A decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de proibir a venda e a fabricação de mamadeiras com bisfenol A no Brasil pode ser estendida para outras embalagens de plástico que contenham a substância. O composto é utilizado na fabricação de plásticos.
Editoria de arte/folhapress
Estudos recentes mostram que a substância poderia provocar puberdade precoce e alterações no sistema reprodutivo, mas não há resultados conclusivos sobre o risco em seres humanos.
Segundo a assessoria de imprensa da Anvisa, o Mercosul está discutindo a proibição da venda e fabricação de outros utensílios que contenham bisfenol A e entrem em contato com alimentos, além das mamadeiras.
A decisão do grupo será tomada em novembro, ainda de acordo com a Anvisa.
Se os integrantes do Mercosul concordarem em proibir o comércio de outras embalagens com bisfenol A, cada país deverá fazer seu processo de regulamentação.
No Brasil, esse processo envolve consulta pública, mas, segundo a Anvisa, é possível que seja excluída a discussão sobre a proibição às mamadeiras com bisfenol A, já que esse assunto foi antecipado por precaução.
JUSTIÇA
Synésio Batista Costa, presidente da Abrapur (Associação Brasileira de Produtos Infantis), diz não ser contra a decisão da Anvisa, mas critica o prazo de três meses para vender todo o estoque.
Costa diz ter convocado uma assembleia com fabricantes de mamadeiras do país para a próxima semana.
Dependendo do que for decidido, poderá processar a Anvisa. "Se não tiver jeito, vamos ter de ir para a Justiça."
Fonte Folhaonline
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