de carboidratos, 15% de proteínas, 30% de lipídios, além de 45 outros micronutrientes. É a sinergia dos alimentos que vai possibilitar a absorção correta dos nutrientes e levar à tão sonhada saciedade — revela a nutricionista Sirlete Abreu.

De acordo com a especialista, é importante que as pessoas saibam que há maneiras naturais para ajudar na tão sonhada saciedade, utilizando fibras, por exemplo.

— Também podemos acelerar o metabolismo recorrendo aos alimentos termogênicos, como pimenta vermelha, canela, chá verde, gengibre e vinagre de maçã, que aceleraram a queima calórica. Mudar hábitos não é fácil, mas é que vai garantir que a pessoa se mantenha magra para o resto da vida, independente de tomar ou não remédio — alerta a nutricionista.

Métodos para todos os perfis
:: Reeducação alimentar: a mais eficaz
Comer de maneira balanceada é a forma mais segura e duradoura de emagrecer. Mesmo que o processo seja mais demorado do que dietas, as mudanças de hábito que o indivíduo adquire costumam se perpetuar.

:: Exercícios físicos: coadjuvante
Promove emagrecimento por meio de queima calórica, além de aliviar a ansiedade. Porém, só funciona para emagrecer quando aliado à reeducação alimentar. Também há restrições, como pessoas muito obesas, que devem, antes, perder peso corporal para diminuir um círculo vicioso de vida sedentária e ganho de peso com outras doenças associadas.

::As dietas da moda: efeito sanfona
Prometem emagrecimento fácil, baseado em princípios científicos questionáveis e não conclusivos. Podem gerar carências nutricionais e alterações metabólicas graves. Ao perder peso rapidamente, a pessoa corre o risco de queimar também massa magra e após recuperar toda a gordura perdida (efeito ioiô).

:: Medicamentos: só com indicação
Seu uso deve ter indicação médica. Quem consome e não muda os hábitos alimentares corre o risco de ganhar peso quando para de tomar.

:: Cirurgias: quando nada mais adianta
As cirurgias para o tratamento da obesidade são indicadas apenas para quem tem obesidade mórbida e exigem uma mudança radical de estilo de vida.

Controle a fome naturalmente
Quem comanda a fome é a grelina, hormônio que aumenta enquanto o da saciedade diminui. O mecanismo é como uma gangorra: quando um sobe, o outro desce. Após a refeição, ocorre o inverso.

> O sistema nervoso leva pelo menos 20 minutos para entender que o estômago está cheio. Depois disso, ordena o corpo para parar de sentir fome. Por isso, é importante respeitar esse tempo e se alimentar com calma. Uma mastigação tranquila favorece esse processo.

> Para manter a balança equilibrada, é recomendado comer de três em três horas. Uma medida eficaz e altamente recomendável é não ficar muito tempo com o estômago vazio e comer poucas quantidades, mais vezes ao dia, também ajuda a acelerar o metabolismo.

> Prefira alimentos ricos em fibra, que aumentam a sensação de saciedade, e opções integrais, que demoram mais para serem digeridas e fazem você resistir mais tempo até a próxima refeição.

> Quanto mais simples as preparações, mais adequada será a refeição. Assim, optar pelos legumes cozidos, em vez de gratinados ou fritos, irá reduzir a quantidade de gorduras.

> Restrinja carboidratos, sobretudo à noite, quando o metabolismo desacelera, o que ajuda a controlar os níveis de insulina.

> Adote alimentos como castanhas, quinua e soja. Grãos, em geral, fornecem gorduras monoinsaturadas, conhecidas por aplacar o apetite, entre outros benefícios. Como elas evitam os picos de açúcar circulante, a produção de insulina se mantém estável.

> Exercite-se. Pesquisas mostram que a atividade física potencializa o efeito dos hormônios leptina e insulina no hipotálamo, órgão situado na região do sistema nervoso central e responsável pelo controle de funções como fome, sede e pressão arterial, entre outros benefícios.

Fonte Zero Hora

USP recruta voluntários para estudo sobre efeito das gorduras no coração de adultos

A Universidade de São Paulo (USP) está recrutando voluntários para um estudo sobre os efeitos das gorduras no coração de adultos. A ideia é fazer a maior pesquisa sobre o assunto no país.

Os pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública procuram homens ou mulheres, de 30 a 74 anos, fumantes e que tenham hipertensão, diabetes ou colesterol alto. Serão recrutados 400 voluntários.

O estudo vai avaliar os efeitos dos ácidos graxos (ômega-3, ômega-6 e ômega-9) no coração. Os participantes serão submetidos a exames para avaliar o risco de terem doenças cardíacas na próxima década.

Não podem participar grávidas, mulheres que estão amamentando, pessoas que já tiveram infarto, alcoólatras, portadores de doenças agudas ou crônicas graves e quem já está incluído em outra pesquisa.

O prazo de inscrição termina no dia 30 deste mês. Os interessados devem ligar para os telefones (11) 3091-9538 ou (11) 3061-7865 (somente no período da tarde) ou entrar em contato pelo e-mail cardionutri@gmail.com.

Fonte Agência Brasil

Comer menos em uma das refeições emagrece, sugere estudo

Algumas pessoas que fazem dieta afirmam que não adianta comer menos em uma das refeições, porque a pessoa acaba comendo mais nas outras.

Não é bem o que ocorre, de acordo com um estudo publicado na edição de outubro da revista "Appetite". Na verdade, comer uma refeição de baixa caloria ao longo do dia e, nas outras refeições, ingerir o que se deseja, pode ser um método eficaz para perder peso.

Por duas semanas, foram oferecidas a 17 homens e mulheres todas as refeições e lanches. Eles puderam comer o quanto desejavam em um bufê, em que foi possível pesar os alimentos e calcular as calorias ingeridas.

Em seguida, por dois meses eles ingeriram 200 calorias no almoço --eram alimentos prontos, disponíveis comercialmente, como barras de cereais ou refeições de baixa caloria. No restante do dia eles podiam ingerir o que quisessem no bufê.

Não incluindo o almoço, os participantes consumiram 1.568 calorias nos dias em que ingeriram o equivalente a 200 calorias no almoço e 1.560 nos dias em as calorias não foram controladas --uma diferença irrelevante.

Contudo, de um modo geral, eles consumiram 245 calorias a menos nos dias em que houve restrição de dieta no almoço. Como era de se esperar, em duas semanas o resultado foi a perda de peso --uma média de 0,499 kg por participante.

"A maioria das pessoas acredita que haja um ponto de definição para o peso corporal", afirma David A. Levitsky, principal autor do artigo e professor de nutrição da Cornell University. "Prevalece a noção de que se for criado um déficit, ele será compensado mais tarde. Neste estudo, nós descobrimos que não há evidências desta compensação", afirma.

Fonte Folhaonline

Programa nos EUA consegue detectar dor de pacientes

Um grupo de pesquisadores da Universidade Stanford, na Califórnia, desenvolveu um programa de computador que avalia informações geradas pelo cérebro e detecta quando as pessoas sentem dor.

O software poderia ser útil para crianças, idosos, pacientes com demência ou inconscientes. O estudo sobre o programa foi publicado no periódico "PLoS One".

Hoje, médicos têm que confiar nos pacientes para que eles lhes digam se sentem dor.

O programa foi testado em oito voluntários, que se submeteram a um mapeamento do cérebro enquanto eram tocados por um objeto que, de tão quente, causava dor.

O computador então usou as informações desses mapeamentos para reconhecer diferentes padrões da atividade cerebral, incluindo a da dor.

Fonte Folhaonline

ONU quer declarar guerra a doenças não transmissíveis: câncer, diabetese hipertensão

A ONU quer declarar guerra às doenças não transmissíveis como câncer, diabetes e hipertensão, e para isso realizará na próxima semana em Nova York uma reunião de alto nível para criar uma nova agenda de trabalho e combater esses males.

"Será um marco para a saúde pública", disse na quinta-feira (15) à imprensa o especialista da OMS (Organização Mundial da Saúde) Ala Alwan, garantindo que nos próximos dias 19 e 20 de setembro serão criadas as bases de uma nova estratégia mundial contra essas doenças.

Coincidindo com a semana na qual se iniciam os debates públicos do 66º período de sessões da Assembleia Geral da ONU, o organismo reunirá 34 chefes de Estado e de governo, assim como 50 ministros e muitos especialistas na matéria para desenhar um plano estratégico para os próximos anos.

Alwan destacou a importância da iniciativa, já que essas doenças "lideram as causas de mortalidade em nível global" e são "problemas que crescem a um ritmo muito rápido", por isso a ONU e a comunidade internacional devem atuar com rapidez para frear seu impacto.

O especialista da OMS lembrou que a estimativa é que, nos próximos dez anos, a mortalidade por essas doenças aumente em 17%, principalmente na África, no Oriente Médio e no sudeste asiático.

Em 2008, segundo Alwan, as doenças não transmissíveis mataram 36 milhões de pessoas, sendo que 90% dessas mortes ocorreram em países menos desenvolvidos.

Alwan espera que o encontro sirva para que os governos estabeleçam compromissos relacionados com a vigilância e o acompanhamento das doenças, a redução dos fatores de risco, como o consumo de tabaco e álcool, as dietas pouco saudáveis e a falta de exercício.

Fonte Folhaonline

Proibição ao bisfenol A pode ser ampliada para outras embalagens

A decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de proibir a venda e a fabricação de mamadeiras com bisfenol A no Brasil pode ser estendida para outras embalagens de plástico que contenham a substância. O composto é utilizado na fabricação de plásticos.

Editoria de arte/folhapress
Estudos recentes mostram que a substância poderia provocar puberdade precoce e alterações no sistema reprodutivo, mas não há resultados conclusivos sobre o risco em seres humanos.

Segundo a assessoria de imprensa da Anvisa, o Mercosul está discutindo a proibição da venda e fabricação de outros utensílios que contenham bisfenol A e entrem em contato com alimentos, além das mamadeiras.
 
A decisão do grupo será tomada em novembro, ainda de acordo com a Anvisa.

Se os integrantes do Mercosul concordarem em proibir o comércio de outras embalagens com bisfenol A, cada país deverá fazer seu processo de regulamentação.

No Brasil, esse processo envolve consulta pública, mas, segundo a Anvisa, é possível que seja excluída a discussão sobre a proibição às mamadeiras com bisfenol A, já que esse assunto foi antecipado por precaução.

JUSTIÇA
Synésio Batista Costa, presidente da Abrapur (Associação Brasileira de Produtos Infantis), diz não ser contra a decisão da Anvisa, mas critica o prazo de três meses para vender todo o estoque.

Costa diz ter convocado uma assembleia com fabricantes de mamadeiras do país para a próxima semana.

Dependendo do que for decidido, poderá processar a Anvisa. "Se não tiver jeito, vamos ter de ir para a Justiça."

Fonte Folhaonline

Saiba como controlar a caspa no inverno

Banhos quentes e diminuição das lavagens dos cabelospioram o problema

A diferença entre as baixas temperaturas do inverno e as altas temperaturas do chuveiro intensificam um problema que incomoda entre 15 e 20% da população: a caspa.

O nome popular é dermatite seborreica, mas a caspa nada mais é do que uma inflamação responsável por produzir descamação da pele, normalmente na região do couro cabeludo, mas que pode também ocorrer na face, sobrancelha, nariz, orelha, peito, costas e virilha.

Segundo o dermatologistaFrancisco Le Voci, médico da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional São Paulo, SBD-SP, banhos quentes e longos no inverno aceleram a descamação natural da pele, dificultando o controle da caspa.

Além da típica descamação que gruda nas roupas e nos cabelos, a caspa pode provocar vermelhidão, coceira e ardência. Embora a inflamação tenha fundo genético, fatores emocionais, como o estresse, também podem provocar ou intensificar o problema: "O sistema nervoso tem íntima ligação com a pele", explica Francisco Le Voci.

O médico acrescenta que a caspa é um processo crônico, para o qual não existem garantias de cura definitiva: "Ela pode ser controlada com o uso de xampus específicos e cremes indicados por um médico dermatologista. Também é importante evitar banho muito quente e não estimular a umidade do couro cabeludo".

"No inverno, o clima frio determina uma maior descamação do couro cabeludo, devido à maior velocidade de crescimento e maturação celular. Os banhos muito quentes também pioram o estado seborréico", explica Dra Tatiana Villas Boas Gabbi, médica do Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Para restaurar o equilíbrio da pele do couro cabeludo e reduzir coceira e descamação, que são sinais de inflamação, a recomendação da especialista é ter hábitos saudáveis e usar produtos anticaspa, sem interrupções, para que o tratamento seja efetivo.

Um problema esteticamente desconfortável, a caspa pode aparecer durante todo o ano. No entanto, alguns hábitos adotados no inverno contribuem para o maior aparecimento da caspa.


São eles:


Lavar os cabelos com menor frequência: isso pode colaborar para o acúmulo de sebo no couro cabeludo, além da menor eliminação das células mortas ou resíduos;

Lavar os cabelos em água muito quente: vai ocasionar o ressecamento do couro cabeludo, o que estimula as glândulas sebáceas a produzirem mais sebo. O surgimento de oleosidade, por sua vez, pode contribuir para o desenvolvimento de um tipo de fungo, o Malassezia Furfur,que piora o quadro de caspa;

Mudanças bruscas de temperatura: climas pouco úmidos favorecem o ressecamento e a descamação da pele, por isso o aumento da caspa. Entretanto, nos dias mais frios o cabelo demora mais para secar. Os fios molhados por tempo prolongado associados ao uso de chapéu e gorro para se proteger do vento frio, fazem com que o couro cabeludo fique úmido e abafado, ambiente favorável ao desenvolvimento de bactérias e fungos;

Tendência a usar mais roupas escuras: nessa época do ano, os trajes pesados e de cores mais sóbrias é comum, por isso a descamação do couro cabeludo fica mais visível e dá a sensação de que a caspa é mais frequente no inverno.

Estresse: ele está intimamente ligado às crises, uma vez que os hormônios do estresse atuam diretamente sobre a glândula sebácea, levando a uma maior produção de sebo.

Alivie a caspa durante o inverno com estas dicas
1. Lave os cabelos diariamente com xampu anticaspa: isso vai ajudar a remover a sujeira e todos os resíduos que vão se acumulando, além de evitar a oleosidade excessiva;

2. Lave os cabelos com água morna e usar produtos adequados ao seu tipo de cabelo;

3. Diminua a temperatura do secador e a frequência de uso deste aparelho e de chapinhas;

4. Evite dormir com cabelos molhados e evitar abafar o couro cabeludo;

5. Procure o médico dermatologista caso não haja controle dos sintomas.

Fonte Minha Vida

Medicamento promete aumentar os cílios, mas seu uso pede cautela

Bimatoprosta tem contraindicações e deve ser receitada por médico

Liberado recentemente para venda no Brasil, o bimatoprosta, como era esperado, está despertando grande interesse, principalmente do público feminino. Isso se deve ao fato de que, apesar de ser um medicamento, ele também funciona como estimulador do crescimento e do escurecimento dos cílios.

Tal como ocorreu nos Estados Unidos - onde é comercializado desde 2008 e atingiu a marca de dois milhões de frascos vendidos -, na liberação para o mercado brasileiro, o produto foi classificado como medicamento e não cosmético. Isso porque contém princípios ativos empregados no tratamento de algumas doenças dos olhos. A descoberta de seus efeitos no crescimento dos cílios pode auxiliar na terapia de pacientes da quimioterapia, para as pacientes que queiram a recuperação e crescimento dos cílios.

Nunca é demais recordar que os cílios protegem os olhos contra fragmentos, poeira e outros agentes externos, além de, por sua extrema sensibilidade, provocar o fechamento dos olhos quando algum objeto se aproxima deles. Já o embelezamento dos cílios como condição indispensável para um olhar bonito e sedutor, dizem, vem de tempos remotos, associado à busca incessante do ser humano por uma aparência mais bonita.

A possibilidade de aplicação do bimatoprosta também para fins estéticos é, de fato, interessante, porque antes dele não havia notícias de produtos que tivessem efeitos semelhantes no que diz respeito ao processo de crescimento ciliar. Segundo a fabricante, além do crescimento dos cílios, o produto também age para torná-los mais densos e mais escuros. Um convite irresistível para a valorização do olhar e uma aparência mais bela.

Cabe destacar, no entanto, que mesmo para quem pretende utilizar o bimatoprosta apenas para embelezamento dos cílios, a classificação desse produto como medicamento significa que seu uso depende de receita médica. Contraindicações e efeitos colaterais precisam, igualmente, ser considerados. Lembre-se que ele é contraindicado em pacientes com problemas oftalmológicos, gestantes e mulheres que estejam amamentando. Pessoas que passaram por tratamentos e usam ou já usaram medicamentos para problemas oculares precisam atenção redobrada.

Uma vez autorizado pelo médico, o bimatoprosta, segundo as informações da fabricante, pode promover o crescimento dos cílios e torná-los mais densos e mais escuros. Para obtenção desses efeitos, a aplicação deve ser feita diariamente nas primeiras 16 semanas de uso e, depois disso, duas a três vezes por semana. A interrupção do uso faz com que os cílios retornem à condição anterior.

O produto é vendido em forma de colírio e fornecido com aplicadores. Deve ser aplicado somente na base dos cílios da pálpebra superior dos olhos, nunca na pálpebra inferior. O aplicador deve ser descartado após cada uso. Para cada olho e para cada aplicação utiliza-se um novo aplicador - e ele não pode ser substituído por pincéis ou quaisquer outros objetos, já que o procedimento requer objetos apropriados, condições perfeitamente adequadas e habilidade para evitar o escoamento do líquido. Outro cuidado fundamental: a ponta do frasco não pode ter contato com qualquer outra superfície, para se evitar a contaminação.
É importante saber que, se o líquido atingir o interior dos olhos, pode alterar a pigmentação da íris e o problema pode se tornar permanente. Da mesma forma, se atingir frequentemente outras partes do rosto ou do corpo, pode provocar o crescimento de pelos nessas regiões. Também pode acontecer o escurecimento da pálpebra, o que, pelas informações da fabricante, é reversível. Os efeitos colaterais mais comuns relatados por alguns usuários são a coceira e a vermelhidão que, conforme a fabricante, tendem a desaparecer com o uso contínuo do produto.

Essas são algumas informações que podem contribuir para que o produto seja utilizado de maneira consciente e apropriado, cumprindo suas funções tanto no tratamento de doenças, quanto nas opções para a área da estética sem causar danos aos usuários. Aliar saúde e beleza depende do uso correto de medicamentos e produtos e de orientação médica.

Para finalizar, temos que enfatizar que este medicamento só pode ser vendido com receita e orientação do medico.

Fonte Minha Vida

Acne grau 1: saiba identificar o estágio menos severo da doença

Cravos não inflamados são a principal característica deste grau acneico

Ela incomoda e é motivo de desespero para muitas pessoas. No entanto, nem sempre a acne é tão severa quanto parece. Existem muitos graus dessa doença, definidos pela literatura médica, que dependem de como ela se manifesta. São seis ao todo, sendo o primeiro deles o menos agressivo.

A dermatologista Solange Teixeira, da Unifesp, explica que a acne é uma patologia originada na glândula sebácea, estrutura da pele responsável pela produção da oleosidade natural. A doença surge quando há uma hiperqueratinização da pele, ou seja, ela fica mais espessa, deixando o folículo sebáceo (outra estrutura da pele) mais estreito. Com isso, o material produzido pela glândula não consegue sair debaixo da pele e fica acumulado. Outro motivo é a produção exagerada de sebo pelas glândulas sebáceas.

Se você tem acne, perceba que, ao esticar a pele, existem algumas "bolinhas" aparentes, mas ainda assim debaixo da pele. São os comedões ou cravos fechados - ou seja, o material produzido pela glândula que não conseguiu sair para a camada mais externa da pele, a epiderme. Outras vezes, esse material se condensa e acaba dilatando o poro e aparecendo do lado de fora da pele. Esses são os comedões abertos.

Grau 1: livre de inflamações
No caso do grau 1, esses cravos não são inflamados - e essa é a principal característica que define esse nível: a ausência da inflamação, seja nos cravos abertos ou fechados. Os portadores apresentam poucas espinhas, ou seja, raramente os comedões inflamam. "Pode até ocorrer uma pequena pápula ou pústula, mas é rara neste grau", conta Solange.

Ao contrário do que se pode pensar, não é a quantidade que definirá o grau acneico. O que ela indica são subníveis do mesmo grau. Pessoas com grau 1 leve, por exemplo, contam com poucos comedões. Já no grau 1 moderado, há uma quantidade maior, mas não tanto quanto no nível severo, onde a presença de cravos é grande.

Cravos do grau, em geral, podem aparecer em várias partes do corpo - onde as glândulas sebáceas são maiores, como é o caso do rosto. Embora a face seja o local mais comum, diz Solange, há pacientes que também apresentam comedões no dorso e no peito.


Tratamentos para o primeiro grau
O tratamento desse grau de acne é mais simples, visto que não apresenta inflamações. Segundo a dermatologista da Unifesp, os cuidados são meramente locais e raramente se estendem a medicações via oral.

O médico geralmente receita medicamentos de uso tópico (na própria pele), que irão diminuir a formação excessiva de queratina que, como vimos, é uma das responsáveis pelo surgimento da acne. Eles são compostos por retinoides, o que inclui o ácido retinoico e salicílico, adapaleno e enxofre, além de ácido azelaico, ácido glicólico, isotretinoína e peróxido de benzoíla. Também existem os tratamentos com peelings, que removem a camada superficial da pele, e as clássicas limpezas de pele, onde um profissional remove os cravos de maneira a não deixar cicatrizes.

Entre os lasers, Solange cita o chamado Isolaz, que realiza uma sucção na pele, ajudando na remoção dos cravos. Além disso, a sua luz ajuda a esterilizar a área, o que também é muito útil em caso de inflamação dos comedões. A dermatologista indica o laser quando os cravos são abundantes.

Em casos em que a acne resiste, mesmo com o tratamento tópico, ou quando a pele começa a formar cicatrizes, a dermatologista costuma indicar uma medicação oral, como o Roacutan (cujo nome científico é isotretinoína oral). No entanto, seu uso deve ser indicado apenas por um dermatologista, após uma bateria de exames. O cuidado se deve ao fato de que essa medicação está associada a diversos efeitos colaterais, o que inclui aumento do colesterol e fadiga muscular, e pode ser até teratogênica, ou seja, causar má formação do feto se usada por uma grávida. Por isso, entre os exames feitos antes da recomendação médica, podemos encontrar colesterol, triglicérides, função hepática e gravidez.

Cuidados diários
Além dos tratamentos, o segredo para diminuir e até mesmo se livrar dos comedões são os cuidados diários. Lave o rosto de manhã e à noite com um sabonete que, geralmente, é indicado pelo próprio dermatologista. Ele removerá as impurezas, como maquiagem e poeira, e controlará a oleosidade. Depois, caso sua pele seja muito oleosa, a dupla de dermatologistas aconselham um tônico adstringente, como um com peróxido de benzoíla, que limpará a pele mais profundamente.

Para finalizar, o protetor solar dispensa hidratantes. Alguns já possuem ação queratolítica, ou seja, diminuem a produção de queratina, para que os poros tenham mais dificuldade de entupir. O protetor não poderá ser muito espesso nem oleoso, sendo aconselhados os livres de óleo ou em forma de gel.

A esfoliação varia de pessoa para pessoa, mas, em geral, pode ser feita de uma a três vezes por semana, dependendo da severidade da acne. Ela, tampouco, deve ser agressiva, devendo ser feita com delicadeza. "Hoje existem sabonetes esfoliantes com os grãos pequenos e regulares, que não machucam a pele", indica a especialista.

Outra medida importante é não lavar o rosto com água quente. Embora esse hábito reduza a oleosidade natural, isso só acontece temporariamente. Depois, explica Solange, existe o chamado efeito rebote. Nele, organismo entende que a pele está muito seca e passa a produzir mais gordura, piorando a situação. Por isso, a oleosidade natural da pele deve ser equilibrada.

Se você é adepto da maquiagem, também deve tomar cuidado. Se ela for comedogênica, ou seja, facilitar a formação de comedões por meio do entupimento dos poros, poderá piorar o quadro. Além disso, a remoção da maquiagem deve ser muito bem feita, para não atenuar a obstrução dos poros. E nem pense em estourar seus cravinhos sozinho! Segundo a dermatologista, isso poderá agravar o quadro da doença, podendo fazer um cravo inflamar, deixar cicatrizes, e aumentar as chances de uma acne grau 1 evoluir para um grau mais severo.

Fonte Minha Vida

Novo tratamento da hérnia de disco afasta dores e possível cirurgia

Terapia age de forma localizada na coluna, descomprimindo o nervo pressionado

Carregar bolsas ou mochilas pesadas, postura errada, não se acomodar na cadeira, dirigir muito, ter sobrepeso ou levar uma vida sedentária. Se você se encaixa em uma (ou mais) dessas situações, você provavelmente sofre com dores na coluna, que se não forem tratadas corretamente, podem se acentuar e evoluir para doenças mais graves. A coluna vertebral é composta por vértebras, discos intervertebrais, nervos, músculos, medula e ligamentos. É nesse conjunto que acontece a maior parte das disfunções que causam dores nas costas. Entre elas, a hérnia de disco, cujo estágio inicial está presente na coluna de quase 65% da população adulta brasileira.

Qualquer dor na coluna é hérnia de disco?
As vértebras da nossa coluna estão unidas por articulações chamadas de discos intervertebrais, que são constituídos de material fibroso e gelatinoso e desempenham a função semelhante a de um amortecedor, dando mobilidade para locomoção (caminhar), movimentos de impacto (corrida e salto). A hérnia de disco ocorre quando parte do disco, em geral os das vértebras cervical, dorsal ou lombar, escorrega para trás ou para o lado da coluna, comprimindo o nervo, daí a causa das dores. No entanto, essa dor é bem característica, como explica o ortopedista e cirurgião de coluna Ricardo Ueta, da Unifesp: "O sintoma clássico é a dor irradiada para os membros inferiores. Primeiro, a dor vem associada à região lombar, depois vai atingindo as pernas, os pés, ocasionando fraqueza muscular e formigamento", diz o especialista.

O surgimento de uma hérnia de disco está relacionado às sobrecargas compressivas no disco intervertebral, causadas por uma série de fatores como má postura, desvio da coluna, instabilidade articular da vértebra, sobrepeso, esforço repetitivo e fraqueza muscular. Alguns estudos apontam que pré-disposição genética é um fator significativo para o aparecimento do problema. Em geral, o quadro clínico aparecer entre 25 e 50 anos de idade, mas, às vezes, as manifestações de dor não aparecem logo de início. Essa demora na descoberta do problema pode dificultar o tratamento.

Tratamentos comuns
Segundo o ortopedista Renato Ueta, não há cura para o problema. "A hérnia de disco é um processo degenerativo. Os tratamentos feitos visam retirar os sintomas do paciente, porém a hérnia continua lá", diz o ortopedista. Na maioria das vezes, a hérnia de disco é tratada com medicamentos para reduzir a dor.

Outros procedimentos são a fisioterapia postural e manipulativa, hidroterapia e eletrotermoterapia. Porém, casos mais sérios necessitam de cirurgia. "Recorremos à cirurgia quando não há melhoria dos sintomas com os tratamentos medicamentosos e com a fisioterapia. O objetivo da intervenção cirúrgica é realizar a descompressão do nervo, que é feita a partir da retirada de um pedaço do osso que fica atrás do disco alterado", explica o ortopedista. Mas, como todo processo cirúrgico, ele provoca chateações e preocupações nos pacientes, por causa dos riscos de lesão neurológica ou de uma infecção.

Novo tratamento
Desenvolvido nos Estados Unidos e presente em 25 países, o equipamento de descompressão - trazido ao Brasil pela clínica Spinal Care, de São Paulo, especializada em tratamentos para coluna não invasivos - é novidade em tratamentos para a hérnia de disco.

O método funciona assim: uma cinta acoplada à máquina é colocada no paciente, proporcionado uma tração na região da hérnia. O paciente permanece deitado durante o trabalho de descompressão. "O fisioterapeuta vai identificar o disco lesado e programar a máquina para efetuar a tração na medida e no local certo", explica o fisioterapeuta Felipe Nicodemos, da clínica Spinal Care. "O equipamento aplica exatamente a tensão necessária para a abertura entre uma vértebra e outra sem submeter a área ao risco de lesão".


Com o novo método, a possibilidade de que o descolamento do disco intervertebral seja amenizado é maior do que nos tratamentos convencionais, pois a descompressão é realizada diretamente no disco afetado. Os demais tratamentos costumam tratar a hérnia indiretamente. "Mesmo que esta amenização não ocorra, o paciente, em geral, tem melhora completa das dores na região afetada", afirma o fisioterapeuta.

O tratamento completo custa em torno de R$ 5 mil. É feito no período de seis semanas, divididas em 20 sessões de uma hora de duração. A primeira parte de cada sessão é usada para descompressão do disco e nos 30 minutos finais, o paciente passa por fisioterapia. Os testes feitos por pesquisadores norte-americanos apontaram que após seis semanas de tratamento as chances de o paciente necessitar de cirurgia de coluna são reduzidas em 80%.

Restrições
Segundo o fisioterapeuta Felipe Nicodemos, o método não é recomendado para pessoas que tenham osteoporose severa, que realizaram a cirurgia de coluna, pacientes com suspeita de fratura de bacia, comprometimento intra-abdominal e pessoas que tenham instabilidade articular severa. "A máquina faz tração na coluna e a cinta é bem apertada. Por isso, não fazemos o procedimento em pacientes com essas restrições, uma vez que a descompressão pode gerar complicações sérias nesse grupo", explica o especialista.

Fonte Minha Vida

Mutirão de doação de sangue supera expectativas no Rio Grande do Sul

doacao sangue 450x338Dezenas de pessoas participaram da mobilização em Porto Alegre

O terceiro mutirão de doação de sangue, promovido pelo Hemocentro do Estado e pelo Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, supera as expectativas e ocorreu até o final deste sábado(17).

No início da mobilização, dezenas de pessoas já estavam prontas para fazer a doação na unidade móvel, instalada em frente ao HPS. Um intervalo deve ocorrer das12h até as 13h30.

A campanha de doação tem dois objetivos principais. O primeiro é o de assegurar a fidelidade do voluntário, fazendo com que esse gesto seja realizado constantemente. O segundo é garantir o bom nível do estoque em função das condições de atendimento aos pacientes de traumatologia, que necessitam, normalmente, de um volume maior de sangue.

A assistente social do hospital, Jane Maria Diogo, foi a responsável também por fazer a mobilização nas cidades do interior e junto com os familiares de pacientes.

- Um paciente que busca atendimento no HPS, de acordo com o estado, pode necessitar de muitas bolsas de sangue e não há condições de esperar que venham doadores. Esse material tem que estar disponível sempre.

Um dos exemplos é o grupo de Feliz que se dirigiu até o HPS para fazer a doação. Com a mãe internada no hospital da cidade, Rafael Warken mobilizou amigos e familiares para fazerem a doação em Porto Alegre.

- Pediram quatro doadores, mas viemos em nove pessoas. O grupo se organizou cedo, saindo às 6h da cidade. Foi um movimento muito legal.

Participando do grupo, Adair Munchen realizou a sua primeira doação de sangue no mutirão.

- É um gesto simples e rápido e que pode salvar vidas.

No último mutirão, em julho, mais de 100 pessoas participaram. Para ser um doador basta ter entre 18 e 65 anos, pesar mais do que 50 kg, apresentar documentos de identificação e estar em bom estado de saúde.

Fonte R7

Comida saudável previne a depressão

Alimentos industrializados aumentam risco da doença

Pessoas que se alimentam de legumes, verduras, frutas e peixe têm menos risco de sofrer de depressão. Já aqueles que consomem produtos industrializados correm mais risco de ter a doença. A conclusão é de um estudo da University College London.

A pesquisa analisou a dieta de mais de 3.500 britânicos. Eles foram estudados durante cinco anos. Os voluntários foram divididos em grupos: os que se alimentavam de comida saudável, integral, sem gordura, fresca e rica em legumes, verduras. O outro grupo comia fritura e comida industrializada.

Os que se alimentavam de forma saudável tinham 26% menos riscos de desenvolver a depressão. Já os que consumiam alimentos industrializados aumentavam esse risco em 58%. Os cientistas então chegaram à conclusão de que há uma forte relação entre a comida industrializada e a depressão.

Os pesquisadores dizem que alimentos ricos em gordura e açúcar são os responsáveis por causar doenças cardíacas e inflamações e que isso estaria também relacionado com a depressão.

Fonte R7

Rede de atenção a urgências é fortalecida em oito Estados

Governo federal autorizou repasse de R$ 12,6 milhões

O Ministério da Saúde está dando mais um passo para a expansão da rede Saúde Toda Hora. Desta vez, oito Estados - Bahia, Goiás, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo, Rondônia, Pernambuco e Rio de Janeiro - terão serviços de urgência e emergência ampliados.

O governo federal autorizou a construção de cinco novas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) 24 horas e o repasse de R$ 12,6 milhões, por ano, para o custeio de outras seis UPAs prontas para o atendimento à população. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) também foi ampliado com a habilitação de novos carros, são duas ambulâncias e outras três motocicletas.

As novas UPAs serão instaladas nos municípios de Caçador (SC), Araguari (MG), Americana (SP), Osasco (SP) e Ji-Paraná (RO). A unidade Osasco terá porte III, com estrutura de até 20 leitos e capacidade para atender até 450 pessoas por dia. Já as UPAs de Ji-Paraná e Araguari serão de porte II, com até 12 leitos e capacidade para atender 300 pacientes e as de Americana e Caçador, terão de porte I, com estrutura de até 08 leitos e capacidade para atender até 150 pessoas por dia.

Modelo
As UPAs oferecem assistência em situações de emergência durante 24 horas por dia, todos os dias da semana. Elas funcionam como unidades intermediárias aos hospitais e ajudam a desafogar os prontos-socorros, ampliando e melhorando o acesso dos brasileiros aos serviços de emergência no SUS. As unidades também atendem integradas ao Samu 192. Ao atender um chamado de urgência, os atendentes do Samu prestam o primeiro atendimento ao paciente e o encaminha para as UPAs ou para os hospitais da rede, nas situações mais graves.

Custeio
O Ministério da Saúde também autorizou o repasse de R$ 12,6 milhões para custeio e manutenção de seis UPAs. Duas no Rio de Janeiro e uma no Recife têm Porte III e receberão, cada uma, recursos anuais de R$ 3 milhões. Já as UPAs de Formosa (GO), Votuporanga (SP) e Araraquara (SP), têm porte I e receberão, cada uma, R$ 1,2 milhões por ano. Os repasses são efetuados diretamente do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Estaduais ou Municipais de Saúde.

Samu 192
O Ministério da Saúde também autorizou o repasse de recursos para custeio de veículos do SAMU 192 em três estados: Bahia, Santa Catarina e Pernambuco. As cidades de Gaspar (SC) e Ibicoara (BA) receberão R$ 150 mil, por ano, cada uma, para custeio de uma ambulância de suporte básico (USB). Já a capital de Pernambuco, Recife, receberá R$ 252 mil, para custeio de três motocicletas, as chamadas motolâncias. As informações são do Ministério da Saúde.

Fonte R7

Governo anuncia plano para diminuir morte por enfarte

Recursos para angioplastia serão ampliados em 30%

O Ministério da Saúde anunciou neste sábado um pacote de ações para melhorar a oferta de tratamento de enfarte, a principal causa de morte no Brasil ao lado do acidente vascular cerebral (AVC).

A estratégia prevê a construção de 39 unidades de terapia intensiva nas dez regiões metropolitanas com maior número de enfartes, a inclusão de dois medicamentos para tratamento da doença no SUS e auxílio para instalação do tele-eletrocardiograma nas ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Os recursos para angioplastia, técnica usada para desobstruir a artéria coronária, também serão ampliados em 30%. O investimento total do programa será de R$ 234,4 milhões até 2014.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha disse:

– Nossa meta é reduzir para 5% os óbitos de enfarte nos serviços públicos do país.

Esse porcentual já é alcançado por serviços particulares, mas está distante da realidade do SUS.

Atualmente, segundo Padilha, os índices de morte provocadas pela doença variam entre 10% e 15% nas unidades públicas. Em 2010, foram registradas 76.359 mortes pela doença em todo o País.

Fonte R7

Musculação vira remédio para idoso combater doenças

Pacientes com osteoporose e artrose, antes orientados pelo médicos a praticar exercícios leves, agora são estimulados a malhar na academia

Exercícios físicos se tornaram tão importantes quanto os remédios no tratamento de doenças como osteoporose, osteoartrose e artrite reumatoide. Não à toa, estima-se que a frequência de pessoas com mais de 60 anos nas academias de ginástica tenha aumentado cerca de seis vezes nos últimos dez anos.

De olho nesse filão, muitos estabelecimentos têm feito parcerias com consultórios médicos e oferecido descontos e atividades específicas para os idosos por eles encaminhados. Surgiram até academias especializadas nesse público, com equipe médica própria e instalações adaptadas a quem tem mobilidade reduzida (mais informações nesta página).

O boom teve início após a comprovação, no início da década passada, de que exercícios com sobrecarga são capazes de impedir o avanço da osteoporose, conta Kleber Pereira, presidente da Associação Brasileira de Academias (Acad). "Os médicos passaram a recomendar a musculação para os idosos, que hoje representam quase 30% de nossos alunos."

Estudos recentes têm demonstrado os benefícios da musculação para outro problema que atinge quase 60% das pessoas com mais de 60 anos: a osteoartrose. Caracterizada pelo desgaste das articulações, a doença causa dor e restringe os movimentos.


Mitos. "Até pouco tempo atrás, pacientes com artrose recebiam a recomendação de praticar apenas atividades leves e evitar carregar peso ou subir escadas", conta Julia Greve, coordenadora do Laboratório de Estudos do Movimento (LEM) da Faculdade de Medicina da USP.

Mas hoje já se sabe que o fortalecimento da musculatura reduz a sobrecarga na articulação, diminui a dor e recupera a amplitude dos movimentos.

Outro mito que vem sendo derrubado por uma pesquisa realizada no LEM é o de que idosos não respondem tão bem aos exercícios quanto pessoas jovens.

A equipe coordenada por Julia acompanhou três grupos de mulheres ao longo de 13 semanas de musculação. O primeiro era composto por idosas com osteoartrose nos dois joelhos que já haviam se submetido a cirurgia para colocação de prótese em um deles. O segundo era de idosas sem problemas articulares e o terceiro, jovens saudáveis.

Quatro quesitos foram avaliados antes e depois das 13 semanas: a distância caminhada durante 6 minutos, a velocidade com que subiam um lance de escada, o tempo gasto para levantar e sentar em uma cadeira e o tempo para levantar da posição deitada. Em todos eles, o grupo de mulheres com problemas articulares foi o que mais evoluiu. Também esse grupo foi o que mais conseguiu aumentar a sobrecarga durante o período avaliado e melhorar o equilíbrio.

A história do aposentado Antonio Carlos Amabile, de 72 anos, é prova de que, independentemente da idade e da condição inicial, sempre é possível melhorar com a prática de atividade física. Em 1999, ele teve de passar por uma cirurgia para retirar a cabeça do fêmur por causa de um abcesso. "Os médicos acharam melhor não colocar prótese por causa da diabete. Ficaram com medo de rejeição", conta. Após dois anos de fisioterapia, ele teve o aval da equipe para praticar musculação.

"No começo, chegava à academia de andador e tinha de fazer os exercícios sem peso. Aos poucos fui recuperando tudo. Hoje subo e desço escadas com facilidade. Sou independente, embora ainda tenha de usar bengala."

Amabile sente-se em casa no meio dos marombeiros e das garotas de coxas grossas. É tão popular entre os colegas que acabou se tornando garoto propaganda da rede de academias Nível A. "A parte social é importantíssima. Deixa a gente estimulado. Sinto falta quando não venho."

Kokichi Takano, de 76 anos, é outro que já incorporou a malhação na rotina. Quatro vezes por semana, ele dedica duas horas para exercício de musculação, alongamento e esteira. Aos fins de semana, vai ao Parque do Ibirapuera caminhar. "Comecei a treinar com regularidade aos 70 anos. Sofria de artrose e tinha muita dor no nervo ciático. Agora não sinto mais nada", garante.

Treino ideal. Fabio Jennings, reumatologista e especialista em medicina esportiva da Universidade Federal de São Paulo, diz que o treino ideal para idosos deve incluir exercícios aeróbicos, para ajudar no controle do peso corporal, fortalecimento muscular e alongamento, para melhorar a flexibilidade. "Também é importante acrescentar atividades que trabalhem o equilíbrio. Isso diminui o risco de quedas e, consequentemente, de fraturas."

Nem sempre, porém, pessoas com problemas nas articulações conseguem atingir essa meta logo de início. "Muitas vezes começamos apenas com a musculação e, depois que a dor diminui, entramos com a caminhada e exercícios de alongamento", conta o professor de educação física Emmanuel Gomes Ciolac.

O segredo da atividade física em pacientes com problemas de saúde é saber o que fazer, como fazer, com qual carga e intensidade, diz Julia Greve. "É uma prescrição individualizada. Como a de um medicamento."

SAIBA MAIS

Osteoporose
Exercícios de musculação e de impacto, como corrida, estimulam a formação de massa óssea e impedem a progressão da doença. A dor também diminui porque a atividade física estimula a produção da substância osteoprotegerina, que protege os ossos.

Corrida
Embora benéfica para a massa óssea, é contraindicada para pessoas com osteoartrose de joelhos. A pressão nas articulações causada pelo peso corporal aumenta cerca de cinco vezes durante a corrida.

Musculação
O fortalecimento da musculatura diminui a sobrecarga e estabiliza as articulações, diminuindo a dor e facilitando os movimentos. Os exercícios também estimulam a produção do líquido sinovial, essencial para o bom funcionamento do sistema locomotor.

Equilíbrio
A prática regular de exercícios também melhora o equilíbrio e a coordenação motora, diminuindo o risco de quedas e de fraturas. 

Fonte Estadão

Morte por câncer cresce mais em país emergente

Enquanto mulheres de países desenvolvidos se beneficiam com o rastreamento precoce, vacinas e medicamentos, jovens de países em desenvolvimento estão morrendo mais de câncer de mama e colo de útero que há três décadas, revela artigo da revista The Lancet.

Se nada for feito, afirmam os autores, as mortes por essas doenças nos países de renda média e baixa vão superar os óbitos causados por complicações na gravidez e no parto nos próximos 20 anos.

O levantamento - feito em 187 países pelo Institute for Health Metrics and Evaluation, da Universidade de Washington - aponta que, entre 1980 e 2010, o número de novos casos de câncer de mama mais que dobrou, passando de 641 mil por ano para 1,6 milhão: aumento anual de 3,1%. Mas em alguns países em desenvolvimento a taxa chega a 7,5% por ano. Entre as razões apontadas por especialistas estão aumento na expectativa de vida, queda na fertilidade, gestações tardias e obesidade.

"A inversão do ônus do câncer de mama para o mundo em desenvolvimento está sendo sentida de forma mais aguda em mulheres que tinham tradicionalmente menos risco para a doença: aquelas em idade fértil", diz Rafael Lozano, um dos autores. Nos países em desenvolvimento, o risco de apresentar câncer de mama antes dos 50 anos mais que dobrou, afetando hoje 23% das jovens. Já nos países desenvolvidos a porcentagem caiu de 16% para 10% no período.

A mesma tendência foi verificada em relação ao câncer de colo de útero. Em termos de incidência global, essa doença cresceu num ritmo menos acentuado: 0,6% ao ano. O número de casos passou de 378 mil em 1980 para 454 mil em 2010. Cerca de 76% dos casos novos surgem nos países em desenvolvimento.

Mortalidade. A boa notícia é que as mortes causadas por essas duas doenças está crescendo a um ritmo mais lento que a incidência de novos casos. Para os autores, isso é resultado dos programas de rastreamento do câncer e de medicamentos como tamoxifeno e raloxifeno.

Esse avanço, porém, é bem mais tímido nos países em desenvolvimento, onde as mortes crescem a uma taxa anual de 2,7% para câncer de mama e 0,8% para colo de útero. A média mundial é de 1,8% e 0,5%, respectivamente. As mortes entre as mulheres em idade reprodutiva também cresceram mais nos países em desenvolvimento que a média global.

"O impacto social dessas mortes em idade fértil é brutal, pois essas mulheres são, muitas vezes, provedoras do lar", afirma Afonso Nazário, da Universidade Federal de São Paulo. Ele defende a necessidade de países como o Brasil adotarem política de rastreamento organizado para câncer de mama a partir dos 40 anos. Hoje o País conta apenas com o chamado rastreamento oportunístico, feito para aquelas que procuram um médico. "Estudos mostram que pelo menos 80% das mulheres precisam fazer exames periódicos para haver impacto na mortalidade. Em São Paulo, onde temos as maiores taxas de rastreamento, o índice é de 40%", diz Nazário.

Já Ronaldo Correa, do Inca, discorda da análise dos autores. "O número de casos e mortes na população com menos de 50 anos está diminuindo porque essa população está diminuindo nos países em desenvolvimento. A alta no números de casos está concentrada na população acima de 50 anos e está relacionado ao aumento na expectativa de vida." Para Correa, rastrear mulheres com menos de 50 anos vai fazer com que muitas sejam tratadas sem necessidade, "com grande impacto no custo e pouco impacto na mortalidade".

Raio X
14.366 brasileiras morreram em 2010 em decorrência do câncer de mama, segundo a pesquisa 8.959 morreram por câncer de colo de útero

Fonte Estadão

Novo guia alimentar de Harvard supera o adotado pelo governo dos EUA

Modelo é mais detalhado que o MyPlate, lançado em junho deste ano, e traz variadas opções na hora de realizar uma refeição saudável. Veja as sugestões nutricionais e repense seu prato


Pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard lançaram nesta semana o Healthy Eating Plate (em tradução literal 'Prato de alimentação saudável'), um novo guia nutricional que sugere mudanças na pirâmide alimentar recomendada. O modelo difere do My Plate (em português 'Meu prato'), guia da refeição saudável divulgado pelo governo dos Estados Unidos em junho deste ano - e particularmente endossado pela primeira-dama norte-americana, Michelle Obama.
Estrutura do Healthy Eating Plate é a mesma do MyPlate, mas as informações podem mudar uma refeição - Arte: Divulgação e Estadão.com.br
Arte: Divulgação e Estadão.com.br
Estrutura do Healthy Eating Plate é a mesma do MyPlate,
mas as informações podem mudar uma refeição

"Nosso guia oferece aos consumidores informações que eles precisam para fazer escolhas que podem afetar profundamente sua saúde e bem-estar", diz Walter Willett, professor de Epidemiologia e Nutrição e chefe do Departamento de Nutrição da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard. Segundo ele, o Healthy Eating Plate é baseado nas melhores evidências científicas disponíveis, ao contrário do que foi adotado pelo governo dos EUA. "Infelizmente, o MyPlate mistura ciência com influência de poderosos interesses agrícolas e isso não é a receita para uma alimentação saudável", diz.

Visualmente, os dois guias alimentares são semelhantes, porém há diferenças nas informações que podem mudar por completo uma refeição. Ao contrário do Healthy Eating Plate, o MyPlate não especifica que alguns alimentos têm maior valor em proteínas do que outros, como peixes e aves ao invés de carnes processadas. Há indicação das proporções por classe alimentar, mas o modelo não deixa claro quais opções são as mais saudáveis. Na seção de vegetais, por exemplo, não é possível distinguir batatas de outros legumes e verduras, portanto até batata frita entra como alimento que faz bem para a saúde.

O MyPlate também recomenda a ingestão de laticínios em todas as refeições, o que foi criticado pelos pesquisadores de Harvard, já que existem poucas evidências científicas de que esse consumo é realmente eficiente contra a osteoporose. Outro ponto: o guia alimentar adotado pelo governo norte-americano não menciona nada sobre o consumo de bebidas açucaradas e nem explica quais gorduras são benéficas para o bem-estar das pessoas. Já no Healthy Eating Plate, além desses e outros dados, há também a recomendação da prática de exercícios físicos, um fato importante no controle do peso.

De acordo com os nutricionistas, o guia alimentar de Harvard não é baseado na ingestão ideal de calorias, pois foi levado em conta que a necessidade diária varia de pessoa para pessoa. A meta é saber montar um prato saudável. "Nós queremos que as pessoas usem isso como um modelo para si ou para suas crianças cada vez que estiverem diante de uma refeição em casa ou em um restaurante", diz Eric Rimm, professor associado de Epidemiologia e Nutrição do Departamento de Nutrição da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard.

Veja abaixo quais são as indicação do Healthy Eating Plate, guia alimentar recomendado pela Universidade de Harvard, e repense sua refeição.


Vegetais:
o ideal é comer muitas verduras, legumes e folhas. A variedade também é importante, mas o consumo de batatas deve ser limitado, já que ela tem um tipo de amido com efeito semelhante ao dos grãos refinados e dos doces. Segundo o guia, comer muita batata pode causar picos de açúcar e insulina no sangue, o que favorece o desenvolvimento do diabetes tipo 2, além de doenças cardíacas e outras crônicas.


Frutas:
é recomendado escolher um arco-íris de frutas todos os dias.

Cereais integrais:
os melhores cereais são integrais, como aveia, pão integral e arroz integral. Os grãos refinados, como pão branco e arroz branco, agem de maneira similar ao açúcar no corpo, por isso ingeri-los em grande quantidade pode aumentar o risco de doença cardíaca e diabetes tipo 2.




Proteínas saudáveis:
é recomendável escolher peixes, aves, feijão e nozes, que contêm nutrientes saudáveis. As carnes vermelhas devem ser limitadas e as processadas mais do que evitadas. A ingestão frequente, ainda que em pequenas quantidades, pode ocasionar doenças cardíacas, diabetes tipo 2, câncer de cólon e também ganho de peso.




Óleos saudáveis:
é indicado usar o de oliva, de canola e outros óleos vegetais na hora de temperar saladas e pratos, e também na mesa. As gorduras saudáveis que existem neles reduzem o colesterol prejudicial e são boas para o coração. Por outro lado, a manteiga deve ser usada com cautela e a gordura trans evitada.


Água:
o ideal é beber água, chá ou café (com pouco ou sem açúcar) sempre que possível. A ingestão de leite e outros laticínios deve ser limitada de uma a duas porções por dia, já o suco a um copo pequeno por dia. Bebidas açucaradas também devem ser evitadas.

Fonte Estadão